O resto faz sentido. E Parcus, se você acha que não há nada de errado com item 2, levando em conta que se trata do país mais rico do mundo, fico me perguntando que tipo de sociedade você consideraria ideal...
Você não leu o que eu disse? Ou é falta seletiva de atenção mesmo? Eu disse que o item 2 não dispõe de parâmetro de comparação com outros países. Se os EUA tem 300 milhões de habitantes e "16 milhões" de crianças na pobreza, é preciso ver. 1- comparar em porcentagem com outros países (a Noruega não tem sequer 16 milhões de habitantes) e 2- avaliar qual o impacto disso na vida dessas crianças. Inclusive considerando o quanto a filantropia mitiga os danos da pobreza. Além do mais é preciso analisar cuidadosamente a metodologia de onde foi retirado esses dados, ganhar 1 dolar por hora nos eua é muito melhor que ganhar 1 dólar por hora na Austrália ou suíça.
O que você escreveu:
Última vez que toco nesse ponto, coloquei em vermelho bem grande caso você não tenha lido de novo.
(Suponho que você tenha querido dizer que os pobres americanos são menos pobres que os europeus o que, pela minha experiência, simplesmente não é verdade.)
Infelizmente, suas ideias não correspondem aos fatos. No que se refere à pobreza, aqui vão os dados da OECD (você pode encontrar essa figura em vários lugares):

Só mostra que você não pos um segundo para pensar no tal gráfico. Um gráfico que realmente compara o pobre de um país com o pobre de outro (você nem precisa usar esse, mas tem um erro grosseiro na sua interpretação do seu gráfico que impede a comparação):

Agora vou deixar para você a tarefa de descobrir o porque da diferença entre os dois, para que pense um pouco para variar.
Interessante. Eu mostrei dados da OECD que mostram que a taxa de pobreza e a desigualdade social nos EUA são das piores entre os países desenvolvidos, daí você responde com um gráfico criado pela revista The Economist [1] baseado em um outro índice (criado pela própria OECD!) que parece contradizer os dados anteriores. Exceto... que não há contradição: os números da pobreza e da desigualdade continuam os mesmos. E como é que esse índice é criado? Você esqueceu de mencionar isso. Segundo a Economist:
SIZING up countries by GDP has long been criticised for placing too much emphasis on things that are measured monetarily. Over the past three years, the Organisation for Economic Co-operation and Development has released an alternative called the "Better-Life Index". It tracks around 24 indicators in 11 categories. Some are easily quantifiable, like jobs (which includes unemployment and income), while others are more woolly, like civic engagement and community. Ever diplomatic, the OECD does not provide a score for countries, though you can see their rankings here. The Economist has crunched the numbers for 10 indicators for which the OECD provide data to place countries in a range of how the best off and least well-off in society fare, measured as the top and bottom 10% of the population by income and education. It conforms to stereotype. The better-off Americans enjoy the best lives, but the country has the widest inequality. In fact, for all the fancy metrics, the Better-Life Index does not look too different from classic GDP rankings.
Grifo meu. Ou seja, parece que esse índice inclui alguns fatores um tanto subjetivos, como a própria revista reconhece.
No site da própria OECD tem este trecho:
Concerning the public sphere, there is a strong sense of community and moderate levels of civic participation in the United States, where 90% of people believe that they know someone they could rely on in time of need, slightly higher than the OECD average of 89%.
Aahh bom. Então tá.

E tem outros problemas. Lá no site da OECD eu pude perceber um aspecto problemático em relação a um dos termos desse índice em relação aos EUA:
Key Findings
While money may not buy happiness, it is an important means to achieving higher living standards and thus greater well-being. Higher economic wealth may also improve access to quality education, health care and housing.
Household net-adjusted disposable income is the amount of money that a household earns each year after taxes and transfers. It represents the money available to a household for spending on goods or services. In United States, the average household net-adjusted disposable income per capita is 39 531 USD a year, much higher than the OECD average of 23 938 USD.
Household financial wealth is the total value of a household’s financial worth. In the United States, the average household net financial wealth per capita is estimated at 132 822 USD, much higher than the OECD average of 42 903 USD and the highest figure in the OECD. While the ideal measure of household wealth should include non-financial assets (e.g. land and dwellings), such information is currently available for only a small number of OECD countries.
Despite a general increase in living standards across OECD countries over the past fifteen years, not all people have benefited from this to the same extent. In the United States, the average net adjusted disposable income of the top 20% of the population is an estimated 85 996 USD a year, whereas the bottom 20% live on an estimated 10 854 USD a year .
fonte:
http://www.oecdbetterlifeindex.org/topics/income/Novamente, grifo meu. Sabe qual é o problema nesse trecho citado? A palavra "average". Dados: (a) os EUA é o país mais rico do mundo. (b) Há uma grande desigualdade social nos EUA. Junte esses dois fatos e a conclusão é que usar valores médios de renda se torna algo, na melhor das hipóteses, problemático. Vou lhe dar um exemplo extremo: vamos calcular a renda média de um grupo de 5 indivíduos (1,2,3,4,5). Indivíduos 1 - 4 ganham R$ 25.00 por mês. Já a renda mensal do indivíduo 5 é de R$ 20.000,00. Qual a renda média do grupo? Confortáveis R$ 4.020,00. É fazendo cálculos desse tipo que concluímos que num país onde quase 50 milhões de pessoas dependem de "food stamps" para comer os 10% mais pobres da população vivem "melhor" que os 10% mais ricos desse país miserável que é a Itália.
Quanto as taxas de homicídio, de novo, salário mínimo junto com guerra as drogas e uma população bem mais heterogênea que na Europa leva a isso.
Eu concordo que a guerra às drogas deve ter muito a ver com a alta população carcerária nos EUA. Mas essa da população ser heterogênea implicaria que um país como o Canadá também deveria ter alta criminalidade. Sem falar que a população de países como o Reino Unido e a França são bem mais heterogêneas do que muita gente pensa e nem por isso estes são tão violentos quanto os EUA.
E essa do salário mínimo eu realmente não entendi...
[1] Fonte:
http://www.economist.com/blogs/graphicdetail/2013/05/daily-chart-17