Autor Tópico: Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta  (Lida 88795 vezes)

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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #1825 Online: 27 de Junho de 2017, 18:33:11 »
Por falar em delação,  o barco do PT afundará de vez.

O pessoal da JBS quer acertar uma delação por causa do desgaste que a empresa está sofrendo.

http://veja.abril.com.br/brasil/jbs-inicia-negociacao-para-acordos-de-delacao-e-leniencia/


Se o Pallocci não afundar o barco a JBS cuidará disso.


Só que pelo que parece o alvo do torpedo do Joesley era o PSDB e o PMDB.    O Poderoso Chefão foi poupado pelo Joesley.  E o PT é basicamente o Poderoso Chefão. Sem o Poderoso Chefão o PT irá se tornar pouco significativo.


Com o Poderoso Chefão vivo e ativo, o PT ainda tem significativa força política.  O cara é o cabeça.






Se descobrirem que ele fez uma delação seletiva pode perder o acordo.

E se acontecer podem pedir a prisão deles mesmo no exterior, se eu não estiver enganado.

E isso anula o acordo que o governo brasileiro fez com a justiça americana de que ele não deve ser investigado no exterior pelos mesmos crimes daqui.

Péssimo negócio só para proteger o Lulla.

Ele pagaria tão caro por qual motivo? Manter escondido algo muito maior que ainda não apareceu?

Offline AlienígenA

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #1826 Online: 27 de Junho de 2017, 20:45:26 »
Gostaria de ser assim: otimista.

Faça um esforço. As coisas podem até não andar no ritmo e/ou no rumo que gostaríamos, mas o MPF até aqui merece, ao menos, o benefício da dúvida. 

Offline AlienígenA

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #1827 Online: 27 de Junho de 2017, 21:14:51 »

Ele pagaria tão caro por qual motivo? Manter escondido algo muito maior que ainda não apareceu?

Inocente! Põe muito maior nisso. Tá na cara! O poderoso chefão usou os filhos bastardos como laranjas para se tornar dono de um dos maiores patrimônios do mundo, assaltando os cofres públicos, sem levantar suspeitas. Essa foi a melhor teoria de conspiração explicação que li por aí.  :hihi:

Offline Gaúcho

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #1828 Online: 03 de Julho de 2017, 10:58:37 »
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Polícia Federal cumpre 8 mandados de prisão em nova etapa da Lava Jato no Rio
Operação Ponto Final rastreou R$ 260 milhões em propina envolvendo a cúpula do setor de transporte do RJ. Presidente da Fetranspor e ex-presidente do Detro foram presos. No domingo, outro mandado foi cumprido, contra Jacob Barata Filho, detido no Galeão quando ia para Portugal.

A Polícia Federal realiza na manhã desta segunda-feira (3) mais uma etapa da operação Lava Jato no Rio de Janeiro. Desta vez, o foco da ação é a cúpula do transporte rodoviário do estado. Os agentes estão nas ruas para cumprir oito mandados de prisão, dos nove que foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal. Duas prisões foram confirmadas: de Lélis Teixeira, presidente da Fetranspor, e de Rogério Onofre, ex-presidente do Detro.

Na noite de domingo (2), a força-tarefa da Lava Jato antecipou parte da operação e cumpriu o outro mandado de prisão, contra Jacob Barata Filho. Um dos maiores empresários do ramo de ônibus do Rio foi preso no Aeroporto Internacional Tom Jobim, ao tentar embarcar para Lisboa, Portugal. O empresário já estava na área de embarque quando foi detido. A polícia suspeita que ele ficou sabendo da operação e tentava fugir. A defesa nega e diz que Jacob Barata Filho estava com passagem de volta de Portugal marcada para 12 de julho.

Presos confirmados:

Jacob Barata Filho, empresário do setor de transportes
Rogério Onofre, ex-presidente do Detro
Lélis Teixeira, presidente da Fetranspor

De acordo com as investigações da Operação Ponto Final, foram rastreados R$ 260 milhões em propina pagos pelos investigados a políticos do estado. Não foram divulgados detalhes de como esses valores eram distribuídos.

Agentes também fazem buscas nas cidades de São Gonçalo e Paraíba do Sul, no estado do Rio de Janeiro, e nos estados do Paraná e Santa Catarina.

Por volta das 6h30, agentes da PF entraram no apartamento de Lélis Marcos Teixeira, presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor, que engobla 10 sindicatos do estado) e da Rio Ônibus (sindicato do município do Rio), na Lagoa, Zona Sul do Rio.

Lélis já havia sido levado em condição coercitiva em outra operação da Lava Jato e desta vez tem um mandado de prisão cumprido contra ele. Já preso, ele ficou até as 9h40 em sua casa com policiais buscavam documentos e outras provas. Foram apreendidos relógios, anéis, colares e HDs (discos rígidos para armazenar aquivos de computador), além de obras de arte, US$ 5,5 mil e mais uma quantia em reais.

Levado em um carro descaracterizado da polícia, Lélis chegou na sede da Superintendência da PF pouco antes das 10h, sem falar com jornalistas.

Prisão em Florianópolis

Rogério Onofre, ex-presidente do Departamento de Transportes Rodoviários do Rio (Detro), foi preso em Florianópolis, segundo informações da TV Globo. Agentes da PF também cumprem mandados de busca e apreensão na capital de Santa Catarina e no Leblon, na Zona Sul do Rio, em imóveis ligados a Onofre.

Segundo investigações, pelas mãos de Onofre passaram pelo menos R$ 40 milhões em propina. Ele é advogado, ex-prefeito de Paraíba do Sul – com dois mandatos – e foi indicado em 2007 pelo então governador Sérgio Cabral, também preso na Lava Jato, para a presidência do Detro, órgão que fiscaliza o transporte intermunicipal no Rio. Em um perfil no Facebook sobre sua gestão, Onofre diz que recebeu autonomia total para combater o crime.

Policiais federais também foram a um condomínio na orla da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, para cumprir mandado de prisão contra José Carlos Lavoura, integrante do conselho da Fetranspor. Os investigadores, no entanto, receberam a informação de que ele está em Portugal. A PF vai acionar a Interpol para encontrar Lavoura.

Marcelo Traça Gonçalves, presidente do Sindicato de Empresas de Transporte Rodoviário do Rio de Janeiro, também teve a prisão decretada, assim como outras quatro pessoas que não tiveram a identidade divulgada.

Delações

A operação desta segunda-feira foi baseada nas delações premiadas do ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado Jonas Lopes e do doleiro Álvaro Novis.

Empresário preso no Galeão

O empresário Jacob Barata Filho foi preso no aeroporto Tom Jobim, por volta das 23h30, tentava embarcar para Lisboa. De lá, os agentes o encaminharam para o Instituto Médico Legal (IML), no Centro do Rio. O comboio da PF chegou ao IML às 23h50 e deixou o local cinco minutos depois, seguindo direto para a sede da Polícia Federal.

Jacob Barata Filho é um dos maiores empresários do ramo de ônibus do Rio de Janeiro e foi preso pela força tarefa da Lava Jato, por volta das 21h, na área de embarque. O mandado de prisão foi expedido pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, com base em investigações do Ministério Público federal e da Polícia Federal que encontraram indícios que o empresário pagou milhões em propina para políticos do Rio.

A Polícia Federal estava monitorando o empresário e antecipou a prisão, que aconteceria nos próximos dias, quando foi informada que Jacob embarcaria para Portugal com passagem só de ida.

A filha do empresário, Beatriz Barata, embarcou no voo para Lisboa. Ela levava duas malas e, quando o pai foi preso, já estava dentro da aeronave. Sua bagagem foi retirada pela empresa aérea e inspecionada pelos agentes da PF. O próprio Jacob Barata Filho foi testemunha da revista realizada. Beatriz não saiu do avião e não foi informado se ela é investigada.

