Autor Tópico: Homenagem (póstuma) à Pátria Educadora  (Lida 4032 vezes)

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Homenagem (póstuma) à Pátria Educadora
« Online: 23 de Fevereiro de 2015, 13:30:50 »
Dinheiro para 39 ministérios não falta.
Dinheiro para 20 mil cargos de confiança não falta (EUA possui apenas 5,5 mil cargos assim)

Dinheiro para a educação, está assim:

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Universidades federais têm um terço dos recursos bloqueados pelo MEC
Falta dinheiro para serviços terceirizados e programas para estudantes.
Instituições vão cobrar uma resposta do governo esta semana.




As universidades federais começaram o ano com um corte de 30% no orçamento, e está faltando dinheiro para pagar serviços terceirizados e para programas para os estudantes.

O Bom Dia Brasil tem mostrado que a falta de recursos atinge a educação de várias formas. Agora as instituições vão cobrar uma resposta do governo esta semana. Isso porque a educação foi apontada como prioridade do governo.

A explicação do Ministério da Educação é que o orçamento de 2015 ainda não foi aprovado pelo Congresso e, por isso, o governo tem que segurar os gastos.

Esta semana, reitores se preparam para ir a Brasília e cobrar providências do MEC. O principal argumento de reitores é que a educação é um serviço essencial para os brasileiros. Portanto, não deve receber cortes de verbas.

Mais um ano letivo, um novo orçamento - só que desfalcado - e alunos preocupados. “Se começar assim sem verba é complicado”, afirma um estudante.

“Tem prejuízo, claro que tem”, diz outro estudante.

Não é só na Universidade de Brasília, mas todas as universidades federais receberam neste início de ano 30% a menos do que estava previsto. “Já tem afetado várias universidades. Os serviços terceirizados, muitos não estão sendo pagos, assistência estudantil, problema de bolsa que começam a afetar academicamente as universidades”, afirma o presidente do Andes, Paulo Rizzo.

Na Federal da Paraíba, estudantes fizeram protesto, como mostram imagens de celular, em frente a reitoria para pedir o pagamento do auxílio alimentação.

Na Universidade de Campina Grande, também na Paraíba, não estão em dia água, luz, telefone, e falta dinheiro para pagar os alunos bolsistas. “Se nós estamos devendo bolsa de janeiro, isso nos preocupa. Significa dizer que nós podemos encerrar o segundo mês do ano sem pagar o primeiro”, afirma o reitor, José Edilson Amorim.

A Universidade Federal de São Paulo divulgou nota dizendo que com a redução dos repasses do governo, ‘a situação financeira das universidades federais, que em 2014 foi sofrida, passa a ser ainda mais difícil’. Afirma ainda que: ‘a reitoria e diretorias acadêmicas estão trabalhando para a manutenção dos serviços essenciais enquanto a política de contingenciamento vigorar. Mas não sabem ainda quais impactos isso produzirá sobre as atividades de ensino, pesquisa e extensão, incluindo também o hospital universitário’.

Algumas já vinham com contas atrasadas desde o ano passado. Caso da UFRJ: o Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro, administrado pela universidade, chegou a fechar por alguns dias porque as empresas que fazem serviço de limpeza e conservação estavam sem receber há três meses.

Segundo a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, o Andifes, os reitores já estão refazendo o planejamento. “Estamos estudando cuidadosamente nosso orçamento para ver onde que seria possível ter algum corte”, afirma o presidente da associação, Targino de Araújo.

Ninguém do Ministério da Educação quis gravar entrevista. A assessoria informou que o MEC está em diálogo constante com as universidades e que a redução de 30% nos repasses é uma das medidas de ajuste fiscal. Segundo o governo, o corte será mantido até a aprovação do orçamento da União, que depende do Congresso.

Reitores têm uma reunião esta semana para discutir o problema e organizar uma vinda a Brasília. “A primeira iniciativa será solicitar, pela segunda vez, uma reunião com o novo ministro. Nossa ideia principal é que saúde e educação não pode entrar no contingenciamento orçamentário do Governo Federal, porque são atividades essenciais”, ressalta o reitor da UFPB.

O MEC afirmou que a previsão de investimentos na educação neste ano será maior que no ano passado, um aumento de R$ 900 milhões.


Na semana passada, as manchetes falavam do atraso no tão decantado Pronatec:

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Governo admite atraso no pagamento de programas na área de educação
Edição do dia 20/02/2015
Cursos técnicos, bolsas de mestrado e crédito para garantir vaga em universidades particulares sofreram restrição. Alunos foram surpreendidos.



Vários programas na área de educação começaram o ano com atraso no pagamento. Cursos técnicos, bolsas de mestrado e até o crédito para garantir uma vaga em universidades particulares sofreram restrição. Os alunos foram surpreendidos na volta as aulas. E depois de idas e vindas, o governo admitiu o problema.

Na prática, a promessa de prioridade para a educação começou mal. É o aperto nas contas, o ajuste fiscal. Um dos problemas é a falta de dinheiro em caixa. A Universidade de Brasília, por exemplo, recebeu apenas um terço da verba do Governo Federal.

Na quinta-feira (19), o Ministério da Educação liberou R$ 119 milhões. Os recursos são para regularizar a situação das mensalidades de 2014 dos alunos que fazem parte do Pronatec, o programa que foi destaque na campanha para reeleição da presidente Dilma.

O curso é financiado pelo Governo Federal, mas administrado pela faculdade, que recebe para isso. Ou melhor, deveria. O pagamento já está atrasado há três meses. Em uma das 500 escolas particulares que oferecem o Pronatec, a turma continuou porque a instituição arcou com os gastos.

“Começamos em setembro e vem correndo dessa forma desde então, não houve nenhuma interrupção, nenhuma diferenciação do serviço”, afirma a estudante Marcela Alves Rocha.
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E segundo a diretora da escola, não haverá. A previsão de novas turmas também está mantida. “Eu não tenho receio que o pagamento não saia. Nós instituições temos que confiar no governo”, afirma a diretora da faculdade, Eda Machado.

