Autor Tópico: Monarquia ou República?  (Lida 9647 vezes)

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Offline NFC

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Re:Monarquia ou República?
« Resposta #25 Online: 15 de Março de 2015, 13:52:32 »
Antes de prosseguir, eu preciso ter noção de que tipo de Monarquia falamos. Que tipo de poderes um Monarca deve possuir? Quis limitações existirão quanto a esse poder? Que garantias teremos contra o abuso de poder por parte do monarca? O que será feito caso o monarca viole sistematicamente suas limitações?

E uma pergunta de ordem prática em uma eventual restauração monárquica no Brasil - quem será o monarca? Porque uma família real que está a mais de 100 anos fora do poder tem tanta capacidade de clamar seu título quanto eu tenho (sem contar que os Braganças estão separados em ao menos dois ramos).

Falamos de monarquia constitucional parlamentarista.

O monarca só tem um Poder: o Poder moderador.

A Constituição de 1824 diz:

  Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organisação Politica, e é delegado privativamente ao Imperador, como Chefe Supremo da Nação, e seu Primeiro Representante, para que incessantemente vele sobre a manutenção da Independencia, equilibrio, e harmonia dos mais Poderes Politicos.

 Art. 101. O Imperador exerce o Poder Moderador

        I. Nomeando os Senadores, na fórma do Art. 43.

        II. Convocando a Assembléa Geral extraordinariamente nos intervallos das Sessões, quando assim o pede o bem do Imperio.

        III. Sanccionando os Decretos, e Resoluções da Assembléa Geral, para que tenham força de Lei: Art. 62.

        IV. Approvando, e suspendendo interinamente as Resoluções dos Conselhos Provinciaes: Arts. 86, e 87.     (Vide Lei de 12.10. 1834)

        V. Prorogando, ou adiando a Assembléa Geral, e dissolvendo a Camara dos Deputados, nos casos, em que o exigir a salvação do Estado; convocando immediatamente outra, que a substitua.

        VI. Nomeando, e demittindo livremente os Ministros de Estado.

        VII. Suspendendo os Magistrados nos casos do Art. 154.

        VIII. Perdoando, e moderando as penas impostas e os Réos condemnados por Sentença.

        IX. Concedendo Amnistia em caso urgente, e que assim aconselhem a humanidade, e bem do Estado.



Limites ao Poder Moderador? Existe abuso do Poder Moderador? A Rainha Elizabeth, por exemplo, não utiliza o Poder Moderador há 54 anos, mas se a população clamar por reforma política, ela certamente o utilizará. Se, porventura, o monarca abusar do poder moderador, se é que isto é possível, certamente a população deporá o Imperador vigente.

O atual herdeiro do trono é Dom Luiz Gastão de Orleans e Bragança, trineto de D. Pedro II, e seu sucessor, Dom Bertrand de Orleans e Bragança.

A razão de você não poder ser monarca é simples - e óbvia: você não recebeu educação real, não foi educado desde criança a ser chefe de Estado, e tampouco conhece a história monárquica do país.


Você sabe que o Poder Moderador foi uma criação de Pedro I e só existiu no Brasil e em Portugal,  não?

Não foi. Foi idealizado por Benjamin Constant e existe em boa parte das monarquias constitucionais atuais de forma convencional. A rainha Elizabeth, por exemplo, tem o total poder de dissolver o parlamento e convocar novas eleições a qualquer momento. Isto é o poder moderador.

Offline NFC

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Re:Monarquia ou República?
« Resposta #26 Online: 15 de Março de 2015, 14:02:03 »
hahahahahaah. Quer dizer que o Brasil tem corrupção porque não tem imperador e que todos os descendentes de Dom Pedro são geneticamente pessoas honestas, humildes e que pensam no bem do país acima de tudo? Porque comparar a república Brasileira com a monarquia européia e não comparar a república americana com a monarquia tailandesa?

A república americana é um exceção em quase tudo. Os Estados Unidos tornaram-se independentes somente através do Republicanismo. O Brasil não. Quando Marechal Deodoro rompeu com o Império, rompeu também com toda o espírito imperial brasileiro, impondo essa praga positivista que não é levada a sério em lugar algum a não ser nesse país.

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Estado e governo: porque separar

No Brasil, Estado e Governo se misturam por causa da república presidencialista e quase ninguém percebe a diferença entre ambos e, o pior: há uma tendência de confundir os dois.

O Governo é transitório, ele representa interesses de partidos políticos, enfim: grupos de pessoas que querem levar alguma vantagem no poder. Geralmente os objetivos verdadeiros dos governantes quase nunca coincidem com os da nação.

O Estado é perene. Ele representa o próprio povo, a nacionalidade, a coletividade, os valores fundamentais da sociedade. Ele é a nossa bandeira, o nosso hino nacional, o nosso território, a nossa cultura, a garantia de que somos e seremos Brasil. Enfim: o Estado é a nossa identidade coletiva que nos distingue no cenário internacional. O Estado é a nossa pátria.

Isso é fácil de ser percebido durante a Copa do Mundo. Quando o brasileiro balança a bandeira verde e amarelo e veste a camisa da seleção, ele não o faz em homenagem aos seus governantes, mas ao seu Estado. Enfim: porque ele é brasileiro, porque seu sangue é verde-amarelo, porque ele se identifica com o Estado Brasileiro: a pátria verde-amarelo.

O governo não tem nada a ver com a pátria. O governo é uma corporação política formada por pessoas que veem nos cargos políticos a oportunidade de obter vantagem. O partido político que está no poder forma o governo conforme seus interesses. Para isso, ele se alia a outros partidos, faz concessões e busca a melhor forma de realizar seus interesses particulares.

Há duas formas básicas de república: a parlamentarista e a presidencialista. A característica fundamental do sistema presidencialista é concentrar na mesma pessoa a chefia de Estado e a chefia de governo. Logo, no Brasil não há separação entre Estado e Governo pelo fato do Brasil ser uma república presidencialista.

No sistema parlamentarista a chefia de Estado e a chefia de governo são exercidas por pessoas diferentes. Isso confere independência para que os titulares desses cargos possam tratar dos assuntos de Estado e dos assuntos de governo. O resultado da separação é a melhoria da eficiência administrativa do Estado por causa da diminuição da influência dos interesses de governo sobre os interesses de Estado.

No sistema parlamentarista, a divisão da chefia de Estado e de governo pode ocorrer de duas formas principais: sob a forma republicana ou sob a forma monárquica.

Sob a forma republicana o chefe de Estado é eleito periodicamente de modo semelhante ao chefe de governo. Há variantes desse modelo: alguns são eleitos diretamente pelo povo e outros indiretamente. Mas a essência de ambos é a mesma: o chefe de Estado é provisório e exerce o cargo por tempo determinado.