O casamento de Beatriz com Francisco Feitosa Filho foi alvo de manifestações em 2013, época em que iniciaram protestos em todo o país – inicialmente devido ao aumento de R$ 0,20 das tarifas de ônibus. Manifestantes foram para a porta da festa luxuosa, no Copacabana Palace, e da cerimônia, na Igreja do Carmo, no Centro.

Houve confusão quando convidados lançaram notas de dinheiro sobre os presentes no protestos. Alguns chegaram a revidar com pedradas.

Filho do 'Rei dos Ônibus'

O pai do preso na noite deste domingo, Jacob Barata, atua no ramo dos transportes via ônibus no Rio de Janeiro há várias décadas. Ele é conhecido como "Rei do ônibus" e é fundador do grupo Guanabara, do qual Jacob Barata Filho também é um dos gestores. Várias empresas do conglomerado atuam no transporte de passageiros no Rio. Os negócios da família também já se estenderam para outras cidades, estados e meios de transporte.

O que dizem os citados?

Em nota, a defesa disse que o empresário Jacob Barata Filho estava com passagem de volta de Portugal marcada para 12 de julho, "ao contrário do que foi veiculado na imprensa". "Ele estava realizando viagem de rotina a Portugal, onde possui negócios há décadas e para onde faz viagens mensais. A defesa do empresário irá se pronunciar assim que tiver acesso aos autos do processo", explica a assessoria de imprensa.

O G1 entrou em contato com a assessoria da Fetranspor, mas até a última publicação desta reportagem não obteve resposta. A equipe de reportagem ainda não conseguiu contato com os outros citados.

http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/policia-federal-cumpre-prisoes-em-mais-uma-etapa-da-operacao-lava-jato-no-rio.ghtml
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Gaúcho

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #1829 Online: 03 de Julho de 2017, 11:00:09 »
Tem algum setor que não tenha sido espoliado pelo Cabral no RJ?

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Dinheiro roubado dos pobres ia diretamente para o exterior

Os seis principais presos pela Lava Jato no Rio, entre ontem e hoje, são...

Os empresários de ônibus Jacob Barata Filho, José Carlos Reis Lavouras, Amaury Andrade e Marcelo Traça Gonçalves;

O presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), Lélis Marcos Teixeira;

O presidente do Departamento de Transportes Rodoviários do Rio de Janeiro (Detro), Rogério Onofre.

A propina para Sérgio Cabral e o seu bando ficava no cofre de uma transportadora de valores chamada Trans-Expert, que recolhia o dinheiro arrecadado nos ônibus -- dos pobres -- e reservava uma parte para o ex-governador e outros agentes públicos. De lá, o dinheiro roubado seguia diretamente para contas no exterior.

http://www.oantagonista.com/posts/dinheiro-roubado-dos-pobres-ia-diretamente-para-o-exterior
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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #1830 Online: 03 de Julho de 2017, 11:17:57 »
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Cabral recebeu R$ 122 milhões de propina de empresas de ônibus, diz MPF
Segundo o MPF, verba foi recebida por meio do operador Carlos Miranda - ambos estão presos. PF prendeu nesta segunda presidente da Fetranspor e ex-presidente do Detro.

A investigação do Ministério Público Federal (MPF) que levou à Operação Ponto Final, que investiga propina de empresários de ônibus a políticos e fiscalizadores dos transportes do Rio, aponta que o ex-governador Sérgio Cabral recebeu R$ 122,85 milhões por meio do operador e braço-direito Carlos Miranda – ambos já estão presos. No total, foram cerca de movimentados R$ 260 milhões em propina em troca de benefícios às empresas de ônibus, de acordo com a investigação.

Nesta segunda-feira (3), duas prisões foram confirmadas: a de Lélis Teixeira, presidente da Fetranspor, e de Rogério Onofre, ex-presidente do Detro. Na noite de domingo (2), outro mandado de prisão foi antecipado, contra o empresário Jacob Barata Filho.

Um dos maiores empresários do ramo de ônibus do Rio, Barata foi preso no Aeroporto Internacional Tom Jobim, ao tentar embarcar para Lisboa, Portugal. O empresário já estava na área de embarque quando foi detido. A polícia suspeita que ele ficou sabendo da operação e tentava fugir. A defesa nega e diz que Jacob Barata Filho estava com passagem de volta de Portugal marcada para 12 de julho.

Mandados de prisão preventiva confirmados:

Jacob Barata Filho, empresário do setor de transportes, suspeito de ter recebido R$ 23 milhões em propina (preso)
Rogério Onofre, ex-presidente do Detro, suspeito de receber R$ 44 milhões (preso)
Lélis Teixeira, presidente da Fetranspor, suspeito de receber R$ 1,57 milhões (preso)
José Carlos Reis Lavoura, conselheiro da Fetranspor, suspeito de receber R$ 40 milhões (está em Portugal e a PF acionará a Interpol)
Marcelo Traça Gonçalves, presidente do sindicato de ônibus e apontado como realizador dos pagamentos (sem prisão confirmada)
João Augusto Morais Monteiro (sem prisão confirmada)
Cláudio Sá Garcia de Freitas (sem prisão confirmada)
Márcio Marques Pereira Miranda (sem prisão confirmada)
David Augusto da Câmara Sampaio (sem prisão confirmada)

Mandados de prisão temporária confirmados:

Carlos Roberto Alves (sem prisão confirmada)
Enéas da Silva Bueno (sem prisão confirmada)
Octacílio de Almeida Monteiro (sem prisão confirmada)

Ainda segundo a investigação, Rogério Onofre teria recebido mais de R$ 44 milhões. Lelis Marcos Teixeira, presidente da Fetranspor, recebeu pouco mais de R$ 1,57 milhão. Lavouras ganhou mais de R$ 40 milhões. Jacob Barata Filho, preso na noite deste domingo (2) tentando embarcar para Lisboa, recebeu R$ 23 milhões. Jacob Barata Filho era um dos principais nomes ligados a empresas de ônibus do Rio.

Operação Ponto final

A Operação Ponto Final busca cumprir nova mandados de prisão preventiva e três de prisão temporária, além de 30 mandados de busca e apreensão expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal. Cerca de 80 policiais federais participam da ação.

A ação foi baseada nas delações premiadas do ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado Jonas Lopes e do doleiro e operador Álvaro Novis.

Cerca de 80 agentes fizeram buscas nas cidades do Rio, São Gonçalo e Paraíba do Sul, no estado do Rio de Janeiro, e nos estados do Paraná e Santa Catarina.

Esquema por 26 anos

Segundo o MPF, a investigação do núcleo de transporte da organização criminosa comandada por Sérgio Cabral começou quando Novis, cuja atuação foi revelada pela deflagração da Operação Eficiência, firmou acordo de colaboração premiada com o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em depoimento à Procuradoria Geral da República (PGR), ele ressaltou que sabia que os pagamentos eram realizados para garantir benefícios relacionados às linhas de ônibus e tarifas.

Na delação, Novis afirmou que foi contratado pelo presidente do Conselho de Administração da Fetranspor, José Carlos Lavouras, para “recolher regularmente dinheiro de algumas empresas de ônibus integrantes dessa Federação, administrar a sua guarda e distribuir a diversos políticos”. As ordens para esses pagamentos, segundo Novis, eram dadas única e exclusivamente por Lavoura, desde 1990 até 2016.

Segundo as investigações, o dinheiro era recolhido nas garagens das empresas, e contabilizado através de planilhas. Nelas, estavam o nome de diversas pessoas do setor de transportes, como o próprio Lavoura e Rogério Onofre, ex-presidente do Detro, além de operadores financeiros de Cabral, como Carlos Miranda.

De acordo com o documento, as investigações indicam o uso da empresa de transporte de valores Trans Expert como ferramenta para lavagem e ocultação do dinheiro da propina.

Na planilha, Carlos Miranda aparecia como CM; Já Rogério Onofre tinha o apelido de “Lagoa” ou “Mamaluco”. Hudson Braga, preso na operação Calicute, também recebeu recursos da Fetranspor, de acordo com a delação de Novis.

