Há várias postagens aqui que eu gostaria de comentar, mas devido ao pouco tempo e a muita preguiça vou me resumir a um apanhado geral.
Antes de mais nada, para que a conversa não se torne evasiva e difusa como costuma acontecer, eu gostaria de lembrar, demarcar e definir o que se está discutindo aqui.
O forista Domiciano nos trouxe um estudo com dados bastante objetivos, que examinou 1800 novas legislações aprovadas em 20 anos, indicando que a maior parte dessas novas leis ( a maioria esmagadora ) espelhavam os interesses de grandes corporações, muitas vezes em detrimento, ou até óbvio conflito com as necessidades da população em geral.
A reflexão subjacente imediata é questionar como isso pode ocorrer em um sistema democrático considerado por muitos como modelo. Alguém até citou que no ranking da democracia os Estados Unidos figurariam em 19º, muito embora poucos contestariam que essas classificações são feitas tendo como base critérios arbitrários e subjetivos.
De todo modo índices como estes provavelmente refletem uma percepção geral de que os Estados Unidos seriam uma das "melhores democracias". Por isso mesmo causa espanto ( nem tanto! ) a constatação de que os legisladores tendem a se ocupar das solicitações de uma reduzida mas poderosa oligarquia econômica, em prejuízo das demandas da população em geral.
Daí decorrem, inescapavelmente, dois tipos de reflexão:
1 - Em face dessa consistente prevalência dos interesses de uma minoria, pode realmente a América, sob qualquer definição funcional, ser mesmo considerada uma democracia? Ou pelo menos uma "excelente democracia"?
2 - Como, por que meios, através de quais expedientes, métodos e sistema, esta suposta oligarquia corporativa, mesmo em um sistema democrático representativo, costuma ter suas pretensões alcançadas até quando estas implicam em prejuízo e dano para a maior parte da massa do eleitorado.
Estabelecido este norte passo a comentar as postagens.
Como que para exemplificar e ilustrar os dados e conclusões trazidos pelo Domiciano postei um vídeo que denuncia a escabrosa promiscuidade entre uma empresa como a Monsanto e os primeiros escalões do governo e órgãos regulatórios, assim como a sua capacidade de influência na mídia e até no exterior. Mostrando como essa empresa foi capaz de sujeitar toda a regulamentação sobre transgênicos única e exclusivamente a seus interesses mercadológicos.
Por ser longo o documentário, compreensivelmente muitos dos que aqui comentaram não devem ter assistido, logo deverei citar alguns trechos mais relevantes.
Nos EUA há muito mais autonomia em nível regional e local, há recall, nas prefeituras (condados) há ampla participação popular na administração e legislação, o judiciário se baseia na Common Law, o que virtualmente impede que casos semelhantes sejam tratados de forma diferente, há bem menos tributação, há maior autonomia do cidadão para dispôr se seu próprio dnheiro (Ex: sem sistema de saúde obrigatório), etc
Dizer que os EUA não seriam uma democracia, ou pior, que de alguma forma seriam pior do queo Brasilsilsil e assemelhados da América Latrina, é idiotice.
Feitas as considerações acima fica mais fácil responder a isto.
Quando os pais da pátria ou fundadores redigiram a Constituição americana, mesmo sendo verdade que vários deles eram donos de escravos e que mulheres não poderiam votar, não há como negar que isto representou um marco histórico para o conceito de democracia.
Houve uma preocupação real em proteger o cidadão comum contra o abuso de poder do
Estado e até do poder econômico. Foi mantida a independência das ex-colônias em relação ao poder federal ( que hoje se reflete na relativa autonomia dos estados ), garantiu-se o direito do cidadão portar armas ( a ideia era que ele pudesse se proteger de um governo opressor ), estabeleceu-se constituicionalmente um Estado laico, a separação entre os 3 poderes, assegurou-se a liberdade de expressão e várias outras medidas com o mesmo objetivo: estabelecer um novo modelo de governo, que ao contrário do sistema colonial, impedisse que o poder fosse o instrumento de uma minoria influente. "Uma nação de homens livres", aclamaram. Inclusive os proprietários de escravos ali presentes.