O diretor de uma Associação Nacional de Escolas Técnicas reclama que algumas instituições estão sim com as contas comprometidas. “Segundo o Ministério da Educação, esse repasse não foi feito ainda por conta de atraso na aprovação do orçamento de 2015, o que não justifica muito, por conta de que o repasse de outubro teria que ser feito no máximo até dezembro, e isso estaria no orçamento de 2014”, ressalta Sólon Caldas.

E há mais problemas de repasses, inclusive em instituições públicas, como a Universidade de Brasília, que recebeu 30% menos de dinheiro do que era esperado para este início de ano. O departamento responsável pelo orçamento esperava R$ 11 milhões. Entraram no caixa da UnB R$ 7 milhões, recursos para manutenção da universidade.

“Por enquanto a gente está conseguindo administrar, através de uma série de medidas, mas isso persistindo, a médio prazo fatalmente a gente vai ter problemas no pagamento de algumas despesas”, afirma o decano de planejamento e orçamento César Augusto Silva.

Já alunos de mestrado e doutorado, com bolsa de estudo da Fundação Capes, do MEC, não receberam o pagamento na data prevista entre novembro e janeiro.

O mesmo aconteceu com bolsistas do programa Ciências sem Fronteiras, que promove o intercâmbio de brasileiros em diversas universidades fora do país.

E recentemente o site do Fies ficou bloqueado. Estudantes tentavam renovar o financiamento estudantil e não conseguiam. Depois de dias o governo explicou que o bloqueio era para as instituições que reajustaram as mensalidades acima de 4,5%. Diante da polêmica, voltou atrás e anunciou que seriam aceitos reajustes de até 6,4%, e só então foram reabertas as inscrições para novos candidatos.

O Ministério da Educação informou que o ajuste fiscal promovido pelo governo não atingiu o dinheiro das bolsas para estudantes e que ainda está avaliando o impacto do corte nas outras despesas.

Já o Ministério do Planejamento disse que cada órgão tem liberdade para aplicar os recursos, desde que obedeça o limite estabelecido de 18 avos do orçamento.

A Capes informou que já está pagando os bolsistas em dia.


Abaixo, uma excelente observação do comentarista de que há 25 anos, com a informatização do serviço público, ele seria enxugado de forma a encolher. No país das bananeiras, ele aumentou exponencialmente. O país tem quase QUARENTA ministérios e a governante do turno nem sequer cogita rever esse número (para baixo, porque para cima, isso deve, sim, passar pela cabeça dela).

E a educação, a Pátria Educadora, ah... Isso é conversa para sono de bovino.

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Alexandre Garcia: 'Sem instrução não há futuro para as pessoas nem para a pátria'
Comentarista afirma que, na prática, governo não dá prioridade ao que anunciou, na teoria, como prioridade: ‘pátria educadora’.



São três meses de pagamentos atrasados e estudantes estão sem saber o que fazer. Por que demora tanto para resolver o que deveria ser prioridade?

Quando a administração federal partiu para a informatização, há uns 25 anos, imaginava-se que poderia encolher a máquina administrativa manual. Mas não, a máquina continuou a inchar, a despeito do computador. Inventaram-se novas ocupações para continuar inchando. E cada prédio de ministério ainda ganhou anexos, e o número de ministérios duplicou. E os cargos de comissão, sem concurso, passaram de 20 mil.

Parece que, de fato, a burocracia é a prioridade. Na prática, o governo não dá prioridade ao que anunciou, na teoria, como prioridade, ao anunciar como ‘pátria educadora’ a principal prioridade. O governo corre o risco de mostrar que na prática existe diferença entre o que se diz e o que se faz. E isso que o Pronatec foi a menina dos olhos da candidata à reeleição.

A falta de pagamento surpreende as escolas e os alunos. As escolas, por sua vez, podem surpreender os professores. A corda está esticando nas finanças das escolas, que esperavam pagar suas contas com os compromissos do governo.

E como vimos, isso não atinge apenas os cursos técnicos, mas também a universidade, as bolsas no exterior e o financiamento dos cursos superiores. E os alunos que buscam conhecimento para seu futuro, ficam apreensivos. Apreensões não deveriam atrapalhar a educação, porque sem instrução, sem conhecimento, não há futuro para as pessoas nem para a pátria.


Offline Lorentz

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Re:Homenagem (póstuma) à Pátria Educadora
« Resposta #1 Online: 23 de Fevereiro de 2015, 13:41:22 »
Quem precisa de diploma? Pelo menos vamos ver se acaba essa diplomocracia. É isso aí, Dilma! Bola pra frente!
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Offline Johnny Cash

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Re:Homenagem (póstuma) à Pátria Educadora
« Resposta #2 Online: 23 de Fevereiro de 2015, 13:58:31 »
Eu queria fazer algum comentário novo, propondo pontos novos, mas não dá, tudo já foi dito.

Offline Lorentz

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Re:Homenagem (póstuma) à Pátria Educadora
« Resposta #3 Online: 23 de Fevereiro de 2015, 13:59:49 »
Será que os salários dos políticos também atrasam ou não dependem de repasse?
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Offline NandoR

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Re:Homenagem (póstuma) à Pátria Educadora
« Resposta #4 Online: 23 de Fevereiro de 2015, 15:18:28 »
São coisas que não fazem sentido nenhum!!! Não sei onde isto tudo vai parar e é por isso que todos os serviços são cada vez mais corruptos!!!
Sou jovem! Sou cetico! E adoro jogar nas slots!

Offline Gabarito

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Re:Homenagem (póstuma) à Pátria Educadora
« Resposta #5 Online: 25 de Fevereiro de 2015, 20:49:46 »
Será que os salários dos políticos também atrasam ou não dependem de repasse?

Meio que respondendo à sua questão:

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Câmara reajusta benefícios e aprova passagens para mulher de deputado
25/02/2015 16h24 - Atualizado em 25/02/2015 18h11
Reajuste inclui verba de gabinete, auxílio-moradia e gastos com passagens.