Duas contas eram utilizadas para repassar o dinheiro, uma sob o codinome F/SABI e a outra F/NETUNO (a primeira para débito e a segunda para crédito).

Prisões

Por volta das 6h30, agentes da PF entraram no apartamento de Lélis Marcos Teixeira, presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor, que engobla 10 sindicatos do estado) e da Rio Ônibus (sindicato do município do Rio), na Lagoa, Zona Sul do Rio.

Lélis já havia sido levado em condição coercitiva em outra operação da Lava Jato e desta vez tem um mandado de prisão cumprido contra ele. Já preso, ele ficou até as 9h40 em sua casa com policiais buscavam documentos e outras provas. Foram apreendidos relógios, anéis, colares e HDs (discos rígidos para armazenar aquivos de computador), além de obras de arte, US$ 5,5 mil e mais uma quantia em reais.

Tranportado em um carro descaracterizado da polícia, Lélis chegou na sede da Superintendência da PF pouco antes das 10h, sem falar com jornalistas.

Prisão em Florianópolis
Rogério Onofre, ex-presidente do Departamento de Transportes Rodoviários do Rio (Detro), foi preso em Florianópolis, segundo informações da TV Globo. Agentes da PF também cumprem mandados de busca e apreensão na capital de Santa Catarina e no Leblon, na Zona Sul do Rio, em imóveis ligados a Onofre.

Segundo investigações, pelas mãos de Onofre passaram pelo menos R$ 40 milhões em propina. Ele é advogado, ex-prefeito de Paraíba do Sul – com dois mandatos – e foi indicado em 2007 pelo então governador Sérgio Cabral, também preso na Lava Jato, para a presidência do Detro, órgão que fiscaliza o transporte intermunicipal no Rio. Em um perfil no Facebook sobre sua gestão, Onofre diz que recebeu autonomia total para combater o crime.

Policiais federais também foram a um condomínio na orla da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, para cumprir mandado de prisão contra José Carlos Lavoura, integrante do conselho da Fetranspor. Os investigadores, no entanto, receberam a informação de que ele está em Portugal. A PF vai acionar a Interpol para encomtrar Lavoura.

Marcelo Traça Gonçalves, presidente do Sindicato de Empresas de Transporte Rodoviário do Rio de Janeiro, também teve a prisão decretada, assim como outras quatro pessoas que não tiveram a identidade divulgada. As prisões ainda não foram confirmadas.

http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/cabral-recebeu-r-122-milhoes-de-propina-de-empresas-de-onibus-diz-denuncia-da-lava-jato.ghtml
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Offline Gaúcho

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #1831 Online: 03 de Julho de 2017, 13:36:14 »
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Nunca foi por 20 centavos

A Operação Ponto Final demonstrou como a cúpula do transporte público no Rio trocava contratos com o governo e aumentos de tarifa por propina. O trabalhador era, portanto, roubado duas vezes.

http://www.oantagonista.com/posts/nunca-foi-por-20-centavos
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Offline Lorentz

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #1832 Online: 03 de Julho de 2017, 13:48:23 »
O Cabral parece ser viciado em corrupção. É outro nível.
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Offline Gaúcho

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #1834 Online: 12 de Julho de 2017, 10:13:29 »
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Dinheiro da corrupção de Cabral era tanto que virou transtorno, revela doleiro
Renato Chebar contou que o ex-governador chegou a ter, em contas no exterior, cerca de US$ 120 milhões, ou seja, perto de R$ 400 milhões

O volume de dinheiro obtido pelo esquema de corrupção supostamente comandado pelo ex-governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) cresceu tanto que virou um transtorno para quem se encarregava dele no país. Foi o que revelou, ontem, o doleiro Renato Chebar ao juiz da 7ª Vara Federal Criminal, Marcelo Bretas.

O depoente contou que o peemedebista chegou a ter, em contas no exterior, cerca de US$ 120 milhões (perto de R$ 400 milhões). Afirmou ainda que não tinha condições de operar em segurança com quantias tão altas como as que passou a receber depois que Cabral virou governador, em janeiro de 2007.

"Comecei a não dar conta do serviço. O esquema ficou grandioso para mim", disse Chebar, que confirmou ter operado para Cabral o dinheiro de corrupção no período de 2007 a 2014- período em que o peemedebista foi governador do Rio.

Em seu depoimento, Chebar contou ao juiz que recebia de operadores de Cabral, em seu escritório no Rio, dinheiro vivo, que convertia em crédito em contas no exterior. As operações já aconteciam antes de o peemedebista ser governador.

Segundo Chebar, que é economista, a entrada de dinheiro, até então, era de cerca de R$ 150 mil mensais. A partir de 2007, aumentou muito. Passou a variar de R$ 450 mil a até R$ 1 milhão por mês."Neste período, fiquei com medo de guardar aquele dinheiro todo. Como ia transportar com segurança? Eu não tinha um esquema de segurança, carros fortes. Era um esquema muito maior do que eu tinha condição. Não tinha como buscar e andar no Rio com esse dinheiro. Deus me livre... Terceirizei e subcontratei", disse o operador, que fez acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF).

Chebar afirmou que não costumava fazer perguntas sobre a origem do dinheiro, mas prestava contas a Cabral três vezes ao ano, no apartamento do peemedebista no Leblon, na zona sul da capital fluminense. Já a Carlos Miranda, operador de Cabral também preso, as prestações eram três vezes por semana. Interrogado ontem na 7ª. Vara, Miranda optou por exercer o direito legal de não responder às perguntas e não se autoincriminar.

Defesa

O advogado de Cabral, Luciano Saldanha Coelho, disse à reportagem que a defesa do ex-governador só vai se manifestar nos autos sobre as afirmações dos irmãos Chebar.

Interrogado na véspera, Cabral repudiou as acusações de que teria recebido 5% do valor dos contratos de obras no Estado, durante seu governo. Atribuiu as quantias que recebeu ilegalmente sobras de recursos para eleições.

http://epocanegocios.globo.com/Brasil/noticia/2017/07/epoca-negocios-dinheiro-da-corrupcao-de-cabral-era-tanto-que-virou-transtorno-revela-doleiro.html
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #1835 Online: 12 de Julho de 2017, 16:36:34 »
O quanto dessa dinheirama toda vai para os cofres públicos?

O Ratinho sempre costumava berrar que havia esses casos de corrupção gritantes mas a lei meio que tratava o patrimônio e dinheiro roubado acumulado como se tivesse tido origem legal, então as punições acabam sendo só um tapinha no pulso.

Offline Gaúcho

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #1836 Online: 14 de Julho de 2017, 10:00:23 »
Até no Peru funciona:

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Ex-presidente do Peru Ollanta Humala e sua mulher se entregam para cumprir prisão preventiva
Juiz decretou prisão preventiva de 18 meses para o casal por lavagem de dinheiro relacionada a doações irregulares de campanha da Odebrecht.

ex-presidente Ollanta Humala e sua mulher, Nadine Heredia, chegaram na noite desta quinta-feira (13) aoTribunal Penal Nacional, em Lima, para se entregar, após um juiz decretar 18 meses de prisão preventiva para o casal por lavagem de dinheiro relacionada a doações irregulares de campanha da Odebrecht.

Humala e sua mulher deixaram a residência da família no distrito de Surco, depois de ouvirem a decisão do juiz, e se dirigiram em um comboio acompanhados por seus militantes e pela polícia.

O juiz Richar Concepción determinou a prisão preventiva do ex-presidente e sua esposa por um período de 18 meses, enquanto procuradores preparam acusações formais de lavagem de dinheiro contra os dois.

Richard Concepción, que analisa as denúncias de pagamento de propinas e contribuições irregulares no Peru pela Odebrecht, atendeu ao requerimento do promotor Germán Juárez, que argumentou que o casal deveria ser preso antes do jugamento para evitar que eles fugissem ou interferissem na investigação.

