Autor Tópico: Arrastões no RJ  (Lida 4732 vezes)

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Offline Barata Tenno

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Re:Arrastões no RJ
« Resposta #25 Online: 27 de Setembro de 2015, 16:00:22 »
Não quer ser tratado como bandido? Não seja pobre e negro.

É isso produção?
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Offline Pilantrólogo

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Re:Arrastões no RJ
« Resposta #26 Online: 27 de Setembro de 2015, 17:23:03 »
Não quer ser tratado como bandido? Não seja pobre e negro.

É isso produção?

Homem-de-palha. Exagero desnecessário.

Moderadamente: Uma mulher que NÃO trabalha como prostituta mas que traja mini-short, top decotado, maquiagem carregada , mascando chiclete de boca aberta e que se encontra parada numa área conhecida como ponto de prostituição não pode ficar chateada se algum carro parar e perguntar "quanto é a hora?"
Questão de contexto.
Numa festa em Morro-de-São-Paulo, numa praia ou numa festa à fantasia ela seria uma pessoa qualquer.
Na área de prostituição, ela será considerada, até que se prove que tijolo não é rapadura, uma profissional do sexo.
Questão de comportamento
Eu vou desconfiar de qualquer pessoa que , na rua, olha fixamente para meu relógio de pulso, independetemente do traje, gênero, e/ou da etinia do indivíduo.
Num restaurante, eu não ligaria. Talvez eu até perguntasse se ele gostaria de saber onde o comprei.

Sem espantalho:
Não quer ser confundido com um porco, não traje uma camisa do Palmeiras não se comporte como tal.
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Offline Lorentz

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Re:Arrastões no RJ
« Resposta #27 Online: 27 de Setembro de 2015, 17:47:36 »
Não quer ser tratado como bandido? Não seja pobre e negro.

É isso produção?

Está reduzindo bandidos a pobres e negros? O racismo está saindo pela culatra. Se está se referindo ao comentário do Sergio, ele mencionou tudo menos isso.
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Offline Barata Tenno

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Re:Arrastões no RJ
« Resposta #28 Online: 27 de Setembro de 2015, 23:17:04 »
Mas esse é o parâmetro no Rio. Tá no ônibus, é pobre e negro? Vai tomar geral, se estiver sem documento (andar sem documento não é crime)  vai pra delegacia. Enquanto isso, os brancos da zona sul estão fumando maconha na areia (o que não deveria ser crime, mas ainda é).  Oiu seja, se você é  negro e pobre, não pode ir pra praia, porque isso é motivo pra isso é entendido como  comportamento de bandido. Semana passada os "justiceiros" estava agredindo todo mundo que "tinha cara de bandido", ou seja, pobre e negro. Então pobre e negro não pode mais ir pra praia porque tem "cara de bandido"? E vocês acham que isso não é preconceito? Acham isso certo? Tá rolando apartheid no Rio de janeiro? Negros pobres são culpados até provarem o contrário enquanto brancos com dinheiro são inocentes até provarem o contrário?
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Online Pedro Reis

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Re:Arrastões no RJ
« Resposta #29 Online: 28 de Setembro de 2015, 00:25:14 »
A natureza está repleta de exemplos demonstrando que o preconceito é, antes de ser algo a ser combatido, uma acuidade cognitiva.

Alguns animais e plantas c são evitados por predadores por que suas cores sinalizam que são indigestos ou mesmo venenosos. Outras espécies se defendem usando mimetismo para se passarem pelo que não são. Outras  se passam por maiores do que realmente são, ou simplesmente se fingem de mortas.

Tudo isso demonstra o quão presente está nas relações dos seres primeiro a impressão que provocam. Portanto, assim como se por um lado as fenomenologias  da natureza demandam prudência nas relações, sugerindo ao predadores evoluir seus julgamentos do que pode ou não ser consumido, também as presas precisam reinventar suas defesas.

Moral da história; não quer parecer bandido e ser segregado? Primeiro, e antes de mais nada, não ande com bandido. Também; não se vista como bandido, não se movimente como bandido, não aja como bandido.

Eu sempre digo isso.

Se fossemos analisar e dissecar minuciosamente cada situação como se fosse inteiramente nova - ainda que em algum sentido filosófico realmente seja - para só então decidir o que fazer, este seria um proceder de tal modo incompetente que nossa existência estaria em real perigo.

Preconceito nada mais é que julgar tendo por base a experiência. Um comportamento saudável e absolutamente necessário quando não se dispõe de informação nem de tempo para formar juízo de valor embasado.