Devido a isso, o chefe de Estado, assim como o chefe de governo, também fica tentado a buscar seus interesses pessoais em detrimento aos interesses do Estado. Esse fenômeno ocorre porque o poder confere vantagens a seu detentor e ele sabe que um dia o poder acabará. Em função disso, de maneira consciente ou inconsciente, ele procura se resguardar para o futuro quando não mais terá o poder. E consequentemente, ele procura ajuntar o máximo de fortuna e vantagens enquanto ele está no cargo. Tal característica torna a separação da chefia de Estado e de Governo parcial nas repúblicas parlamentaristas devido à ação natural do desejo humano de querer levar vantagem conforme já explicamos.

Já nas monarquias, a chefia de Estado é exercida pelo Rei ou Imperador e a chefia de governo é exercida por alguém eleito pelo povo direta ou indiretamente. Tal característica torna a separação entre Estado e governo mais completa e radical do que na forma republicana, apesar de todos os preconceitos e mentiras disseminados no sistema de ensino brasileiro sobre a monarquia.

O Rei/Imperador geralmente é hereditário. Por isso, sua visão sobre o Estado é diferenciada: ele não está limitado à próxima eleição, nem a interesses partidários. Isso o dá mais liberdade para realizar projetos de longo prazo e o incentiva a apoiar projetos que os interesses fugazes de governo não permitem. Além do mais, o Rei/Imperador tende a se identificar com o próprio Estado. Isso o faz encarar a corrupção política e as ações danosas contra o Estado como lesões contra sua própria pessoa o que o motiva a agir contra elas. Enfim: o desejo natural de querer levar vantagem motiva o rei /imperador a agir em conformidade com os interesses do Estado porque quando o Estado ganha, é ele mesmo que ganha, e quando o Estado perde, é ele mesmo que perde. Isso estimula a responsabilidade administrativa conforme já explicamos em outro texto.

A eficiência da separação entre Estado e governo pode ser medida com mais exatidão através da análise de três índices globais:

a) O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): ele mede a qualidade dos serviços básicos prestados a população: saúde, educação, segurança, saneamento básico e outros;

b) O Índice de Democracia: ele mede a qualidade da democracia em cada país;

c) O Índice de corrupção global: ele mede o índice de corrupção e honestidade em cada país;

Em todos os três índices a república presidencialista apresentou o pior desempenho. Em contrapartida, o melhor desempenho nos índices foi obtido pelas monarquias parlamentaristas. Elas foram classificadas como as melhores prestadores de serviços públicos (70% dos 10 mais), as mais democráticas (70% dos 10 mais) e as mais honestas (70% dos 10 mais). No nível intermediário/baixo encontramos as repúblicas parlamentaristas e na lanterninha, as repúblicas presidencialistas.

Resultados negativos da mistura entre Estado e governo no Brasil

Quando governo e o Estado misturam-se, o Estado sempre perde. Não faltam exemplos disso no Brasil. Quantas vezes nossos tribunais, especialmente o STF e o STJ, proferiram decisões eticamente questionáveis por causa de interesses políticos em jogo? Quantas vezes vimos nossos políticos tomarem decisões claramente danosas para a pátria, mas que lhes favoreciam politicamente?

É vergonhoso, mas é fato: no Brasil os órgãos de Estado servem prioritariamente ao governo e não à pátria. A União é a principal cliente dos “órgãos de Estado”, especialmente a presidência da república. E tudo por quê? Porque o Brasil é uma república presidencialista.

Quem perde com isso é a sociedade brasileira porque tal cenário favorece a corrupção política e a ineficiência dos serviços públicos. E claro: os órgãos de Estado perdem autonomia e credibilidade perante a nação.

Vejam que paradoxo a república presidencialista gera no Brasil: os órgãos que em tese deveriam defender os interesses de Estado ficam vendidos ao interesse transitório dos governos.

Exemplo disso é o Procurador Geral da República que pode ser exonerado do cargo tão logo o presidente o queira. É verdade que a Constituição condiciona a validade do ato à aprovação do Senado Federal. Entretanto, tal condicionamento é mais formal do que prático, principalmente se considerarmos que o Senado, no Brasil, pertence à base aliada da presidência da república.

Ou seja: se o Procurador Geral for idealista e propuser qualquer ação judicial contra os interesses da Presidência da República, Senadores, Deputados aliados ou qualquer outro no qual haja interesse da presidência da república, tenha certeza: ele será exonerado do cargo. E o motivo é bem simples: o Procurador Geral da República depende da boa vontade do Presidente da República e de seus aliados. Enfim: para o Procurador Geral se manter ou crescer na carreira, precisa adequar-se ao “jogo político” de quem governa.

Por tudo isso, não há surpresa no fato do Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, ter optado por arquivar o pedido de investigação sobre a evolução patrimonial do ex-ministro Antônio Palocci. Isso ofende o interesse de governo da Presidência da República e, possivelmente, o de Senadores, outros Ministros e Deputados Federais que poderiam ser envolvidos no caso. Claro que o procurador fundamentou brilhantemente sua opção, afinal, ele é um excelente jurista. Entretanto, a sociedade brasileira merecia uma explicação coerente sobre o porquê Palloci enriqueceu-se tanto enquanto era deputado, e claro: o próprio Palloci deveria ter tido a oportunidade de mostrar para a sociedade a origem lícita de sua fortuna súbita. Lembremo-nos que o patrimônio dele cresceu 20 vezes em 4 anos!

Ora, pensemos: quem perderia com essa ação seria somente o Procurador Geral, pois certamente ele seria exonerado. E digo mais: se ele tivesse alguma pretensão aos cargos de Ministro do STF ou STJ, elas estariam automaticamente extintas se ele optasse por levar a representação adiante. Só para lembrar, quem escolhe os ministros do STF também é o Presidente da República com aprovação do Senado. Ou seja: exatamente aquelas pessoas que ele poderia expor se insistisse no assunto.

Vejamos outros exemplos de situações onde o interesse de Estado foi prejudicado por causa de interesses transitórios de governo:

1- Caso Itaipu.
O governo brasileiro submeteu-se aos interesses do governo Paraguaio. O Brasil custeou a construção da usina SOZINHO. Apesar disso, dividiu os benefícios em 50% com o Paraguai. E pasme: a energia paga pelo povo do Paraguai é mais barata que a nossa! E sabe o por quê? Porque o governo vende energia para eles mais barato do que para nós e ainda compra a energia excedente deles a preços elevados. Observe-se: energia que eles não investiram para produzir. Ou seja: tudo feito em prejuízo do nosso Estado. Tal barbaridade só podia acontecer numa república presidencialista na qual o interesse de governo sempre prevalece sobre o do Estado.

2- Caso Honduras.
O ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, apoiou o ditador Zelaya para agradar o ditador venezuelano Hugo Chaves prejudicando as relações diplomáticas do Brasil com os Estados Unidos e Honduras.

3- Perseguidos políticos de Cuba.

O ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, deixou um perseguido político cubano morrer à míngua para não contrariar o amigo comunista Fidel Castro, apesar de o Estado brasileiro ser contra a tortura e a perseguição de pessoas por razões políticas.