Fernanda Calgaro * Do G1, em Brasília

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), autorizou nesta quarta-feira (25) aumento em todas as despesas com parlamentares, incluindo verba de gabinete - usada para pagar funcionários -, auxílio-moradia e cota parlamentar, que inclui gastos com passagens aéreas e conta telefônica. Além do reajuste dos benefícios, esposas de deputados passarão a ter o direito de utilizar a cota de passagens aéreas dos deputados, desde que seja exclusivamente entre Brasília e o estado de origem.

Como o reajuste será a partir de abril, neste ano representará impacto de cerca de R$ 110 milhões. No entanto, a partir de 2015, a despesa extra será da ordem de R$ 146,5 milhões  por ano.

Cunha explicou que se trata de um reajuste inflacionário, mas que serão feitos cortes na mesma proporção para que o impacto seja “zero” nos cofres da Casa. “Aceitamos a correção da inflação mediante o corte de gastos. O efeito será nulo, zero de despesa”, afirmou. Segundo o presidente da Casa, os cortes serão feitos em atividades-meio, como contratos de informática e compra de equipamentos. “Faremos no tamanho da correção”, explicou.

"Não vai haver economia de nada nem aumento de nada. Será o mesmo Orçamento com a mesma despesa total", completou. "Estou fazendo apenas a correção inflacionária. Ninguém está dando aumento. Não estou aumentando verba, mas corrigindo pela inflação a verba, que é o salário dos funcionários dos gabinetes."

A verba de gabinete, usada para pagar funcionários, foi reajustada em 18,01% com base no IPCA desde julho de 2012, e passará de R$ 78 mil por mês para R$ 92 mil. Cada parlamentar pode contratar até 25 pessoas. O impacto anual será de R$ 129 milhões.

A cota parlamentar destinada, entre outros gastos, para o custeio de passagens aéreas e transporte, será reajustada em 8%, o que representará um impacto adicional de 16,6 milhões por ano. O valor da cota varia conforme o estado de origem do deputado. O maior valor é pago a deputados de Roraima, hoje em R$ 41 mil por mês. O menor valor é dado a deputados do Distrito Federal, cerca de R$ 27 mil. O dinheiro também é usado para despesas com telefone e correio.

Também foi autorizado que a verba seja usada para comprar passagem aérea para cônjuges, atendendo à reivindicação de mulheres de parlamentares. O recurso só poderá ser usado quando o itinerário for entre Brasília e o estado de origem. A Direção-Geral da Câmara informou que o critério para liberar a passagem para o cônjuge será a comprovação do casamento ou de união estável reconhecida em cartório.

“Não é acréscimo da cota. É o valor exato da cota podendo utilizar o cônjuge de cada parlamentar única e exclusivamente no destino estado-Brasília, nada mais do que isso”, afirmou Cunha.

A norma na Câmara determinando que apenas deputados teriam direto a passagens foi implantada em 2009, após virem à tona diversos casos de uso indevido da verba, o que ficou conhecido como o escândalo da farra das passagens. Na época, a regulamentação era superficial e diversos deputados pagaram passagem para parentes e amigos, incluindo viagens de lazer.

Após a restrição, a única exceção era liberada para assessores previamente cadastrados e em viagens justificadas. Durante a campanha à presidência da Câmara, Cunha se reuniu com um grupo de mulheres de parlamentares, em um chá oferecido por uma delas, que fizeram um apelo para a volta da liberação das passagens.

Além disso, a partir de abril, o auxílio-moradia passará de R$ 3.800 para R$ 4.243 por mês. Por ano, o impacto extra será de R$ 885 mil.

[...]




Mas universidades podem fechar. Isso não é problema algum.
Viva a Pátria Educadora.
Educação por aqui é prioridade nº 1.

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Sem verba, universidades do PR correm risco de fechar as portas
Edgard Matsuki
Do UOL, em Brasília
23/02/201515h00


    Divulgação
    Unioeste (Universidade Estadual do Oeste)

    Unioeste (Universidade Estadual do Oeste)

Professores parados, funcionários terceirizados a ponto de serem dispensados e ameaça de corte de energia elétrica. Este é o cenário da crise que as universidades estaduais paranaenses têm enfrentado em 2015.

A situação ainda pode ficar pior, de acordo com Aldo Bona, presidente da Apiesp (Associação Paranaense de Professores de Ensino Superior Público). Ele aponta que, se o governo não repassar R$ 124 milhões das despesas de custeio, quatro das sete universidades públicas podem fechar as portas antes mesmo do início do ano letivo.

De acordo com Bona, as instituições são a Unespar (Universidade Estadual do Paraná), Uenp (Universidade Estadual do Norte do Paraná), Unioeste (Universidade Estadual do Oeste) e Unicentro (Universidade Estadual do Centro-Oeste), instituição na qual ele é reitor.

As universidades fechariam por falta de quadro de funcionários fixos e condições de contratações: "Precisamos do dinheiro para pagar terceirizados (limpeza, manutenção e vigilância) e estagiários. Sem a verba, não há como os pagar e sem eles não dá para atender o público. No caso da Unicentro, vamos dispensar 220 terceirizados e 330 estagiários se o impasse não for resolvido até sexta-feira (27)", alerta.

Além do problema para cobrir a folha de pagamento, as universidades estaduais paranaenses também enfrentam problemas para cobrir despesas de manutenção como, por exemplo, a conta de luz. "Na Unicentro (que fica na cidade de Guarapuava), já recebemos dois avisos de corte de energia elétrica. Estamos sem pagar o relativo ao ano passado", diz Bona.

[...]


Offline Lorentz

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Re:Homenagem (póstuma) à Pátria Educadora
« Resposta #6 Online: 26 de Fevereiro de 2015, 01:57:22 »
Será que os salários dos políticos também atrasam ou não dependem de repasse?

Meio que respondendo à sua questão:

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Câmara reajusta benefícios e aprova passagens para mulher de deputado
Apesar de praticamente não impactar em nada na economia do país, este tipo de atitude é desmoralizante. Simbolicamente falando, cortar salários de políticos e economizar dinheiro seria bom. Aumentaria a confiança da população e mostraria um bom senso por parte deles. Mas parece que só o Aécio consegue ter essa noção.
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Offline El Elyon

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Re:Homenagem (póstuma) à Pátria Educadora
« Resposta #7 Online: 26 de Fevereiro de 2015, 05:51:14 »
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Apesar de praticamente não impactar em nada na economia do país, este tipo de atitude é desmoralizante. Simbolicamente falando, cortar salários de políticos e economizar dinheiro seria bom. Aumentaria a confiança da população e mostraria um bom senso por parte deles. Mas parece que só o Aécio consegue ter essa noção.