"Uma ordem internacional de captura imediata foi emitida", explicou o juiz ao anunciar sua decisão.

O ex-presidente escreveu na sua conta no Twitter que a prisão preventiva é "a confirmação do abuso do poder, que nós faremos frente, em defesa dos nossos direitos e dos direitos de todos".

Já sua esposa escreveu: "agradeço aos quem não condenam antes do tempo e que acreditam na inocência até que existam provas, que hoje não foram apresentadas". Nadine Heredia acrescentou que "apesar da arbitrariedade estamos aqui, confiamos em que esta decisão será revertida por justiça. Confiamos no nosso país".

O advogado do casal, Wilfredo Pedraza, antecipou que, apesar de negar as acusações, Humala e Nadine se apresentariam às autoridades. "Eles não estão fugindo. Nunca tiveram a intenção de fugir", garantiu.

Em fevereiro, o mesmo juiz ordenou a prisão preventiva do ex-presidente Alejandro Toledo pelos supostos subornos da Odebrecht.

O pedido do procurador Germán Juárez, que investiga o casal há mais de dois anos, é fundamentado nas declarações do empresário Marcelo Odebrecht, diretor da empreiteira Odebrecht, que afirmou que entregou US$ 3 milhões para a campanha presidencial que levou Humala ao poder em 2011. Humala governou o país até 2016.

Em abril, Odebrecht declarou em Curitiba que apoiou Humala a pedido do PT. Humala nega qualquer contribuição econômica da Odebrecht.

Um dos advogados de Humala, Julio César Espinoza, disse à emissora de rádio "RPP Noticias" que só soube do pedido do promotor "pela imprensa". "Não fomos notificados oficialmente, nem sabemos o conteúdo do requerimento. Estamos atentos para que isso ocorra para analisá-lo e discuti-lo como corresponde na audiência", afirmou.

O advogado disse que seus clientes pedem ao juiz "que atue de maneira imparcial e não influenciado por qualquer pressão" e lembrou que em novembro do ano passado também foi expedido um pedido de prisão preventiva para Heredia, mas o mesmo magistrado o rejeitou.

Propina em 12 países

Em acordo de leniência firmado com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, derivado das investigações da Lava Jato, a Odebrecht admitiu ter pago em propina US$ 788 milhões entre 2001 e 2016 e a Braskem, US$ 250 milhões entre 2006 e 2014, a funcionários do governo, representantes desses funcionários e partidos políticos do Brasil e de outros 11 países. Para o órgão dos EUA, é o "maior caso de suborno internacional na história".

A construtora brasileira pagou propina para garantir contratos em mais de 100 projetos em Angola, Argentina, Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Guatemala, México, Moçambique, Panamá, Peru e Venezuela, segundo o Departamento de Justiça dos EUA.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/ex-presidente-do-peru-ollanta-humala-e-sua-mulher-se-entregam-para-cumprir-prisao-preventiva.ghtml
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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #1837 Online: 14 de Julho de 2017, 10:01:59 »
O quanto dessa dinheirama toda vai para os cofres públicos?

O Ratinho sempre costumava berrar que havia esses casos de corrupção gritantes mas a lei meio que tratava o patrimônio e dinheiro roubado acumulado como se tivesse tido origem legal, então as punições acabam sendo só um tapinha no pulso.

Teve um diretor da Petrobrás que devolveu sozinho quase cem milhões de reais. Eu vejo que é sempre pedido a restituição do que foi roubado, mas não sei se acontece frequentemente.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #1838 Online: 14 de Julho de 2017, 12:15:30 »
Menos mal. A impressão que passa só de ler as manchetes e sem examinar mais a fundo é que mal se toca em um patrimônio acumulado ao longo dos anos, ficando só com qualquer que fosse uma última movimentação ilegal, o que imaginaria talvez ser embasado por não se ter provas de quanto exatamente do enriquecimento histórico foi ilícito, qual seria o montante. "E então a lei deve ser lida da forma menos danosa ao réu, obedecendo sempre o princípio de presunção da inocência".


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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #1839 Online: 17 de Julho de 2017, 11:35:32 »
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Investigação apura atuação de Cunha em rombo de R$ 2 bi no fundo de pensão da Cedae
Ex-deputado usou influência política para lucrar com papeis podres no mercado a partir de convênio com a Caixa; CVM, MPF e PF investigam

RIO - As colaborações premiadas do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do doleiro Lúcio Funaro, em fase de negociação, vão trazer à tona, se homologadas pela Justiça, um esquema que, em 15 anos, aumentou de R$ 75 milhões para cerca de R$ 2 bilhões o rombo na Prece, como é chamada a previdência complementar dos funcionários da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae).

Os fundos eram administrados por ex-funcionários da Caixa Econômica Federal e da Cedae, indicados pelo ex-deputado e que trabalhavam sob sua orientação. As operações, que se estenderam de 2002 até este ano, são alvo de investigação de Polícia Federal, Ministério Público Federal (MPF) e Comissão de Valores Mobiliários (CVM), segundo confirmou O GLOBO. E vão muito mais além das transações já investigadas pela força-tarefa da Lava-Jato no esquema de Cunha, Funaro e Fabio Cleto (ex-vice-presidente da Caixa) no fundo de investimento FI-FGTS.

Um dos integrantes eleitos do Conselho Deliberativo da Prece, Valdemir de Carvalho responsabiliza a Cedae pela totalidade do rombo bilionário nos fundos. Segundo ele, os participantes sempre se opuseram à maneira como as aplicações eram feitas no mercado, questionando os maus resultados e a falta de transparência, denunciados ao MPF e à Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc):

— Os indicados da Cedae que autorizaram as operações foram sempre questionados pelos representantes dos trabalhadores, que votavam contra suas decisões e faziam notificações judiciais e denúncias no MPF. Portanto, para nós, a Cedae é responsável pelo rombo de quase R$ 2 bilhões.

Carvalho explica o tamanho dos defaults, como são chamados os prejuízos:

— O rombo total são os defaults de R$ 1,1 bilhão mais R$ 788 milhões de déficit apurado nos planos. A grande maioria dos defaults foi o Eduardo Cunha que operou através de seus interlocutores no mercado e na Prece.

Os fundos de pensão são um tipo de investimento no qual o trabalhador contribui com uma parte do salário para ter uma renda maior na hora de se aposentar. Com patrimônio bilionário, injetam o dinheiro em aplicações e projetos em busca de retorno financeiro. Sob influência de políticos, negócios arriscados podem resultar em prejuízos e colocar em risco a aposentadoria extra de milhares de trabalhadores.

Eduardo Cunha tem influência sobre as indicações de diretores da Cedae e da Prece desde o governo de Rosinha Garotinho, há 15 anos. De lá para cá, o esquema se sofisticou e ficou conhecido dentro da estatal como “escola do crime”, porque alguns dos funcionários chegaram a fazer cursos de especialização — bancados pela empresa — apenas para operar melhor no mercado, só que em favor do ex-deputado e em prejuízo da companhia.

A ascendência de Cunha sobre a Cedae e a Prece durante esse tempo aparece na colaboração premiada do ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Jonas Lopes, que narrou detalhes de encontros com o ex-deputado. Num de seus relatórios sobre operações suspeitas, a CVM apontou que Cunha “estava inserido, de acordo com ele mesmo, dentro de um contexto político, na época, que o aproximava dos dirigentes da Cedae”.

Esquema de Cunha em fundos de pensão da Cedae
"Sombras" do ex-deputado provocaram prejuízo de R$ 2 bilhões



MAIS SORTE DO QUE GANHADOR DA MEGA-SENA

Com sua influência consolidada na Cedae e na Prece para nomear pessoas ligadas ao setor de investimentos, o ex-deputado passou, segundo pessoas que trabalham na Prece, a investir na compra e venda de títulos podres. Uma das transações, feita ainda em 2004 e 2005, acendeu um sinal de alerta na CVM. Cunha obteve lucro de R$ 917 mil, mas a Prece registrou prejuízo. Investigações da CVM e do Ministério Público Federal chegaram à conclusão que o resultado seria impossível porque o ex-deputado teria de ter tido mais sorte que um ganhador da Mega-Sena, de acordo com documento enviado pelos investigadores ao Supremo Tribunal Federal.

