Autor Tópico: Rodrigo Constantino é Demitido de Novo  (Lida 6800 vezes)

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Offline _Juca_

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Re:Rodrigo Constantino é Demitido de Novo
« Resposta #50 Online: 06 de Março de 2017, 10:15:17 »

Se formos definir um "anti-gay" como sendo qualquer pessoa que é contra os direitos iguais, então concordo com vocês, e isso   volta ao que eu falei anteriormente, de ser algo definido arbitrariamente.

Muitas coisas são definidas arbitrariamente, mas não significa que estão certas ou erradas em sua definição, por isso a discussão é importante.

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Já vi nas andanças pela internet pessoas sendo taxadas de "anti-gay" por fazer críticas ao Movimento LGBT, sendo que muitos desses críticos eram homossexuais assumidos e não eram conservadores. Seria como chamar de racista quem critica o Movimento Negro, ou de anti-semita quem critica o Sionismo. É ridículo.

Depende da natureza da crítica. Ser contra o movimento negro, LGBT, feminismo, etc na imensa maioria das vezes está ligado a fato da pessoa não simpatizar com os direitos dessas. Então caímos na definição de que ser contra os direitos iguais é ser contra elas, mas claro existem críticas pertinentes.

Citar
Mas eu ainda acho certo exagero colocar o conservadorismo popular comum e ignorante no mesmo balaio de movimentos organizados claramente anti-gay, com discurso de ódio definido e tudo.

Não sei, acho que é errado querer separá-los como coisas totalmente diferentes. Se há semelhanças e congruências entre elas, também haverá simbiose na hora de defendê-las dentro da sociedade. Mas também não é uma regra absoluta e imutável, porque a massa é disforme e pode mudar com o tempo, dependendo da informação, educação e principalmente do ambiente socioeconomico.
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Offline Gauss

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Re:Rodrigo Constantino é Demitido de Novo
« Resposta #51 Online: 06 de Março de 2017, 15:35:47 »
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Já vi nas andanças pela internet pessoas sendo taxadas de "anti-gay" por fazer críticas ao Movimento LGBT, sendo que muitos desses críticos eram homossexuais assumidos e não eram conservadores. Seria como chamar de racista quem critica o Movimento Negro, ou de anti-semita quem critica o Sionismo. É ridículo.

Depende da natureza da crítica. Ser contra o movimento negro, LGBT, feminismo, etc na imensa maioria das vezes está ligado a fato da pessoa não simpatizar com os direitos dessas. Então caímos na definição de que ser contra os direitos iguais é ser contra elas, mas claro existem críticas pertinentes.
Sim, de fato. Mas deve se ter em mente que esses movimentos não são os "Senhores da Virtude", e só fazem sentido para coletivistas. Críticas de liberais e libertários (individualistas) contra esses movimentos eu acho bastante pertinentes.
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Eu

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Re:Rodrigo Constantino é Demitido de Novo
« Resposta #52 Online: 06 de Março de 2017, 23:55:20 »
Para que a Istoé contratou o Rodrigo Constantino:

http://istoe.com.br/coluna/rodrigo-constantino/

Offline Geotecton

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Re:Rodrigo Constantino é Demitido de Novo
« Resposta #53 Online: 07 de Março de 2017, 09:00:25 »
Para que a Istoé contratou o Rodrigo Constantino:

http://istoe.com.br/coluna/rodrigo-constantino/

Para dar voz para a direita conservadora.
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Offline Lorentz

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Re:Rodrigo Constantino é Demitido de Novo
« Resposta #54 Online: 02 de Maio de 2017, 10:23:22 »
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http://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/artigos/dois-anos-vivendo-na-america-um-balanco/

Dois anos vivendo na América: um balanço

2 de maio de 2017

Completei neste fim de semana dois anos de América. Ou melhor: de Flórida, uma espécie de América Latina que deu certo. O que mudou mais em minha vida nesse período? Qual o resumo dessa experiência? Que balanço faço dessa nova fase de minha vida, no primeiro mundo capitalista?