Felizmente você colocou o "simbolicamente". Para um político profissional, cortar o salário de políticos e de cargos de confiança é um péssimo movimento em sua carreira, ainda mais no começo do seu mandato. Um político ao fazer isso corre o risco de desagradar seus aliados e correligionários em troca de praticamente nada, já que as eleições estão distantes e a "memória pública" é extremamente curta (e só é importante nos meses próximos da eleição - e mesmo isso pode ser remediado com uma boa campanha de marketing).

Ao contrário do que parece, aumentar os salários de seus aliados políticos para manter seus apoio e torná-los dependentes de suas benesses são passos essenciais para um bom político que queira se manter no cargo por um longo período de tempo. É uma prática importante de uma rent-seeking elite.
"As long as the Colossus stands, Rome will stand, when the Colossus falls, Rome will also fall, when Rome falls, so falls the world."

São Beda.

Offline Gabarito

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Re:Homenagem (póstuma) à Pátria Educadora
« Resposta #8 Online: 07 de Março de 2015, 16:38:41 »
O país não vai ter jeito enquanto não se priorizar educação, salário de professor, atenção ao livro e fazer cumprir a máxima de que lugar de criança é na escola.
Primeira reportagem mostra o esforço de pais para suprir a lacuna do Estado.

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Pai de estudante em Teresina busca material escolar em depósito
04/03/2015 21h10 - Atualizado em 04/03/2015 21h19
Aulas já iniciaram há mais de um mês e os estudantes continuam se livros.
Imagens mostram livros empilhados em um depósito de Teresina.

Do G1 PI
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Lecionar para crianças que não possuem livros tem sido a maior dificuldade nas escolas municipais de Teresina. As aulas começaram há mais de um mês e até esta quarta-feira (4) o material didático não havia chegado.

Preocupado com o desempenho da filha na escola e sabendo o que estava acontecendo, o garçom Herly Vidal tomou uma decisão. Ele foi junto com a diretora da escola a um depósito onde o material estava guardado, pegou os livros no próprio carro e fez a entrega para a unidade de educação, um serviço que não deveria ser dele.

“Todos os pais de escola pública tem que acompanhar o desenvolvimento escolar do filho. Se a gente não procurar melhorar a escola pública para nossos filhos futuramente outros colégios ficarão mais defasados”, relatou.

Imagens feitas com um celular mostram livros empilhados no chão de um depósito no bairro Tabuleta, Zona Sul da capital, que ainda não foram distribuídos para as escolas. Na Escola Moacir Madeira Campos, no bairro Santa Sofia, onde estuda cerca de 600 crianças do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, faltam livros de cinco disciplinas. “Fica ruim, pois tem alguns exercícios que são dos livros e a gente não pode escrever. Dessa forma ficamos sem aprender o conteúdo”, reclamou a estudante Bianca Lopes.

Outro exemplo do descaso é a creche municipal Ecília Torres de Almeida, onde ninguém possui livros didáticos. De acordo com a professora Lilian Ruth, o jeito foi fazer uma aula mais gesticulada. “O livro serve como reforço e eles não estão tendo no momento. Quase sempre os livros chegam bem atrasados aqui na creche”, falou.

O material é entregue gratuitamente pelo Programa Nacional do Livro Didático e já deveriam está com os estudantes há um mês. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, os livros já estão em um depósito no bairro Tabuleta, Zona Sul da capital e só não foram entregues porque houve um atraso na entrega do material.

A Secretaria de Educação informou que os livros das creches começarão a ser entregues nessa quinta-feira (5). Já o material das escolas, deve ser todo distribuído até o final da semana. Já os Correios, repassaram que até o final deste mês irá entregar todos os livros.

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Re:Homenagem (póstuma) à Pátria Educadora
« Resposta #9 Online: 07 de Março de 2015, 16:39:03 »
Segunda reportagem mostra o descaso do poder público com a ferramenta da educação: livros.
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Milhares de livros didáticos novos são descartados em Maceió
05/03/2015 19h47 - Atualizado em 06/03/2015 00h44
Secretaria da Educação de Alagoas descarta oito toneladas de livros
Material foi destinado para cooperativa de catadores de recicláveis.
Gestores da SEE disseram que livros didáticos estão defasados.

Do G1 AL, com informações da TV Gazeta
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A Secretaria de Estado da Educação de Alagoas (SEE) descartou 8 toneladas de livros didáticos considerados inservíveis. O material, suficiente para carregar um caminhão, foi destinado nesta quinta-feira (05) para uma cooperativa de catadores que trabalha com a coleta seletiva de recicláveis.

Segundo a vice-presidente da cooperativa de catadores, Ivanilda Gomes, o material recolhido através da SEE corresponde ao papel que é recolhido em dois meses pelos associados. “Nós atendemos um chamado da SEE que publicou no Diário Oficial do Estado (DOE) um chamado para cooperativas que tem interesse em adquirir os livros”, disse.

O documento da Secretaria de Educação de Alagoas entregue à cooperativa mostra que os livros teriam ultrapassado a vida útil e não podem mais ser usados; ou ainda por estarem em péssimo estado de uso, o que deixa a recuperação inviável.

No entanto, o curioso é que a maioria dos livros nunca foi usada. São livros novos, ainda na embalagem e que poderiam ajudar muita gente. Entre eles, estão livros destinados à alfabetização infantil ou ao ensino de jovens e adultos, publicados em 2009 e 2010.

No estado com o pior índice da educação básica do Brasil, a recicladora Eliene da Silva lamenta o descarte dos livros. “Muito triste ver esses livros que poderiam estar ajudando crianças serem descartados. Muitas mães pobres não podem comprar para os filhos livros como estes que estão sendo jogados”, diz.

