Autor Tópico: Economia é baseada na ciência?  (Lida 1986 vezes)

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Offline Peter Joseph

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Re:Economia é baseada na ciência?
« Resposta #25 Online: 08 de Maio de 2015, 11:39:31 »
De todos os "conceitos" que enumeraste, à exceção do "trabalho" (caso seja tomado em seu sentido estrita e matematizavelmente físico e não em quantitativismos pior que arbitrários, espúrios, como ideias como "mais-valia"),

O trabalho mais comumente exercido nos dias atuais, ou seja, o compulsório, obrigatório para a sobrevivência, é algo já sem sentido diante da realidade técnica atual. Trabalhos repetitivos e monótonos, que em muitos casos existem simplesmente para manter pessoas empregadas e nada mais, podem ser automatizados em sua grande maioria, gerando, além de muito maior produtividade, também mais tempo para as pessoas se dedicarem ao que realmente gostam de fazer.
A robótica, nos dias de hoje, supera em muito a capacidade física do ser humano médio, contando que há um rápido avanço nos processos de cálculo que continuam a exceder largamente o raciocínio humano. O resultado é a capacidade da indústria em empregar máquinas, o que, invariavelmente, tem mais capacidade produtiva do que o trabalho humano, juntamente com o incentivo financeiro extremamente notável de reduzir a dependência dos proprietários de negócios de muitas formas. Conquanto as máquinas requeiram manutenção, elas não precisam de seguro de saúde, seguro-desemprego, férias, proteção sindical e muitos outros atributos característicos do trabalho humano dos dias de hoje. Portanto, na estreita lógica inerente à busca pelo lucro, é natural que as empresas sempre busquem a mecanização, dadas as suas vantagens de custo em longo prazo e, portanto, de eficiência de mercado.

Assim como a eficiência de mercado não considera o que, em geral, realmente está sendo comprado e vendido, desde que se mantenha o consumo cíclico a um ritmo aceitável, os papéis de trabalho assumidos hoje na produção são igualmente arbitrários do ponto de vista do mercado. Em tese, poderíamos imaginar um mundo onde as pessoas estão sendo pagas para fazer o que poderia ser considerado ocupações "inúteis", do ponto de vista de utilidade, gerando altos níveis de PIB praticamente sem uma verdadeira contribuição social. De fato, mesmo hoje nós poderíamos voltar atrás e perguntar a nós mesmos qual é o papel social de muitas instituições, e talvez chegar à conclusão de que elas servem somente para manter o dinheiro em movimento, não para criar ou realmente contribuir com qualquer coisa tangível em benefício da sociedade. No entanto, um valor cultural dominante nos dias de hoje é o de "ganhar a vida" trabalhando, mesmo sendo totalmente possível gerar abundância para satisfazer as necessidades básicas de todos seres humanos. Iniciativas como a "renda básica garantida" (basic income) é algo totalmente aplicável, que, ao garantir uma renda mínima para um padrão de vida aceitável, acabaria com a pobreza, a fome e o desemprego. Restando somente aqueles empregos ainda não automatizáveis a serem disputados pelos que querem (podem?) maior acesso a recursos materiais.
Uma implicação desse novo nível de eficiência de produção é que a satisfação das necessidades da população mundial nunca foi tão possível. É fácil ver que sem a interferência da lógica de mercado sobre esta nova capacidade técnica, poderia ser considerado, relativamente, uma "abundância" da maioria dos bens de manutenção da vida proporcionado para a população.

O outro ponto desta questão é o desemprego tecnológico, que pode tornar inviável ao atual modelo econômico. A suposição de que a inovação tecnológica gerará novas formas de emprego em harmonia com os deslocados por ela, estabelecendo um equilíbrio, é realmente pouco defensável se levarmos em conta a taxa de mudança na inovação, juntamente com os interesses de redução de custos das empresas. Além disso, a taxa de mudança do desenvolvimento tecnológico excede em muito a taxa de novas criações de trabalho. Este problema é único, pois também se assume que a sociedade humana sempre necessitará novas formas de emprego. É nesse ponto que os valores culturais subjetivos devem ser considerados. Tendo em conta que a nossa condição sociológica atual exige o emprego humano como a espinha dorsal da sustentabilidade do mercado, portanto, da eficiência de mercado, a ética do "trabalho" e suas associações de identidade, culturalmente, têm perpetuado um conceito em que a real função do trabalho - a sua verdadeira utilidade - torna-se menos importante do que o simples ato de trabalhar.