4- Acordos diplomáticos com a nação terrorista do Irã.
O ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, celebrou acordos diplomáticos com o governo terrorista do Irã. Lula disse que o Irã “é problema dos judeus, e não do Brasil”. Misteriosamente, meses depois do fato, armas brasileiras foram apreendidas no navio Nav Marmari. Trata-se de embarcação com armas enviada pelo Irã aos terroristas do Hezbolah na Síria para atacar Israel! Até hoje ninguém explicou o que as armas brasileiras estavam fazendo lá. Mas não é difícil perceber que isso prejudicou as relações diplomáticas entre Brasil e Israel.



5- Roubo da Petrobrás pela Bolívia.
A Bolívia invadiu as instalações da Petrobrás na Bolívia com tropas do exército e nacionalizou todas as instalações sem pagar nada de indenização ao Brasil por isso. Foi um ato de guerra que causou 3,5 bilhões de dólares de prejuízos ao Brasil. Para se ter ideia, isso é muito mais do que todo o orçamento anual da saúde à época! O ex-presidente Lula não fez nada contra o insulto ao nosso Estado para não chatear o amigo Evo Morales, presidente da Bolívia. O ato em si era motivo para o Brasil declarar guerra ou adotar posições hostis contra a Bolívia, caso ela se negasse a devolver a Petrobrás ou indenizar o prejuízo. No entanto, nada aconteceu e os brasileiros pagaram o prejuízo de 3,5 bilhões de dólares.

Não bastasse isso, a Bolívia decidiu regularizar todos os carros ilegais que circulam naquele país, mais de 120.000. Há suspeita de que muitos sejam produtos de roubo de carros no Brasil.

6- Caso Cesare Battisti.
Cersare Battisti: terrorista Italiano que seu deu bem ao fugir para o Brasil.
Cersare Battisti: terrorista Italiano que seu deu bem ao fugir para o Brasil.
Outro exemplo danoso da mistura de questões de Estado com questões de governo foi o ocorrido em relação ao terrorista Cesare Battisti. A extradição do terrorista ao governo da Itália não foi decidida pelo STF por causa da simpatia do presidente Lula pelos movimentos pró-comunistas. Cesare Battisti participou do PAC — Proletários Armados pelo Comunismo: um grupo terrorista de extrema esquerda que atuou na Itália dos anos 70 para implantar o comunismo através do uso do terror e da violência contra civis.

Battisti foi condenado pela Justiça da Itália à prisão perpétua por participação em quatro assassinatos cometidos pelo grupo terrorista em que atuava. Entretanto, o governo de Lula conseguiu livrar o terrorista das mãos da Justiça Italiana e, recentemente, ele foi solto e poderá viver no Brasil. Evidentemente, as relações diplomáticas entre o Brasil e à Itália ficaram deterioradas e quem pagará o preço dessa decisão inconsequente será o povo e os empresários brasileiros.

O ex-presidente Lula prejudicou várias vezes o Estado brasileiro para atender interesses de governo. Por isso ele ganhou o merecido título de “melhor amigo dos tiranos do mundo”.

7- Os Tribunais Superiores.
STF
STF: Corte Constitucional ou instrumento de controle político do Poder Executivo?
A situação do STF e dos Tribunais Superiores é um exemplo da lógica vergonhosa da mistura entre Estado e Governo: é impossível tornar-se ministro de Tribunal Superior apenas por mérito. Quem não for “amigo” do presidente da república, alguém “de confiança”, jamais será escolhido. E entenda a expressão “alguém de confiança” como alguém que jamais contrariará os interesses do governo. Ou seja: alguém que não fará os interesses de Estado prevalecer sobre o do governo. E numa república, o interesse do governo é sempre o interesse pessoal dos políticos que ocupam os principais cargos da república. E não custa lembrar: raramente tais interesses coincidem com os do Estado pelos motivos já citados. Um exemplo dessa lógica, foi a nomeação da ex-advogada de Dilma Rousseff para ministra do TSE. Você acredita mesmo que essa nova Ministra julgará um processo em desacordo com os interesses de sua benfeitora? Vai sonhando…

Dessa maneira, fica fácil compreender o porquê os Tribunais Superiores costumam decidir sempre a favor do Governo quando o assunto envolve “polêmica” política. O motivo é simples: é o trabalho deles. Foram escolhidos e são pagos para isso, e pasme: decidem rigorosamente dentro da lei, apesar do ato ser eticamente questionável. Observe que tais Tribunais costumam decidir com mais independência apenas em assuntos que não envolvam o interesse dos políticos do alto escalão da república.

Exemplo disso foi o ocorrido na última eleição presidencial. Havia um Processo no STM contra atual presidente Dilma Rousseff por supostos atos terroristas praticados durante a Contra Revolução de 1964. O processo estava trancado em um cofre da presidência do STM sob sigilo por decisão do presidente do tribunal, Carlos Alberto Marques Soares. Nem mesmo a Folha de São Paulo conseguiu acesso ao documento.

Era de interesse do povo conhecer os fatos que haviam nesse processo já que se referiam diretamente a um candidato à Presidente da República. No entanto, com se tratava de Dilma Rousseff, a candidata do ex-presidente Lula, mais uma vez o interesse de governo prevaleceu sobre o do Estado, e o assunto foi abafado. O acesso completo ao documento só foi liberado a Folha de São Paulo depois de finalizado as eleições presidenciais. Enfim: depois que não adiantava mais nada conhecer o conteúdo do processo.

Não há como resolver o problema da mistura entre Estado e Governo no Brasil através do voto porque não vivemos numa democracia. Quem controla o processo eleitoral no Brasil? O TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ele é composto por 7 membros: 3 Ministros do STF, 2 Ministros do STJ e 2 advogados de renome conforme artigo 119 da Constituição Federal. Todos eles são escolhidos pelo Presidente da República com aprovação do Senado. Ou seja: você acredita mesmo que eles vão fiscalizar o processo eleitoral de modo desfavorável aos interesses do governo, ou seja, da Presidência da República?

É preciso ser ingênuo para acreditar nessa Fábula. Basta lembrar da atual presidente Dilma Rousseff. Lula fez campanha antecipada para ela meses antes das eleições, o que em tese seria ilegal, mas o TSE não se manifestou. E quando se manifestou, negou que houvesse ilegalidade. Será coincidência? Creio que não. É só mais um exemplo de como a mistura dos interesses de governo e Estado sempre se dão em prejuízo do Estado.

8 – Crise nuclear entre EUA e Coréia do Norte em 2013
Durante a crise nuclear entre EUA e Coréia do Norte em 2013, o PT, PSB e PC do B assinaram documento em apoio irrestrito ao ditador. Tal posicionamento irresponsável prejudicou a imagem do Brasil do exterior. Oficialmente, o governo negou o apoio…

9- Sigilo dos gastos presidenciais
A presidente Dilma colocou em sigilo todos os gastos que ela por ventura realizar no exterior. Também são sigilosos quase a metade das despesas com cartão corporativo.

O povo brasileiro tem o direito de saber quanto custa seu presidente.