SEE
Apesar do lamento da recicladora Eliene da Silva, a SEE informou que os livros foram descartados porque têm mais de três anos de fabricação. E uma resolução do governo federal orienta que eles não sejam usados depois desse tempo porque podem estar defasados.
A reportagem da TV Gazeta perguntou se na ocasião não houve uma compra excessiva e a resposta da SEE foi que não iria se pronunciar sobre o fato.

Offline Gabarito

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Re:Homenagem (póstuma) à Pátria Educadora
« Resposta #10 Online: 07 de Março de 2015, 16:39:22 »
Terceira reportagem mostra o sofrimento de alunos que estão sendo escanteados no Fies.
O governo está dificultado ao máximo o acesso ao crédito, diz que os problemas de acesso na Internet está sendo solucionado, mas não amplia o prazo. Ou seja, está esperando que os alunos percam o prazo e fiquem de fora.
Muito bem, governo! Arrocha quem é pequeno, que precisa e é necessitado!

Nesse governo desastrado do PT quem está mesmo pagando o pato, pagando a conta, perdendo as beiras é o pobre, é quem precisa, é quem não tem crédito, é quem vive de salário, é o mais fraco, coitado.

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Problemas no sistema do Fies impedem inscrições de estudantes
Edição do dia 06/03/2015
Mesmo com prazo até 30 de abril, alunos encontram problemas para realizar inscrição e continuam recebendo boletos de mensalidades das faculdades.
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Muitos estudantes brasileiros que entraram na faculdade este ano estão com medo de ter que desistir dos cursos. Eles ainda não conseguiram o financiamento para bancar os estudos, e as mensalidades já começaram a vencer

Ana Paula já perdeu a conta das horas em frente ao computador. Ela entrou em um curso de odontologia em Belém e tenta se inscrever no Fies, mas toda vez que acessa o site recebe o aviso de que as vagas estão esgotadas.

“Quando vou entrar em contato com a instituição, para ver se isso realmente é verdade, eles falam que não tem como, que é impossível porque o número de vagas lá não é limitada, é ilimitada”, afirma a estudante Ana Paula Osório.

O mesmo aviso aparece para Mariana, que passou em Medicina Veterinária, em São Paulo. A família se reveza há quase duas semanas querendo fazer a inscrição. Os estudantes que não conseguiram financiamento estão preocupados porque os boletos das mensalidades estão chegando e eles não têm como pagar. Muitos temem ser obrigados a trancar a matrícula.

“É frustrante, porque eu estou em um curso que eu gosto, que eu sempre quis. A universidade é maravilhosa e eu corro o risco de não poder continuar porque não tem como pagar a mensalidade e o site não está funcionando”, diz a estudante Mariana da Silva.

A Associação que responde pelas instituições de ensino superior no país também reclama.

“As escolas e os alunos não têm conhecimento de quais são esses bloqueios que estão no sistema que estão impossibilitando o acesso desses alunos ao programa”, explica Sólon Caldas, da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior

Andressa é outra estudante que não conseguiu se inscrever. A tia dela ligou para o 0800 do Fies em busca de uma explicação. E conta o que ouviu da atendente:

“Ela voltou na linha e fez assim: ‘Não sei responder a senhora. O Fies agradece a sua ligação’”, conta Tânia de Lima, tia de Andressa.

Em nota, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, ligado ao MEC, diz que "ocorreram momentos de indisponibilidade" no site do fies e que está "tomando todas as medidas possíveis para superar as dificuldades". E acrescenta que "o prazo de inscrição vai até o dia 30 de abril".

Para a família de Mariana, a angústia continua. A primeira mensalidade, no valor de R$ 1.819, venceu no mês passado.

“A universidade deu prazo para gente até 14 de março para conseguir fazer o Fies”, diz Mariana.
   
“A gente sente o que os filhos sentem. Entendeu? Então é uma frustração se a gente não conseguir. Vai ser uma frustração muito grande”, afirma mãe Cleusa do Nascimento, emocionada.

Offline Gabarito

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Re:Homenagem (póstuma) à Pátria Educadora
« Resposta #11 Online: 07 de Março de 2015, 16:40:39 »
As três reportagens acima foram todas no mesmo dia, sexta-feira, ontem.
Mas isso tem virado rotina e sai notícia parecida quase todo dia.
Educação, pátria educadora.
Conversa fiada.
Mais mentiras e promessas vãs.

Offline Diegojaf

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Re:Homenagem (póstuma) à Pátria Educadora
« Resposta #12 Online: 07 de Março de 2015, 17:06:27 »
Eu não tenho filhos então não estou sabendo, mas ninguém mais precisa comprar livro escolar? Agora é tudo dado pelo Estado?
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Diegojaf

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Re:Homenagem (póstuma) à Pátria Educadora
« Resposta #13 Online: 07 de Março de 2015, 17:13:56 »
Eu admito que não me compadeço muito com esse tipo de reclamação.

Demorei 8 anos pra terminar minha graduação porque nem sempre tinha grana pra pagar a matrícula e durante minha infância, a ralação foi  bruta pra minha mãe conseguir comprar os meus materiais. Sempre estudei em escola pública e só lá pros meus 16 anos a coisa começou a melhorar pro nosso lado.

Acho que uma coisa é ajudar quem está em condições de miséria, mas ajudar todo mundo, acho caro e desnecessário. Maluco não acha caro gastar R$500 em um ingresso de jogo mas acha absurdo pagar R$80 em um livro. Pra mim é só mais um ralo pra onde o dinheiro vai sem nenhum controle.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Homenagem (póstuma) à Pátria Educadora
« Resposta #14 Online: 07 de Março de 2015, 17:48:04 »


....Acho que uma coisa é ajudar quem está em condições de miséria, mas ajudar todo mundo, acho caro e desnecessário. Maluco não acha caro gastar R$500 em um ingresso de jogo mas acha absurdo pagar R$80 em um livro. Pra mim é só mais um ralo pra onde o dinheiro vai sem nenhum controle.