Citar
o negritado é o apenas sujeito a interpretatividades. Todos os outros são puramente arbitrários. Os "egoísmo e competitividade" do comportamento humano são fatores naturais dimanantes da complexidade da máquina humana, sendo mesmo eventuais "exceções" nada mais que mais da regra.

A base geral do conceito de Mercado Monetário (capitalista, de livre mercado) tem fundamentalmente a ver com os pressupostos relativos ao comportamento humano, aos valores tradicionais e a uma visão intuitiva da história - e não a um raciocínio emergente, a medidas reais de saúde pública, à capacidade técnica ou à responsabilidade ecológica. É uma abordagem não-técnica e filosófica que simplesmente assume que as decisões humanas feitas por meio de sua lógica interna e de seu sistema de incentivos irão produzir um resultado responsável, sustentável e humano, impulsionadas pela noção ilusória de "liberdade de escolha" que, em uma perspectiva de funcionalidade social, parece equivalente a uma anarquia organizacional.
É por isso que o modelo de uma economia monetária de mercado é muitas vezes considerado religioso, pois seu mecanismo causal é baseado em suposições praticamente supersticiosas sobre a condição humana, havendo pouca correlação com os entendimentos científicos emergentes sobre nós mesmos e sobre a rígida relação simbiótica/sinérgica entre o nosso habitat e as leis naturais que o regem. A razão de que um sistema social baseado diretamente em uma visão científica, que compreenda e maximize tecnicamente a sustentabilidade e a prosperidade, não pode ser superada por uma outra abordagem, por mais corajosa que tal afirmação possa parecer. Por quê? Porque simplesmente não há outra abordagem quando a lógica natural e unificada do Método Científico é aceita como o mecanismo fundamental de causalidade física e inter-relações.

Enquanto atualmente muitos argumentam sobre as especificidades do Debate Natureza vs Criação - do Behaviorismo de "tábula rasa" ao determinismo genético - tornou-se claro, no mínimo, que a nossa biologia, nossa psicologia e nossa condição sociológica estão inexoravelmente ligadas ao ambiente em que vivemos, tanto do ponto de vista da adaptação evolutiva geracional (Evolução Biológica), como dos preconceitos e valores de curto prazo que absorvemos do nosso meio ambiente (Evolução Cultural).

Então, antes de entrar em detalhes sobre este assunto, vale a pena notar que a nossa própria definição de ser humano, na visão de longo e curto prazo, é baseada em um processo de adaptação às condições existentes, incluindo os próprios genes. Isso não quer dizer que é preciso ignorar a relevância genética, mas que é preciso destacar o processo do qual fazemos parte, uma vez que a relação gene-ambiente só pode ser considerada como uma interação contínua, com as consequências em grande parte resultando das condições ambientais a curto e longo prazo. Se este não fosse o caso, não haveria dúvidas em admitir que a espécie humana provavelmente teria desaparecido há muito tempo devido a uma falha em se adaptar.
Além disso, embora esteja claro que nós, seres humanos, ainda mantemos reações "inatas" e previsíveis de sobrevivência pessoal, também temos a capacidade de evoluir os nossos comportamentos através do pensamento, consciência e educação, o que nos permite, de fato, controlar e superar essas reações e impulsos primitivos, se as condições necessárias forem mantidas e reforçadas. Esta é uma distinção muito importante e é, de muitas maneiras, o que separa a variedade dos seres humanos dos outros primatas.
Uma observação rápida sobre a diversidade histórica da conduta humana ao longo do tempo, em contraposição ao ritmo relativamente lento de maiores mudanças estruturais em nossos cérebros e DNA nos últimos dois mil anos, mostra que a nossa capacidade de adaptação (via pensamento / educação) é enorme ao nível cultural.