Pareciam estar bem cientes também dos perigos do poder econômico para a nova democracia. Intencionalmente nenhum Banco Central foi criado, e não se desejava que existisse um. Logo leis antimonopólio foram promulgadas também. A nascente democracia americana foi uma experiência inspiradora para todo o mundo. Mas desde o longínguo 1787 muita coisa mudou. Muitas destas virtudes iniciais permanecem, outras foram aprimoradas, mas muitas outras mais não se aplicam ao mundo moderno ou foram subvertidas.
A influência da direita cristã impede o ensino de teorias científicas em escolas públicas, sendo que estas estão a um passo de serem obrigadas a ensinar religião. Ter armas não é uma garantia contra o abuso de poder de um governo que poderia se tornar opressor, como a Coroa Britânica, mas se tornou um problema desnecessário de segurança, um problema que não tem como ser revolvido porque o poderoso lobby da indústria de armas pode usar todo o seu arsenal para convencer um eleitor cada mais idiotizado que ele está mais seguro tendo um rifle semi-automático em casa ao alcance dos seus filhos, do que canadenses, britânicos e japoneses, que não possuem armas mas ostentam níveis de segurança entre os mais invejáveis do mundo. Nestes países, o povo, coitado, é que estaria desprotegido. Porque lá um psicopata não pode entrar no Wall-Mart e sair com um AR-15 municiado debaixo do braço, sem nem precisar apresentar um documento de identificação.
O legislativo é subserviente aos lobbies corporativos, não ao eleitorado, como mostra a pesquisa, e o executivo está completamente infiltrado por elementos ligados a estas mesmas corporações. ( Dick Cheney que saiu da Hallyburton e Rumsfeld que veio da Monsanto, só para citar dois ) Executivo este que põe na Suprema Corte juízes aliados e comprometidos. Suprema Corte esta que teve papel decisivo para corroborar a fraude eleitoral que levou a junta Bush ao poder.
A imprensa é livre. Livre para lucrar até a estratosfera, para se associar aos gigantescos recursos corporativos que em última instância pagam seus lucros ( ninguém acha que NYT vive da venda de jornais ), livre para convencer o povo americano, através de uma massiva propaganda que faria inveja a Goebbels, que só uma guerra preventiva contra o poderoso Iraque poderia salvar os EUA da destruição iminente.
Pior que não existirem leis antitruste é que estas existam mas sejam completamente ignoradas. Fusões em Mega-Fusões entre antigas fusões e o governo e assiste impassível e a imprensa livre e independente produz editorias em profusão elogiando a criação destes monopólios.
Hoje os EUA tem seu Banco Central. O que causaria profunda decepção entre seus fundadores com ideais democráticos. O Federal Reserve é totalmente independente do governo federal e controlado por uma meia dúzia de super-banqueiros. Seu presidente invariavelmente é oriundo do sistema financeiro. E as profundas implicações disto não cabem no escopo desta discussão.
Então, apesar das inegáveis virtudes listadas pelo DDV, parece que alguma coisa deu terrivelmente errado. A administração pública efetivamente não representa o cidadão, e quando há conflito de interesses entre o conjunto da sociedade e os grupos articulados economicamente influentes a administração mostra para quem realmente se governa.
Acho que o maior erro dessas análises e desse tipo de pensamento e conclusão é a idéia
de que os interesses das "grandes corporações" e do cidadão médio não sejam congruentes em nada, que sejam diametralmente opostos, irreconciliáveis, onde necessariamente um terá que se dar mal para o outro se dar bem.
Por isso eu não diria que a conclusão da pesquisa é errônea. E nem que para ser errônea os interesses de empresas e consumidor teriam que ser sempre e necessariamente opostos e irreconciliáveis. Se uma empresa cria uma maravilhosa máquina de ressonância magnética capaz de fazer diagnósticos precisos e precoces como nunca antes, temos um benefício para a sociedade. Na União Soviética as pessoas não podiam se beneficiar de muitas conquistas tecnológicas como estas porque não havia o necessário estímulo capitalista - do lucro - que move este tipo de empreendedorismo e criatividade.
Se você, em seu próprio benefício, MAS ETICAMENTE, oferece produtos e serviços úteis acessíveis a um preço que as pessoas podem e querem pagar, então ok! Isso é ótimo! Se todos os indivíduos e empresas agissem assim nem seriam necessárias leis, governos, órgãos reguladores, órgãos fiscalizadores, etc... Bastaria uma única lei: a lei de mercado.