Porém esta palavra tem sido corrompida como sinônimo de "discriminação", que é algo totalmente diferente e verdadeiramente detestável. Não tenho vergonha alguma em admitir que se estou em algum lugar aonde não percebo minha segurança inteiramente garantida e avisto um tipo que parece suspeito, então evito cruzar meu caminho com o dele. Simples questão de bom senso.

Contudo, especificamente neste caso, não se pode aceitar que o poder público trate alguém como bandido apenas por parecer favelado. Porque não são os favelados que parecem bandidos, mas sim alguns delinquentes que se assemelham bastante a favelados pela mera razão de realmente o serem: favelados!

E um favelado, isso eu posso garantir, não parece pobre por opção, estilo ou por alguma exótica predisposição estética. O que acontece é que são pobres mesmo.

Sim, existem certos "visuais" associados a determinados tipo de bandidagem. Como alguns cortes de cabelo e certas tatuagens e coisas desse tipo. Por exemplo: um palhaço tatuado é usado para indicar o homicídio de um policial e várias outras que não seria o caso de detalhar aqui. Mas algumas pessoas estão sendo constrangidas em seu direito de ir e vir somente porque são pobres e parecem pobres, e estas não possuem de si mesmas nenhuma alternativa para não parecer o que de fato são.
« Última modificação: 28 de Setembro de 2015, 00:27:17 por Pedro Reis »

Offline Sergiomgbr

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Re:Arrastões no RJ
« Resposta #30 Online: 28 de Setembro de 2015, 00:34:50 »
Sim, isto deveria ser o óbvio, mas é que as pessoas misturam alhos com bugalhos e fazem todo tipo de generalização. O agente da lei, quando por exemplo, ao impedir o desembarque de ônibus com garotos pobres nas prais alegando serem bandidos generaliza e se equivoca, assim como se equivoca e generaliza o cidadão que é visado por razões consistentes, por suspeita procedente, quando acha que o agente da lei o está discriminando como pessoa.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Sergiomgbr

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Re:Arrastões no RJ
« Resposta #31 Online: 28 de Setembro de 2015, 00:38:57 »
O fato é que sempre teve ônibus com garotos pobres desde sempre, chegando em todo lugar de praia que a polícia nunca precisou intervir, mas só ali, naquela situação especificamente, vem acontecendo "certas coisas'.
Até onde eu sei eu não sei.

Online Pedro Reis

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Re:Arrastões no RJ
« Resposta #32 Online: 28 de Setembro de 2015, 00:39:32 »
Sem nenhuma hipocrisia: se estiver na praia e de repente desembarcar de alguma linha do subúrbio um bando de indivíduos do sexo masculino, com idades entre 15 e 20 anos, agitados e parecendo formar um grupo, fico precavido. E não vejo mal algum se a força policial, caso estivesse presente, se precavesse também.

"Arrastões" na orla carioca não são nenhuma novidade. Isso começou na década de 80 do século passado e é sempre desta mesma forma. Portanto precaução diante de uma situação que se configurando como típica não é discriminação alguma.

O que não pode é um cidadão - sim, pobre também é cidadão - ser punido sem ter cometido crime.

Offline Sergiomgbr

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Re:Arrastões no RJ
« Resposta #33 Online: 28 de Setembro de 2015, 00:45:04 »
Pois é. Cordões de isolamento em certos eventos públicos são da mesma natureza segregadora de bloquear ônibus com jovens suspeitos, nem por isso ninguém sai por ai falando que isso é um absurdo, por que ali são todos pessoas de bem e o ex cam baw!
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Gabarito

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Re:Arrastões no RJ
« Resposta #34 Online: 28 de Setembro de 2015, 09:40:13 »
Ainda sobre o rapaz que roubou por prazer e a fala da sua vítima:

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O depoimento de uma vítima
Publicado em 27 de setembro de 2015

Edith Leal diz ser a vítima do crime fotografado pelo jornal O Globo em uma praia carioca na semana passada que marcou o debate sobre os arrastões no Rio de Janeiro. Em sua conta no Facebook, ela fez um desabafo de uma clareza de princípios e honestidade impressionantes, coisa que nossos intelectuais não conseguem entender.



Leiam:

Citar
    Nunca fui de expor a minha vida em redes sociais, principalmente no Facebook e quem me conhece sabe, mas após tanta polêmica, senti necessidade de dizer. Pra quem não sabe, evidentemente sou eu a “elite branca” que QUASE foi assaltada como mostra a foto que está rodando na internet. Sou auxiliar de escritório e moro em nilopolis, meu salário não passa de $1000,00, mas NÃO TENHO E NUNCA TEREI VERGONHA DISSO!!!