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Offline Moro

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Re:Homenagem (póstuma) à Pátria Educadora
« Resposta #15 Online: 08 de Março de 2015, 00:35:00 »
Eu não tenho filhos então não estou sabendo, mas ninguém mais precisa comprar livro escolar? Agora é tudo dado pelo Estado?

tudo dado pelo estado? O estado para mim é um ente que vem e me rouba dinheiro e faz com que eu precise arcar com segurança, saúde, higienização pública, agua e etc.. serviços que eu já havia pago para ele fazer.

Estado para mim não dá nada.. só toma.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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Offline Azazel

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Re:Homenagem (póstuma) à Pátria Educadora
« Resposta #16 Online: 08 de Março de 2015, 01:33:30 »
 A UFRJ soltou uma nota dizendo que só no ano passado esse Governo deixou  de repassar mais de $ 50 milhões só para esta  e esse ano  já adiaram em duas semanas as aulas até agora .

A propaganda que ainda circula em rede aberta "O Governo Federal elegeu sua prioridade: a educação.." somada aquela da Petrobrás é a prova definitiva que o Governo nos acha  o povo mais idiota da Terra( e vai dizer que não somos? :hmph:).Gastam milhões do nosso dinheiro com propagandas  para mentir e nos chamar de otários.
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Offline Moro

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Re:Homenagem (póstuma) à Pátria Educadora
« Resposta #17 Online: 08 de Março de 2015, 05:21:26 »
torcer para que o petismo não transforme nossos diplomas em papel higiênico, que para o que eles servem na VE agora.
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Skorpios

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Re:Homenagem (póstuma) à Pátria Educadora
« Resposta #18 Online: 08 de Março de 2015, 07:54:58 »


....Acho que uma coisa é ajudar quem está em condições de miséria, mas ajudar todo mundo, acho caro e desnecessário. Maluco não acha caro gastar R$500 em um ingresso de jogo mas acha absurdo pagar R$80 em um livro. Pra mim é só mais um ralo pra onde o dinheiro vai sem nenhum controle.

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Offline Donatello

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Re:Homenagem (póstuma) à Pátria Educadora
« Resposta #19 Online: 08 de Março de 2015, 08:49:24 »
Eu admito que não me compadeço muito com esse tipo de reclamação.

Demorei 8 anos pra terminar minha graduação porque nem sempre tinha grana pra pagar a matrícula e durante minha infância, a ralação foi  bruta pra minha mãe conseguir comprar os meus materiais. Sempre estudei em escola pública e só lá pros meus 16 anos a coisa começou a melhorar pro nosso lado.

Acho que uma coisa é ajudar quem está em condições de miséria, mas ajudar todo mundo, acho caro e desnecessário. Maluco não acha caro gastar R$500 em um ingresso de jogo mas acha absurdo pagar R$80 em um livro. Pra mim é só mais um ralo pra onde o dinheiro vai sem nenhum controle.
Quando eu digo na faculdade que não apoio as manifestações para a construção de novos bandejões nos campi que não possuem (e torço pela utópica extinção dos três já existentes no meu campus) eu quase levo porrada e sou visto como um alien. Quando tento explicar que não acho que o estado deva pagar a alimentação de alunos de uma universidade onde quase todos os alunos são de classe média pra cima (um estudo ANDIFE de 13 anos atrás dava que àquela época 80% dos alunos das federais do sudeste tinham renda per capita acima de 1700 reais [ o que na época dava uns 6 salários mínimos], ajustando pro quanto que o salário mínimo aumentou neste tempo eu calculo por alto que uma pesquisa mais atualizada daria uns 5000 reais per capita para pelo menos os mesmos 80% de alunos: definitivamente não é o tipo de gente que precise de merendinha paga com dinheiro dos impostos pagos por pedreiros e empregadas domésticas) metade acaba me olhando com uma certa cara de compaixão do tipo "você tem toda a razão, coitado, mas deve ser algum tipo de idiota: vou continuar lutando pelos meus privilégios"

Offline Donatello

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Re:Homenagem (póstuma) à Pátria Educadora
« Resposta #20 Online: 08 de Março de 2015, 08:56:57 »
Enquanto isso a UFRJ tem dinheiro para pagar a alimentação diária de milhares de pobres moiçolos e moiçolas de classe média alta (e o que tem de moiçolo e moiçola que ainda reclama que o cardápio é ruim, que só tem opção de lasanha ou quibe de soja naquele dia e que a proteina vegana devia ser algo mais temperado e que a opção de carne devia ser mais variada e que o suco devia ser natural em vez de tang... taquepariu) mas não tem dinheiro para pagar a limpeza dos prédios e por conta disso as aulas já atrasaram 2 semanas (previsão era pro dia 2, foi alterada pra 09 e depois 16 e contando...)

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Caro(a) estudante.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro decidiu suspender por mais uma semana o reinício das suas atividades acadêmicas, deste primeiro semestre de 2015.

A decisão ocorreu nesta sexta-feira, 6 de março, à tarde, após a realização da Plenária de Decanos e Diretores, juntamente aos membros do Conselho Universitário, para avaliar se haveria condições de a instituição retomar as atividades normalmente, mesmo com algumas das suas unidades ainda com os serviços terceirizados de limpeza incompletos.

Um balanço da situação apontou que a maioria das 63 unidades acadêmicas não teria condições de reiniciar as suas atividades na próxima segunda-feira (9). Após avaliação da situação geral, o conjunto de diretores, decanos, membros do Conselho Universitário e da administração central da Universidade adotou a decisão consensual de adiar para segunda-feira, 16 de março, o reinício das atividades.

Portanto, até essa data, estarão suspensas as atividades acadêmicas da UFRJ, inclusive no Colégio de Aplicação (CAp) e na Escola de Educação Infantil.

A plenária contou também com a participação de representantes sindicais, estudantes e trabalhadores da empresa Qualitécnica que, em vários momentos, interromperam a reunião reivindicando o pagamento imediato dos seus salários, atrasados pela empresa.

As unidades atendidas pela empresa Qualitécnica estão sendo prejudicadas pelo não cumprimento de cláusula contratual por parte da empresa, que deveria honrar o pagamento dos trabalhadores, mesmo sem repasse de verbas da universidade por até 90 dias.

