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Para suceder Obama, qual candidato você preferiria caso a disputa fosse entre:

Donald Trump
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Hillary Clinton
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Gary Johnson
8 (22.9%)

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Autor Tópico: Trump vs Hillary  (Lida 79743 vezes)

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Offline _Juca_

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Re:Trump vs Hillary
« Resposta #100 Online: 02 de Fevereiro de 2016, 11:58:53 »
Mas o Trump se consolida como um candidato viável, essa é a tragédia. É muito provável que ele se torna o "anti-Hillary" pelo protagonismo e num eventual fracasso do governo dela pode até se tornar o favorito.

Offline Partiti

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Re:Trump vs Hillary
« Resposta #101 Online: 02 de Fevereiro de 2016, 12:34:07 »
Não. Extremamente improvável. De fato a performance dele em Iowa foi bem abaixo do esperado. Ele ainda é o favorito, dado que a população republicana  de Iowa é bem evangélica e rejeita o Trump por não ser um cara "tradicional", mas a performance do Ted Cruz e, na minha opinião principalmente, a do Marco Rubio ameaçam a candidatura dele.

A Hillary apesar de empatar ainda é a favorita dos democratas. O Bernie Sanders gastou mais que ela em Iowa para empatar. Ele foi pro tudo ou nada, já que ela tem muito mais dinheiro que ele e no sul ele é um desconhecido dos democratas.
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Offline Lorentz

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Re:Trump vs Hillary
« Resposta #102 Online: 02 de Fevereiro de 2016, 13:33:15 »
Um texto que tenta defender alguns pontos sobre Trump:

http://rodrigoconstantino.com/artigos/o-pobre-americano/

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O “POBRE” AMERICANO

1 de fevereiro de 2016 By Rodrigo Constantino

Muito se fala por aí, especialmente nas hostes esquerdistas antiamericanas, que existem milhões vivendo na pobreza nos Estados Unidos. A julgar pelas estatísticas repetidas sem critério, os Estados Unidos seriam praticamente um país africano, ou no melhor dos casos… um Brasil da vida. Mas será que o pobre americano é mesmo como o pobre nordestino? Quando falamos em pobreza americana, o que está por trás desse conceito?

Estou lendo Time to get tough, de Donald Trump, pois muito se fala do candidato fanfarrão, mas pouco se lê sobre o que ele defende ou pensa. A resenha fica para depois, quando eu terminar a leitura. Adianto que há, sim, um ranço nacionalista e até mercantilista, um lado bem populista e bufão, do tipo “eu bato na mesa, sou o cara e faço acontecer”, e que sua egolatria seria perigosa na presidência.

Dito isso, não resta dúvida: Trump está muito mais à direita de Hillary e companhia, entendendo direita aqui como o liberalismo econômico e o conservadorismo dos costumes. O que emerge ali é a defesa dos valores tradicionais que fizeram a América ser o sucesso que é, a defesa dos “pais fundadores”, de Ronald Reagan, e um duro combate ao “progressismo”, ao “welfare state” e ao governo Obama.

O que muitos, mesmo alguns liberais, ainda não se deram conta é de como o Partido Democrata hoje ficou mais radical em seu esquerdismo, como sua mensagem é cada vez mais anticapitalista e anti-individualismo, que se depender dessa turma, os Estados Unidos caminharão mesmo rumo a um típico modelo latino-americano fracassado. Basta pensar que Bernie Sanders, o coroa socialista que encanta a juventude boboca, vem crescendo e encostando em Hillary nas primárias do partido.

Mas isso tudo foi para dizer que a fonte do que vai abaixo, sobre o “pobre” americano, está no livro de Trump, e vem do Heritage Foundation, o respeitado instituto conservador americano. Vejam o que um “pobre” americano possui, para ficar claro que muito da retórica sobre a pobreza é parte apenas de uma agenda igualitária que os Democratas adoram explorar de forma sensacionalista, para dar esmolas estatais e criar dependência:

80% dos pobres têm ar-condicionado, enquanto em 1970 somente 36% de toda a população tinha ar-condicionado;
92% dos pobres possuem microondas;
Quase três quartos têm um carro ou uma caminhonete, e 31% possuem dois carros ao menos;
Quase dois terços possuem TV a cabo ou satélite;
Dois terços têm um aparelho de DVD;
Metade tem um computador pessoal, e um em cada sete tem dois ou mais computadores;
Mais da metade das famílias pobres com filhos têm algum sistema de videogame, como o Xbox ou o PlayStation;
43% têm acesso à internet;
Um terço possui uma televisão de plasma ou LCD de tela grande;
Um quarto tem um sistema de gravação de video, como o TiVo.
A renda média familiar americana está em torno de $ 55 mil por ano, e para ser considerado um “pobre” a renda deve ser menos da metade disso. Ainda assim, estamos falando de $ 20 mil, que ao câmbio atual dá R$ 80 mil por ano, ou mais de R$ 6.500 mensais! Quanta miséria, não é mesmo? Um dos problemas está na enorme quantidade de mães solteiras, estimuladas pelas feministas e “progressistas”. Sem a ajuda de um marido em casa, a renda certamente é menor. Mas esse é outro problema, não fruto de qualquer incapacidade de o capitalismo gerar riqueza para todos (ou a imensa maioria).

Agora pergunto ao leitor: isso tem alguma semelhança com a vida do típico pobre nordestino, com o favelado carioca ou com os miseráveis pelo interior do Brasil? Falar em pobre que tem tudo isso é, no mínimo, estranho. Mas é o critério usado nos Estados Unidos. Portanto, muito cuidado na próxima vez que você escutar alguém falando dos pobres americanos como se fossem pobres latino-americanos. Estará comparando bananas com laranjas, provavelmente com o intuito deliberado de detonar o capitalismo e propor mais e mais paternalismo estatal.