Parece que somos capazes de nos comportarmos de muitas maneiras possíveis, e que uma "natureza humana" fixa, ou um conjunto universal e inalterável de traços comportamentais e de reações comuns a todos os seres humanos, sem exceção, não pode ser considerada válida. Em vez disso, parece haver um espectro de possíveis comportamentos e reações previsíveis, todos mais ou menos dependentes do tipo de desenvolvimento, educação, estímulos e condições que tivemos.
O fato é que comportamentos egoístas e competitivos não são inatos ou obrigatórios, mas um reflexo das necessidade impostas pelo ambiente social e natural em interação com cargas genéticas únicas, que serão mais ou menos adaptadas ao ambiente a nós imposto. Se o ambiente impõe competitividade e escassez para sobreviver, o sistema límbico cerebral terá reações (físico-químicas) conscientes e inconscientes no sentido de se auto proteger, sendo que os que possuírem genes favoráveis a comportamentos competitivos, serão os mais adaptados a viverem neste ambiente.
« Última modificação: 08 de Maio de 2015, 17:08:01 por Peter Joseph »
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Re:Economia é baseada na ciência?
« Resposta #26 Online: 08 de Maio de 2015, 12:00:12 »
Apesar de não existir um padrão comportamental rígido, podemos detectar tendências comportamentais e necessidades humanas universais. Como, por exemplo, a necessidade de nutrição mínima, água e alimento de qualidade, abrigo etc... bem como identificar pressões ambientais, como a desigualdade social, que geram um aumento de doenças e estresse psicossocial (que leva ao comportamento violento em vários níveis), ou a poluição e destruição de biomas que interferem diretamente em nossa qualidade de vida. Ciências como a biologia, antropologia, neurologia, psicologia, sociologia.... nos fornecem inúmeras informações correlacionadas ao comportamento humano que, se levadas em conta, podem nos dar uma boa visão sobre como proceder o gerenciamento socioeconômico em um nível maior de qualidade do que o atual. É claro que não podemos atender cem por cento dos casos em cem por cento das vezes, mas podemos estabelecer parâmetros bem mais refinados para o funcionamento de uma economia socialmente e ecologicamente sustentável.
...você nada mais está que se autopropondo substituir um subjetivismo por outro para (re)fundar uma mesma inexistente "ciência" em outros supostos "melhores" fundamentos.

O que se...

Se somos grandemente influenciados pelo ambiente socioeconômico (a ciência tem demonstrado que somos em essência fruto do ambiente em que estamos inseridos) o lógico é que estudemos o comportamento humano, bem como suas necessidade básicas, para definirmos as premissas que levem a um sistema econômico que produza estímulos positivos para o comportamento e a saúde humana, gerando uma maior qualidade de vida. A abordagem a ser adotada é a de sistemas, entendendo como os sistemas se relacionam e como se influenciam mutuamente. Adotarmos uma linha de pensamento econômico puramente subjetiva que não leva em conta os estímulos ambientais e os sistemas naturais é a pior escolha, é andar às cegas.
...reconfirma em tuas demais postagens.

Alerte-se que a armadilha da mística culturista, nada mais que outra religião com ainda maior número de seguidores, muitos dispostos a até matar pelo "deus", é que ela é como algo 'não polinomial' -- você pode ver, por um lado (olhando na direção do passado), o que foi "ruim/bom", mas teus olhos não podem virar para o outro lado (na direção do futuro).