    Cresci aprendendo que roubar é pecado (sou evangélica) e crime. Independente da minha classe social eu não merecia ser roubada. Comprei meu celular, tenho nota fiscal E PAGUEI POR ELE!! Obrigatoriamente pago meus impostos (pois já vem descontado no meu contra cheque) então isso me da o direito de andar ONDE EU QUISER E COLOCAR MEU CELULAR, QUE EU PAGUEI, ONDE QUISER!!! Claro que por um descuido, acabei colocando no bolso de trás, facilitando o QUASE FURTO (com ajuda policial e graças a Deus recuperei meu celular). Li alguns comentários justificando o ato do ladrãozinho, por ele ser da “classe social menos favorecida”.

    Peço à esses que concordam com isso, que leiam a matéria que o “menor” fez a um jornal. Lá conta que ele está solto e como ele mesmo disse “famoso” e que não sabe se voltará a roubar, mas que se ele “andar na linha”, ganhará uma bicicleta e um celular novo da mamãe. O engraçado é que há sempre um brasileiro mal informado defendendo ele, por ser pobre, então se for seguir por esse raciocínio ME DEFENDA! Quero cursar medicina e não tenho dinheiro pra pagar, por esse motivo, se eu roubar pra pagar, tbm serei perdoada? Se alguém concordar com isso nem precisarei roubar, mas por favor, anote o número da minha conta e faça o depósito mensal do valor da facul, já que só roubando se é vitima do governo. Essa hipocrisia está me enojando!!! E pra finalizar, eu perdoei sim o ladrãozinho, (como havia explicado, pela graça de Deus eu e o Alan estamos com saúde e recuperei meu celular, penso que por isso, não criei sentimentos ruins por ele) mas isso não muda o fato de que ele DEVERIA/DEVE ser punido pelo governo e ser julgado como ADULTO, assim como eu, já que ele sabia que o que fez foi errado (quando foi capturado, me pediu desculpas e tudo, eu com raiva, só o xingava).

    Li comentários de pessoas que culpavam a mãe por não te-lo “criado bem” outros culpavam o estado por não educar e motivar os alunos, e li comentários que me culpavam por colocar o celular no bolso de trás, rs. EEI A CULPA É DELE PRÓPRIO!! Todo mundo conhece exemplo de situações que a mãe era justa e o filho ainda assim “andou pro mal caminho”; alunos de colégio público que são e foram sempre íntegros a vida inteira (meu pai é um exemplo vivo); e pera lá, dizer que o roubo foi justificado porque coloquei o celular no bolso de trás é o mesmo que dizer que uma mulher deve ser estuprada por usar short jeans ou uma camisa decotada. Enfim, não estou querendo 15 minutinhos de fama (até porque eu não fiquei em porta de emissora nenhuma pedindo pra rodar minha matéria. Pelo contrário, quando me ligaram pra me entrevistar, tiveram que insistir porque eu não aceitei de primeira. Na verdade nem tinha tomado conhecimento de toda essa repercussão, até ser notificada por uma amiga que havia me reconhecido pelo cabelo, correndo no vídeo mostrado no domingo) só quero deixar aqui um desabafo de toda minha revolta e indignação com as leis brasileiras que defendem um bandido o chamando criança que não pode responder pelos seus atos porque “não sabe o que faz”. Terminando, só mais uma pergunta: Se ele não responde por seus atos, seus pais não respondem pelos atos dele e o governo tbm não, quem é que vai responder, eu?

Agora confira o menor falando que roubou “por prazer”:

<a href="https://www.youtube.com/v/EhT41jQJTgE" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/EhT41jQJTgE</a>


Offline MarceliNNNN

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Re:Arrastões no RJ
« Resposta #35 Online: 28 de Setembro de 2015, 11:19:31 »
O que vemos é a falência de um sistema que vem sendo aplicado desde tempos imemoriais, de manter o povo na ignorância, sem escolas, sem saúde, sem segurança, se houvessem investimentos em escolas não haveria tanta necessidade de presídios; a inversão dos valores onde o bandido é considerado herói e o policial inimigo, pregada por uma cultura imersa na ignorância e na violência, fruto esta da decadência dos exemplos a serem seguidos pelos mais jovens, atentos ao que se passa no mundo e os predadores mais ferozes de nossa espécie, biologicamente falando, com toda sua força intelectual e física devotada à tomar à força o que pensam ser seu direito negado, protegidos por um Estatuto hoje anacrônico e incapaz de assegurar o que se propôs no início.
Eu pensava que educação sempre foi o principal motivo para termos esses problemas no Brasil e no mundo, mas já começo achar que isso não é verdade. Tenho amigos que moram em lugares pobres que sempre estudaram em escola públicas, nunca tiveram saúde de qualidade, mas não são bandidos. Aliás, a maioria das pessoas que moram na favela são trabalhadoras e buscam melhorar de vida.