Trump, ao menos, condena veementemente isso. Obama e Hillary, para não falar de Sanders, estão certamente do outro lado, citando Thomas Piketty para bater nas enormes desigualdades do capitalismo e apresentar como incrível solução mais estado, justamente o que cria mais pobreza (verdadeira) e também dependência – mas muitos eleitores de esquerda, claro.
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Offline Pasteur

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Re:Trump vs Hillary
« Resposta #103 Online: 02 de Fevereiro de 2016, 15:26:05 »
Pois é... a maioria dos foristas do CC são esquerdistas, pelo menos nos EUA.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Trump vs Hillary
« Resposta #104 Online: 02 de Fevereiro de 2016, 15:59:00 »
Um texto que tenta defender alguns pontos sobre Trump:

http://rodrigoconstantino.com/artigos/o-pobre-americano/

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Trump, ao menos, condena veementemente isso. Obama e Hillary, para não falar de Sanders, estão certamente do outro lado, citando Thomas Piketty para bater nas enormes desigualdades do capitalismo e apresentar como incrível solução mais estado, justamente o que cria mais pobreza (verdadeira) e também dependência – mas muitos eleitores de esquerda, claro.

Enquanto isso, no mundo real:

http://voices.washingtonpost.com/ezra-klein/2010/09/why_elections_matter_in_one_gr.html




https://en.wikipedia.org/wiki/Reality-based_community

https://en.wikipedia.org/wiki/Truthiness







Trump: I could 'shoot somebody and I wouldn't lose voters'
http://edition.cnn.com/2016/01/23/politics/donald-trump-shoot-somebody-support/


Atira em alguém, dali a pouco vem o policial prender, e então ele grita, "you're fired!", e todos caem na gargalhada e fica por isso mesmo.

Offline Lorentz

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Re:Trump vs Hillary
« Resposta #105 Online: 02 de Fevereiro de 2016, 16:08:57 »

Não entendi o que os números representam.

E o Rodrigo Constantino está se mostrando cada vez mais intragável. Eu só tinha alguma simpatia pelos texto dele na época em que ele focava em criticar o PT e a esquerda brasileira. Aliás, ainda tem boas críticas sobre ela.

Só postei esta defesa do Trump para ver se vocês concordavam.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Trump vs Hillary
« Resposta #106 Online: 02 de Fevereiro de 2016, 18:27:45 »
Aumento de renda em todos os percentis da população, maior sob administrações democratas. Mas talvez esconda "verdadeira pobreza", vai saber.

Offline Brienne of Tarth

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Re:Trump vs Hillary
« Resposta #107 Online: 03 de Fevereiro de 2016, 13:39:01 »
Há um abismo entre os pobres de lá e os daqui, um dos motivos é o frio, não dá pra ser "homeless" sem um mínimo de assistência do estado durante um inverno congelante, morrer de frio é uma realidade lá, existem albergues e lugares aonde um morador de rua pode ter uma sopa quente e uma cama, sem necessariamente morar no local, para muitos a rua é o ganha-pão.

Creio que o conceito "pobre", varia muito entre os países...
GNOSE

Offline Pagão

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Re:Trump vs Hillary
« Resposta #108 Online: 04 de Fevereiro de 2016, 15:31:39 »
http://oqueeojantar.blogs.sapo.pt/e-nestas-alturas-que-percebemos-como-a-689100

Nobel da Paz!!!!!!!!!!!! E lógica sem falha... :oba:.... :olheira:
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

Offline JJ

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Re:Trump vs Hillary
« Resposta #109 Online: 14 de Fevereiro de 2016, 10:19:52 »


Um falcão chamado Hillary

Como seus espetáculos, Clinton adotou mitos nacionalistas destrutivos sobre o papel dos EUA no mundo.

Anatol Lieven

The Nation


Foto: Pablo Martinez Monsivais/AP Photo.

Hillary Clinton concorre à presidência, apoiada não só em seu currículo como Secretária de Estado, mas apresentando-se também como mais “durona” que Barack Obama em questões de política externa. Nessa posição, ela provavelmente conta com distanciar-se de um presidente cada dia mais exposto como “fraco” na abordagem de questões internacionais, e apelar aos instintos supostamente mais “linha-dura” de grande parte do eleitorado.

É pois indispensável propor várias perguntas relativas a isso, cujas respostas são crucialmente importantes não só para o desdobramento de um provável governo Clinton, mas para o futuro dos EUA no mundo. Essas perguntas têm a ver com o currículo da ex-secretária de Estado e seu comportamento, assim como também têm a ver com as atitudes das elites da política externa e da segurança nacional dos EUA. Têm a ver também com uma questão ainda mais profunda e mais preocupante: se os EUA seriam ainda capazes de aprender com os próprios erros e modificar, correspondentemente, suas políticas. Acabei por me convencer de que essa é a principal vantagem que a democracia tem, sobre outros sistemas. Mas nada disso acontece sem debate público – e, portanto, sem “mídia” de massa – fundados em argumentação racional, respeito aos fatos e insistência em que os funcionários assumam a responsabilidade por decisões evidentemente desastrosas.