Fato curioso sobre o assunto: até 31/1/2008, a monarquia Inglesa, a mais cara de todas as monarquias existentes, custava cinco vezes mais barato que a presidência da república brasileira. Atualmente não é possível fazer essa comparação por causa do sigilo, mas espera-se que os gastos tenham aumentado.

A Rainha Elisabeth quando viaja de avião, ao contrário dos presidentes do Brasil e dos Estados Unidos, utiliza o mesmo avião que você (Ela usa a primeira classe, lógico). Já a sua presidente, torrou 400 milhões de dólares no “aerodilma”, um super avião de luxo. O gasto era desnecessário, tendo em vista que a presidência já tinha o “aerolula”, que custou 56 milhões de dólares…

Quem sai perdendo com isso? O Estado, lógico. E você paga a conta.

10 – Falta de investimento em infraestrutura e obras eleitoreiras
O Brasil tem perdido vários negócios no exterior por causa de portos deficitários que não dão conta do volume de serviço. A China deixou de comprar a soja brasileira por causa disso!

Contudo isso não impediu o Brasil de construir um mega porto em Cuba, com nosso dinheiro. E tudo carimbado com rótulo de secreto.

A energia elétrica do Brasil é uma das mais caras do mundo, sem contar a gasolina e outras coisas. Enfim: os custos, em geral, estão na hora da morte. Tudo isso prejudica a geração de empregos e diminui a qualidade de vida dos brasileiros.

Ao invés de se investir em portos, ferrovias, hidrovias, produção de energia barata, enfim: infraestrutura, o governo investiu em construção de estádios para a copa do mundo, medida nitidamente eleitoreira. Só com isso o Brasil já torrou mais que as três últimas copas somadas.

Dinheiro para investir em infraestrutura o Brasil sempre teve. Entretanto, devido a república presidencialista, os interesses transitórios do governo sempre prevalecem sobre as necessidades do país, prejudicando todos os brasileiros.

11 – Petrolão.
Apesar do massivo envolvimento da cúpula do governo no escândalo do petrolão, o maior escândalo de corrupção da história brasileira, ainda assim a presidente Dilma afirmou que o Brasil não vive crise de corrupção. E por quê? Porque estamos no regime presidencialista. A função do presidente não é proteger o Estado (o Brasil) das más ações do governo. A função dele é blindar o governo (o Partido dos Trabalhadores e seus aliados) contra qualquer um que os ameace.

Por esse motivo, Dilma manterá a presidente da Petrobrás no cargo, mesmo com indícios de que ela esteja envolvida no esquema. Também há indício de que o dinheiro do petrolão tenha sido usado para financiar a campanha de Dilma Rousseff.

Pela mesma razão, o PT retomou o projeto de censura à imprensa. Evitar que o povo conheça os escândalos de corrupção é a melhor forma de prevenir críticas contra o governo, mesmo quando elas têm fundamento.

Por óbvio, se confirmado a participação de Dilma Rousseff no esquema, ela poderá sofrer processo de impeachment. Já que, nesse caso, ela estaria inelegível para as eleições 2014. Trata-se de consequência natural da Lei do Ficha Limpa. Entretanto, Dilma já começou a movimentar os ministros colocados por ela no STF para defender que isso equivaleria a um “terceiro turno”, tudo para se manter no poder a qualquer custo. Tal fato reforça a tese já exposta no item 7, tribunais superiores.

Conclusão

Conseguiu perceber como é ruim para o país misturar Estado e governo?

Você pode continuar acreditando no conto de fadas da república ou optar por algo diferente. Cada um tem o poder de escolher se quer ou não continuar a ser feito de palhaço por seus governantes.
Por tal motivo, os povos mais maduros optaram pelo parlamentarismo porque nesse sistema há separação entre governo e Estado. Quando o parlamentarismo é monárquico, a separação entre governo e estado se dá de maneira mais acentuada e harmoniosa pelos motivos já expostos; quando o parlamentarismo é republicano, a separação é menos acentuada e menos harmoniosa por causa dos interesses pessoais do chefe de Estado que quase nunca coincidem com o da nação pelos motivos também já expostos.

É importante lembramos que os órgãos de Estado existem para controlar o governo. Enfim: garantir que ele haja conforme os padrões constitucionais e legais vigentes. Os órgãos de Estado não fazem política (ou pelo menos não deveriam fazer). A missão deles é garantir que o governo atue conforme deve: dentro da legalidade e dos princípios fundamentais defendidos pelo Estado. Logo, a partir do momento que o Estado não é separado do governo, não há como controlar as ações do governo, pois “forças ocultas” levantar-se-ão contra o titular do cargo de Estado, abrindo caminho para que os abusos ocorram.

Enfim: toda vez que há conflito entre o interesse de Estado e o interesse de governo numa república presidencialista, o interesse de Estado sai perdendo, ou seja: o povo perde e o político ganha. Não me admiro dos políticos e os beneficiados pela política serem os maiores defensores da república presidencialista no Brasil. O motivo é simples: eles ganham muito com isso.

No entanto, os trabalhadores e os empresários sempre saem perdendo. Na verdade, eles são escravizados pelos políticos. E se considerarmos que a carga tributária é elevadíssima, veremos que o termo escravidão descreve precisamente a situação vivida pelo trabalhador e pelos empresários.

Sem contar o problema da educação, da saúde, da previdência, da segurança pública e dezenas de outras questões de Estado que jamais serão solucionadas enquanto governo e Estado estiverem misturados em prejuízo dos interesses de Estado.

A Falta de separação entre Estado e governo prejudica seriamente as instituições Democráticas no Brasil. Por quê? Quem deveria garantir a democracia, os órgãos de Estado, frequentemente a sacrifica em prol dos interesses de governo.

Logo, se quisermos que o Brasil se torne um país sério, é indispensável separar o Estado do governo. Para tanto podemos optar pela monarquia parlamentarista. Segundo as estatísticas mais recentes, ela é mais eficiente na administração de um país por ser melhor prestadora de serviços públicos, mais democrática e mais eficaz no combate à corrupção, além de mais barata para o contribuinte.

MARQUES, Sebastião Fabiano Pinto (2012). Estado e Governo: porque separar. Disponível em: <http://100censura.com/estado-e-governo-porque-separar/>. Acesso em: 5/1/2015.
« Última modificação: 15 de Março de 2015, 14:04:39 por NFC »

Offline Pagão

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Re:Monarquia ou República?
« Resposta #27 Online: 15 de Março de 2015, 14:10:10 »
Todos eles foram "parasitas" porque sempre tiveram privilégios de nascença e nunca labutaram como o resto da população.

Um rei tem de ter pelo menos o mesmo trabalho que um presidente eleito pelo parlamento, não pode ser um "parasita"... E até agora, os países consideram benéfico terem um indivíduo que os represente (presidente ou rei) sem que o considerem um "parasita".