O maior problema é a falta de impunidade que temos no Brasil. Se você for ver são sempre os mesmos que estão lá roubando, matando, estuprando. É uma minoria que parece ser uma maioria e que acaba virando uma generalização com os favelados. Se as drogas não fossem proibidas, se não pagássemos muitos impostos e se houvesse punição para quem cometesse esses crimes, o Brasil não estaria como está hoje. Falta caráter para essas pessoas e não educação.

Offline Gabarito

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Re:Arrastões no RJ
« Resposta #36 Online: 28 de Setembro de 2015, 14:14:19 »
O assunto "Arrastões no Rio" está rendendo.
Assisti hoje, pelo Canal Brasil, ao documentário produzido em 1989, pela extinta TV Manchete. Atualíssimo.
Eu não sabia que ele também está no Youtube.
Vejam também.

Citar
Vídeos de 1990 geram polêmica após arrastões: 'Rio não mudou', diz diretor
22/09/2015 16h19 - Atualizado em 22/09/2015 17h29
'Os pobres vão à praia' foi exibido há mais de 2 décadas na TV Manchete.
Reportagem é compartilhada em redes sociais e fomenta discussões.

Gabriel Barreira Do G1 Rio


"Os pobres vão à praia" foi compartilhado milhares de vezes após arrastões, 20 anos depois de ser exibido na TV Manchete
(Foto: Reprodução/Comalt)


Pulando pela janela do ônibus, surfando na porta, batucando na lataria, dezenas de pessoas embarcam do subúrbio do Rio rumo a orla da área nobre na base do "calote". As cenas são de episódios do programa Documento Especial, que foram compartilhadas milhares de vezes nos últimos dias após um final de semana de arrastões. Não fosse a imagem pixelada, o documentário gravado há mais de 20 anos poderia parecer de hoje.

No episódio "Os pobres vão à praia" prevalecem opiniões de banhistas da Zona Sul que atacam os "forasteiros". "Sub-raça", diz uma das entrevistadas diante de uma frase que passeia pela tela e avisa: "Cenas de preconceito explícito". A suposta autora da fala, 25 anos depois, se pronunciou em uma rede social e se disse arrependida, dizendo que era alienada (veja abaixo). Na internet, as imagens do passado são comparadas a tumultos recentes, com recolhimento de menores em ônibus e a atuação de justiceiros.

Nelson Hoineff era diretor do programa "Documento Especial", no qual a reportagem foi exibida no início da década de 90, na extinta TV Manchete. Ele diz que não imaginava o tom premonitório do minidocumentário, mas "sabia que estava fazendo história". O programa, segundo ele, "mostrava um Brasil que não se via na televisão" e que, em certos aspectos, é o mesmo de décadas atrás.

"A gente vê que o Rio não mudou nada. Fizemos programas sobre arrastão, sobre a guerra social, sobre todos esses fenômenos que acontecem, a luta do tráfico, a corrupção dentro da polícia. Algumas pessoas acham que isso começou hoje, mas isso está há dezenas de anos e o documentário é o testemunho disso", afirma.

A caixa de e-mails da produtora autora da reportagem, diz Nelson, lotou. Ele pretende ressuscitar os episódios para que, televisionados, discutam questões cíclicas da sociedade — da segurança pública à prostituição.

Entrevistada diz que era 'alienada'
Identificando-se como uma das entrevistadas do programa, uma advogada usou as redes sociais para se retratar. No vídeo, ela chega a dizer que o público da praia era uma "sub-raça".

Em um longo texto recente, diz que era "alienada" e que tem orgulho de ter evoluído. "É importante jogar na cara da sociedade o que ela não quer dizer" (veja o desabafo na imagem ao final desta reportagem).