Como se sabe, as dificuldades que um político Democrata tem de superar ao traçar a política exterior e política de segurança capazes de atender às reais dificuldades dos tempos atuais são numerosas. Entre essas dificuldades incluem-se instituições americanas de política externa e de segurança nacional que incharam muito além do razoável e consomem a maior parte do tempo administrando-se elas mesmas e brigando umas contra as outras; a fraqueza do sistema de gabinete, que estimula aquelas instituições, o que significa que as decisões com muita frequência são jogadas já prontas no colo do presidente, além de equipes, dentro da Casa Branca, sempre obcecadas pela próxima eleição; uma disfunção política crescente em casa, resultado em parte do ciclo eleitoral norte-americano, que é guerra constante, sem alívio; uma oposição Republicana animalesca nas reações e sempre pronta a usar qualquer arma contra uma Casa Branca Democrata; uma mídia-empresa corporativa que, quando não opera diretamente a serviço dos Republicanos, é sempre doentiamente rápida no processo de converter questões menores em crises descomunais; e problemas em algumas partes do mundo (sobretudo no Oriente Médio e no Afeganistão) que são, de fato, abissalmente complexos.

*

Ainda mais importante e mais difícil que qualquer desses problemas, talvez seja o fato de que traçar uma estratégia realmente nova e adequada exigiria atacar de frente alguns mitos americanos fundamentais – mitos que se fortaleceram por muitos anos de status de superpotência, mas que têm uma história mais longa e vão às raízes do nacionalismo cívico americano. Esses mitos, sobretudo, apresentam os EUA como – uma das expressões favoritas de Clinton – “a nação indispensável”, inatamente boa (embora às vezes desorientada), com o direito e o dever de liderar a humanidade e, portanto, quando necessário, de esmagar qualquer oposição.

A força e a centralidade desses mitos nacionalistas sempre impediram as elites e a opinião pública nos EUA de aprender ou de relembrar, que fosse, as lições do Vietnã: um fracasso que ajudou a preparar a trilha para o desastre seguinte, em 2003, na invasão do Iraque, cujas consequências desdobram-se ainda até hoje, no Oriente Médio. E, como mostra todo o currículo de Clinton – seus próprios escritos e o que se escreveu sobre ela – ela deixou-se capturar por esses mitos nacionalistas e perdeu qualquer possibilidade de superá-los. Como ela diz em seu novo livro, Hard Choices:

Tudo que fiz e vi convenceu-me de que os EUA continuam a ser a "nação indispensável". Mas também estou convencida que nossa liderança não é direito de nascença: ela tem de ser reconquistada a cada geração.
E será – enquanto nos mantivermos fiéis a nossos valores e lembrarmos que, antes de sermos Republicanos ou Democratas, liberais ou conservadores, ou qualquer outro dos rótulos que nos dividem tanto quanto nos definem, somos todos norte-americanos, pessoalmente investidos em nosso país.

É o mesmo velho solipsismo nacionalista: a única coisa que temos de fazer é nos mantermos unidos e falar cada vez mais alto de nós mesmos, como somos maravilhosos, e o resto do mundo automaticamente se renderá à “liderança” dos EUA. Não é a posição – que algumas vezes se viu em Obama – de intelectual naturalmente cético e cool obrigado a curvar-se às emoções das massas. Tudo sugere muito fortemente que, em Clinton, o nacionalismo é uma profunda convicção.

E, sejamos justos: é traço que, sim, pode ajudá-la a eleger-se presidenta. Porém, quando chegar lá, o mais provável é que tanto nacionalismo termine por impedi-la, a ela também, de modelar uma política externa adequada às novas circunstâncias dos EUA no mundo contemporâneo. Acima de tudo, o nacionalismo furioso desmobilizará a capacidade de Hillary para aprender com o passado e com os erros, dela mesma e dos EUA – defeito que já aparece, flagrantemente evidente, nas memórias recém publicadas. O que se vê ali é que, mesmo quando (raríssimas ocasiões) ela reconhece algum erro ou crime dos EUA, o reconhecimento é imediatamente atropelado pela ideia de que nós teríamos de “deixar para lá” o erro ou o crime, e “seguir em frente”. A ideia não é a menina dos olhos só da Clinton, mas de todo o establishment da política exterior dos EUA. E basta essa ideia canalha para tornar impossível qualquer análise séria do passado.

Claro, ninguém pode esperar muita honestidade ou sinceridade no que, de fato, não passa de propaganda eleitoral – e é preciso não esquecer a presença do Partido Republicano e da mídia-indústria ambos prontos para o bote ao primeiro sinal de que alguém estaria “pedindo perdão” em nome dos EUA. Ainda assim, um trecho, no início do livro, dera-me esperanças de que pudesse conter pelo menos alguma discussão séria sobre erros passados dos EUA, com lições para o futuro. Ali, Clinton reconhece pelo menos o que teria sido o maior erro dela: a decisão de votar a favor da Guerra do Iraque:

Por mais que desejasse, não pude mudar meu voto sobre o Iraque. Mas pude tentar nos ajudar a aprender as lições corretas daquela guerra e aplicá-las ao Afeganistão e a outros desafios onde temos interesses fundamentais de segurança. Estava decidida a fazer exatamente isso, quando tivesse de enfrentar novas escolhas duras, com mais experiência, sabedoria, ceticismo e humildade.


Mas fica por aí. Em nenhum momento do livro ou da vida política de Hillary Clinton, vê-se qualquer indício de que ela tenha realmente tentado aprender alguma coisa do Iraque, além da lição inescapável: que os EUA sempre anseiam por mais e mais invasões com coturnos no solo e ocupações; e essa lição, de fato, até os Republicanos conseguiram aprender. A própria Clinton, em pessoa, muito ajudou a despachar aeronaves de guerra dos EUA para derrubar outro governo, depois do Iraque, daquela vez na Líbia. E, como no Iraque, o resultado foi anarquia, conflito sectário e oportunidades novas para o crescimento de movimentos extremistas que desestabilizaram toda a região. Então, ela outra vez “liderou” os EUA a andar ainda mais fundo pela mesma estrada, e puseram-se, os mesmos, a fazer a mesma coisa na Síria.