Quanto as pressões ecológicas sofridas por nós, produto principalmente de nosso modelo de economia vigente, pressuponho que não seja novidade que a ciência já demonstrou em vários níveis.
Em relação aos graves problemas sociais causados pela desigualdade eu criei um tópico demonstrando, com muitas referências a estudos científicos com dados quantificáveis, que há uma enorme tendência à violência e surto de doenças quanto maior a desigualdade social, mesmo em países com nível de renda considerado satisfatório: ../forum/topic=29049.0.html

A ideia de mudar influências/pressões da sociedade para fazer aflorar o melhor da condição humana ao invés do pior, é o cerne do imperativo social, e essa ideia é infelizmente ignorada em considerações sociais da cultura de hoje. Existem evidências enormes que indicam que a influência do meio ambiente é o que essencialmente cria nossos valores e preconceitos e, embora as influências genéticas/fisiológicas possam determinar tendências e acentuações para certos comportamentos, a influência mais ativa em relação à nossa variabilidade é a experiência de vida e a condição do ser humano, sendo portanto a forma de interação entre o "interno" (fisiológico) e "externo" (ambiental).

Em última instância, a questão mais relevante é o estresse. Nossos genes, biologia e psicologia evolutiva podem ter alguns problemas, mas não são nada em comparação com a desordem ambiental que criamos em nossa cultura. A enormidade de um estresse atualmente desnecessário no mundo de hoje - dívida, incerteza de trabalho, aumento de riscos de saúde, tanto em nível mental como fisiológico - e muitas outras questões criaram um clima de mal-estar que tem tornado as pessoas cada vez mais doentes e perturbadas.

No entanto, o escopo dessa visão não é apenas tratar das várias pressões temporais que podem desencadear esta ou aquela propensão específica - é sobre tratar de todos os valores educacionais, religiosos/filosóficos, políticos, sociais e ideais perpetuados e reforçados por essas pressões. Se fôssemos confrontados com uma opção de adaptar a nossa sociedade de uma forma que possa comprovadamente melhorar a saúde pública, nós simplesmente não o faríamos? Pensar que os seres humanos em uma sociedade são simplesmente incompatíveis com métodos que possam aumentar seu padrão de vida e de saúde é extremamente improvável.

A "Natureza Humana" é um dos temas mais complexos se levarmos em conta suas minúcias. No entanto, a ampla consciência sobre uma provável melhoria da saúde pública básica por meio de redução do estresse, aumento da qualidade nutricional e estabilização da sociedade, trabalhando em direção à abundância e simplicidade ao invés de conflitos e complexidade, não é suscetível a muitos debates.

Sabemos atualmente de algumas verdades sobre a condição humana que nos fornecem evidências suficientes de que não só geramos respostas e hábitos pobres a partir da influência da atual ordem socioeconômica, como também desrespeitamos muito o nosso habitat, o que gera não só uma ausência de sustentabilidade no sentido ecológico, mas também no sentido cultural. Pensar que os seres humanos simplesmente são incompatíveis com essas resoluções, mesmo que signifique mudar muito o nosso mundo, põe em cheque a longa história de adaptação que provamos ser capazes de traçar.

Verifica-se que as condições ambientais, incluindo fatores como dieta nutricional, segurança emocional, associação social e todas as formas de estresse podem influenciar o ser humano de muito mais maneiras do que antes se pensava. Esse processo começa no útero, nos períodos de adaptação pós-natal e no "aprendizado planejado" da infância, e continua ao longo da vida em todos os aspectos fisiológicos e psicológicos.

Por exemplo, embora haja evidências de que a depressão, um distúrbio psicológico, possa contar com uma predisposição genética, é o ambiente que realmente a provoca ou não. Novamente, não se procura aqui minimizar a influência da biologia sobre nossas personalidades, mas de mostrar a importância crítica em compreender essas realidades e adaptar o nosso sistema social e as macro influências, permitindo o resultado mais positivo possível.
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Re:Economia é baseada na ciência?
« Resposta #27 Online: 08 de Maio de 2015, 12:08:32 »
Mais confirmação...

Não há como empreender o que você anela. Pode esquecer. Não há aparato tecnológico que nos possibilite ciência no grau necessário a isso.

"Ciência provê instrumental teórico para tecnologia; tecnologia provê instrumental físico para ciência."

Cientista.


Não há instrumental (ainda!) >> não há ciência/não há tecnologia.