Apesar da autocrítica, ela diz que o vídeo foi editado para "parecer pior do que é". Na reportagem, a jovem (que teria 18 anos na época, e hoje, 47) apoiava a cobrança de ingresso para entrada na praia. "Não pode tirar o pessoal do Méier, do mangue e levar à praia em Copacabana porque eu não posso conviver com uma pessoa que não tem o mínimo de educação. (...) É sujeira você pegar uma pessoa que mora em Ipanema, uma pessoa bem vestida, legal, que tem educação e colocá-la na praia no meio de um monte de gente que não tem educação, que vá dizer grosseria, que vai comer farofa com galinha. Vai matar as pessoas de nojo".

Outro entrevistado concorda. "Não sou contra pobre, nem nada. Mas venho para a praia no Pepê (na Barra da Tijuca) porque estou junto dos meus". O G1 tentou contato com a autora dos comentários, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.


Mulher que se identifica como entrevistada diz que 'evoluiu' e era 'alienada'
(Foto: Reprodução/Facebook)



Vale a pena ver o documentário abaixo:

<a href="https://www.youtube.com/v/kOzGFJZZVe8" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/kOzGFJZZVe8</a>
« Última modificação: 28 de Setembro de 2015, 14:21:39 por Gabarito »

Offline Fernando Silva

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Re:Arrastões no RJ
« Resposta #37 Online: 29 de Setembro de 2015, 09:06:14 »
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Pulando pela janela do ônibus, surfando na porta, batucando na lataria, dezenas de pessoas embarcam do subúrbio do Rio rumo a orla da área nobre na base do "calote". As cenas são de episódios do programa Documento Especial, que foram compartilhadas milhares de vezes nos últimos dias após um final de semana de arrastões. Não fosse a imagem pixelada, o documentário gravado há mais de 20 anos poderia parecer de hoje.
Há 40 anos, quando eu ainda ia à praia, isto já acontecia: ao passar pela favela, entrava um bando de gente esquisita, só de short, que ficava no fundo do ônibus aos gritos. E depois descia sem pagar, às vezes pela janela, empurrando os passageiros pagantes.

Naquela época, ainda não havia ônibus direto para a Zona Sul e eles desciam na primeira praia que aparecia, como o Aterro do Flamengo ou Botafogo, e a gente tinha sossego o resto da viagem.

Quer dizer que é preconceito eu não gostar de viajar com esse tipo de gente?

Offline MarceliNNNN

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Re:Arrastões no RJ
« Resposta #38 Online: 29 de Setembro de 2015, 09:28:31 »
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Pulando pela janela do ônibus, surfando na porta, batucando na lataria, dezenas de pessoas embarcam do subúrbio do Rio rumo a orla da área nobre na base do "calote". As cenas são de episódios do programa Documento Especial, que foram compartilhadas milhares de vezes nos últimos dias após um final de semana de arrastões. Não fosse a imagem pixelada, o documentário gravado há mais de 20 anos poderia parecer de hoje.
Há 40 anos, quando eu ainda ia à praia, isto já acontecia: ao passar pela favela, entrava um bando de gente esquisita, só de short, que ficava no fundo do ônibus aos gritos. E depois descia sem pagar, às vezes pela janela, empurrando os passageiros pagantes.

Naquela época, ainda não havia ônibus direto para a Zona Sul e eles desciam na primeira praia que aparecia, como o Aterro do Flamengo ou Botafogo, e a gente tinha sossego o resto da viagem.

Quer dizer que é preconceito eu não gostar de viajar com esse tipo de gente?
Não acho que seja preconceito da sua parte. Eu sou negro, moro em um lugar que tem gente assim e também detesto pegar ônibus com esses moleques que fazem bagunça no ônibus. E a maioria das pessoas que moram aqui também não gostam e nem por isso são preconceituosas.

Offline Barata Tenno

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Re:Arrastões no RJ
« Resposta #39 Online: 29 de Setembro de 2015, 12:01:50 »
Não gostar de quem faz algo que te incomoda não é preconceito, prender quem comete crimes não é preconceito. Acha certo tratar todo negro e pobre como criminoso é preconceito.

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Offline MarceliNNNN

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Re:Arrastões no RJ
« Resposta #40 Online: 29 de Setembro de 2015, 12:37:18 »
Não gostar de quem faz algo que te incomoda não é preconceito, prender quem comete crimes não é preconceito. Acha certo tratar todo negro e pobre como criminoso é preconceito.
Tem alguém aqui no Fórum que acha isso certo?

Offline Gaúcho

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Re:Arrastões no RJ
« Resposta #41 Online: 29 de Setembro de 2015, 12:53:04 »
Não gostar de quem faz algo que te incomoda não é preconceito, prender quem comete crimes não é preconceito. Acha certo tratar todo negro e pobre como criminoso é preconceito.
Tem alguém aqui no Fórum que acha isso certo?