O leitor que acompanha meu blog já leu alguns textos sobre o assunto, especialmente aqueles que comparam nosso cotidiano com o dos americanos de classe média. Em Brasileiro é Otário? também incluí uma parte inteira com essas comparações, para chocar o leitor desavisado mesmo, mostrar aquilo que o Brasil poderia ser, mas não é.

Aqui, tentarei apenas fazer o resumo do resumo, de forma bem sucinta. Aos que tiverem interesse no assunto, recomendo a leitura do livro na íntegra. Vamos lá, então. O que tenho a dizer dessa minha “aventura” como expatriado ou autoexilado em Weston?

Para começo de conversa, a sensação de segurança. Claro! Venho da “cidade maravilhosa”, do lindo Rio de Janeiro, da beleza e do caos, dos arrastões e das balas perdidas. O motivo número um de fuga do Rio é esse: busca por maior segurança. E que diferença!

É quase impossível colocar em palavras a mudança de mentalidade ao se sentir seguro no dia a dia, em cada sinal de trânsito, ao andar na rua, ao ir a um shopping, em cada saída de casa, dentro de casa. Deveria ser o básico, eu sei, mas o brasileiro em geral e o carioca em especial perderam essa sensação faz tempo, e suas vidas se transformam num contínuo estresse. À simples aproximação de alguém em velocidade maior o sujeito já sente o coração palpitar, a adrenalina correr pelo corpo. Isso é vida?
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Mas não é “apenas” isso que muda. É todo o entorno! As ruas bem cuidadas, os muros sem pichação, os jardins bonitos, as estradas sem crateras, os carros modernos trafegando por elas, tudo isso passa uma sensação de ordem, e o ser humano tende a apreciar essa ordem no lugar do caos, da bagunça, da poluição visual e sonora, da esculhambação. Ao longo do tempo, essa atmosfera de tranquilidade e beleza vai mudando o indivíduo, tornando-o mais calmo, sereno. A ordem externa ajuda na ordem interna.

Aí vem a questão dos serviços, resumida na frase da filha de um amigo: “Pai, aqui as coisas funcionam!” Sim, as coisas funcionam. Há menos “malandragem”, menos “jeitinho”, a sociedade é de confiança, partindo da premissa de que o outro não quer te enganar o tempo todo, e isso produz um efeito impressionante para quem está acostumado com a desconfiança generalizada do Brasil. Claro, há “malandros”, e quando são pegos, a lei funciona também: pagam um alto preço pela “malandragem”.

Outro aspecto que me marcou muito: a relativa igualdade nas coisas básicas. É verdade: o capitalismo leva à desigualdade material, o que é normal e até desejável, uma vez que cada um tem vocações, habilidades e sorte diferentes. A meritocracia e o acaso vão sempre gerar resultados desiguais. Mas o ponto é outro: o rico vive muito bem, mas o trabalhador de classe média também goza de uma vida digna!

O rico pode ter um carrão possante na garagem, mas o sujeito de classe média tem um carro com todo o conforto e segurança de que se necessita. Tem uma casa mais humilde, mas decente. O filho frequenta uma escola pública razoável, às vezes muito boa, como no caso da aprazível Weston, escolhida por tanta gente por esse motivo. E ambos vão trabalhar cedo como caixa do supermercado ou algo do tipo, para aprender como a vida é.

O rico não terá cinco empregadas vivendo em sua casa, que não terá dependência, ou elevador de serviço no prédio, tampouco uma cozinha fechada para trancar lá dentro a cozinheira. O rico colocará sua louça na máquina, fará seu jantar em sua cozinha aberta, integrada à casa, e vai cuidar do próprio filho, em vez de uma babá que não desgruda um só segundo do filho dos “ricos” brasileiros, até mesmo em restaurantes!

A mentalidade é outra. A do Brasil é aristocrata no mau sentido, quase escravocrata. A do americano, como também a do europeu, é de igualdade e independência. Como o filósofo Pondé argumentou em sua coluna desta segunda, esse trabalho em silêncio no dia a dia, mesmo nas classes mais altas na Europa, ajuda a forjar o caráter da pessoa. O ócio é a morada do diabo, dizem. O que esperar das crianças brasileiras criadas por suas babás?

