Discordo do artigo. O que precisamos não é de uma ciência 'mais rigorosa', perfeita e irreprovável, mas que as pessoas entendam como é o processo de fazer ciência, e que ciência na fronteira não é sempre uma coisa linda. E mais, que não há uma relação um a um entre verdade e ciência.
Entre os líderes que advogam a tese de que elegância basta, estão alguns pesquisadores de teoria das cordas. Como teoria das cordas é supostamente o "único jogo na cidade" capaz de unificar as quatro forças fundamentais (...)
Não, não é. Há gravitação quântica em laços, geometria não comutativa, etc. Se a teoria de cordas é a mais aceita pelo 'mainstream' da ciência, é porque é a maior candidata a possuir coerência interna, único critério que temos antes de ser possível que um experimento prefira um ou outro (seja lá quando ocorrer, se ocorrer).
Alguns cosmólogos também estão procurando abandonar a verificação experimental de grandes hipóteses que invocam domínios imperceptíveis, como aqueles que ocorrem no caleidoscópico multiverso (compreendendo uma miríade de universos), a interpretação dos muitos mundos para a realidade quântica (na qual atos de observação são associados a ramos paralelos da realidade) e conceitos pré-Big Bang.
Não entendo muito para argumentar contra os outros, mas a interpretação de muitos mundos é altamente 'falseável'. Se acreditarmos ser uma teoria coerente, ela
é a mecânica quântica.
Essas hipóteses não verificáveis são muito diferentes daquelas que se relacionam diretamente com o mundo real e que são testáveis através de observações — como as do modelo padrão em física de partículas e a existência de matéria escura e energia escura.
Tenho a impressão que há algo aqui que vai contra a 'filosofia' do autor. E a teoria que o modelo padrão é utilizado - ela é uma teoria quântica de campos - é cheio das coisas 'não-observáveis'. É preciso ter ao menos *uma coisa* observável (no caso da TQC, taxa de decaimento e sessão de choque)? Então as teorias candidatas a gravitação quântica tem, e mais que qualquer teoria, se reproduzem a teoria da relatividade geral e a TQC conjuntamente. Ordem temporal que descobrimos uma teoria é importante? Ah, então se preocupar com o científico parece mais importante do que se preocupar com a verdade.
Comentário para indicar que o problema é mais embaixo...
Da maneira como estamos percebendo a situação, a física teórica corre o risco de se tornar uma "terra de ninguém", que perambula entre matemática, física e filosofia, mas que não atende aos critérios de nenhum desses ramos do conhecimento.
E vamos receber zero do professor se for assim?
A física está em época de 'revolução científica', normal isso de 'vale qualquer inspiração'.
Tais parceiras não foram detectadas ainda pelo Large Hadron Collider, no CERN, o laboratório europeu de física de partículas localizado próximo de Genebra, Suíça, o que limita o espectro de energias no qual a supersimetria possa existir. Se essas parceiras das partículas já conhecidas continuarem imperceptíveis, então poderemos jamais saber se existem ou não. Os defensores da teoria das cordas poderão sempre afirmar que as massas dessas partículas são maiores do que os níveis de energia sondados.
E isso pode não ser verdade? Os autores fazem o debate parecer briga de criança. Os autores parecem não se importar com a verdade de algo, apenas com o fato de algo ser
científico em um sentido estrito popperiano que o próprio talvez não defenda.
Sem tempo para ler o resto.