Muito se tem dúvida a respeito de como era a economia na URSS. Esse texto irá esclarecer essa dúvida de muitos e assim derrubar mais mentiras que a doentia propaganda anti-comunista espalha até os dias de hoje. E seguindo mesmo esquema, postarei aqui somente a introdução desse maravilhoso texto e poderão ler o resto acessando o link. Para aqueles que de fato lerão, lhe desejo boa leitura.
União Soviética - Capitalismo de Estado ou Socialismo?
Artigo do companheiro Paulo Gabriel, do Centro do Socialismo, que se sustentando nos fatos históricos nos mostra longe de qualquer desvios idealistas, questões importantes no que concerne ao modo de produção econômico da URSS, e a falsidade em que se sustenta discursos como os de que "a URSS não era socialista, foi somente um capitalismo de Estado". Referendado nos fatos, o artigo nos mostra o problema do jargão de "capitalismo de Estado na URSS", e a presença do socialismo e da construção socialista na União Soviética.
Introdução Quando se fala na vida dos trabalhadores da União Soviética, é comum dizer que eles eram assalariados e que não dispunham livremente de sua força de trabalho e de seus meios de produção. Desta simples constatação elabora-se um grande corpo teórico que apresenta o socialismo soviético como uma espécie de capitalismo de Estado – os trabalhadores ainda eram subjugados por uma classe proprietária que surrupiava o trabalho excedente (a mais-valia) destes, com a devida diferença que nos países capitalistas clássicos os proprietários são donos individuais de empresas privadas, enquanto que no dito capitalismo de Estado soviético os proprietários são donos coletivos de empresas estatais.
Neste sentido, estouram para todos os lados condenações de que os trabalhadores soviéticos não eram livres, viviam oprimidos por um Estado aterrorizante e totalitário, muitas vezes chega-se aos extremo de dizer que a União Soviética criou sua gigantesca economia sob a deficiente e largamente improdutiva forma econômica do escravismo. Porém uma pesquisa um pouco mais aprofundada em relação ao modo que a economia soviética funcionava na prática basta para desestabilizar boa parte deste corpo teórico que, ao longo das décadas, foi fundado muito mais em suposições, no “ouvi dizer que” do que em fatos concretos – sobretudo com a agudização da Guerra Fria e, conseqüentemente, com o fortalecimento da guerra de informações e sua expressão ideológica que foi a demonização do comunismo.
O presente artigo visa contribuir para uma visão crítica do modelo de socialismo implantado pelos soviéticos, apresentando uma contraposição à ideia hegemônica de capitalismo de Estado que segue por duas vias fundamentais: a) as formas econômicas dominantes na União Soviética do período de Stalin eram as que estavam sob o controle direto dos trabalhadores, e não as estatais; b) as empresas sob o comando estatal não se assemelhavam às empresas capitalistas, já que os trabalhadores possuíam inúmeras formas de pressão, de crítica e de censura aos diretores e gestores. Assim, será abordado na primeira parte do artigo as vastas organizações de produtores-proprietários que existiam na URSS e, na segunda, o olhar deverá voltar-se à vida nas empresas estatais.