Olá pessoal.
Semanalmente pretendo neste tópico postar textos relacionados as experiênciais socialistas. Vejo que há um grande senso comum sobre o que foi o socialismo em sua prática e quero mostrar a todos vocês o que realmente aconteceu nesses paises e quero propor um debate a respeito de cada texto postado e é claro podem sugerir outros textos que também contribuem com o objetivo desse tópico.
Bom, primeiramente devemos diferenciar SOCIALISMO e COMUNISMO de maneira resumida.
SOCIALISMO: Sistema econômico que visa a expropriação dos bens de produção das mãos dos capitalistas para os trabalhores e Estado (empresas estatais e empresas de produtores-proprietários), planificação da economia pelo Estado, descontrução ao longo prazo das estruturas capitalistas, nacionalização das grandes empresas, ainda há a existencia de impostos, porém destinados a melhoramentodas da infra-estrutura e economia, assim não tendo mais necessidade do Estado cobrar pelo mesmo (como ocorreu na Coréia do Norte a partir de 1974 que também será abordado mais pela frente). Ou seja, é a desconstrução do capitalismo, uma preparação para o comunismo.
COMUNISMO: Etapa pós-socialista. Sociedade sem nenhum tipo de opressão e hierarquia. Fim do dinheiro, Estado, Direito, da familia nuclear burguesa, logo nunca exisitu ''país comunista'' e sim socialista. Uma sociedade totalmente horizontal cujo bens de produção pertecem apenas ao proletário em geral, as demandas são atendendidas conforme a capacidade e necessidade de cada um, a jornada de trabalaho tende a diminuir drasticamente , já que as forças produtivas, atendendo as necessidades humanas e não do Capital já extinto, permitiram o ser humano a aproveitar muito mais o seu tempo livre do que com o trabalho.
Para se aprofundar mais sobre a diferença nesses dois conceitos, recomendo que leiem o
Manifesto Comunista.
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Começaremos com a leitura do texto chamado:
Mentiras sobre a história da União Soviética: De Hitler e Hearst a Conquest e Solzjenitsyn!
Um longo e complexo texto escrito pelo millitante comunista chamado Mario Souza do partido comunistas KPML da Suécia monstrando a refutando as grandes ''desgraças'' que ocorreram na URSS que tanto é proferido diarimente: fome, ditadura, milhões de mortes, etc. Como o texto completo excede o limite permitido para publicar, então apenas postarei aqui a introdução do texto e voces poderão le-lo completo acessando o link acima.
Mario Souza
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História dos supostos milhões de presos e mortos nos campos de trabalho e pela fome na União Soviética no tempo de Stáline.
Neste mundo em que vivemos, quem consegue escapar às terriveis histórias de mortes suspeitas e assassinios nos campos de trabalho Gulag na União Soviética? Quem consegue escapar às histórias de milhões de mortos pela fomes e de milhões de opositores executados na União Soviética no tempo de Stáline? No mundo capitalista repetem-se estas histórias em livros, jornais, radio, televisão e filme numa quantidade infinita e o mito de dezenas de milhões de vitimas que o socialismo teria causado tem crescido sem limites nos últimos cinquenta anos.
Mas na realidade, de onde vêm estas histórias e estes números? Quem é que está por detrás disto?
E outra pergunta: o que há de verdade nessas histórias? Por exemplo, qual é a informação existente nos arquivos da União Soviética, anteriormente secretos, mas abertos por Gorbatchov à investigação histórica em 1989? Segundo os inventores dos mitos, todas as histórias de milhões de mortos na União Soviética de Stáline se confirmariam no dia em que os arquivos fossem abertos. Foi o que aconteceu? Foi confirmado?
O artigo que segue mostra-nos de onde vêm e quem está por detrás das histórias dos milhões de mortos pela fome e nos campos de trabalho na União Soviética de Stáline. O autor do texto, depois de ter estudado o resultado das investigações feitas nos arquivos da União Soviética dá-nos também informação em dados concretos sobre o verdadeiro número de presos, anos de prisão e o verdadeiro número de mortos e de condenados à morte na União Soviética de Stáline. A realidade é bem diferente do mito!