Clinton tenta argumentar no livro que teria analisado profunda e demoradamente a oposição líbia, antes de declarar ao presidente que estava convencida de que “há chance razoável de que os rebeldes venham a ser nossos parceiros confiáveis” – mas, por profunda e demorada que a tal “análise” tenha sido, é absolutamente claro que Clinton errou. Ela simplesmente não compreendeu a fragilidade dos estados – estados, não governos ou regimes – em várias partes do mundo; não avaliou corretamente o risco de que a tal “intervenção humanitária” leve sempre ao colapso do estado; e apostou tudo na ideia inadequada e simplória segundo a qual “promover a democracia” possa bastar para reconstruir o estado. Nada disso ajuda o currículo dos EUA na “promoção” da democracia e do estado de direito – incluído aí o currículo da própria Clinton – hoje tão manchado e sujo que bem pouca gente fora do país ainda o leva a sério ou lhe dá qualquer importância.

O livro de Hillary Clinton consegue repetir simultaneamente: a ideia de que os EUA e seus aliados estariam apenas criando uma zona aérea de exclusão sobre a Líbia; e  propagandear o que, para ela, seriam seus-dela méritos pessoais na destruição do regime líbio. E ela ainda estranha que outros países não confiem integralmente nem nela nem na honestidade dos EUA. Em momento algum do livro Hillary reconhece que os que se opunham a qualquer ação militar dos EUA foram quem, sim, sempre estiveram certos; que nada tiveram de “desprezíveis” – expressão que Hillary usou para descrever os russos que se opuseram à intervenção militar dos EUA na Síria. Nem o avassalador fracasso que ela recolheu no Iraque levou Hillary a assumir posição mais inteligente e sensível em relação ao Irã. Ao contrário: em sua ansiedade para mostrar-se mais “falcão” que Obama, Hillary claramente se alinhou ao lado dos que tornaram impossível qualquer acordo nuclear com o Irã. Por causa disso, eles meteram os EUA na posição patética e insustentável, de ter de tentar conter todas as maiores forças ativas no Oriente Médio, simultaneamente.

Esse tipo de fé nacionalista na força dos EUA e na correção dos EUA não é mais adequada aos desafios que o país enfrenta. O principal é que essa fé torna impossível estabelecer qualquer tipo de relação de equilíbrio e igualdade com qualquer outra nação – não só nas questões globais e nas que mais interessam a Washington, mas também em questões que outros países consideram vitais para seus interesses.


Assim, vai-se tornando cada vez mais difícil para os funcionários dos EUA fazerem o que Hans Morgenthau declarou ser dever simultaneamente prático e moral dos estadistas: mediante estudo detalhado, desenvolver uma capacidade para se porem na posição dos representantes de outros países – não para concordar com eles, mas para conseguir compreender o que é realmente importante para eles, que interesses eles podem ceder ou conceder, e quais não concederão nunca e pelos quais, sendo o caso, serão obrigados a lutar. Clinton não exibe um pingo dessa capacidade em seu livro.

*

O mais grave desafio e risco, nesse campo, são as relações dos EUA com a China. A arrogância com que Washington trata outros países é pelo menos compreensível, em algum sentido, dado que nenhum deles tem meios para igualar e ultrapassar os EUA – embora alguns, como a Rússia, possam, sim, competir com sucesso, contra os EUA, em suas regiões. Mas a China é outro assunto. Se, como agora já se considera garantido que acontecerá, a economia chinesa ultrapassar a economia dos EUA, nesse caso, nas questões que interessem a Pequim, a China exigirá tratamento igual – e, se Washington fracassar também nisso, o caminho estará aberto para terríveis confrontos.


Em termos da conduta diária nas relações com Pequim, Clinton conseguiu manter boa figura como Secretária de Estado – embora, nesse item, ela apenas tivesse seguido uma política em geral contida, dos dois partidos. Mas se o dia-a-dia de Clinton foi pragmático aproveitável, a estratégia de longo prazo que ela concebeu pode revelar-se também desastrosa. Falo aqui da decisão do governo Obama – brotada da cabeça de Hillary – do “pivô para a Ásia”. Como se depreende dos escritos de Clinton, o “pivô” significa “conter a China” mediante o reforço de alianças militares existentes no Leste da Ásia, com desenvolvimento de novas alianças (especialmente com a Índia). Vista de hoje, essa estratégia parece razoavelmente cautelosa e permanece em parte velada, mas se o poder chinês continuar a crescer, e se se intensificarem os conflitos entre China e alguns de seus vizinhos, nesse caso se deve temer que se aprofunde uma estratégia de contenção – com consequências potencialmente catastróficas.


Não se trata de resposta precipitada dos EUA, ao crescimento de um concorrente potencial. Algumas políticas chinesas ajudaram a provocar a nova estratégia e também a possibilitaram, ao enviar vizinhos da China diretamente para os braços dos EUA. É verdade, principalmente, quanto às demandas territoriais que Pequim tem feito sobre vários arquipélagos não habitados no Mar do Sul e no Mar do Leste, da China. Enquanto algumas das demandas chinesas parecem razoavelmente bem fundamentadas, outras não têm qualquer base na legislação internacional e na tradição; e, ao forçar todas as demandas ao mesmo tempo, Pequim assustou muitos dos próprios vizinhos, gerando medos bem reais de que, pelo menos no Leste da Ásia, a estratégia chinesa de “crescimento pacífico” teria sido abandonada.