Aqui não ficou claro sobre o que está falando, devido a um lapso seu no momento da citação do que eu escrevi.
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Re:Economia é baseada na ciência?
« Resposta #28 Online: 08 de Maio de 2015, 12:33:32 »
PIB e consumo de água nos EUA. A partir da década de 70 surgem tecnologias mais eficientes, mas o gráfico mostra que o crescimento da economia é ( como se deveria esperar ) um fator de pressão para o aumento do consumo de água.

A partir de 2000 uma pequena queda no PIB tem como reflexo a queda correspondente no consumo de água.

Sendo os princípios econômicos atuais voltados para a obtenção de lucro e crescimento do consumo, considerados como objetivos a serem continuamente perseguidos, como se isto automaticamente levasse a uma melhoria da qualidade de vida da população em geral, o PIB é um  medidor absurdo e sem sentido. A água, como um produto que gera lucro, quanto mais for consumida maior será o PIB. O mesmo se dá para, por exemplo, a saúde humana. Quanto mais o setor médico e farmacêutico crescer, ou seja, quanto mais serviços, remédios e equipamentos médicos utilizados, mais lucro e maior o PIB (quanto mais gente doente, melhor), porém isto na prática normalmente significa uma piora na saúde da população, que logicamente é inverso a um aumento da qualidade de vida. A existência de tecnologias que podem ser utilizadas para o uso mais racional e sustentável dos recursos são simplesmente ignoradas ou subaproveitadas em nome do lucro (consumo).
Com isto, podemos ver como os valores e premissas atuais da economia são contraditórios e levam a uma inversão completa do que seria desejável.
« Última modificação: 08 de Maio de 2015, 17:00:17 por Peter Joseph »
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Offline Cientista

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Re:Economia é baseada na ciência?
« Resposta #29 Online: 09 de Maio de 2015, 03:18:01 »
Vou, por teu bem, entender teu 'silêncio' como:

"Cientista", você se leva a sério? É uma curiosidade que tenho.

Acha mesmo que é minimamente possível como fantasia que o Homem daqui a tão somente cem anos esteja por aí garimpando todos os recursos "infinitos" do universo?
Teu reconhecimento de que o dito acima é absurdo. Sabes, ao menos (espero...), que 100 anos antes das Apollo a "fantasia" era mais gritante.

Nós não temos cem anos! E se tivéssemos mil, mil não seriam suficientes.
Teu reconhecimento de que essas são asserções totalmente sem sentido e baseadas em nada mais que tua crendice aqui aniquilada.

A um crescimento de 3% anual, o mínimo necessário para manter este sistema capitalista-financeiro, tal como está, funcionando, para que se paguem os juros do dinheiro criado pelos bancos privados ( na verdade não mais que um punhado deles ), a economia teria que crescer quase 20 vezes em relação aos parâmetros atuais.
Teu reconhecimento de que o "tal como está" é tua autocofissão subliminar aqui de que nada mais que tua crença te "embasa".

(Não espero teu reconhecimento de nada do "implícito" -- escancarado como um outdoor -- nas expressões "capitalista-financeiro" e "criado pelos bancos privados", onde tu te reexpões nas crenças realmente fatais para o destino da humanidade.)

Veja, se a eficiência, de uma maneira geral,  melhorasse 1000 % em relação ao que temos ainda seriam precisos 10 planetas como a Terra para sustentar tal economia.
Teu reconhecimento de que, simplesmente, não soubeste o que disseste aqui. Não podes fazer ideia do aumento de eficiência ocorridos nos últimos cem anos, se postos na conta, como se a própria Terra tivesse se multiplicado milhares de vezes nela mesma.

Citar
Tu não tens nada para se salvar de ti mesmo. Entraste no círculo vicioso de tuas próprias autoaniquilações positivamente realimentantes.

Examina, "Cientista", se isto não é ti mesmo falando ao teu espelho.
Espere um pouco...      ...      ...      ...     ...    ...

Examinei. Não, não sou, é tu mesmo.

