Gigaview, sobre discutir a influência das pseudociências, suponho que você esteja se referindo a coisas como o efeito forer, não é mesmo?
Não.
Apesar de que, infelizmente nem sempre debatendo tais temas vão mudar a cabeça de algumas pessoas (alguns criacionistas da Terra jovem que o digam). 
O debate na universidade deve acontecer em outros níveis, as pseudociências devem ser discutidas sob as óticas de diferentes campos do conhecimento. Usando o exemplo que você deu, vou listar algumas dessas óticas. Historiadores podem se preocupar com a investigação do desenvolvimento do criacionismo ao longo do tempo, antropólogos podem discutir o papel das crenças no criacionismo em contextos culturais, sociólogos poderiam debater o comportamento dos criacionistas em função de seus meios sociais e as características de seus diversos grupos. Psicólogos poderiam manifestar interesse nos aspectos motivacionais dos criacionistas. E assim por diante. Portanto não se trata simplesmente de "desconvencer" criacionistas, mas de tentar investigar e entender o criacionismo como um fenômeno humano.
Você ainda pode perguntar sobre a utilidade desse conhecimento. Argumentar que é tudo papo furado, que é gastar tempo e dinheiro a toa. Só posso dizer que todo conhecimento provém de processos de investigação motivados pela curiosidade, que é uma das manifestações da inteligência. A censura da curiosidade é a censura do pensamento e consequentemente do conhecimento e ninguém tem o direito de censurar alguém. A universidade como território para livre pensamento, onde tudo, absolutamente tudo pode ser pensado e discutido é uma garantia dessa liberdade.
Repetindo, discutir é diferente de formar, capacitar. Não estou dizendo que as universidades devem formar astrólogos, médiuns ou psicoterapeutas de animais domésticos. Estou dizendo que se essas coisas existem no mundo real, essas coisas devem ser investigadas como fenômenos históricos, antropológicos, sociais, psicológicos, patológicos, etc conforme a curiosidade de cada pesquisador e para ser investigada e discutida, a pseudociência em questão deve ser estudada em profundidade.
Mas sobre discutir ou pesquisar esses temas, não poderíamos estar "batendo palmas para maluco dançar", no caso de coisas já refutadas, dando plateia para charlatanices? 
Não funciona assim. A universidade não é como o SuperPop da Luciana Gimenez.
Apesar de que, isso é razoável, se alguma pseudociência ainda tiver algo a se pesquisar, que seja feito. O problema mesmo seria, como já citado antes, formar "profissionais" em pseudociências já refutadas. 
É preciso muito cuidado com o rótulo "pseudociência". Muita gente acha a psicologia pseudociência. Muita gente acha que todas as "ciências" humanas são pseudociências. É possível uma ciência se transformar numa pseudociência via refutação? Como? Ou uma pseudociência já nasce condenada?