Responsabilidade. Eis a palavra. O americano dá mais liberdade e cobra mais responsabilidade. Crianças aprendem desde cedo a se virar sozinhas, assumem funções na casa, trabalham no verão, valorizam o empreendedor. No Brasil, cuspimos nos empresários ricos, assumindo que são canalhas. E o pior é que muitos são, pois a corrupção campeia num modelo com excesso de intervenção estatal.

Eu poderia continuar, mas paro por aqui. Não quero despertar a inveja dos leitores, e sim a sua consciência. O antiamericanismo é forte em nosso país, fruto de uma classe “intelectual” invejosa, socialista. A América é uma grande nação. Não chegou aqui por acaso, muito menos por exploração ou guerras, como alegam os recalcados. Virou a potência que é por mérito próprio, por essa mentalidade calvinista e sua ética do trabalho, por um sistema mais liberal e valores morais sólidos. Tudo sob o ataque dos “progressistas” hoje, é verdade, mas que nem Obama conseguiu destruir!

Minha revolta maior é observar isso tudo, viver isso tudo, e saber que poderíamos ter algo parecido. Se ao menos o brasileiro médio mudasse sua mentalidade… Se ao menos a cultura brasileira fosse mudada… Mas isso é trabalho para mais de uma geração. E é justamente a batalha que escolhi como meta da minha vida, talvez por vocação, por indignação, por patriotismo. Sim, pode parecer paradoxal, e alguns chegam até a me acusar de ter “abandonado” o Brasil. Nada mais falso!

Ora, basta ver como ainda me dedico às mudanças do Brasil, escrevendo diariamente sobre isso, comprando brigas com grupos organizados e mafiosos. Mas faço isso da segurança de Weston, garantindo a integridade física e até intelectual da minha família. O que me deixa ainda mais ousado na hora de atacar os inimigos da nação. Não abandonei o Brasil, mas o Brasil cansa. E trata muito mal aquele que é sério, trabalhador, responsável.

Chega uma hora em que é preciso colocar as prioridades no devido lugar. Não quero ser mártir de nada, e devo à minha filha – e ao filho que nem nasceu ainda – fazer o que estiver ao meu alcance para lhes dar um futuro melhor. Estou convencido de que respirando ares mais civilizados, num ambiente capitalista e meritocrático, com a segurança que temos aqui, com aulas sobre Thomas Jefferson em vez de Che Guevara na escola (pública), tomei a decisão certa. Não volto ainda. Não sei quando volto.

Não quero me mudar do Brasil para sempre. Quero mudar o Brasil de sempre. E sigo na luta inglória, que testa ao limite nossa paciência. A minha é grande, felizmente. Vamos em frente!
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Re:Rodrigo Constantino é Demitido de Novo
« Resposta #55 Online: 03 de Maio de 2017, 07:45:34 »
 :chorao:

Offline _Juca_

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Re:Rodrigo Constantino é Demitido de Novo
« Resposta #56 Online: 03 de Maio de 2017, 08:56:17 »
É hilário, o cara quer mudar o Brasil lá de Miami, nada mais brasileiramente aristocrático.

Offline Lorentz

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Re:Rodrigo Constantino é Demitido de Novo
« Resposta #57 Online: 03 de Maio de 2017, 08:57:53 »
É hilário, o cara quer mudar o Brasil lá de Miami, nada mais brasileiramente aristocrático.

Tem gente que quer mudar os EUA daqui.

Mas o que ele escreve é muito esclarecedor, e muda sim, pois com esses exemplos as pessoas aprendem.
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Offline Geotecton

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Re:Rodrigo Constantino é Demitido de Novo
« Resposta #58 Online: 03 de Maio de 2017, 09:04:17 »
É hilário, o cara quer mudar o Brasil lá de Miami, nada mais brasileiramente aristocrático.