Nas apurações, ficou nítido que os “investidores” tomavam conhecimento prévio do resultado que as operações iriam gerar e deixavam para os fundos todos os negócios com preços desfavoráveis, enquanto alguns determinados clientes das corretoras operavam compras e vendas do mesmo contrato futuro que, invariavelmente, resultavam em “ajustes do dia” positivos, de maneira que “todos os prejuízos ficavam para os fundos e todos os lucros para determinados clientes das corretoras, dentre eles Eduardo Cunha e Lúcio Funaro”.

A série de maus investimentos levou os participantes da Prece a ver seu patrimônio ser dilapidado nos últimos 17 anos. No ano 2000, o fundo de previdência chegou a dar lucro de R$ 26 milhões, mas parou por aí. O prejuízo, que já estava em R$ 75 milhões em 2002, saltou para R$ 147 milhões, em 2003; R$ 236,5 milhões, em 2004 e alcançou os R$ 300 milhões em 2005, ano em que a Prece foi alvo da CPI dos Correios.

Procurada, a Prece afirmou que “a atual diretoria, conselhos deliberativo e fiscal são compostos, em sua totalidade, por participantes dos planos de benefícios administrados pela entidade, o que, sem dúvida, confirma o grau de comprometimento e confiança com os seus objetivos e que cumpre a exigência da Previc para atender a uma série de requisitos para exercerem seus cargos”.

A respeito do pagamento de cursos a funcionários treinados para atuarem no mercado financeiro, a entidade disse que possui “um corpo técnico altamente qualificado e capacitado e uma equipe com graduação em instituições de ensino renomadas, além de larga experiência de mercado”.

A Prece não comentou a influência política de Cunha em seus quadros, tampouco respondeu às perguntas sobre o aumento do rombo por investimentos malsucedidos.

A defesa de Cunha, que continua preso, afirmou que não tomou conhecimento das investigações e, por isso, prefere não comentar as acusações. No entanto, seu advogado Ticano Figueiredo afirmou que tudo isso se trata de mais uma tentativa de fazer “colar” em seu cliente mais um escândalo de corrupção.

Advogado de Funaro, Bruno Espiñeira Lemos disse que está concentrando sua defesa apenas em informações do FI-FGTS e que, até o momento, seu cliente não tratou com ele sobre sua atuação no mercado financeiro a respeito de fundos de pensão.

Perguntada, a Cedae afirma que o período analisado não corresponde ao da atual gestão e que Cunha nunca ocupou cargo na companhia. “Não há relação entre o ex-deputado e a administração da Cedae, que está à disposição da Justiça para esclarecimentos”. A empresa não respondeu sobre os dados do prejuízo da Prece apontados no relatório ao qual O GLOBO teve acesso.

https://oglobo.globo.com/brasil/investigacao-apura-atuacao-de-cunha-em-rombo-de-2-bi-no-fundo-de-pensao-da-cedae-21598199
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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #1840 Online: 27 de Julho de 2017, 09:41:42 »
Bendine preso.

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PF prende ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil em nova fase da Lava Jato
Aldemir Bendine pediu propina à frente das duas instituições, segundo o MPF; advogado diz que detenção é "desnecessária".

O ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras Aldemir Bendine foi preso na 42ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (27) no Distrito Federal, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. Suspeito de receber R$ 3 milhões da Odebrecht, Bendine foi preso em Sorocaba (SP). A ação foi batizada de Cobra.

A PF prendeu outras duas pessoas, que são suspeitas de operar a propina da empreiteira para Bendine: os irmãos André Gustavo Vieira da Silva e Antônio Carlos Vieira da Silva Júnior, sócios em uma agência de publicidade, a Arcos Propaganda. Eles foram presos no Recife.

O Ministério Público Federal (MPF) afirma que, quando comandava o Banco do Brasil, Bendine pediu R$ 17 milhões à Odebrecht para rolar uma dívida da empresa com a instituição, mas não recebeu o valor. Na véspera de assumir a Petrobras, pediu mais R$ 3 milhões para não prejudicar os contratos da estatal com a empreiteira. O valor foi pago em 2015.

Naquele ano, Bendine era braço direito da então presidente Dilma Rousseff. E havia deixado o banco com a missão de acabar com a corrupção na petroleira, alvo da Lava Jato. Mas, segundo delatores da Odebrecht, ele já cobrava propina no Banco do Brasil e continuou cobrando na Petrobras.

Prisões

Bendine deve chegar à Superintendência da PF, em Curitiba, no período da tarde. Os demais presos também serão levados para o Paraná.

Os três suspeitos foram presos temporariamente. A prisão tem prazo de cinco dias e pode ser prorrogada pelo mesmo ou convertida para preventiva, que é quando o investigado não tem prazo para deixar a cadeia.

A operação também cumpre 11 mandados de busca e apreensão.

O advogado do ex-presidente da Petrobras, Pierpaolo Bottini, afirmou, em nota, que desde o início das investigações Bendine se colocou à disposição para esclarecer os fatos e juntou seus dados fiscais e bancários ao inquérito, demonstrando a regularidade de suas atividades. "A cautelar é desnecessária. É arbitrário prender para depoimento alguém que manifestou sua disposição de colaborar com a justiça desde o início", declarou Bottini.

O G1 tenta contato com a defesa dos demais presos.

Investigações

Segundo o MPF, há evidências indicando que, numa primeira oportunidade, um pedido de propina no valor de R$ 17 milhões foi realizado por Aldemir Bedine à época em que era presidente do Banco do Brasil, em 2014, para viabilizar a rolagem de dívida de um financiamento da Odebrecht AgroIndustrial.

No entanto, Marcelo Odebrecht e Fernando Reis teriam negado o pagamento, porque entenderam que Bendine não tinha capacidade de influenciar no contrato de financiamento do BB, segundo o MPF.

Na véspera de assumir a presidência da Petrobras, o que ocorreu em 6 de fevereiro de 2015, Aldemir Bendine e um de seus operadores financeiros novamente solicitaram propina a Marcelo Odebrecht e Fernando Reis, segundo o MPF. Investigadores dizem que o pedido foi feito para que a empreiteira não fosse prejudicada na Petrobras, inclusive em relação às consequências da Operação Lava Jato.

A Odebrecht, conforme depoimentos de colaboradores, optou por pagar a propina de R$ 3 milhões por meio do Setor de Operações Estruturadas. Foram feitas três entregas em espécie, no valor de R$ 1 milhão cada, em São Paulo.

Ainda de acordo com o MPF, em 2017, um dos operadores financeiros de Bendine confirmou que recebeu a quantia de R$ 3 milhões da Odebrecht, mas tentou atribuir o pagamento a uma suposta consultoria que teria prestado à empreiteira, para facilitar o financiamento junto ao Banco do Brasil. No entanto, a investigação revelou que a empresa usada pelo operador era de fachada.

"Buscando dar aparência lícita para os recursos, o operador financeiro, após tomar ciência das investigações, efetuou o recolhimento dos tributos relacionados à suposta consultoria, cerca de dois anos após os pagamentos, com o objetivo de dissimular a origem criminosa dos valores. Há indícios que a documentação também foi produzida com intuito de ludibriar e obstruir as investigações", afirmaram os procuradores.

Em junho deste ano, o juiz Sérgio Moro, que é responsável pelos processos da Lava Jato, autorizou abertura de inquérito para investigar Bendine.