A UFRJ está empenhada em solucionar o impasse entre a empresa e seus trabalhadores antes de adotar medidas legais para a ruptura unilateral do contrato.

Diante do cenário desigual entre as diferentes unidades acadêmicas em relação às condições de retomada das atividades, optou-se pelo cumprimento do calendário acadêmico de forma conjunta e reinício das aulas após sanadas as atuais pendências.

 

URFJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Em caso de dúvida ou se necessitar de mais informações,
entre em contato com a Divisão de Ensino do seu Curso.
Sistema Integrado de Gestão Acadêmica
Superitendência Geral de Ensino
Universidade Federal do Rio de Janeiro
« Última modificação: 08 de Março de 2015, 08:59:43 por Donatello van Dijck »

Offline Fabrício

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Re:Homenagem (póstuma) à Pátria Educadora
« Resposta #21 Online: 08 de Março de 2015, 10:49:35 »
Eu admito que não me compadeço muito com esse tipo de reclamação.

Demorei 8 anos pra terminar minha graduação porque nem sempre tinha grana pra pagar a matrícula e durante minha infância, a ralação foi  bruta pra minha mãe conseguir comprar os meus materiais. Sempre estudei em escola pública e só lá pros meus 16 anos a coisa começou a melhorar pro nosso lado.

Acho que uma coisa é ajudar quem está em condições de miséria, mas ajudar todo mundo, acho caro e desnecessário. Maluco não acha caro gastar R$500 em um ingresso de jogo mas acha absurdo pagar R$80 em um livro. Pra mim é só mais um ralo pra onde o dinheiro vai sem nenhum controle.
Quando eu digo na faculdade que não apoio as manifestações para a construção de novos bandejões nos campi que não possuem (e torço pela utópica extinção dos três já existentes no meu campus) eu quase levo porrada e sou visto como um alien. Quando tento explicar que não acho que o estado deva pagar a alimentação de alunos de uma universidade onde quase todos os alunos são de classe média pra cima (um estudo ANDIFE de 13 anos atrás dava que àquela época 80% dos alunos das federais do sudeste tinham renda per capita acima de 1700 reais [ o que na época dava uns 6 salários mínimos], ajustando pro quanto que o salário mínimo aumentou neste tempo eu calculo por alto que uma pesquisa mais atualizada daria uns 5000 reais per capita para pelo menos os mesmos 80% de alunos: definitivamente não é o tipo de gente que precise de merendinha paga com dinheiro dos impostos pagos por pedreiros e empregadas domésticas) metade acaba me olhando com uma certa cara de compaixão do tipo "você tem toda a razão, coitado, mas deve ser algum tipo de idiota: vou continuar lutando pelos meus privilégios"

Quando eu estava na faculdade, há alguns aninhos atrás, já era assim... pagávamos um valor irrisório no bandejão, e praticamente todos os meus colegas eram de classe média (eu inclusive) ou alta. E os caras reclamavam porque não era de graça (em uma comparação grosseira, seria como pagar atualmente 0,80 a 1 real por refeição), não podia pegar o tanto de carne que eles gostariam, a comida era mal feita (não era), o suco não era natural, e tome choro...
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Offline Gabarito

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Re:Homenagem (póstuma) à Pátria Educadora
« Resposta #22 Online: 14 de Março de 2015, 21:52:05 »
Uma exceção ao tema póstumo do tópico para uma bela história.


Coisa bonita de ver!
Um exemplo a ser seguido.
Uma bela história de amor ao conhecimento.
Parabéns, Kaciane!

(É mais interessante conhecer a história pelo vídeo, que está na página da fonte)

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Aos 10 anos, menina já leu mais de 400 livros e monta biblioteca em casa
Edição do dia 14/03/2015
Kaciane Marques Nascimento decidiu incentivar outras crianças e jovens a fazer o mesmo e montou uma biblioteca em casa.



Uma menina de 10 anos, que leu mais de 400 livros, quer incentivar outras pessoas a gostar tanto de ler quanto ela. Kaciane passa boa parte do dia lendo, a cada nova página, uma descoberta. "Parece que eu estou viajando sem sair do lugar”, descreve Kaciane Marques Nascimento, 10 anos.

E, para não perder as contas de quantas viagens já fez, ela anota tudo em um caderninho. E a lista é enorme. Aos 10 anos, a menina já leu 409 livros. Na escola estadual onde cursa a quinta série, ela ganhou até um apelido."A gente brinca que ela é a menina que devora livros", conta uma colega da escola.

A paixão pelos livros começou assim que foi alfabetizada. A professora Maria Cristina foi uma das grandes incentivadoras. "Desde o primeiro livro ela ficou super entusiasmada e veio falar que amou. Ela leu o livro em dois dias. Para uma criança de 7 anos, é demais ", lembra Maria Cristina de Godoy, Professora. “Às vezes tem que brigar para ela parar de ler. Chega a hora de jantar, de tomar banho, e ela está lá lendo”, conta Adriana Cunha, mãe da Kaciane.

Depois de ler tantos livros, Kaciane decidiu incentivar outras crianças e jovens a fazer o mesmo. Foi então que teve a ideia de montar, em casa mesmo, uma biblioteca. O problema era como fazer isso.

Um pouco antes de fazer aniversário, a menina, sozinha, gravou um vídeo pedindo ajuda e postou na internet: “Eu queria pedir a ajuda de vocês, porque meu sonho é montar uma biblioteca”.

E muita gente se sensibilizou. Em três meses, Kaciane perdeu até a cama de tantos livros que ganhou: 2 mil exemplares. O dono de uma escola particular gostou tanto da determinação da menina que resolveu dar de presente a biblioteca. A obra, no fundo da casa da família, na periferia de São José do Rio Preto, já está adiantada. E é a própria Kaciane quem supervisiona tudo.

Contagem regressiva para ver o sonho virar realidade. “Eu vou incentivar crianças, adolescentes e adultos e idosos a gostar de ler. Acho importante", planeja a menina.

“A Kaciane já está fazendo a diferença”, destaca a professora.