Mas aspectos agressivos que haja na estratégia da China não bastam para tornar necessariamente adequada ou inteligente a resposta dos EUA a eles – sobretudo porque o anúncio do “pivô” para a Ásia de Obama e Clinton, pelo menos em parte, aconteceu antes da recente maior agressividade da política chinesa. Em especial, Clinton parece ter esquecido que uma diferença chave entre a Guerra Fria contra a URSS e o atual relacionamento com a China é que, durante a Guerra Fria, Washington sempre foi extremamente cuidadosa em relação a jamais envolver-se em nenhuma demanda trazida por vizinhos do território russo. Em consequência  (como posso testemunhar, tendo trabalhado como jornalista britânico na URSS durante os anos do colapso) não houve, naquele momento, mobilização do nacionalismo russo contra os EUA. Aconteceu, sim, mas depois – quando a monumental sandice dos sucessivos governos de Clinton, Bush e Obama envolveu os EUA em querelas dos estados pós-soviéticos.


Como senadora, Clinton foi cúmplice integral na desastrosa estratégia de oferecer o direito de integrar-se à OTAN, à Geórgia e à Ucrânia, que levou à guerra russo-georgiana de 2008 (e a um fracasso estratégico dos EUA, de facto, inegável) e ajudou a criar o contexto para a crise ucraniana a que assistimos esse ano. (...) A julgar por seu livro, Clinton jamais se deu o trabalho sequer de tentar entender ou prever qualquer reação dos russos –, muito menos, mais um vez, de reconhecer os próprios erros ou aprender com eles. Sobre a Guerra da Geórgia, ela simplesmente repete a mentira (embora seja possível que ela realmente acredite no que diz), segundo a qual a guerra foi deliberadamente iniciada por Putin, não pelo então Presidente da Geórgia, Mikheil Saakashvili.

Na política para a China, Clinton e o governo ao qual serviu embrulharam os EUA nas disputas por aquelas ilhas. Formalmente, Washington não tomou partido quanto à propriedade das ilhas. Informalmente, porém, ao enfatizar a aliança militar EUA-Japão e seu caráter extensivo, os EUA, sim, se alinharam ao lado do Japão – pelo menos no caso das ilhas Diaoyu/Senkaku. Resultado disso, Clinton pode ter empurrado o próprio país para uma posição da qual, mais dia menos dia, os EUA serão forçados a lançar guerra devastadora para defender “direitos” que o Japão supõe que tenha sobre rochas inabitáveis; e quando Tóquio, não Washington, decidir atacar.


O realista professor australiano Hugh White destaca, dentre outras disputas entre EUA e China, a recusa, por Washington, a reconhecer a legitimidade do sistema chinês de governo. Essa recusa vê-se mil vezes repetida no livro de Clinton. White argumenta que esse reconhecimento é essencial, se se espera que os dois países partilhem o poder e a capacidade para influenciar no Leste da Ásia e evitem-se conflitos diretos.


É uma questão moral e política da mais alta complexidade, se se consideram abusos de direitos humanos que a China teria cometido. E Clinton fez da “defesa intransigente” de direitos humanos uma marca registrada de seu mandato no Departamento de Estado – mas, parece, sem ter absolutamente qualquer ideia dos efeitos desastrosos daquela sua “militância”, se aplicada às práticas corriqueiras dos EUA, em todo o mundo. (...)


Em todos os casos, seria ajuda imensa se os representantes eleitos pelo povo norte-americano conseguissem admitir o quanto o modelo norte-americano em casa e pelo mundo está sendo hoje questionado tanto por inimigos quanto por amigos preocupados: em casa, por causa da paralisia política e a crescente e óbvia inadequação de uma Constituição do século XVIII, para enfrentar o mundo do século XXI; e no resto do mundo, por causa de séries de ações criminosas levadas a efeito em desafio à lei e à comunidade internacionais. Dentre essas ações, a catástrofe que foram a guerra dos EUA e a operação de construir (?) algum estado no Iraque; e também, muito provavelmente, no Afeganistão. Não se vê nem sinal de reconhecimento desses erros, no livro de Clinton.

*

De fato, no que tenha a ver com a política disfuncional do governo Obama para o Afeganistão, a própria Clinton não pode ser considerada, nem como única, nem como principal responsável. Como o livro dela e de outros deixam bem claro (especialmente The Dispensable Nation: American Foreign Policy in Retreat [A nação dispensável: política externa dos EUA em retirada], de Vali Nasr), aquela política foi pensada e comandada principalmente pela Casa Branca, e por razões de política doméstica. Mesmo assim, dado que tão rapidamente apresenta como sucessos seus qualquer coisa que pareça sucesso, por remoto que seja, claro que Hillary tem também de assumir a responsabilidade pelas medidas que, em idêntico contexto, resultaram em indisfarçáveis fracassos.


No âmago do fracasso do governo (sem considerar aqui a natureza horrivelmente intratável da Guerra do Afeganistão em si mesma) sempre esteve a combinação de avançada militar com o anúncio de uma “retirada” militar dos EUA. No que tivesse a ver com os elementos mais linha-dura dos Talibã, foi sinal claro de que só teriam de esperar um pouco. No que tivesse a ver com moderados reais ou potenciais, Washington fracassou redondamente, quando não associou a avançada a algum esforço sério para construir um acordo de paz.


(...) Como Clinton deixa bem claro, não haveria como ela apoiar qualquer oferta de paz apoiada por Talibãs, mesmo que os mais moderados. Nas palavras dela; Para haver reconciliação, os insurgentes teriam de depor armas, rejeitar a al-Qaeda e aceitar a Constituição Afegã. Em outras palavras, Clinton jamais se interessou por acordo algum: só queria rendição.