Nome da operação

Cobra, o nome desta fase da Lava Jato, é uma referência ao codinome dado ao principal investigado nas tabelas de pagamentos de propinas apreendidas no Setor de Operações Estruturadas da Odrebrecht, durante a 23ª fase da operação.

http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/pf-cumpre-mandados-da-42-fase-da-operacao-lava-jato.ghtml
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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #1841 Online: 27 de Julho de 2017, 09:49:57 »
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EXCLUSIVO: BENDINE PLANEJAVA FUGIR AMANHÃ PARA ITÁLIA

No despacho que autorizou a prisão de Aldemir Bendine, obtido com exclusividade por O Antagonista, o juiz Sérgio Moro ressaltou que os mandados deveriam ser cumpridos antes do dia 28 de julho de 2017, "considerando a viagem de ida de Aldemir Bendine para Portugal, caracterizada como possível fuga".

Sim, Bendine comprou passagem só de ida e tentava repetir os passos de Henrique Pizzolato, o ex-diretor do BB condenado no mensalão.

http://www.oantagonista.com/posts/exclusivo-bendine-planejava-fugir-amanha-para-italia

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CODINOME COBRA, SENHA OCEANO

O Antagonista obteve em primeira mão o despacho do juiz Sérgio Moro que autorizou a prisão de Aldemir Bendine. Um dos documentos anexados ao inquérito é o registro de pagamento de R$ 1 milhão num endereço de São Paulo.

O imóvel foi alugado por Antônio Carlos Vieira da Silva Junior, irmão do publicitário André Gustavo Vieira, apontados pelo MPF como operadores de Bendine.

O pagamento da propina em 17 de junho de 2015 foi registrado com o codinome "Cobra" e senha "Oceano".



http://www.oantagonista.com/posts/codinome-cobra-senha-oceano
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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #1842 Online: 27 de Julho de 2017, 10:14:01 »
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O método da Lava Jato

Os advogados formais e informais da ORCRIM acusam a Lava Jato de se basear apenas em relatos de delatores.

A prisão de Aldemir Bendine é um exemplo de como as coisas de fato funcionam.

A Odebrecht confessou o pagamento de 3 milhões de reais ao presidente da Petrobras. A partir daí, foram feitas as seguintes diligências, segundo a nota do MPF: “análise de ligações telefônicas, identificação junto a hotéis de reuniões secretas, descoberta mediante análise de cartões de crédito de encontros em restaurantes, colheita de comunicações ocultas por aplicativos de celular que eram destruídas em tempo pré-determinado para apagar os vestígios de crimes, bem como exame de anotações que apontam para pagamentos de despesas de hospedagem em favor de familiares de Aldemir Bendine”.

Mais ainda:

“Já neste ano de 2017, um dos operadores financeiros que atuavam junto a Bendine confirmou que recebeu a quantia de R$ 3 milhões da Odebrecht, mas tentou atribuir o pagamento a uma suposta consultoria que teria prestado à empreiteira para facilitar o financiamento junto ao Banco do Brasil. Todavia, a investigação revelou que a empresa utilizada pelo operador financeiro era de fachada.

Além disso, não foi apresentado nenhum material relativo à alegada consultoria e não foi explicado o destino de valores, a forma oculta do recebimento, a ausência de contrato escrito para serviços de valor milionário e o motivo da diminuição do valor de tais serviços, que inicialmente seriam, conforme reconhecido pelo próprio operador, de R$ 17 milhões, para R$ 3 milhões.

Buscando dar aparência lícita para os recursos, o operador financeiro, após tomar ciência das investigações, efetuou o recolhimento dos tributos relacionados à suposta consultoria, cerca de dois anos após os pagamentos, com o objetivo de dissimular a origem criminosa dos valores. Há indícios que a documentação também foi produzida com intuito de ludibriar e obstruir as investigações”.

http://www.oantagonista.com/posts/o-metodo-da-lava-jato
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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #1843 Online: 27 de Julho de 2017, 10:26:31 »
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Criminosos agindo em "estágio avançado" da Lava Jato

O procurador Athayde Ribeiro Costa disse o seguinte sobre a prisão de Aldemir Bendine e os seus comparsas:

"É incrível topar com evidências de que, após a Lava Jato já estar em estágio avançado, os criminosos tiveram a audácia de prosseguir despojando a Petrobras e a sociedade brasileira.“

E ainda:

"Os crimes recentes são a prova viva de que a prisão é necessária para frear o ímpeto criminoso de um esquema que vem desviando bilhões há mais de década.”

http://www.oantagonista.com/posts/criminosos-agindo-em-estagio-avancado-da-lava-jato
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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #1844 Online: 27 de Julho de 2017, 11:04:44 »
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MAIS UM SUJEITO SEM LIMITE

Depois de operar no Banco do Brasil e na Petrobras -- quando a empresa já estava quebrada e posta a nu pela Lava Jato, frise-se --, Aldemir Bendine tentou ser presidente da Vale no início deste ano.

Era mais um sujeito sem limite.

http://www.oantagonista.com/posts/um-sujeito-sem-limite

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"QUE O GUIDO MANDAVA SEMPRE O ALDEMIR FAZER AS COISAS E ELE NÃO RECEBIA NADA"

O delator Fernando Reis, ex-executivo da Odebrecht, contou que, em 2014, foi procurado por um emissário de Aldemir Bendine, então presidente do Banco do Brasil, que lhe fez o primeiro pedido de propina.

O emissário era o publicitário André Gustavo Vieira da Silva, que disse a Fernando Reis que Aldemir Bendine tinha uma queixa sobre Guido Mantega, então ministro da Fazenda de Dilma Rousseff.

Eis o registro da delação de Fernando Reis;

“Que o Guido mandava sempre o Aldemir fazer as coisas, que ele fazia, que tinha a percepção que o então ministro Guido Mantega fazia parte da arrecadação e que ele, Bendine, só recebia as ordens e não recebia nada, então ele queria tentar estabelecer conosco um canal para o Aldemir Bendine.”

http://www.oantagonista.com/posts/que-o-guido-mandava-sempre-o-aldemir-fazer-as-coisas-e-ele-nao-recebia-nada
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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #1846 Online: 27 de Julho de 2017, 11:45:22 »
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A PROPINA PARA BENDINE

O MPF anexou ao pedido de prisão de Aldemir Bendine, obtido por O Antagonista, os registros de pagamento da propina da Odebrecht, em três parcelas, entregues num imóvel de São Paulo alugado pelo irmão do marqueteiro André Gustavo.

O codinome Cobra é o mesmo nas três entregas. As senhas variavam: Oceano, Rio e Lagoa.





http://www.oantagonista.com/posts/a-propina-para-bendine

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AS CONTRADIÇÕES DO MARQUETEIRO

No relatório do MPF, obtido em primeira mão por O Antagonista, os procuradores apontam "incontáveis" contradições e inconsistências no depoimento do marqueteiro André Gustavo para justificar os pagamentos da Odebrecht e os encontros com Aldemir Bendine.

O marqueteiro chega a dizer que o encontro no dia 18 de maio de 2015, em sua casa, com Bendine, Marcelo Odebrecht e Fernando Reis teria sido fruto de uma "feliz coincidência".



http://www.oantagonista.com/posts/as-contradicoes-do-marqueteiro
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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #1847 Online: 18 de Agosto de 2017, 11:35:29 »
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Vaccarezza é preso em nova fase da Operação Lava Jato em São Paulo
Ex-deputado, que deixou o PT, foi líder dos governos Lula e Dilma. Segundo o MPF, ele recebeu a maior parte de um total de propina que soma US$ 500 mil.

O ex-líder dos governos Lula e Dilma na Câmara dos Deputados Cândido Vaccarezza, que deixou o PT, foi preso nesta sexta-feira (18) em São Paulo. Ele é alvo da Operação Abate, uma das duas novas fases da Operação Lava Jato deflagradas nesta manhã.

A prisão é temporária, válida por cinco dias. Ele deixou seu apartamento, na Mooca, Zona Leste de São Paulo, por volta das 10h. Acompanhado de agentes da PF, ele entrou em uma Pajero preta e deve seguir para Curitiba ainda nesta sexta. O G1 tenta contato com a defesa do ex-deputado, com PT e com as empresas citadas.

