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Já num sistema social cibernético, não haveria por que faltar o salmão. Havendo previsão de aumento no consumo, automaticamente seriam disparados os mecanismos que iriam levar a ser criado mais salmão.
E imagino que você considera que o meio pode produzir/sustentar salmão ilimitado, correto?
Não é ilimitado, nem mesmo a capacidade de consumir salmão da população é ilimitada. Fazendas verticais e automatizadas de produção, assim como existem as fazendas verticais hidropônicas, poderiam elevar a possibilidade de cultivo de peixes às alturas, se assim a população achar necessário. A efemerização (mais com menos) proporcionada pelo uso intensivo da tecnologia, pode nos dar abundância com baixo impacto ambiental.
Claro, existem casos em que pode haver escassez de algo, neste caso os produtos são criados em relação ao estado do arranjo dos recursos planetários, com a qualidade dos materiais utilizados com base em uma equação, levando em conta todos os atributos relevantes, graus de diminuição, retroações negativas e afins. Em outras palavras, nós não usaríamos cegamente o titânio, digamos, em cada gabinete de computador produzido, apenas porque ele pode ser o material "mais forte" para o propósito. Esta prática limitada pode levar ao esgotamento. Preferivelmente, deveria haver um gradiente de qualidade do material o qual deveria ser acessado através da análise de atributos relevantes - tais como recursos equivalentes, índices de obsolescência natural de um determinado item, uso de estatística na comunidade, etc. Essas propriedades e conexões podem ser acessadas através de programas, com a solução mais estrategicamente viável, computadorizada e que dê vazão em tempo real. Isto é mera questão de cálculos.