Essa oferta poderia ter sido feita pelo governo Bush em 2002 e 2003; teria, talvez, sido aceita por vários comandantes Talibã, porque naquele momento os Talibã pareciam ter sido completamente derrotados. Mas a oportunidade foi perdida, e a mesma oferta hoje – com os EUA em retirada; a “constituição” afegã em crise profunda; e os Talibã conquistando cada vez mais território no leste e no sul – não será sequer considerada. E a síndrome – ou de fingir ou de crer sinceramente que Washington oferece acordo, quando na realidade sempre exige rendição, é um leitmotif do trabalho de Clinton. É muito bonito oferecer acordo se você está vencendo a guerra. Muito menos bonito, se você está batendo em retirada.


Nada disso implica pretender que haveria respostas simples no Afeganistão ou no Oriente Médio, que Clinton não viu. Nos dois casos não há “solução” real, só melhor ou pior gerenciamento de crises baseado na seleção do mal menor, caso a caso. Talvez, como presidenta, Clinton se mostre gerente mais competente desse tipo de crises. Mas, se se considera o currículo dela e o que ela já escreveu até agora, o veredito só pode ser, no melhor dos casos, “não testada”. Até aqui, todas as ações de Clinton e dos EUA nas crises conhecidas, só fizeram agravar as crises e piorar o quadro.


Os EUA conseguirão escapar da armadilha criada pela fé obcecada na própria superioridade moral e direito de comandar? Para escapar, seria necessário um presidente capaz de dizer ao povo norte-americano inúmeras coisas que os políticos norte-americanos realmente não querem ouvir: sobre o declínio relativo do poder dos EUA e a necessidade de ajustar as políticas e a retórica, para acomodar os desenvolvimentos reais, não fantasiados; sobre a consequente necessidade de buscar acordos com vários países que os norte-americanos foram adestrados para odiar; sobre a insuficiência da ideologia norte-americana como via universal para o progresso da humanidade; e, mais importante que tudo, sobre a insustentabilidade, no longo prazo, do modelo econômicos dos EUA e a absoluta necessidade de agir contra a mudança climática.


Num mundo ideal, presidente ou presidenta astuto(a), com apoio popular, deveria ser capaz de ultrapassar a barreira da opinião das elites e apelar diretamente aos instintos, em gerais sensíveis e generosos, da maioria dos norte-americanos. Como pesquisas recentes indicaram, na questão de armar rebeldes sírios e de buscar compromisso razoável com o Irã, as grandes maiorias mostraram instintos muito mais cautelosos e pragmáticos que Clinton; e quanto aos Republicanos, então, nem se fala. Só 8% dos norte-americanos querem que Washington continue a insistir em comandar unilateralmente o planeta, comparados a vastíssimas maiorias favoráveis a buscar a cooperação (com compartilhamento dos custos) com outras potências.


Mas, como Peter Beinart demonstrou em artigo recente em The Atlantic, há um hiato crescente na opinião sobre esses temas entre o povo dos EUA de um lado; e as elites políticas e as empresas de “mídia” de outro lado – e, o fator mais crucialmente importante de todos, os grandes doadores de dinheiro para campanhas eleitorais, dos quais os candidatos dependem cada vez mais. Se, como muitos creem hoje, os EUA encaminham-se para ser uma oligarquia de facto, verdade é que as ideias dessa oligarquia são claras sobre política externa e questões de segurança – e são muito, muito próximas às ideias de Hillary Clinton.


Com certeza é mínimo, quase zero, o fundamento para a crença de que ela estaria preparada para desafiar as oligarquias nesses campos. (...) Por sua vez, o capítulo sobre esses assuntos em Hard Choices começa com uma longa passagem na qual Clinton “canta de galo” sobre o que teria sido vitória tática sobre a China na reunião de Copenhagem em 2009 – que nada representou em termos de combate à mudança climática e só fez alienar ainda mais chineses, indianos e brasileiros. O compromisso verbal de Clinton com esse tipo de causa é louvável e impressionante: suas ações, muito menos. Mas, mais uma vez, a verdadeira questão é: se qualquer político americano conseguiria fazer muito melhor, dado que praticamente todos os Republicanos – que agora dominam o Congresso e controlam a legislação federal sobre a questão – já conseguiram se convencem completamente de que o problema “do clima” nem existe. Como seria possível implementar políticas racionais, se a maior parte dos políticos eleitos já perdeu completamente todo o respeito por provas e fatos?



Se se considera o currículo dos EUA nos últimos 12 anos, muito haveria a dizer, em teoria, sobre um longo período durante o qual Washington simplesmente afastou-se de qualquer envolvimento em crises internacionais. Mas só em teoria. Na prática, na verdade, como vários sucessivos governos descobriram rapidamente, as questões internacionais não dão sossego a presidentes dos EUA. As crises eclodem repentinamente, e construir resposta apropriada exige filosofia consistente, profundo conhecimento local, controle firme sobre o aparelho da política externa dos EUA, e habilidade para contextualizar aquela resposta de modo a que obtenha o necessário apoio do establishment político, da indústria da “mídia”/“informação” e da população. Todos esses já são desafios suficientemente grandes. Esperar que, além do mais, o presidente/presidenta eleito(a) manifeste inteligência, originalidade, coragem moral e vontade de desafiar os touros-sagrados é, provavelmente, esperar demais de qualquer um. Pelo que se sabe até hoje, é, com certeza, esperar demais de Hillary Rodham Clinton.



http://choldraboldra.blogspot.com.br/2014/11/um-falcao-chamado-hillary.html

« Última modificação: 14 de Fevereiro de 2016, 10:49:26 por JJ »

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Re:Trump vs Hillary
« Resposta #110 Online: 15 de Fevereiro de 2016, 10:14:00 »
Donald Trump apoia operação aérea russa na Síria

© flickr.com/ Gage Skidmore
MUNDO
06:54 11.11.2015   


Donald Trump, candidato à presidência norte-americana pelo Partido Republicano, disse durante os debates presidenciais que apoia a operação aérea russa contra o Estado Islâmico.