Não. Você vai aprender a relevar os exageros do Barata.
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

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Re:Arrastões no RJ
« Resposta #42 Online: 29 de Setembro de 2015, 12:53:51 »
Eu sempre digo isso.

Se fossemos analisar e dissecar minuciosamente cada situação como se fosse inteiramente nova - ainda que em algum sentido filosófico realmente seja - para só então decidir o que fazer, este seria um proceder de tal modo incompetente que nossa existência estaria em real perigo.

Preconceito nada mais é que julgar tendo por base a experiência. Um comportamento saudável e absolutamente necessário quando não se dispõe de informação nem de tempo para formar juízo de valor embasado.
Sim, o preconceito é um mecanismo de defesa muito importante, no entanto, em alguns casos, alguns preconceitos já estão inteiramente refutados, o que é claramente ilógico continuar a pratica-los, como ocorre no caso do preconceito racial.

Porém esta palavra tem sido corrompida como sinônimo de "discriminação", que é algo totalmente diferente e verdadeiramente detestável.
Não, discriminação não é algo verdadeiramente detestável, na verdade o que acontece com o uso da palavra "discriminação" é exatamente o mesmo que ocorre com o preconceito. Discriminação em sentido amplo significa nada mais do que fazer uma distinção. Sempre que escolhemos com base numa distinção, estamos discriminando. Se eu decido contratar um profissional, e uso como critério de escolha, aquele que possuir melhor qualificação (experiência e formação, p. ex.), eu estarei escolhendo com base nesta distinção, ou seja, eu estarei discriminando com base no currículo.

A discriminação considerada criminosa é a discriminação sociológica, que designa distinções sociais que garantem tratamento-direitos especiais a determinado grupo étnico-social-racial em detrimento de outro.

(...)
"Arrastões" na orla carioca não são nenhuma novidade. Isso começou na década de 80 do século passado e é sempre desta mesma forma. Portanto precaução diante de uma situação que se configurando como típica não é discriminação alguma.
(...)
Na verdade é, pois como já explicado acima, o conceito de discriminação em sentido amplo, abarca muita mais situações do que o senso comum costuma entender.
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Barata Tenno

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Re:Arrastões no RJ
« Resposta #43 Online: 29 de Setembro de 2015, 12:58:08 »
Não gostar de quem faz algo que te incomoda não é preconceito, prender quem comete crimes não é preconceito. Acha certo tratar todo negro e pobre como criminoso é preconceito.
Tem alguém aqui no Fórum que acha isso certo?

Não. Você vai aprender a relevar os exageros do Barata.

Não? O Fernando Silva disse claramente que aspóia as ações da polícia que trata todos os negros e pobres como bandidos. Chamou de "estatística".
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Offline Lorentz

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Re:Arrastões no RJ
« Resposta #44 Online: 29 de Setembro de 2015, 13:21:43 »
Não gostar de quem faz algo que te incomoda não é preconceito, prender quem comete crimes não é preconceito. Acha certo tratar todo negro e pobre como criminoso é preconceito.
Tem alguém aqui no Fórum que acha isso certo?

Não. Você vai aprender a relevar os exageros do Barata.

Não? O Fernando Silva disse claramente que aspóia as ações da polícia que trata todos os negros e pobres como bandidos. Chamou de "estatística".

Ele não disse isso:

Se todos os arrastões são feitos por pobres e negros - e sempre tem arrastão - é apenas lógico que as pessoas fiquem com medo quando os ônibus do subúrbio despejam um bando de pobres e negros.

Preconceito? Não, estatística.

Além do que, um bando de suburbanos que viaja aos gritos nos ônibus, só de short, desce sem pagar e não tem documentos nem dinheiro torna-se automaticamente suspeito. Se forem menores, sequer deveriam estar lá sem os pais, a 20km ou 30km de casa.
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Offline Skeptikós

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Re:Arrastões no RJ
« Resposta #45 Online: 29 de Setembro de 2015, 13:24:15 »
Não gostar de quem faz algo que te incomoda não é preconceito, prender quem comete crimes não é preconceito. Acha certo tratar todo negro e pobre como criminoso é preconceito.
Tem alguém aqui no Fórum que acha isso certo?

Não. Você vai aprender a relevar os exageros do Barata.

Não? O Fernando Silva disse claramente que aspóia as ações da polícia que trata todos os negros e pobres como bandidos. Chamou de "estatística".