Principais pontos das investigações

    Ações apuram o favorecimento de empresas estrangeiras em contratos com Petrobras.
    Operação Abate investiga fraudes no fornecimento de asfalto para a Petrobras por uma empresa norte-americana, entre 2010 e 2013.
    Funcionários da Petrobras, o PT e, principalmente, Cândido Vaccarezza teriam recebido propinas que somam US$ 500 mil no esquema da Abate.
    Operação Sem Fronteiras investiga o pagamento de propinas para contratação de armadores (transportadores marítimos) da Grécia, entre 2009 e 2013.
    Ao menos 2% dos contratos com as empresas gregas, que superaram US$ 500 milhões, seriam propina para políticos, funcionários da estatal e operadores financeiros.
    As investigações surgiram da delação do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.

No total, foram cumpridas 46 ordens judiciais distribuídas em 29 mandados de busca e apreensão, 11 mandados de condução coercitiva e 6 mandados de prisão temporária – incluindo o de Vaccarezza – em São Paulo, Santos e Rio de Janeiro. Dois ex-gerentes da Petrobras estão entre os alvos dos mandados de prisão temporária.

Operação Abate

O Ministério Público Federal (MPF) afirma que Vaccarezza usou a influência decorrente do cargo em favor da contratação da empresa Sargeant Marine pela Petrobras. No total, a empresa obteve 12 contrato entre 2010 e 2013 que somam US$ 180 milhões.

O ex-deputado, segundo o MPF, foi o principal beneficiário de US$ 500 mil em propina que eram destinados ao PT. Também foram beneficiados pelo pagamento de propina o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, que se tornou delator da Lava Jato.

O MPF aponta ainda que Vaccarezza pode ter recebido propina e repassado informações confidenciais da Petrobras à empresa Quimbra na comercialização de tolueno (uma substância obtida do petróleo).

Outras suspeitas contra Vaccarezza

07 de março de 2015

STF divulga lista e autoriza investigação contra 47 deputados mencionados em delações premiadas na Operação Lava Jato. O nome de Cândido Vaccarezza aparece pela primeira vez como suspeito por desvio de recursos da Petrobras.

17 de junho de 2015

Vaccarezza foi à Polícia Federal depor sobre acusações de que teria recebido propina quando atuava na Petrobras. Na ocasião, o petista afirmou que as acusações contra ele eram inconsistentes.

03 de setembro de 2015

Polícia Federal conclui investigações contra Vaccarezza e afirma que haviam indícios de que Alberto Youssef, ex-doleiro do PP, pagou propina ao ex-deputado petista durante campanha eleitoral de 2010.

12 de janeiro de 2016

Em sua delação premiada, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró relata que foi indicado à diretoria financeira da BR Distribuidora por gratidão do PT com ele, após reunião com Vaccarezza e outros políticos.

15 de março de 2016

TRE-SP rejeita contas da campanha eleitoral de 2014 de Cândido Vaccarezza. Segundo o tribunal, o petista deixou de informar despesas realizadas que foram encontradas pela Justiça Eleitoral.

15 de junho de 2016

Delator da Lava Jato, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado afirmou aos investigadores que Vaccarezza recebeu R$ 500 mil de propina desviada da Petrobras.

12 de abril de 2017

Relator da Lava Jato no STF, o ministro Edson Facchin pede abertura de inquérito contra Cândido Vaccarezza e mais 38 deputados. A suspeita é de que o ex-deputado do PT tenha pedido propina à Odebrecht em troca da aprovação de um investimento pela Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil.

Perfil

Cândido Elpídio de Souza Vaccarezza, 61 anos, foi duas vezes deputado estadual em São Paulo e outras duas deputado federal. Nos quatro mandatos era filiado ao PT. Em Brasília, foi líder do governo dos ex-presidente Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff. Ganhou fama de articulador hábil e ecumênico, com trânsito nas bancadas de partidos que tradicionalmente fazem oposição ao PT.

Vaccarezza ganhou espaço nas articulações do PT em Brasília a partir do vácuo provocado derrocada do ex-ministro José Dirceu, a partir do escândalo do mensalão, em 2005. O então deputado foi apontado como figura decisiva nas negociações que levaram o petista Arlindo Chinaglia (SP) à presidência da Câmara dos Deputados, em 2007.

Apesar da carreira política construída em São Paulo, Vaccarezza nasceu na Bahia. Natural de Senhor do Bonfim (BA), iniciou a militância política no movimento estudantil. Participou da União Nacional dos Estudantes (UNE) e concluiu o curso de medicina na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Atuou nos primórdios do PT em seu estado e migrou para São Paulo, na década de 1980, para fazer a residência médica. Fixou a nova morada e, a partir dos anos 2000, conquistou seus mandatos eletivos.

Ex-secretário da Cultura Esportes e Lazer da cidade de Mauá (SP), chegou à Assembleia Legislativa como suplente. Em 2001, assumiu cadeira na Casa em razão de parlamentares petistas que ocuparam secretarias na gestão de Marta Suplicy na prefeitura de São Paulo. Em 2002, Vaccarezza ganhou a vaga de titular nas urnas. Em 2006 e 2010 elegeu-se deputado federal. Tentou um terceiro mandato em 2014, mas não conseguiu a nova reeleição.

O fracasso nas urnas acelerou o distanciamento de Vaccarezza do PT e ampliou as críticas dirigidas pelo político ao governo de Dilma Rousseff. Ele deixou o partido em 2016, após 35 anos de militância. Na oportunidade, anunciou apoio ao candidato do PRB à prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno.

Disposto a reconquistar o mandato, Vaccarezza filiou-se ao PTdoB e assumiu o diretório estadual da legenda, que recentemente mudou de nome para Avante.

Operação Sem Fronteiras

Também na manhã desta sexta-feira, a Polícia Federal deflagrou outra operação ligada à Lava Jato. A outra fase, chamada de Sem Fronteiras, tem como foco irregularidades envolvendo executivos da Petrobras e grupo de armadores estrangeiros, que obtiveram informações privilegiadas para fechar contratos milionários com a empresa brasileira.

Segundo as investigações, Paulo Roberto Costa ajustou com o cônsul honorário da Grécia no Brasil, Konstantinos Kotronakis, um esquema de facilitação de contratação de navios gregos. O operador Henry Hoyer de Carvalho, que foi alvo da 13ª fase da Lava Jato, teria efetivado o esquema entre 2008 e 2010. Depois, quem assumiu o comando foi uma empresa de brokeragem constituída na Inglaterra e pertencente a Georgios Kotronakis, filho de Konstantinos.

O MPF afirma que os grupos Tsakos e Aegean, dos quais Konstantinos Kotronakis é, respectivamente, diretor e sócio-administrador, além das empresas Dynacom Tankers Management, Galbraiths e Dorian Hellas, com as quais o cônsul grego tinha vínculos indiretos, formalizaram contratos de afretamento com a Petrobras, entre os anos de 2009 a 2013, em valores que superam US$ 500 milhões.

De acordo com as investigações, ao menos 2% desses valores era destinado ao pagamento de propina a funcionários públicos, operadores financeiros e políticos. Costa já tinha afirmado ao MPF que recebeu US$ 530 mil em propina de Konstantinos Kotronakis.

http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/vaccarezza-e-preso-em-nova-fase-da-operacao-lava-jato-em-sao-paulo.ghtml
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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #1848 Online: 25 de Agosto de 2017, 17:05:02 »
Que homem!

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Urgente: Bretas prende de novo acusado solto por Gilmar

Marcelo Bretas mandou prender novamente Rogério Onofre, que havia sido solto por Gilmar Mendes.