Não é que "necessariamente um tenha que se dar mal para outro se dar bem". Mas às vezes muitos se dão muito mal para que poucos fiquem muito bem. E é nessa hora e pra isso que precisamos do Estado democrático, fiscal, regulador, protetor da sociedade civil. Mas se o aparato do Estado foi "sequestrado" por estes poucos que se dão muito bem, podemos dizer que é democrático?
Quando a Monsanto - em um programa consciente - envenena uma cidade com 20 mil habitantes, que estão literalmente morrendo hoje ( os que ainda estão vivos ), com o conhecimento prévio do Estado que nada faz para proteger a população, e depois as autoridades ainda ficam do lado da corporação ao invés de tomar o partido das vítimas, eu não sei que tipo de democracia é essa.
Mas isso não significa que é contra a vontade do "cidadão". A minha maior critica aqui é considerar o "cidadão" como uma entidade. Isso distorce para além do aceitável o significado das coisas. Sim alguns cidadãos são contra, mas outros são a favor. Se você dizer: contra a vontade da maioria das pessoas ai eu até aceito.
Eu não usei este termo: "vontade". Eu disse "interesses". E não foi à tôa, porque vontades assim como opiniões, podem ser influenciadas, podem ser fabricadas, podem ser criadas, podem ser induzidas. Qualquer publicitário pode lhe explicar isso melhor do que eu.
Se Adolf Hitler tivesse convocado eleições livres e limpas em 1939 teria sido eleito com a maior votação já registrada no Ocidente. Hitler não governava contra a vontade dos alemães, mas governou totalmente contra os interesses do povo que ele conduziu a um grau de destuição e sofrimento inimagináveis.
"Eu lhes pergunto: Vocês querem a guerra total?" É interrompido por aplausos e gritos de sim". O orador insiste. "Vocês querem, se necessário, uma guerra ainda mais total e radical do que podemos imaginar hoje?". Nova ovação e a plateia gritando "SIM! SIM!" em delírio. "Então que venha a tempestadade!".
E a tempestade veio...
Este era Goebbels discursando para 14 mil pessoas no Palácio dos Esportes. E na plateia um povo alemão expressando sua vontade soberana depois de lobotomizado por 15 anos de propaganda nazista.
https://www.youtube.com/v/ldCK0I7cMqkMas ninguém diria que a Alemanha era uma democracia. Se os americanos não querem que transgênicos sejam regulamentados, que sequer sejam testados, isto não significa que seja necessariamente do interesse deles. É preciso antes saber porque não querem, e, principalmente, como vieram a não querer.
Ponha a sua fonte que aí a gente conversa, não achei nada no google que diga isso. Provar que algo não existe é o desafio eterno dos ateus.
Você está se referindo aos casos de esclerose múltipla causados pela introdução de um aditivo alimentar transgênico em 1989.
Eu não indiquei fonte porque a fonte está no documentário que eu linkei. É natural que você não tenha assistido a todo o vídeo porque é longo mesmo. Então vou fazer um resumo do caso.
Pela regulamentação americana alimentos transgênicos não são considerados diferentes de quaisquer outros alimentos cultivados de maneira tradicional. Isso significa que, por
exemplo, se a Monsanto desenvolver uma batata transgênica, ela não precisa testar esse
produto de nenhuma forma. Muito menos fazer os extensivos e exaustivos testes que seriam normalmente exigidos quando se adiciona um simples novo corante a um alimento.
Em outras palavras, segundo a FDA, um vegetal ou animal transgênico nada teria potencialmente de diferente de um animal ou vegetal comum. E se isto parece absurdo e temoroso é porque realmente é.
Quando esta norma entrou em vigor o Sr. James Maryanski chefiava o departamento de biotecnologia da FDA. No documentário, em 22 min e 40 seg, você pode ver o Sr. Maryanski admitindo em uma entrevista que essa norma não tem nenhuma base técnica ou científica, mas que foi "uma decisão puramente política".
Em português mais claro ele está dizendo que apesar de ser uma suposição cientificamente insustentável a norma só foi redigida assim por pressão e influência da Monsanto.