Offline Diegojaf

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Re:Homenagem (póstuma) à Pátria Educadora
« Resposta #23 Online: 15 de Março de 2015, 08:51:56 »
Alguém apresente o Skoob pra essa menina...
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Gabarito

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Re:Homenagem (póstuma) à Pátria Educadora
« Resposta #24 Online: 27 de Abril de 2015, 10:52:38 »
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Governo gastou bilhões em obras de universidades que não estão prontas
Edição do dia 27/04/2015
Levantamento da CGU mostrou que Governo Federal gastou bilhões em obras para ampliar universidades, mas muitas obras ainda estão paradas.




Um levantamento da Controladoria-Geral da União mostrou que o Governo Federal gastou bilhões de reais em obras que deveriam ampliar as universidades, mas sequer ficaram prontas. O programa terminou há mais de dois anos e muitas obras ainda estão paradas.

O MEC diz que o programa deu certo e que muitas universidades foram ampliadas, permitindo um aumento significativo na oferta de cursos e vagas. Para a CGU, a realidade é outra: de 72 obras fiscalizadas, um terço não cumpriu o cronograma de obras.

Obras paradas e alunos em expectativa. Na Universidade Federal de Sergipe, a construção de dois prédios para o hospital universitário foi interrompida com pouco mais de 10% da obra executada por problemas com a empresa construtora.

Na Federal do Rio Grande do Sul também há obras suspensas: a do prédio de Engenharia parou por falta de autorização ambiental; o da Faculdade de Medicina tem que ser entregue até o final deste mês, mas ainda não foi.

As obras do Hospital de Medicina Veterinária da Universidade Federal da Bahia estão atrasadas por causa de problemas com uma empresa fornecedora.

Na Universidade Federal do Pará, a construção do prédio para os cursos de Farmácia e Odontologia está parada. A empresa que venceu a licitação decretou falência.

Todas essas obras receberam recursos do Reuni, o programa do governo criado para reestruturar e expandir as universidades federais. Segundo o Ministério da Educação, mais de R$ 6 bilhões foram investidos entre 2008 e 2012.

Mas uma avaliação feita pela Controladoria-Geral da União aponta falhas na execução do programa. Em uma amostra de 72 obras fiscalizadas, 37% não cumpriram nem o cronograma físico nem o financeiro. A Controladoria advertiu que esses atrasos podem acarretar prejuízos. Também apontou fragilidade na adoção de medidas para garantir a qualidade das obras, já que muitas foram concluídas, mas não puderam ser recebidas definitivamente e liberadas para uso por conta de alguma falha no processo.

De acordo com a Controladoria da União, 80% de todas as obras previstas no programa foram concluídas até o ano passado. O relatório da CGU destaca que as obras que ainda estão sendo feitas são exatamente as mais caras, concentram 40% do total de recursos destinados ao Reuni.

E em alguns casos, o dinheiro repassado não foi o suficiente para fazer tudo o que estava previsto. Na UFF, a Universidade Federal Fluminense, em Niterói, Região Metropolitana do Rio, encontramos prédios parados que não são citados no relatório, mas foram erguidos com dinheiro do Reuni.

A equipe gravou com celular em dois campus da universidade. Um prédio da biomedicina está aparentemente pronto, mas vazio. Imagens foram gravadas no prédio da Biologia, onde funcionam os laboratórios.

“É dito que a gente faz uma pesquisa de excelência mas eu não sei como essa pesquisa consegue ser de excelência com a falta de estrutura que a gente tem aqui. O prédio onde a gente tem aula está em condições precárias, o ar-condicionado com aviso na porta da direção que se ligar tem risco de incêndio, tetos desabando, infiltrações por todas as paredes e todos os tetos”, afirma o aluno Pedro Henrique Leal.

Um novo prédio da Faculdade de Biologia está sendo construído em outro campus. Os alunos dizem que a reitoria tinha prometido que ele seria entregue em 2011, mas a obra continua inacabada.

A UFF diz que há sete construções paradas por falta de pagamento às empreiteiras. “Nunca houve uma decisão explícita, um discurso por parte do governo em termos de paralisação. Simplesmente o dinheiro deixou de cair na conta. As obras que não estão concluídas são, neste momento, desperdício. Elas só serão investimento quando os recursos começarem a render frutos, seja na forma de ensino seja na forma de pesquisa”, afirma o superintendente de Comunicação da UFF, Afonso Albuquerque.

O Ministério da Educação diz que não houve cortes nos recursos previstos para a universidade do Rio e avalia que o programa foi bem sucedido. Diz que as ampliações feitas com recursos do Reuni permitiram praticamente dobrar a oferta de cursos e de vagas nas universidades federais.

Segundo o secretário-executivo do ministério, só 4% das obras estão paradas. “Nós temos total atenção com essas obras, dialogamos com as reitorias, com as equipes de engenharia para conclui-las. São problemas que levam um tempo mesmo, pela própria legislação, as questões jurídicas. Nenhum reitor, nenhum gestor pode aportar mais recursos do que a lei permite, então qualquer realinhamento de preços tem que ser analisados pelo jurídico, temos questões ambientais, mas evidentemente são coisas que analisamos ponto a ponto junto com as reitorias”, afirma Luíz Cláudio Costa.

O economista José Matias Pereira diz que o para ser considerado bem sucedido o programa tem que passar por uma ampla avaliação. “Nós temos ainda não só a questão de obras paradas, mas obras que estão em andamento e são de valores significativos. Nós estamos falando de um programa que terminou em 2012. Então entendo que já é hora de este programa sofrer este processo de avaliação e vir a público pra que tenha uma transparência maior. Não basta dizer só que o programa foi bem sucedido, é preciso mostrar isso”, ressalta.

O relatório da CGU foi feito no ano passado.

O Ministério da Educação reafirmou que não fez nenhum corte no orçamento do programa e que no caso da Universidade Federal Fluminense, o contrato inicial previa um repasse de R$ 287 milhões, mas a universidade apresentou a necessidade de mais recursos e no fim do contrato foram repassados R$ 417 milhões para as obras.

 

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