Quanto a ser "parasita" devido a privilégios de nascença (portanto, independentemente do trabalho que desenvolvam  nas mais diversas áreas, serão sempre "parasitas",) a verdade é que só uma igualdade de nascimento absoluta entre todos os cidadãos e a eliminação de qualquer herança poderia evitar essa condição em maior ou menor grau... E mesmo assim, os filhos de quem chegasse à liderança e altos cargos seriam sempre "mais iguais".

O problema "burguês" é que vê privilégio sempre como um direito abusivo... Quando talvez devesse ser visto como um dever,... um dever que tanta vezes foi demasiado pesado para indivíduos incapazes de estar à altura das suas obrigações/privilégios...  O rei é da nação, não é a nação que é do rei... este tem obrigações para com a nação soberana por ela definidos e recebe em troca apenas o que ela lhe confere... Não há "privilégios de nascença" que não sejam direitos e deveres conferidos democraticamente pela nação soberana... logo não há "parasitismo social"... 
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

Offline NFC

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Re:Monarquia ou República?
« Resposta #28 Online: 15 de Março de 2015, 14:18:20 »
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Não.

Eu apenas esperava que você apresentasse dados de fontes independentes que suportassem a sua afirmação.

Mostrar informações comparativas somente entre monarquias de países europeus e a república brasileira, sem considerar o contexto, é tão falacioso que me espanta você faze-lo.

Você ao menos procurou as fontes, filhão?

Quer que compare monarquias europeias com a república de onde? De Cuba? E como assim sem contexto?

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Observação falsa. Em momento algum eu afirmei que não existem "parasitas sociais" na república brasileira.

E em momento algum eu afirmei isso.

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Todos eles foram "parasitas" porque sempre tiveram privilégios de nascença e nunca labutaram como o resto da população.


Ah... por favor... ser filho do Lula nem é um privilégio de nascença, não é?

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Pelo contrário, cavalheiro.

O Brasil foi o último país independente da América a abolir a escravatura.

A escravidão sempre foi uma marca de TODAS as monarquias até o Iluminismo, ou seja, elas começaram a abandonar tal procedimento depois que os ideias republicanos começaram a se expandir pelas sociedades da Europa e da América.

Isso se chama ordem da natural da vida, cavalheiro.

Quem se revoltou contra a abolição da escravatura foram os republicanos, aristocratas e militares. E ninguém aqui está falando de quem foi o primeiro a abolir isso e aquilo. O processo de abolição da escravatura no Brasil foi muito longo, graças aos seus ídolos republicanos.

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Desde quando eles são alguma referência mundial nesta área?

Mas, como já escrevi, assim que puder irei atrás das fontes.

Duvido muito.

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Sem dúvida.

E é da sua parte, defendendo algo anacrônico.

Sem comentários...

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Não faça isto.

Comente, por favor.

Estou curioso sobre como é que alguém pode defender a monarquia e AO MESMO TEMPO abandonar (ou esquecer) aquilo que "fundamenta" e justifica a existência de pessoas 'diferenciadas'.

Fale mais sobre essa última sentença. Dê nome aos bois.

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Arábia Saudita, Butão, Camboja, Emirados Árabes, Jordânia, Kuwait, Lesoto, Malásia, Suazilândia e Tailândia.

De que forma essas monarquias são inferiores a maioria das repúblicas? E quantas delas estão centradas na Europa? E como é que a monarquia tailandesa se encaixa nessa sequência?

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Non sequitur.

Seu cu.

Offline Diegojaf

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Re:Monarquia ou República?
« Resposta #29 Online: 15 de Março de 2015, 14:32:28 »
Seu cu.

Cartão. Mas pelo nível das suas respostas, acho que podemos pular direto pro banimento...
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline NFC

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Re:Monarquia ou República?
« Resposta #30 Online: 15 de Março de 2015, 14:44:12 »
Seu cu.

Cartão. Mas pelo nível das suas respostas, acho que podemos pular direto pro banimento...

Seu cu.

Offline Barata Tenno

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Re:Monarquia ou República?
« Resposta #31 Online: 15 de Março de 2015, 14:46:26 »
hahahahahaah. Quer dizer que o Brasil tem corrupção porque não tem imperador e que todos os descendentes de Dom Pedro são geneticamente pessoas honestas, humildes e que pensam no bem do país acima de tudo? Porque comparar a república Brasileira com a monarquia européia e não comparar a república americana com a monarquia tailandesa?

A república americana é um exceção em quase tudo. Os Estados Unidos tornaram-se independentes somente através do Republicanismo. O Brasil não. Quando Marechal Deodoro rompeu com o Império, rompeu também com toda o espírito imperial brasileiro, impondo essa praga positivista que não é levada a sério em lugar algum a não ser nesse país.

A Alemanha também é uma excessão? E a França? E a Itália? e Portugal? E a Finlândia? Todos excessões?

Você parece esquecer quantos freis e rainhas imbecis, corruptos e safados existiram na história humana e ainda existem em países no oriente médio e na Ásia. Não existe um gene real que garanta honestidade, não existe um gene real que garanta humildade O irmão do Rei de Brunei roubou 40 bilhões de dólares dos cofres do Pais e nunca foi preso, porque é irmão do rei. Da pra perceber que corrupção independe de sistema de governo?
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Offline Diegojaf

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Re:Monarquia ou República?
« Resposta #32 Online: 15 de Março de 2015, 14:55:47 »
NFC banido.
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Offline Geotecton

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Re:Monarquia ou República?
« Resposta #33 Online: 15 de Março de 2015, 15:00:41 »
Citação de: NFC
Citação de: Geotecton
Não.

Eu apenas esperava que você apresentasse dados de fontes independentes que suportassem a sua afirmação.

Mostrar informações comparativas somente entre monarquias de países europeus e a república brasileira, sem considerar o contexto, é tão falacioso que me espanta você faze-lo.
Você ao menos procurou as fontes, filhão?

Não cabe a você fazê-lo?


Citação de: NFC
Quer que compare monarquias europeias com a república de onde? De Cuba? E como assim sem contexto?

Não. Eu quero que você compare TODAS as monarquias com TODAS as repúblicas.

Você descobrirá que há variáveis mais importantes que influenciaram cada país para chegar ao estágio em que cada um está no momento.


Citação de: NFC
Citação de: Geotecton
Observação falsa. Em momento algum eu afirmei que não existem "parasitas sociais" na república brasileira.
E em momento algum eu afirmei isso.

Dá a entender no trecho destacado em negrito

Você esperava que sites ou blogs republicanos apresentassem esses dados? Fala como se não houvessem "parasitas sociais" no atual governo brasileiro. E como se Dom Pedro I, D. Pedro II e Princesa Isabel tivessem sido parasitas. Se não fosse pelo Império do Brasil, não haveria abolição da escravidão tão cedo.


Citação de: NFC
Citação de: Geotecton
Todos eles foram "parasitas" porque sempre tiveram privilégios de nascença e nunca labutaram como o resto da população
Ah... por favor... ser filho do Lula nem é um privilégio de nascença, não é?