Offline Pedro Reis

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Re:Economia é baseada na ciência?
« Resposta #30 Online: 09 de Maio de 2015, 06:57:52 »
Vou, por teu bem, entender teu 'silêncio' como:

Se você entendesse alguma coisa entenderia que a razão de todos se cansarem facilmente de você  é por sua falta de entendimento ser inentendivelmente maçante.


"Cientista", você se leva a sério? É uma curiosidade que tenho.

Acha mesmo que é minimamente possível como fantasia que o Homem daqui a tão somente cem anos esteja por aí garimpando todos os recursos "infinitos" do universo?
Teu reconhecimento de que o dito acima é absurdo. Sabes, ao menos (espero...), que 100 anos antes das Apollo a "fantasia" era mais gritante.


Não, não é. Cem anos antes o evento já havia sido imaginado e previsto por Júlio Verne. Na década de 30 já era um projeto em embrião na Alemanha de Von Braun.

Porém, se 500 anos antes, alguém vaticinasse a ida de um ser humano a Lua ao invés da circunavegação ou da chegada às Américas, esta seria a profecia de um palerma.

Percebe a verdade gritantemente auto-evidente da comparação entre lapsos de tempo e profetas?

Por outro lado já se vão quase meio século desde que o homem pisou pela primeira vez na lua. E quase meio século desde que pisou pela última vez na lua. A tecnologia de propulsão permanece a mesma, e deverá ser a utilizada em uma possível e sonhada ida à marte, que, segundo projeções da própria Nasa, não acontecerá antes de 25 ou 30 anos.

O que ilustra como as tuas crendices esperançosas são infundadas.

Nós não temos cem anos! E se tivéssemos mil, mil não seriam suficientes.
Teu reconhecimento de que essas são asserções totalmente sem sentido e baseadas em nada mais que tua crendice aqui aniquilada.

Aniquilada pela tua própria crença desembasada em nada mais que o teu orgulhozinho ferido e o teu frágil egozinho machucado?

Que dó!

Essa parte eu até compreendo dentro do âmbito de certas naturezas humanas. Mais difícil entender a necessidade insistente da humilhação de demonstrar isso a mim. E a todos.


Teu reconhecimento de que o "tal como está" é tua autocofissão subliminar aqui de que nada mais que tua crença te "embasa".

Aqui vou abrir uma exceção e sem "cafecomleitismo" brincar de verdade.

"Tal como está" se referia ao chamado "sistema de reservas fracionadas" ( pesquise! ), que é a causa por trás das causas de vivermos em um modelo econômico inviável por projeto.

Estima-se que 90 % do capital circulante seja criado pelos bancos privados, e não pelas casas de moeda nacionais como a maioria supõe. O dinheiro já é criado como uma divida, e com os juros embutidos. É fácil demonstrar que decorre disso que o montante de dinheiro+divida é sempre maior que o total de dinheiro disponível. O sistema é inerentemente inflacionário, é apenas um insustentável crescimento econômico mantém a máquina do sistema financeiro internacional funcionando.

Eu sempre sei o que estou dizendo e o que eu quero dizer. Suas observações geralmente são a tua autoconfissão que não entendes nada!

Bom, quanto ao aumento da eficiência nos últimos cem anos... basta você observar a crise hídrica ( que não é só em São Paulo, mas global ) com projeções de que até 2020 as necessidades já serão superiores à oferta, o crescimento contínuo das áreas desérticas, a diminuição em mais de 60% da lâmina de solo arável nos EUA, o degelo do Ártico, a inexorável crise global energética, o aumento da contaminação poluente da atmosfera, dos rios, dos mares, do lençol freático, enfim, é uma lista enorme demonstrando como a tecnologia desenvolvida dentro de um modelo econômico irracional e impossivel que exige crescimento exponencial continuado tem criado problemas a uma taxa muito maior, e cada vez mais, do que capacidades para resolvê-los.

Citar
Examinei. Não, não sou, é tu mesmo.

Peça para alguém mais lúcido fazer este exame por você.
« Última modificação: 09 de Maio de 2015, 07:10:21 por Pedro Reis »

 

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