“Se [o presidente russo Vladimir] Putin quer derrubar o inferno do Estado Islâmico, eu estou a favor disso a 100% e não percebo como alguém pode estar contra isso”, disse Trump na terça-feira (10).


Donald Trump
© AP PHOTO/ GREG ALLEN

Donald Trump perde liderança nas pesquisas de opinião entre os republicanos.

O candidato à presidência norte-americana também acrescentou que todos os países devem participar da luta contra o Estado Islâmico.

Segundo os militares russos, nesta campanha aérea todos os alvos são escolhidos com base em dados de reconhecimento recolhidos pela Rússia, Síria, Iraque e Irã. Na operação se usam armas de alta precisão.

Em 30 de setembro, a pedido do presidente sírio Bashar Assad, a Rússia iniciou ataques localizados contra as posições do Estado Islâmico na Síria. Desde o início da operação aérea, a Força Aeroespacial russa realizou mais de 1,6 mil voos, destruindo mais de 2 mil instalações dos terroristas. Além disso, navios da Frota do Mar Cáspio lançaram 26 mísseis de cruzeiro contra os territórios controlados pelos jihadistas.

Tweet


Leia mais:

http://br.sputniknews.com/mundo/20151111/2716945/Trump-Russia-EUA-candidato.html#ixzz40EnPbRJu



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O Trump é meio falastrão, mas acho que aqui ele está 100% correto.



« Última modificação: 15 de Fevereiro de 2016, 10:20:05 por JJ »

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Re:Trump vs Hillary
« Resposta #111 Online: 15 de Fevereiro de 2016, 10:18:10 »
Hillary Clinton não apoiaria declaração de guerra contra o Estado Islâmico

© REUTERS/ Joshua Lott/Files
MUNDO
09:00 11.11.2015URL curta
Tema: Estado Islâmico: pior ameaça mundial (296)


A pré-candidata do Partido Democrata à presidência dos EUA Hillary Clinton se mostrou reticente no combate ao Estado Islâmico. Ela afirmou na terça-feira (10), em New Hampshire, que não está pronta para apoiar uma declaração de guerra contra o grupo jihadista.

“É preciso ter orçamento para se apoiar uma declaração de guerra. Precisamos trabalhar melhor a compreensão da ameaça dos grupos radicais islâmicos”, afirmou Hillary.


Ela classificou o Estado Islâmico como a primeira rede terrorista da era da Internet e disse que uma declaração de guerra pode não ser a melhor maneira de lutar contra o grupo. A pré-candidata destacou a maneira dispersa que os jihadistas estão, ocupando regiões do Iraque, da Síria e na Península do Sinai, no Egito.

Em contrapartida, o pré-candidato do Partido Republicano à presidência norte-americana Donald Trump não deseja fugir da briga. Ele afirmou, durante debate na terça-feira, que apoia a operação russa contra o Estado Islâmico na Síria e disse que todos os países deveriam fazer o mesmo.

“Se (o presidente russo Vladimir) Putin quer derrubar o inferno do Estado Islâmico, eu estou 100% a favor disso e não percebo como alguém pode estar contra isso”, disse Trump.



Leia mais:

http://br.sputniknews.com/mundo/20151111/2717812/Hillary-nao-apoiaria-guerra-contra-Estado-Islamico.html#ixzz40Eoh1IDi



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Re:Trump vs Hillary
« Resposta #112 Online: 15 de Fevereiro de 2016, 10:19:09 »

Já a Hilary Clinton parece que quer pegar mais leve com o Estado Islâmico.

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Re:Trump vs Hillary
« Resposta #113 Online: 15 de Fevereiro de 2016, 11:01:03 »

Americanos não consideram Donald Trump religioso


Ben Nelms / Bloomberg
Donald Trump

Donald Trump: entre os americanos, 51% dizem ser pouco provável votar em um candidato que "não acredita em Deus"

AFP/Arquivos, da AFP

A maioria dos americanos acredita que o magnata e candidato republicano à Casa Branca Donald Trump não é religioso, de acordo com uma pesquisa publicada nesta quarta-feira.

Dos entrevistados, 60% acreditam que o bilionário, que lidera as pesquisas para as primárias de seu partido, "não é muito" (22%) ou "nada" (37%) religioso, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Pew Research Center.

E 47% dos republicanos, tradicionalmente mais inclinados a optar por um candidato conservador e religioso, acreditam que Trump não é religioso.

No entanto, 56% dos seus pares o veem como um candidato "bom" ou "excelente" em um país "onde muitas vezes se diz que um candidato que não é religioso não pode ser eleito presidente", indica o instituto Pew.

Trump, mais conhecido por sua fama de mulherengo, seu estilo de vida extravagante e sua retórica inflamada, discursou na universidade Liberty, na Virgínia (sudeste), onde disse ser um protetor dos cristãos.

O pré-candidato aparece à frente do senador do Texas Ted Cruz, considerado como "bom" ou "notável" candidato por 53% dos republicanos, do adventista Ben Carson e do senador católico da Flórida Marco Rubio.

Os americanos estão mais divididos sobre Hillary Clinton, favorita entre os democratas: 43% acreditam que a candidata metodista "não é muito" ou "nada" religiosa e 48% que ela é "bastante" ou "muito" religiosa.