E no que isto invalida o que eu afirmei?


Citação de: NFC
Citação de: Geotecton
Pelo contrário, cavalheiro.

O Brasil foi o último país independente da América a abolir a escravatura.

A escravidão sempre foi uma marca de TODAS as monarquias até o Iluminismo, ou seja, elas começaram a abandonar tal procedimento depois que os ideias republicanos começaram a se expandir pelas sociedades da Europa e da América.
Isso se chama ordem da natural da vida, cavalheiro.

Se você realmente 'acredita' nisto então não defenda a monarquia como algo singular e moralmente superior à República.


Citação de: NFC
Quem se revoltou contra a abolição da escravatura foram os republicanos, aristocratas e militares.

Não. Quem mais se revoltou foram alguns "barões" da agricultura em estados fortes. E entre os aristocratas estava a 'nobreza' detentora de propriedades agrícolas. A exceção, entre eles, se concentrava naqueles que "viviam de renda" provido pelo Estado.


Citação de: NFC
E ninguém aqui está falando de quem foi o primeiro a abolir isso e aquilo.

Eu estou 'falando' e o fiz para mostrar que o último país a abolir a escravatura era uma monarquia e não uma república.


Citação de: NFC
O processo de abolição da escravatura no Brasil foi muito longo, graças aos seus ídolos republicanos.

Não, não foi por causa dos "meus ídolos republicanos" e sim por causa da forte influência que os fazendeiros tinham no governo monarquista, mesmo porque parte deles era composta da 'nobreza'.

E, apenas para constar, quase nenhum republicano brasileiro tem alguma admiração minha.


Citação de: NFC
Citação de: Geotecton
Desde quando eles são alguma referência mundial nesta área?

Mas, como já escrevi, assim que puder irei atrás das fontes.
Duvido muito.

Dúvida registrada.


Citação de: NFC
Citação de: Geotecton
Sem dúvida.

E é da sua parte, defendendo algo anacrônico.
Sem comentários...

Entendido.


Citação de: NFC
Citação de: Geotecton
Não faça isto.

Comente, por favor.

Estou curioso sobre como é que alguém pode defender a monarquia e AO MESMO TEMPO abandonar (ou esquecer) aquilo que "fundamenta" e justifica a existência de pessoas 'diferenciadas'.
Fale mais sobre essa última sentença. Dê nome aos bois.

Responderei com prazer assim que você explicar e justificar os parâmetros que fundamentavam uma monarquia.


Citação de: NFC
Citação de: Geotecton
Arábia Saudita, Butão, Camboja, Emirados Árabes, Jordânia, Kuwait, Lesoto, Malásia, Suazilândia e Tailândia.
De que forma essas monarquias são inferiores a maioria das repúblicas?

São tão ou mais corruptas e anti-democráticas que várias repúblicas.


Citação de: NFC
E quantas delas estão centradas na Europa?

Então o parâmetro 'localização' é importante?

Ótimo.

Se você analisar os casos, constatará que cada contexto histórico é ainda mais determinante.


Citação de: NFC
E como é que a monarquia tailandesa se encaixa nessa sequência?

Se encaixa por ser corrupta e personalista.


Citação de: NFC
Citação de: Geotecton
Non sequitur.
Seu cu.

Não.

Ele não é!
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Rhyan

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Re:Monarquia ou República?
« Resposta #34 Online: 15 de Março de 2015, 15:19:31 »
Acho que faz mais sentido discutir parlamentarismo (presidencialista) x republica.

Offline Derfel

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Re:Monarquia ou República?
« Resposta #35 Online: 15 de Março de 2015, 15:57:46 »
Antes de prosseguir, eu preciso ter noção de que tipo de Monarquia falamos. Que tipo de poderes um Monarca deve possuir? Quis limitações existirão quanto a esse poder? Que garantias teremos contra o abuso de poder por parte do monarca? O que será feito caso o monarca viole sistematicamente suas limitações?

E uma pergunta de ordem prática em uma eventual restauração monárquica no Brasil - quem será o monarca? Porque uma família real que está a mais de 100 anos fora do poder tem tanta capacidade de clamar seu título quanto eu tenho (sem contar que os Braganças estão separados em ao menos dois ramos).

Falamos de monarquia constitucional parlamentarista.

O monarca só tem um Poder: o Poder moderador.

A Constituição de 1824 diz:

  Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organisação Politica, e é delegado privativamente ao Imperador, como Chefe Supremo da Nação, e seu Primeiro Representante, para que incessantemente vele sobre a manutenção da Independencia, equilibrio, e harmonia dos mais Poderes Politicos.

 Art. 101. O Imperador exerce o Poder Moderador

        I. Nomeando os Senadores, na fórma do Art. 43.

        II. Convocando a Assembléa Geral extraordinariamente nos intervallos das Sessões, quando assim o pede o bem do Imperio.

        III. Sanccionando os Decretos, e Resoluções da Assembléa Geral, para que tenham força de Lei: Art. 62.

        IV. Approvando, e suspendendo interinamente as Resoluções dos Conselhos Provinciaes: Arts. 86, e 87.     (Vide Lei de 12.10. 1834)

        V. Prorogando, ou adiando a Assembléa Geral, e dissolvendo a Camara dos Deputados, nos casos, em que o exigir a salvação do Estado; convocando immediatamente outra, que a substitua.

        VI. Nomeando, e demittindo livremente os Ministros de Estado.

        VII. Suspendendo os Magistrados nos casos do Art. 154.

        VIII. Perdoando, e moderando as penas impostas e os Réos condemnados por Sentença.

        IX. Concedendo Amnistia em caso urgente, e que assim aconselhem a humanidade, e bem do Estado.



Limites ao Poder Moderador? Existe abuso do Poder Moderador? A Rainha Elizabeth, por exemplo, não utiliza o Poder Moderador há 54 anos, mas se a população clamar por reforma política, ela certamente o utilizará. Se, porventura, o monarca abusar do poder moderador, se é que isto é possível, certamente a população deporá o Imperador vigente.

O atual herdeiro do trono é Dom Luiz Gastão de Orleans e Bragança, trineto de D. Pedro II, e seu sucessor, Dom Bertrand de Orleans e Bragança.

A razão de você não poder ser monarca é simples - e óbvia: você não recebeu educação real, não foi educado desde criança a ser chefe de Estado, e tampouco conhece a história monárquica do país.


Você sabe que o Poder Moderador foi uma criação de Pedro I e só existiu no Brasil e em Portugal,  não?

Não foi. Foi idealizado por Benjamin Constant e existe em boa parte das monarquias constitucionais atuais de forma convencional. A rainha Elizabeth, por exemplo, tem o total poder de dissolver o parlamento e convocar novas eleições a qualquer momento. Isto é o poder moderador.
Não. Existe uma base filosófica em Benjamin Constant, mas apenas existiu no Brasil e em Portugal,  cujas constituições (ou carta) no período foram outorgadas pela mesma pessoa: Pedro I do Brasil e IV de Portugal.