O autor do texto,
Mário Sousa, é militante do partido comunista, KPML(r) na Suécia. O artigo foi escrito em sueco para o jornal do partido, Proletären - O Proletário - onde foi publicado em Abril de 1998. A tradução é do autor.
Em linha recta através da história - de Hitler e Hearst a Conquest e Solzjenitsyn.No ano de 1933 a politica alemã sofre modificações que vão deixar marcas na história mundial durante dezenas de anos. Em 30 de Janeiro Hitler é nomeado primeiro ministro e um nova maneira de governar, com violência e sem respeito pelas leis, começa a tomar forma. Para consolidar o poder, os nazis marcam novas eleições para 5 de março utilizando toda a propaganda ao seu alcance para assegurar um resultado vitorioso. Uma semana antes das eleições, em 27 de fevreiro, os nazis incendeiam o parlamento e acusam os comunistas de serem eles os incendiários. O partido comunista é proibido e muitos comunistas são presos. Nas eleições que se seguiram os nazis obtiveram 17,3 milhões de votos e 288 deputados, cerca de 48% do eleitorado. (em novembro de 1932 tinham tido 11,7 milhões de votos e 196 deputados). Depois da proibição do partido comunista, os nazis começaram a perseguir os socialdemocratas e o movimento sindical e os primeiros campos de concentração começaram a encher-se com todos esses homens e mulheres de esquerda. Entretanto continou a aumentar o poder de Hitler no parlamento com a ajuda da direita. No dia 24 de março Hitler fez passar uma lei no parlamento que lhe deu poderes totais para governar o país durante quatro anos sem necessidade de consulta parlamentar. A partir daí começaram as perseguições abertas aos judeus e os primeiros deram entrada nos campos de concentração onde já se encontravam comunistas e socialdemocratas de esquerda. Hitler continuou a marcha pelo poder total, cortando com todos os acordos internacionais de 1918 que impunham restrições ao armamento e militarização da Alemanha. O rearmamento da Alemanha faz-se a grande velocidade. Esta era a situação politica internacional quando o mito dos milhões de mortos na União Soviética se começou a formar.
A Ucrânia como uma parte do espaço alemão.Ao lado de Hitler no comando da Alemanha estava o ministro da propaganda, Goebells, o máximo responsável para incutir o sonho nazi no povo alemão. Este era o sonho do povo da raça pura vivendo numa Grande Alemanha, um país com um grande "lebensraum", um grande espaço para viver. Uma parte deste "lebensraum", uma área muito maior do que a Alemanha, iria ser conquistada no Este e incorporada na nação alemã. Em 1925 no livro Mein Kampf já Hitler tinha indicado a Ucrânia como uma parte integrante do espaço alemão. A Ucrânia e outras regiões no Este da Europa iriam pretencer à nação alemã para poderem ser utilizadas de uma maneira "correta". Segundo a propaganda nazi, a espada alemã iria libertar essa terra para dar lugar ao arado alemão! Com técnica alemã e empresas alemãs a Ucrânia iria ser transformada na terra produtora de cereais da Alemanha! Mas primeiro teriam os alemães que libertar a Ucrânia do seu povo de "seres humanos inferiores", os quais, segundo a propaganda nazi, seriam utilizados como força de trabalho escrava nas casas, fábricas e agriculturas alemãs, em todos os lugares onde a economia alemã necessitasse deles.
A conquista da Ucrânia e de outras regiões da União Soviética implicava necessáriamente guerra contra a União Soviética, o que era necessário preparar a longo termo. Para esse efeito o ministério de propaganda nazi, chefiado por Goebbels, iniciou em 1934 uma campanha sobre um suposto genocídio feito pelos bolcheviques na Ucrânia, uma terrivel catastrofe de fome que teria sido provocada por Stáline para submeter e obrigar os camponeses a aceitar a politica socialista. O objetivo da campanha nazi era de preparar a opinião pública mundial para a "libertação" da Ucrânia pelas tropas alemãs. Apesar de grandes esforços e embora alguns textos da propaganda alemã fossem públicados na imprensa inglêsa, a campanha nazi sobre o "genocídio" na Ucrânia não teve grande susseço a nível mundial. Era evidente que Hitler i Goebbels necessitavam de ajuda para espalhar as calúnias sobre a União Soviética. A ajuda foi encontrada nos Estados Unidos da América!