Cerca de 40% dos americanos consideram que o principal adversário dela, o judeu Bernie Sanders, é religioso, enquanto o próprio candidato se declara "não particularmente religioso".

Entre os americanos, 51% dizem ser pouco provável votar em um candidato que "não acredita em Deus", enquanto 41% são indiferentes e apenas 6% são mais propensos a votar em um não crente.

A pesquisa foi realizada por telefone com 2.009 adultos entre 7 e 14 de janeiro.


https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-instant&ion=1&espv=2&ie=UTF-8#q=Trump+e+a+religi%C3%A3o


Offline JJ

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Re:Trump vs Hillary
« Resposta #114 Online: 15 de Fevereiro de 2016, 11:23:19 »

Por Trump, republicanos deixam religião de lado


Bilionário contradiz a tradição e lidera as pesquisas mesmo não sendo visto como religioso

Washington - O aspirante à Presidência dos Estados Unidos Donald Trump, que lidera as enquetes apesar de ser considerado pouco religioso, é uma exceção à regra: os americanos confiam mais em um presidente com o qual compartilham crenças religiosas, segundo um estudo divulgado ontem.

A enquete, realizada pelo Pew Research Center, afirma que apesar de Trump ser o “candidato que é amplamente visto pelos republicanos como um potencial ‘bom' ou ‘muito bom', não é amplamente considerado uma pessoa religiosa".

Apenas 30% do total dos indagados consideraram o multimilionário uma pessoa religiosa, enquanto, segundo a última pesquisa da emissora CNN, quatro de cada dez eleitores o apoiam para a indicação presidencial do Partido Republicano.

Concretamente, de 56% de eleitores republicanos que opinaram que Trump seria um “bom" ou “muito bom" presidente, só 17%, “uma substancial minoria" em termos do estudo, consideraram que é uma pessoa religiosa.

Assim, Trump se transforma no sexto no ranking dos candidatos considerados mais religiosos, bem distante do neurocirurgião Ben Carson, o senador pelo Texas Ted Cruz, e o senador pela Flórida Marco Rubio.

Entre os consultados, 68% consideraram que Carson é religioso ou muito religioso, número que chega a 65% no caso de Ted Cruz e a 61% no de Marco Rubio.

Inclusive os candidatos do partido democrata, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton (48%) e o senador por Vermont Bernie Sanders (40%), são considerados mais religiosos que Trump.

Contudo, o Pew Research Center mantém que, como norma geral, “a sabedoria popular sustenta que na política americana alguém que não seja religioso não pode ser eleito presidente". Mais da metade dos americanos disseram na pesquisa que é “muito importante" (27%) ou “algo importante" (24%) que o presidente compartilhe seus valores religiosos.

No caso de Trump, uma grande maioria dos indagados considerou que o magnata imobiliário não é muito religioso (22%) ou não é em absoluto (37%).

A menos de uma semana do Caucus de Iowa, que marca o início das eleições primárias nos Estados Unidos, Donald Trump lidera as enquetes para ser o candidato republicano a enfrentar o escolhido do Partido Democrata nas eleições de 8 de novembro.

http://www.opopular.com.br/editorias/mundo/por-trump-republicanos-deixam-religi%C3%A3o-de-lado-1.1028906

Offline DDV

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Re:Trump vs Hillary
« Resposta #115 Online: 15 de Fevereiro de 2016, 11:24:29 »
Nas eleições americanas eu quase sempre apoio o candidato republicano, devido aos interesses econômicos brasileiros (menos barreiras de importação, menos apoio aos desejos dos sindicatos, o que inclui barreiras de importação e subsídios).

Eu já disse em outros tópicos sobre o tema: A não ser em casos muito extremos (ex: um candidato muito excêntrico), eu torço pelos republicanos porque é melhor para o Brasil, economicamente falando. Mas nessa enquete eu votei em Clinton.

 
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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Offline Pagão

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Re:Trump vs Hillary
« Resposta #116 Online: 18 de Fevereiro de 2016, 16:24:59 »
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

Offline Pasteur

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Re:Trump vs Hillary
« Resposta #117 Online: 18 de Fevereiro de 2016, 20:44:27 »
Papa buena gente!  :ok:

Offline DDV

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Re:Trump vs Hillary
« Resposta #118 Online: 18 de Fevereiro de 2016, 22:04:14 »
É irônico como o Papa desqualifica Trump com uma alegação oposta à usada aqui por alguns foristas. :lol:
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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Offline Pasteur

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Re:Trump vs Hillary
« Resposta #119 Online: 21 de Fevereiro de 2016, 14:04:35 »
Nem um nem outro. Vai acabar dando Jeb. O Illuminatti já decidiu pelo terceiro ponto do triângulo Bush.

O Illuminatti afinal de contas não tem tanto poder assim. Jeb desistiu.

Offline Barata Tenno

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Re:Trump vs Hillary
« Resposta #120 Online: 21 de Fevereiro de 2016, 15:39:39 »
E Bernie tá arrebentando a Hillary.
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Offline Geotecton

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Re:Trump vs Hillary
« Resposta #121 Online: 21 de Fevereiro de 2016, 16:02:03 »
E Bernie tá arrebentando a Hillary.

Está ocorrendo um debate?
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Offline Pasteur

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Re:Trump vs Hillary
« Resposta #122 Online: 24 de Fevereiro de 2016, 06:36:49 »
Trump vence em Nevada por larga margem. A terceira vitória seguida depois da derrota em Iowa. Tem republicano puxando os cabelos achando que ele é um falso republicano que já apoiou candidatos democratas no passado. E alguns querem impedí-lo. Só não sei como.

Acho que vai acabar dando o título do tópico.



 

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