O ensino como hoje é está à milhas de distância do que deveria ser, e isso é fato consumado, não cabendo aí nenhuma consideração a mais; jogar sal na ferida em nada contribui para sua completa restauração.
Nem todos os estudantes (e aqui caberia uma pesquisa recente sobre o tema), durante o Ensino Médio, alcançam uma compreensão pessoal de suas aptidões e como as mesmas podem ser utilizadas na escolha de uma futura profissão; nesse modelo, inclusive, são direcionados em sua grande maioria pelos pais, como no caso de advogados e médicos, os quais geralmente são seguidores de uma linhagem por assim dizer.
Aqui começa a se quebrar esse paradigma, o da faculdade, da profissão e do emprego; pode perguntar a qualquer aluno se ele realmente se vê trancado num escritório (modelo antigo) de 8 às 18 horas, como seus pais fazem e como seus avós fizeram, se não há entre suas escolhas opções vistas pela sociedade como não adequadas ao que se chamaria de sucesso profissional.
Um exemplo meio tosco, seria o dos cozinheiros glamourizados pelos "reality shows", vamos acompanhar e ver se há 100 anos atrás (muito embora a profissão de cozinhar para outros seja mais antiga que a outra, aquela mesma), os homens eram valorizados por cozinharem. Era uma profissão suja, suada e árdua, quase sempre (não que ainda não seja, rsrs), homens que se aventuravam nesse ramo sofriam dos sentimentos mistos de amor/ódio que pessoas que alimentam pessoas sofrem, eram vítimas frequentes de roubos (ainda são), e vistos pela sociedade que utilizava seus serviços como um mal necessário (talvez isso somente tenha mudado).
Voltando à vaca fria, se existe uma opção ao método disciplinar aplicado hoje nas escolas, se existem melhores maneiras de expor ao aluno a miríade de opções que ele possui para desenvolver suas capacidades, se há uma forma de fazê-lo entender as dificuldades que a raça humana enfrentou ao longo dos milênios para alcançar todo esse conhecimento, que ele não deveria ser obrigado a decorá-lo, mas sim assimilar sua essência, criadora da curiosidade pelo céu estrelado que guiou muitos dos cientistas na busca das explicações sobre como o Universo funciona e nosso papel nele, que seja então proposta e discutida.