William Hearst, um amigo de Hitler.William Randolph HEARST é o nome do multimilionário americano que veio ajudar os nazis na guerra psicologica contra a União Soviética. Hearst é o redactor americano conhecido como sendo o "pai" da chamada imprensa amarela, a imprensa sensacionalísta. William Hearst começou a carreira de redactor em 1885, quando o seu pai George Hearst, milionário da indústria mineira, senador e redactor, lhe deu a chefia do jornal São Francisco Daily Examiner. Assim começou também o império jornalistico de Hearst que de uma maneira definitiva iria deixar marcas profundas na vida e nos conceitos dos norteamericanos. Depois da morte do pai, William Hearst vendeu todas as acções da indústria mineira que herdou e começou a investir o capital no mundo jornalistico. A primeira compra que fez foi o New York Morning Journal, um jornal de tipo tradicional que Hearst transformou totalmente num jornal sensacionalístico. As notícias eram compradas a qualquer preço e quando não havia crueldades ou crimes violentos para contar cabia aos jornalistas i fotógrafos "arranjar" o assunto. É justamente esta a marca da "imprensa amarela", a mentira e a crueldade arranjada e servida como verdade.
As mentiras de Hearst fizeram dele milionário e pessoa importante no mundo jornalístico, sendo em 1935 um dos homens mais ricos do mundo com uma fortuna avaliada em 200 milhões de dolares. Depois da compra do Morning Journal, Hearst continuou a comprar e fundar jornais diários e semanários por todos os EUA. Na década dos anos 40, William Hearst era proprietário de 25 jornais diários, 24 semanários, 12 estações de radio, 2 serviços de noticias mundiais, um serviço de notícias para filme, a empresa de filme Cosmopolitan e muito mais. Em 1948 comprou uma das primeiras estações de televisão dos EUA, a WBAL-TV em Baltimore. Os jornais de Hearst vendiam 13 milhões de exemplares diários com cerca de 40 milhões de leitores! Quase um terço da população adulta dos EUA lia diáriamente os jornais de Hearst! E além disso muitos milhões de pessoas em todo o mundo recebiam a informação da imprensa de Hearst através dos serviços de noticías, filmes e uma série de revistas que eram traduzidas e editadas em grandes quantidades em todo o mundo. Os números acima citados mostram bem de que maneira o império de Hearst influenciou a vida politica americana e a vida politica do mundo em geral durante muitos anos. (entre outras coisas contra a participação dos EUA na segunda guerra mundial pelo lado da União Soviética e nas campanhas anti comunistas de McCarty na década 50).
Os conceitos de William Hearst eram extremamente conservativos, nacionalistas e anti-comunistas. A sua politica era a politica da extrema direita. Em 1934 fez uma viagem à Alemanha onde foi recebido por Hitler como convidado e amigo. Depois desta viagem os jornais de Hearst tornaram-se ainda mais reacionários, sempre com artigos contra o socialismo, contra a União Soviética e em especial contra Stáline. Hearst tentou também utilizar os seus jornais para fazer propaganda nazi abertamente, com uma série de artigos de Göring, a mão direita de Hitler. No entanto os protestos de muitos leitores obrigaram-no a parar a publicação e retirar os artigos.
Depois da visita a Hitler os jornais sensacionalistas de Hearst vinham cheios de "revelações" sobre acontecimentos terríveis na União Soviética como assassinios, genocídios, escravidão, luxo para os governantes e fome para o povo, sendo estas as grandes "notícias" diárias. O material era dado a Hearst pela Gestapo, a policia política da Alemanha nazi. Nas primeiras páginas dos jornais havia muitas vezes caricaturas och imagens falsas da União Soviética onde Stáline era retratado como um assassino de faca na mão. Não esqueçamos que estes artigos eram lidos diariamente por 40 milhões de pessoas nos Estados Unidos e milhões de outras em todo o mundo!
Contnue a leitura acessando o link do texto!