Mais revelador ( eu diria conclusivo ) é o que o próprio Sr. Maryansky é obrigado a admitir em 49 min e 30 seg. A FDA e o próprio James Maryansky sabiam que alimentos transgênicos podem sim produzir efeitos colaterais inesperados e prejudiciais e até graves. É bastante documentado que o criptophane, um suplemento alimentar transgênico, fez milhares de pessoas que o consumiram desenvolverem EMS. E dezenas morreram. Tentaram dissociar esses casos do criptophane, mas como era impossível, o próprio Maryanski, em um relatório da FDA eufemisticamente escreveu: "A causa da EMS ainda não foi determinada, mas NÃO PODEMOS DESCARTAR O CRIPTOPHANE."
Esse homem da FDA que, minutos antes, declarou que não há nenhuma diferença entre alimentos geneticamente modificados e alimentos obtidos pelo cultivo tradicional, já havia ADMITIDO em um relatório interno que um aminoácido geneticamente modificado PODERIA ter sido o causador de uma doença grave.
"Poderia"... foi o que ele escreveu no relatório. Mas quando perguntado pela repórter veja o que ele diz:
- "Sr. Maryanski, o senhor se lembra do que ocorreu em 1989 com o criptophane?"
- Sim.
- Causou uma epidemia de uma doença grave, e muitas pessoas morreram.
-"SIM. É VERDADE".
E observe a expressão e o desconforto moral desse homem nesse momento. Observe bem porque a cara dele diz tudo.
O documentário também apresenta outros pareceres científicos ( inclusive da própria FDA ) e estudos que contrariam a alegação de que há "equivalência substancial" entre alimentos geneticamente modificados e aqueles produzidos por cultivo tradicional. No entanto é isso que afirma a norma regulatória, que por acaso foi redigida por um advogado que recebeu um cargo na FDA especialmente para redigir este documento. Advogado este que, por acaso, antes trabalhava em um escritório que representava a Monsanto, e que havia feito um esboço da regulamentação que foi apresentado pela Monsanto ao governo. Esboço este que, por acaso, é quase idêntico a norma regulatório que entrou em vigor.
"Clif Bar & Company, however, worries that the Non-GMO Project seal has inadvertently created confusion among consumers about the meaning of another seal, the Department of Agriculture’s organic seal. The organic seal, governed by a federal law, is a guarantee that a product contains no genetically engineered ingredients — but many consumers do not know that."
My God! Isso é o que eu chamo de uma desculpa realmente esfarrapada.
Nesse modelo de democracia americana que inspira o mundo, especialmente inúmeros ardo-fãs incondicionais em terras tupiniquins, foi cunhada uma lei que PROÍBE os fabricantes de informarem a seus consumidores que seus produtos possuem ingredientes transgênicos. Em tal exemplar democracia seria de se esperar uma legislação que OBRIGA a informar ao consumidor, assim como existe uma que obriga a informar a
presença de gorduras trans e vários outros aditivos. Seria até compreensível se tivessem
"esquecido" de fazer regulamentação semelhante. MAS UMA LEI QUE, democraticamente, PROÍBE DE INFORMAR ALGO QUE MUITOS CONSUMIDORES ESTARIAM INTERESSADOS EM SABER... Como explicar?
Então surge essa pérola... Ah, é porque vai criar confusão na cabeça do consumidor.
Ora, se já existe um selo de produto orgânico, pra quê um selo de "produto Não-geneticamente modificado"? ( Quando, notem, na verdade o selo obrigatório deveria ser o de "Produto Geneticamente Modificado", uma vez que geneticamente não modificado é o normal e portando não deveria demandar nenhum aviso. )
Parafraseando o Gigaview esse é o tipo de conversa que faria qualquer boi dormir.
Mas só que não. São 3 coisas diferentes e o consumidor sabe muito bem disso. O selo de produto orgânico é concedido àquele produto que comprovadamente foi obtido sem utilização de agrotóxicos, sem fertilizantes químicos, e com técnicas de produção, armazenamento e transporte que respeitam o meio ambiente, de acordo com normas estabelecidas.
Evidentemente qualquer produto chamando orgãnico não é transgênico. MAS NEM TODO PRODUTO NÃO TRANSGÊNICO É ORGÂNICO. Na verdade a maioria dos alimentos que consumimos hoje não é nem orgânico e nem transgênico. Portanto essa é uma das maiores besteiras que eu já li e uma das coisas mais cínicas.