O Reino Unido é um caso a parte. O que a rainha possui não é o poder moderador,  mas executivo mesmo. A Inglaterra não possui uma Constituição formal, existe uma magna carta de 1215 e as leis e tradições do parlamento. O que compete à rainha são as prerrogativas reais, no poder executivo,  e que nem ao menos são escritas.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Monarquia ou República?
« Resposta #36 Online: 20 de Março de 2015, 01:19:27 »
Eu tenho asco da ideia de monarquia só pela premissa de que quem ocupa tal posição ser considerado "diferente" (escolhido por deus, descendente de fulano, etc) de demais cidadãos como se existisse uma superioridade moral ou de direitos só pelo critério de hereditariedade. Como se fosse possível herdar algo assim...

É só falar para os crentes em monarquia que não existem duendes e fadas que eles dão o maior piti.

Offline Pagão

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Re:Monarquia ou República?
« Resposta #37 Online: 20 de Março de 2015, 08:02:09 »
Eu tenho asco da ideia de monarquia só pela premissa de que quem ocupa tal posição ser considerado "diferente" (escolhido por deus, descendente de fulano, etc) de demais cidadãos como se existisse uma superioridade moral ou de direitos só pelo critério de hereditariedade. Como se fosse possível herdar algo assim...

É só falar para os crentes em monarquia que não existem duendes e fadas que eles dão o maior piti.

Um pano-bandeira, um escudo-brasão nacional, uma música-hino podem ser símbolos e portanto diferentes doutros panos, doutros escudos e de outras músicas..., mas um homem-rei já não pode ser um símbolo histórico? Se uma linhagem reinou durante séculos, por que razão a nação a que agora pertence (e não o contrário) não pode coloca-la ao serviço público como representante simbólica da sua antiguidade histórica e atribuir-lhe as funções práticas que muito bem entender?

A soberania nacional nunca estaria em causa, o rei apenas teria as funções que lhe fossem atribuídas democraticamente... A hereditariedade é relevante porque doutro modo seria mais razoável um presidente, só que neste nada remeteria para o passado histórico e é isso que um representante dos antigos reis históricos poderia trazer à sensibilidade nacional... um símbolo vivo de uma história antiga, é isso, o que pode atrair numa "monarquia" moderna... em vez de um presidente antigo líder político e homem  partidário que depois de eleito, como por magia, se torna "presidente de todos"..., quando "de todos" nunca foi, nem pretendeu ser, nem foi educado para ser, antes se tornar chefe de estado....

« Última modificação: 20 de Março de 2015, 08:27:20 por Pagão »
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

Offline Diegojaf

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Re:Monarquia ou República?
« Resposta #38 Online: 20 de Março de 2015, 08:08:21 »
Eu tenho asco da ideia de monarquia só pela premissa de que quem ocupa tal posição ser considerado "diferente" (escolhido por deus, descendente de fulano, etc) de demais cidadãos como se existisse uma superioridade moral ou de direitos só pelo critério de hereditariedade. Como se fosse possível herdar algo assim...

É só falar para os crentes em monarquia que não existem duendes e fadas que eles dão o maior piti.

Um pano-bandeira, um escudo-brasão nacional, uma música-hino podem ser símbolos e portanto diferentes doutros panos e de outras músicas..., mas um homem-rei já não pode ser um símbolo histórico? Se uma linhagem reinou durante séculos, por que razão a nação a que agora pertence (e não o contrário) não pode coloca-la ao serviço público como representante simbólica da sua antiguidade histórica e atribuir-lhe as funções práticas que muito bem entender?

Porque é estúpido.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline DDV

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Re:Monarquia ou República?
« Resposta #39 Online: 20 de Março de 2015, 08:30:55 »
A monarquia brasileira não deveria ter sido derrubada. E não seria muito difícil mantê-la se D. Pedro II não fosse um rei apático, passivo e 'bonzinho' demais (suas virtudes foram sua perda). Certamente a monarquia daria mais estabilidade política ao país, embora TALVEZ atrasasse algumas reformas modernizantes (separação entre estado e religião, igualdade plena perante a lei, etc).

Hoje, a monarquia não traria nada de bom, pois já se passaram mais de 100 anos e toda a tradição e autoridade relacionadas à mesma já não são mais necessárias e nem funcionariam.

Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Pagão

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Re:Monarquia ou República?
« Resposta #40 Online: 20 de Março de 2015, 08:32:17 »
Porque é estúpido.

Dar a um homem  poder sobre todos como presidente eleito parece-me, isso sim, bem estúpido e até primitivo nos dias de hoje... o poder deve ser muito mais repartido... Quem representa um país não deve ter poder efetivo mas apenas simbólico... e os símbolos remetem para a História do repetivo povo, e não tanto para votos...

Porque ainda temos um chefe?
« Última modificação: 20 de Março de 2015, 08:34:50 por Pagão »
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Offline Geotecton

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Re:Monarquia ou República?
« Resposta #41 Online: 20 de Março de 2015, 08:33:22 »
Eu tenho asco da ideia de monarquia só pela premissa de que quem ocupa tal posição ser considerado "diferente" (escolhido por deus, descendente de fulano, etc) de demais cidadãos como se existisse uma superioridade moral ou de direitos só pelo critério de hereditariedade. Como se fosse possível herdar algo assim...

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Um pano-bandeira, um escudo-brasão nacional, uma música-hino podem ser símbolos e portanto diferentes doutros panos, doutros escudos e de outras músicas..., mas um homem-rei já não pode ser um símbolo histórico? Se uma linhagem reinou durante séculos, por que razão a nação a que agora pertence (e não o contrário) não pode coloca-la ao serviço público como representante simbólica da sua antiguidade histórica e atribuir-lhe as funções práticas que muito bem entender?

A soberania nacional nunca estaria em causa, o rei apenas teria as funções que lhe fossem atribuídas democraticamente... A hereditariedade é relevante porque doutro modo seria mais razoável um presidente, só que neste nada remeteria para o passado histórico e é isso que um representante dos antigos reis históricos poderia trazer à sensibilidade nacional... um símbolo vivo de uma história antiga, é isso, o que pode atrair numa "monarquia" moderna... em vez de um presidente antigo líder político e homem  partidário que depois de eleito, como por magia, se torna "presidente de todos"..., quando "de todos" nunca foi, nem pretendeu ser, nem foi educado para ser, antes se tornar chefe de estado....

Se um povo quer manter um símbolo que representa um tempo de submissão e de valores sociais e morais anacrônicos, ele tem todo o direito.

É ridículo mas ainda assim é um direito.
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Offline Geotecton

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Re:Monarquia ou República?
« Resposta #42 Online: 20 de Março de 2015, 08:35:36 »
Porque é estúpido.
Dar a um homem  poder sobre todos como presidente eleito parece-me, isso sim, bem estúpido e até primitivo nos dias de hoje... o poder deve ser muito mais repartido... Quem representa um país não deve ter poder efetivo mas apenas simbólico... e os símbolos remetem para a História do repetivo povo, e não tanto para votos...

