O mundo deu tantas voltas que hoje é difícil saber o que é esquerda e o que é direita.
Antigamente se sabia: de direita era um lorde inglês que vivia sem trabalhar explorando os párias na Índia, e de esquerda era alguém que era contra tudo isso, que queria acabar com tudo isso.
Hoje é muito confuso, dizem que um cara que compra uma sucata de uma refinaria dos americanos que vale 10 centavos e paga 10 trilhões é "esquerdista". O mesmo cara que em vez de fazer a reforma agrária fez uma baita reforma no seu triplex com dinheiro de empreiteiras, esse é de esquerda.
Até onde eu sei, uma coisa em que todos os governos considerados de esquerda se empenharam em investir foi em saúde pública e educação pública. Mas vejam o interesse deste governo de esquerda, já no quarto mandato consecutivo, pela saúde e educação pública; o mesmo interesse que ele teve em atender às aspirações do MST, um movimento que vem sendo um cãozinho fiel e útil a este partido há 30 anos.
Esquerdismo costumava ser sinônimo de ideologia estatizante. E nisso, enquanto oposição, o discurso do PT sempre foi de esquerda condenando a "dilapidação" do patrimônio público por FHC. Enquanto oposição... porque enquanto governo novamente a história foi bem outra.
Eis o trecho de um discurso do senador Aécio Neves na tribuna do senado:
Há cerca de um ano e meio, no início do ano passado, vim a esta tribuna dar as boas-vindas ao governo federal e em especial à senhora presidente da República ao mundo das privatizações. Foi no momento que se anunciou a privatização de três aeroportos brasileiros. Devo hoje dar as boas-vindas à presidente da República ao mundo das privatizações, agora, no setor de petróleo. E talvez não seria favor algum o governo do PT poder orgulhar-se de dizer que fez a maior privatização de toda a história brasileira. Mas fez com atraso, com enorme atraso que custou muito caro ao Brasil.
Estava se referindo à privatização do campo de Libra.Realmente, esquerda... direita... está tudo tão confuso que ninguém mais sabe que direção tomar.
É por isso que eu adoto a minha própria definição de esquerda e direita. Aliás, para ser honesto não é minha, peguei emprestada de um francês.
"Ser de direita ou de esquerda dependa da forma como você define seu endereço postal. O cara de direita diz: moro na Rua Saint Etienne 38, Champs Eliysee, Paris, França, Europa, Terra, Sistema Solar, Universo.
Já alguém de esquerda daria o mesmo endereço da seguinte forma: Universo, Sistema Solar, Europa, França... "
Ou seja, se você acha que o seu próprio umbigo é mais importante que qualquer coisa então você é de direita. ( segundo minha definição ).
Mas se você considera que a humanidade é em alguma coisa mais importante que o seu próprio umbigo então você é de esquerda.
Eu sou de esquerda!
Agora, comunismo... não, comunismo não. Sobre comunismo não há nenhuma confusão. A definição de comunismo continua a mesma, a menos que eu não tenha sido informado, desde os bons tempos de Marx.
Comunismo é uma doutrina social, segundo a qual se pode e deve "restabelecer" o que se chama "estado natural", em que todos teriam o mesmo direito a tudo, mediante a abolição da propriedade privada. Nos séculos XIX e XX, o termo foi usado para qualificar um movimento político.
Comunismo (do latim communis - comum, universal "coisa pública", segundo Platão) é uma ideologia política e socioeconômica, que pretende promover o estabelecimento de uma sociedade igualitária, sem classes sociais e apátrida, baseada na propriedade comum dos meios de produção
Então ficamos sabendo graças à imensa cultura e clareza de raciocínio de alguém como Olavo de Carvalho que o objetivo velado mas insidioso do Sr. Luis Inácio Lula da Silva é promover as profundas mudanças estruturais que levarão a coletivização do seu sítio em Atibaia.
Ele só não diz nada pra ninguém porque se Dona Marisa souber pede divórcio.