Trata-se do investigado da Ponto Final que ameaçou de morte seus comparsas.

https://www.oantagonista.com/brasil/urgente-bretas-prende-de-novo-acusado-solto-por-gilmar/
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Re:Petrolão - Talvez o maior esquema de corrupção do planeta
« Resposta #1849 Online: 25 de Agosto de 2017, 17:28:47 »
Sobre a Ponto Final:

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O que se sabe sobre a operação 'Ponto Final'
Esquema mira a corrupção no transporte público do Rio no governo de Sérgio Cabral

RIO - Deflagrada na manhã desta segunda-feira, a operação Ponto Final, que é um desdobramento da Lava-Jato no Rio, mira o esquema de pagamentos de propina no transporte público durante o mandato do ex-governador preso Sérgio Cabral (2011 a 2016): a "caixinha da Fetranspor (Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro). Foram movimentados cerca de R$ 200 milhões, sendo mais de R$ 120 milhões em pagamentos ao próprio Cabral. Nove mandados de prisão preventiva e três de prisão temporária foram expedidos.

Jacob Barata Filho

Sócio de várias empresas de ônibus no Rio de Janeiro, o empresário Jacob Barata Filho foi preso na noite deste domingo pela Polícia Federal (PF). Ele foi detido no Aeroporto Internacional do Galeão, enquanto tentava embarcar para Lisboa, em Portugal. Investigadores à frente dos desdobramentos da Lava-Jato no estado monitoravam a situação de Barata Filho e suspeitavam que ele tentaria fugir do país. A informação da prisão foi noticiada pelo “Fantástico”, da TV Globo, e confirmada pelo GLOBO com investigadores. O pedido de prisão foi feito por procuradores que integram a Força-Tarefa da Lava-Jato no Ministério Público Federal (MPF) e assinado pelo juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal.

O pai do preso, Jacob Barata, atua no ramo dos transportes via ônibus no Rio de Janeiro há várias décadas. Ele é conhecido como "Rei do Ônibus" e é fundador do Grupo Guanabara, no qual Jacob Barata Filho também é um dos gestores. Várias empresas do conglomerado atuam no transporte de passageiros no Rio.

Lélis Teixeira e Rogério Onofre

Outro alvo da operação, Lélis Teixeira, presidente da Fetranspor (Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro), foi detido no Rio. Ex-presidente do Departamento de Transportes Rodoviários do Rio (Detro), Rogério Onofre também foi preso, em Florianópolis.

Onofre também é ex-prefeito de Paraíba do Sul (RJ) e tinha status de liderança do combate ao crime e à má gestão durante o governo de Sérgio Cabral no Rio. No ano em que Cabral assumiu o governo, 2007, foi nomeado para comandar o Detro (Departamento de Transportes Rodoviários) com o anunciado objetivo de "combater a máfia das vans".

Ainda em 2007, Onofre foi condenado, em primeira instância, por improbidade administrativa, relativa ao tempo em que fora prefeito de Paraíba do Sul.

Na época, Cabral saiu em defesa do ex-presidente do Detro, afirmando que ele era "honesto" e "corajoso", além de estar fazendo um "excelente trabalho, fiscalizando e combatendo irregularidades em vans e ônibus".

Sérgio Cabral

O ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) recebia "prêmios" da Fetranspor sempre que o governo autorizava reajuste nas tarifas de ônibus. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Cabral também recebeu dinheiro de propina vindo do esquema das empresas de ônibus no mês em que foi preso, na Operação Calicute, em novembro do ano passado.

Mesmo depois de ter deixado o governo, o peemedebista continuava tendo influência e, sempre que uma decisão privilegiava os empresários do setor, os integrantes do esquema recebiam recursos ilícitos.

Marcelo Traça Gonçalves

Também foi preso o presidente do Sindicato de Empresas de Transporte Rodoviário do Rio de Janeiro, Marcelo Traça Gonçalves. Ele foi abordado na altura do km 289 na Via Dutra, em Barra Mansa, no Sul do Rio de Janeiro.

A prisão aconteceu depois de a PRF receber informações passadas pela Polícia Federal (PF). Os agentes montaram uma blitz para tentar abordá-lo. Marcelo estava em Resende, também no Sul do estado, e estaria indo para o Rio.

Álvaro José Novis

A operação Ponto Final foi consolidada a partir da delação premiada do doleiro Álvaro José Novis, um velho conhecido dos investigadores da Lava-Jato e apontado como um dos operadores do ex-governador.

Preso temporariamente na 26ª fase da Lava-Jato, em março do ano passado, na operação "Xepa" - desdobramento da operação "Acarajé" que arrastou a Odebrecht e os marqueteiros João Santana e Mônica Moura para o turbilhão de denúncias, Novis voltou a ser preso na operação "Eficiência", em janeiro deste ano, cujo alvo principal foi o empresário Eike Batista.

O doleiro também é personagem da operação "Quinto do Ouro", deflagrada em março deste ano a partir da delação do ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Jonas Lopes de Carvalho, que levou à prisão cinco conselheiros acusados de receber propina para fazer "vista grossa" em processos contra a Fetranspor.

A exemplo de Jonas Lopes, Novis viu aí sua oportunidade de se entender com a Justiça e também firmou esquema de colaboração, entregando principalmente o presidente do Conselho de Administração da Fetranspor e da Viação Flores, José Carlos Lavouras, um dos alvos da operação desta segunda-feira.

TCE

As investigações da força-tarefa ainda dão conta de que conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ) também receberam propina para cuidar de interesses da Fetranspor no próprio tribunal.

Segundo colaboração premiada de Jonas Lopes de Carvalho, presidente do TCE e delator, as vantagens indevidas eram recolhidas por ele próprio e distribuídas aos demais conselheiros: Graciosa, Brazão, Marco Antonio Alencar, Nolasco e Aloysio Neves. Eles foram presos e afastados do cargo.

Cada um teria recebido em torno de R$ 60 mil mensais para que processos relacionadaos aos serviços públicos de transporte tivessem análises mais favoráveis às empresas associadas.

Segundo Jonas Lopes, esses pagamentos foram organizados pelo presidente da Alerj, Jorge Picciani, e os diretores da Fetranspor, José Carlos Reis Lavouras, Lélis Marcos Teixeira e Amaury de Andrade.

Trans-Expert

A "caixinha da Fetranspor" contava ainda com um "banco paralelo", a transportadora de valores Trans-Expert, para movimentar o dinheiro, que pagava remuneração pelo dinheiro de propina nele depositado — uma espécie de "caderneta de poupança" com recursos desviados.

De acordo com a delação de Novis, a propina era transportada e ficava guardada no cofre na transportadora. A Trans-Expert recolhia o dinheiro das empresas de transporte e reservava parte desta arrecadação para Cabral e outros agentes públicos.

O dinheiro não precisava sair do cofre, como um caixa único. A movimentação de valores, segundo Novis, seguia uma planilha controlada por Carlos Emanuel de Carvalho Miranda, operador do ex-governador. Do cofre da Trans-Expert, no Santo Cristo, a propina de Cabral só saía com destino a contas no exterior abertas por Juca Bala e Toni.

O banco contava carros blindados para carregar a propina e operava livre do sistema público de controle das atividades bancárias.

Antes da delação de Álvaro Novis, investigações já apontavam pelo menos três indícios que vinculam a transportadora a Cabral: declarações de Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador preso Sérgio Cabral; repasse de R$ 25 milhões da Trans-Expert para uma empresa ligada ao próprio Cabral; e o fato de ter guardado dinheiro para o ex-secretário de Obras Hudson Braga, um dos presos na Operação Calicute.

A empresa já estava sob investigação da Polícia Federal (PF) devido à denúncia de que a transportadora despareceu com R$ 35 milhões do Banco do Brasil – valor recolhido das agências bancárias que não chegava ao destino – e ao incêndio do ano passado, que teria transformado em cinzas milhões de reais (R$ 28 milhões apenas da Caixa Econômica Federal).

https://oglobo.globo.com/brasil/o-que-se-sabe-sobre-operacao-ponto-final-21547753
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