Um presidente não tem poder sobre tudo e todos a não ser em regimes ditatoriais. em uma democracia os poderes são balanceados. E democracia direta é impraticável em um país de grandes dimensões e de grande população.
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Offline Pagão

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Re:Monarquia ou República?
« Resposta #43 Online: 20 de Março de 2015, 08:57:58 »
Se um povo quer manter um símbolo que representa um tempo de submissão e de valores sociais e morais anacrônicos, ele tem todo o direito.
É ridículo mas ainda assim é um direito.

A forma como vocês estão a usar o termo "ridículo" deixa-me a impressão de que, na verdade, o que consideram "ridículo" é um povo ter uma história antiga multissecular... mas aí não há nada fazer... Pelo vossa lógica, esses povos deveriam mudar os seus símbolos antigos e fazer como a URSS ou o III Reich assumindo símbolos novos sem história....

Não vejo assim, as histórias nacionais são dinâmicas, sempre em movimento, não havendo razão para eliminar todo o passado mas antes para o reciclar e reutilizar a bem da nação... e isso é particularmente válido quanto a símbolos que ajudam a conservar a identidade... Mesmo as revoluções acabam por estabilizar e recuperar muito do antigo sob nova forma...

A Rússia recuperou a antiga bandeira dos Czares; brasões e até coroas reapareceram em bandeiras modernas na Europa de Leste; a radical e jacobina república portuguesa mudou as cores da bandeira mas não teve problema em manter o escudo medieval; antigas condecorações monárquicas foram republicanizadas e continuam a ser atribuídas dentro dos novos  parâmetros definidos dos novos regimes...

Não, não é ridículo nem anacrónico modernizar o que veio de trás, dos nossos avoengos, tornando-o aceitável e útil... em vez de o reduzir a nada...

O rei histórico podia ser um símbolo do facto do país ter surgido e se mantido... sem o primeiro nem sequer teria surgido...



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Offline Geotecton

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Re:Monarquia ou República?
« Resposta #44 Online: 20 de Março de 2015, 09:09:56 »
Se um povo quer manter um símbolo que representa um tempo de submissão e de valores sociais e morais anacrônicos, ele tem todo o direito.

É ridículo mas ainda assim é um direito.
A forma como vocês estão a usar o termo "ridículo" deixa-me a impressão de que, na verdade, o que consideram "ridículo" é um povo ter uma história antiga multissecular... mas aí não há nada fazer... Pelo vossa lógica, esses povos deveriam mudar os seus símbolos antigos e fazer como a URSS ou o III Reich assumindo símbolos novos sem história....

Leia de novo o que eu escrevi.

Eu não afirmei que os povos que tiveram monarquia devem abandonar o seu passado, esquecendo dos seus símbolos e o que eles representaram e sim de que é uma posição anacrônica.

Cada povo vive com as memórias que lhes são mais importantes.


Não vejo assim, as histórias nacionais são dinâmicas, sempre em movimento, não havendo razão para eliminar todo o passado mas antes para o reciclar e reutilizar a bem da nação... e isso é particularmente válido quanto a símbolos que ajudam a conservar a identidade... Mesmo as revoluções acabam por estabilizar e recuperar muito do antigo sob nova forma...

Histórias nacionais devem ser narradas em livros para o populacho (que é nutrido com as fantasias e estórias de 'bravura nacionalista') e a interpretação dos fatos devem ser objeto de livros acadêmicos. Não há nenhuma necessidade de manter uma casta de pessoas privilegiadas que não servem para absolutamente nada, a não ser o de manter uma certa lembrança nostálgica dos 'tempos gloriosos' (sic).


A Rússia recuperou a antiga bandeira dos Czares; brasões e até coroas reapareceram em bandeiras modernas na Europa de Leste; a radical e jacobina república portuguesa mudou as cores da bandeira mas não teve problema em manter o escudo medieval; antigas condecorações monárquicas foram republicanizadas e continuam a ser atribuídas dentro dos novos  parâmetros definidos dos novos regimes...

Cada vez mais admiro o EUA por 'nascer' uma república.


Não, não é ridículo nem anacrónico modernizar o que veio de trás, dos nossos avoengos, tornando-o aceitável e útil... em vez de o reduzir a nada...

Como eu escrevi anteriormente, se o povo do seu país quer pagar por algo assim, façam-no.

No país em que vivo, não quero pagar um centavo para manter (mais) uma classe inútil e de vagabundos.


O rei histórico podia ser um símbolo do facto do país ter surgido e se mantido... sem o primeiro nem sequer teria surgido...

Quem mantém um país é o populacho e a manipulação de seus "valores".
« Última modificação: 20 de Março de 2015, 10:00:59 por Geotecton »
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Offline Pagão

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Re:Monarquia ou República?
« Resposta #45 Online: 20 de Março de 2015, 09:11:49 »
Deixando "pousar o pó", queria dizer que também é possível a nação usar o representante dos "reis históricos" sem o elevar a rei, meramente simbólico ou com algum poder", e tirar benefício disso... no caso português, houve algum uso do "pretendente" em certas ações diplomáticas em que se reconheceu utilidade para a República... E, embora isso tenha acabado por não se concretizar, os republicanos atuais chegaram a ponderar seriamente a possibilidade de atribuir uma determinada posição no protocolo de Estado a esse mesmo "pretendente" reconhecendo-o efetivamente como representante da linhagem real histórica... (oficiosamente, a república aceita-o como tal). Pode ser um ativo da nação em vez de um representante de tempos de obscurantismo, porque não pensar de modo positivo?


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Offline Pagão

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Re:Monarquia ou República?
« Resposta #46 Online: 20 de Março de 2015, 09:26:42 »
... não servem para absolutamente nada, a não ser o de manter uma certa lembrança nostálgica dos 'tempos gloriosos' (sic).

Se fosse possível manter nas novas gerações essa "lembrança nostálgica", já seria um inestimável serviço público em prol da identidade nacional e sentimento nacional... seria uma fonte de determinação em tempos difíceis de pressão externa  e de potencial desagregação... Não pedia muito mais...

Concordo em que não se pague absolutamente nada a nenhuma classe privilegiada... e um eventual rei receberia como um presidente não eleito.

« Última modificação: 20 de Março de 2015, 09:38:09 por Pagão »
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Offline Christiano

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Re:Monarquia ou República?
« Resposta #47 Online: 22 de Abril de 2015, 01:08:47 »
Eu sou a favor da volta da monarquia no Brasil, com dom Bertrand Maria José de Orléans e Bragança no trono, apesar de achar que ele fala muita merda.
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Offline Lorentz

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Re:Monarquia ou República?
« Resposta #48 Online: 22 de Abril de 2015, 08:39:50 »
Eu sou a favor da volta da monarquia no Brasil, com dom Bertrand Maria José de Orléans e Bragança no trono, apesar de achar que ele fala muita merda.

Falar merda tem sido um pré-requisito para assumir o trono aqui no Brasil ultimamente.
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