Essa coisa de aviso de "modificação genética" nos alimentos é histeria pura.
Você deve considerar histérico também que os rótulos dos alimentos exibam o percentual de gorduras trans presentes. Não passa de histeria que informem a presença de conservantes e acidulantes. A quantidade de calorias então... nossa, mais do que histeria, um surto.
Ou o que você consegue enxergar de essencialmente diferente entre esses casos?
Tendo em vista que, em pelo menos um caso comprovado, consumo de alimentos trans já
desenvolveu EMS em milhares de pessoas, por que o consumidor não teria do direito de
saber ( e escolher ) se quer ou não o produto?
Os técnicos da União Européia, aliás, devem ter sido todos tomados por esta histeria.
Porque a CERT ID européia exige a rotulagem de qualquer produto que tenha mais que 0,5% de presença transgênica, além de inúmeras restrições ao plantio, circulação e consumo de diversos produtos trans. Histeria esta que é acompanhada ainda em maior grau pelos incompetentes técnicos japoneses.
Talvez o mais obviamente significativo sobre a inocuidade de tal aviso que é a própria
Monsanto usou de toda a sua influência para promulgar uma lei nos Estados Unidos que
simplesmente proíbe ( muito democraticamente ) qualquer fabricante de expor esse tipo
de informação.
Esses sites como infowars devem ser até contra vacinação e fluoridação da água.
São a convergência das tendências pseudocientíficas da esquerda e direita, esses caras.
Uma espécie de apelo à autoridade ao reverso. Se o infowars escreve sobre isso, se meia
dúzia de ufologistas se recusam a consumir transgênicos, então é besteira. É a prova última e definitiva que nenhum alimento geneticamente modificado pode produzir nenhum tipo de efeito colateral indesejado em seres humanos ou no ambiente. Brilhante!
O Dr. Apard Pusztai recebeu uma verba de mais de 2 milhões de euros do Ministério da
Agricultura escocês para realizar um estudo sobre batatas transgênicas. O objetivo
do estudo era demonstrar que alimentos transgênicos eram seguros e preparar o consumidor para a liberação destes produtos na Grã-Bretanha. Por isso foi escolhido o Rowet Institute, do Dr. Apard, umas das instituições de pesquisa mais isentas e de credibilidade da Europa.
Para surpresa do próprio Apard as batatas causaram uma resposta inesperada do sistema
imunológico das cobaias, e também se mostraram potencialmente cancerígenas.
Ao publicar o estudo o Dr. Apard foi chamado para dar uma entrevista na BBC e no dia
seguinte a esta entrevista foi demitido e a equipe de pesquisa desfeita. O Dr. Stanley Ewen, da Universidade de Aberdeen, que fazia parte da equipe, foi perseguido, sua reputação acadêmica foi atacada e ele foi finalmente obrigado a se aposentar.
Bem, talvez você também classifique estes como pseudocientistas preocupados com a fluoretação da água.
Ironicamente, nessa área de alimentação, são os produtos ditos "orgânicos" que oferecem maior risco a saúde, bem como medicações "homeopáticas" e "medicina alternativa". Essas deveriam ser alvos de maior regulação ou até proibição, mas tem regulação mais frouxa.
Primeiro estes produtos não são necessariamente orgânicos. Eu já expliquei lá em cima o que um produto deve satisfazer para receber a rotulagem de orgânico. E sem dúvida não são os produtos orgânicos que oferecem grande risco a saúde. Homeopatia e medicina alternativa ou qualquer outra charlatanice do tipo não tem nada a ver com produtos orgânicos. Isso é uma grande besteira.
Você não encontra nenhum remédio homeopático com o rótulo de "Produto Orgânico Brasil". Se quiser entender o que é um produto de rotulagem orgânica veja a cartilha do Ministério da agricultura.
É fácil de entender, com muitas figuras coloridas.
http://pt.slideshare.net/mariare/o-olho-do-consumidor-cartilha-sobre-orgnicos-ilustrada-pelo-ziraldoPortanto produtos orgânicos já são alvo de muita regulamentação, mas proibição seria absurdo.
Além disso, eu também já tinha comentado, essa é uma confusão primária. Alimento não-transgênico não é sinônimo de alimento orgânico. Que por sinal também não tem nenhuma relação com chás de ervas vendidos em casas de produtos naturais.