Claro, mas o setor privado não tem nenhuma culpa? O que estou demonstrando é que não importa se a empresa é pública ou privada, ineficiência não é exclusividade de ninguém, uso de dinheiro público também não. Uma empresa como a Sabesp, pública ou privada, com concorrência ou sem concorrência não iria "quebrar' no sentido de fechar as portas nunca, porque faz parte de um serviço essencial.
Na Sabesp da utopiolândia do universo sem Estado, se ela quebrasse, fundos de algum lugar teriam que ser investido para recuperá-la, e seria o consumidor quem iria pagar a conta no final de qualquer jeito, ou de outro modo, cada um poderia comprar seu próprio caminhão pipa, cisterna, poço artesiano, e cada um por si e os recursos hídricos que se fodam ainda mais.
Você só falou verdades aqui, embora de forma superlativa e irônica.
Qualquer setor, público ou privado, será falho em algum ponto porque é feito de homens, que são falíveis. A questão é que no setor privado, mesmo em áreas essenciais, se uma empresa não se sustenta, vem outra e a engole, compra, associa...
Sobre o consumidor pagar, vamos para um exemplo diferente, banal e de um item não essencial. Se você for comprar um tv e a Philips quebrar, você compra LG ou Samsung. E adivinha: os preços não vão para a estratosfera por isso.
As opções que você deu para não usar água da Sabesp são extremamente válidas. Por que não são usadas? Mais uma vez devido à regulação do estado. Se você, hoje, conseguir implementar algo que te deixe auto-suficiente em algum setor, isso só dura
enquanto o governo não te nota. Assim que você chama a atenção, sua vida vira um inferno com leis, regulamentos, taxas e impostos, tornando inviável qualquer iniciativa e te deixando refém do estado. E isso se estende a qualquer setor, qualquer empreendimento, qualquer área.
Liberdade econômica só é utopia em terras socialistas. Que o diga países como Nova Zelândia e Austrália.
Saudações