Ele não disse isso:

Se todos os arrastões são feitos por pobres e negros - e sempre tem arrastão - é apenas lógico que as pessoas fiquem com medo quando os ônibus do subúrbio despejam um bando de pobres e negros.

Preconceito? Não, estatística.

Além do que, um bando de suburbanos que viaja aos gritos nos ônibus, só de short, desce sem pagar e não tem documentos nem dinheiro torna-se automaticamente suspeito. Se forem menores, sequer deveriam estar lá sem os pais, a 20km ou 30km de casa.

E depois disso isso:

Se todos os arrastões são feitos por pobres e negros - e sempre tem arrastão - é apenas lógico que as pessoas fiquem com medo quando os ônibus do subúrbio despejam um bando de pobres e negros.

Preconceito? Não, estatística.
Poderíamos aplicar isso a homens com relacao a estupro? Já que a maioria dos estupros é causado por homens, logo medo e abordagem de homens próximos a mulheres seria justificado com base na estatística?  :?
Não pode porque a maioria dos homens não estupra e não há como saber, só pela aparência, se um homem é estuprador. Até prova em contrário, não é.

Por outro lado, se uma mulher sozinha começar a ser seguida numa rua escura por um homem, não é preconceito se ela ficar com medo dele.

Mas não faz sentido e pode ser facilmente refutado:

Se todos os arrastões são feitos por pobres e negros - e sempre tem arrastão - é apenas lógico que as pessoas fiquem com medo quando os ônibus do subúrbio despejam um bando de pobres e negros.

Preconceito? Não, estatística.
Poderíamos aplicar isso a homens com relacao a estupro? Já que a maioria dos estupros é causado por homens, logo medo e abordagem de homens próximos a mulheres seria justificado com base na estatística?  :?
Não pode porque a maioria dos homens não estupra...
E por acaso a maioria dos negros e pobres roubam?

...e não há como saber, só pela aparência, se um homem é estuprador. Até prova em contrário, não é.
O mesmo sobre pobres e negros.

Por outro lado, se uma mulher sozinha começar a ser seguida numa rua escura por um homem, não é preconceito se ela ficar com medo dele.
É sim, como já explicado acima.

Abraços!

 :ok:
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

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Re:Arrastões no RJ
« Resposta #46 Online: 29 de Setembro de 2015, 13:26:22 »
Não gostar de quem faz algo que te incomoda não é preconceito, prender quem comete crimes não é preconceito. Acha certo tratar todo negro e pobre como criminoso é preconceito.
Tem alguém aqui no Fórum que acha isso certo?

Não. Você vai aprender a relevar os exageros do Barata.

Não? O Fernando Silva disse claramente que aspóia as ações da polícia que trata todos os negros e pobres como bandidos. Chamou de "estatística".

Ele não disse isso:

Se todos os arrastões são feitos por pobres e negros - e sempre tem arrastão - é apenas lógico que as pessoas fiquem com medo quando os ônibus do subúrbio despejam um bando de pobres e negros.

Preconceito? Não, estatística.

Além do que, um bando de suburbanos que viaja aos gritos nos ônibus, só de short, desce sem pagar e não tem documentos nem dinheiro torna-se automaticamente suspeito. Se forem menores, sequer deveriam estar lá sem os pais, a 20km ou 30km de casa.

O comentário anterior dele fala e mostra apoio sobre as ações da polícia que para, revista e prende jovens negros e pobres que não cometeram nenhum crime. São assediados  por conta da cor e classe social. Esse quote dele foi quando apontei que essas ações erfam preconceituosoas.
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Offline Fernando Silva

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Re:Arrastões no RJ
« Resposta #47 Online: 29 de Setembro de 2015, 13:54:10 »
O comentário anterior dele fala e mostra apoio sobre as ações da polícia que para, revista e prende jovens negros e pobres que não cometeram nenhum crime. São assediados  por conta da cor e classe social. Esse quote dele foi quando apontei que essas ações erfam preconceituosoas.
O que é melhor: deixar que eles cheguem até a praia para depois tentar prendê-los para recuperar o que roubaram ou tentar interceptá-los antes que cheguem lá?

O que pode ser discutido é que método usar para não cometer injustiça, mas, vou repetir:

Menor, negro ou não, vindo do subúrbio, só de short, sem dinheiro ou documentos, em bandos aos gritos já é um forte indício de que causarão problemas nas praias e na vizinhança.

Na verdade, só de incomodarem os outros passageiros do ônibus já deveriam ser mandados de volta, mas muitos deles, ainda por cima, depredam os ônibus e assaltam os passageiros.

A coisa chegou a um ponto em que a polícia tem que pressupor que haverá problemas. Não são mais casos isolados.

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Motoristas de ônibus reclamam da rotina de violência

Um condutor da linha 483 diz que um ex-colega quase foi baleado durante assalto
 
RIO — Quando o fim de semana promete ser de sol, a noite de sexta-feira do motorista Sérgio (nome fictício) vira um sofrimento. Apesar de ficar com insônia, ele torce para o tempo não passar. Segundo Sérgio, quando o alarme de seu despertador soa, às 6h, é hora de levantar da cama para um pesadelo: dirigir um ônibus da linha 474, que liga o bairro do Jacaré ao Jardim de Alah. São aproximadamente sete horas de viagens que, afirma, raramente são tranquilas.

O motorista diz que, em seis anos de profissão, perdeu as contas dos casos de violência que testemunhou atrás do volante. O último ocorreu na semana passada. Depois de se recusar a abrir a porta traseira para o embarque de um grupo de jovens fora de um ponto, eles começaram a atirar pedras em direção ao veículo. Uma delas passou a poucos centímetros de seu rosto.

— Eu me sinto impotente para fazer algo. Não dá para dirigir com tranquilidade nos fins de semana — afirma Sérgio, enquanto enxuga o suor da testa após chegar ao ponto final, no Leblon. - No momento, não posso pedir demissão, mas não vou aguentar por muito tempo. Não posso sair de casa como quem vai para uma para uma guerra.

Relatos de selvageria de todos os tipos fazem parte de boa parte das conversas nos pontos finais de ônibus do Leblon e de Copacabana. Há motoristas que se consideram felizardos por nunca terem apanhado, apesar das ameaças feitas por jovens que enfrentaram dificuldade para embarcar sem pagar. Há também os que sofreram agressões, e aqueles que foram assaltados.
http://oglobo.globo.com/rio/motoristas-de-onibus-reclamam-da-rotina-de-violencia-17618001#ixzz3n9CAwuse
« Última modificação: 29 de Setembro de 2015, 13:57:15 por Fernando Silva »

Offline Barata Tenno

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Re:Arrastões no RJ
« Resposta #48 Online: 29 de Setembro de 2015, 14:05:34 »
O comentário anterior dele fala e mostra apoio sobre as ações da polícia que para, revista e prende jovens negros e pobres que não cometeram nenhum crime. São assediados  por conta da cor e classe social. Esse quote dele foi quando apontei que essas ações erfam preconceituosoas.
O que é melhor: deixar que eles cheguem até a praia para depois tentar prendê-los para recuperar o que roubaram ou tentar interceptá-los antes que cheguem lá?

O que pode ser discutido é que método usar para não cometer injustiça, mas, vou repetir:

Menor, negro ou não, vindo do subúrbio, só de short, sem dinheiro ou documentos, em bandos aos gritos já é um forte indício de que causarão problemas nas praias e na vizinhança.

Na verdade, só de incomodarem os outros passageiros do ônibus já deveriam ser mandados de volta, mas muitos deles, ainda por cima, depredam os ônibus e assaltam os passageiros.

A coisa chegou a um ponto em que a polícia tem que pressupor que haverá problemas. Não são mais casos isolados.

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Motoristas de ônibus reclamam da rotina de violência



Andar sem documento não é crime, vir do subúrbio não é crime, andar só de bermuda não é crime, andar sem dinheiro não é crime, andar em grupo gritando não é crime. Todo cidadão tem o direito de ir e vir e a praia é pública.

Se eles não cometeram nenhum crime não podem ser impedidos de andar pela cidade, ou você esta sugerindo um estado Minority Report, onde se prende inocentes antes que eles comentam crimes?

Vamos prender todos os homens antes que eles estuprem ou vamos esperar eles estuprarem alguém pra depois prende-los? É essa a sua lógica?
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Offline Diegojaf

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Re:Arrastões no RJ
« Resposta #49 Online: 29 de Setembro de 2015, 14:14:56 »
Menor, negro ou não, vindo do subúrbio, só de short, sem dinheiro ou documentos, em bandos aos gritos já é um forte indício de que causarão problemas nas praias e na vizinhança.
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« Última modificação: Hoje às 13:57:15 por Fernando Silva »


Hummm... eu vi o que você fez aí... ::)

A pergunta é: Foi um ato falho ou um erro comum?
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

 

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