E tem outros que querem "mudar" aqui de dentro mas o que mais tem é dinheiro no exterior ou bens em nome de terceiros.
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Offline Sdelareza

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Re:Rodrigo Constantino é Demitido de Novo
« Resposta #59 Online: 03 de Maio de 2017, 21:05:46 »
E quem diria que antes foi o caminho inverso que era percorrido;

Depois da guerra de Secessão, uns milhares de americanos do sul emigraram para o Brasil,
a maioria nas cidades paulistas de Santa Bárbara d'Oeste e Americana, onde trouxeram
técnicas agrícolas modernas e novas culturas (melancia e nozes).

Nessa época, ainda dava pra pensar que o Brasil era o país do futuro.
« Última modificação: 04 de Maio de 2017, 23:25:26 por Sdelareza »

Offline Agnoscetico

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Re:Rodrigo Constantino é Demitido de Novo
« Resposta #60 Online: 09 de Maio de 2017, 19:29:20 »
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http://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/artigos/dois-anos-vivendo-na-america-um-balanco/

Dois anos vivendo na América: um balanço

2 de maio de 2017

Completei neste fim de semana dois anos de América. Ou melhor: de Flórida, uma espécie de América Latina que deu certo. O que mudou mais em minha vida nesse período? Qual o resumo dessa experiência? Que balanço faço dessa nova fase de minha vida, no primeiro mundo capitalista?

O leitor que acompanha meu blog já leu alguns textos sobre o assunto, especialmente aqueles que comparam nosso cotidiano com o dos americanos de classe média. Em Brasileiro é Otário? também incluí uma parte inteira com essas comparações, para chocar o leitor desavisado mesmo, mostrar aquilo que o Brasil poderia ser, mas não é.

Aqui, tentarei apenas fazer o resumo do resumo, de forma bem sucinta. Aos que tiverem interesse no assunto, recomendo a leitura do livro na íntegra. Vamos lá, então. O que tenho a dizer dessa minha “aventura” como expatriado ou autoexilado em Weston?

Para começo de conversa, a sensação de segurança. Claro! Venho da “cidade maravilhosa”, do lindo Rio de Janeiro, da beleza e do caos, dos arrastões e das balas perdidas. O motivo número um de fuga do Rio é esse: busca por maior segurança. E que diferença!

É quase impossível colocar em palavras a mudança de mentalidade ao se sentir seguro no dia a dia, em cada sinal de trânsito, ao andar na rua, ao ir a um shopping, em cada saída de casa, dentro de casa. Deveria ser o básico, eu sei, mas o brasileiro em geral e o carioca em especial perderam essa sensação faz tempo, e suas vidas se transformam num contínuo estresse. À simples aproximação de alguém em velocidade maior o sujeito já sente o coração palpitar, a adrenalina correr pelo corpo. Isso é vida?
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Mas não é “apenas” isso que muda. É todo o entorno! As ruas bem cuidadas, os muros sem pichação, os jardins bonitos, as estradas sem crateras, os carros modernos trafegando por elas, tudo isso passa uma sensação de ordem, e o ser humano tende a apreciar essa ordem no lugar do caos, da bagunça, da poluição visual e sonora, da esculhambação. Ao longo do tempo, essa atmosfera de tranquilidade e beleza vai mudando o indivíduo, tornando-o mais calmo, sereno. A ordem externa ajuda na ordem interna.

Aí vem a questão dos serviços, resumida na frase da filha de um amigo: “Pai, aqui as coisas funcionam!” Sim, as coisas funcionam. Há menos “malandragem”, menos “jeitinho”, a sociedade é de confiança, partindo da premissa de que o outro não quer te enganar o tempo todo, e isso produz um efeito impressionante para quem está acostumado com a desconfiança generalizada do Brasil. Claro, há “malandros”, e quando são pegos, a lei funciona também: pagam um alto preço pela “malandragem”.

Outro aspecto que me marcou muito: a relativa igualdade nas coisas básicas. É verdade: o capitalismo leva à desigualdade material, o que é normal e até desejável, uma vez que cada um tem vocações, habilidades e sorte diferentes. A meritocracia e o acaso vão sempre gerar resultados desiguais. Mas o ponto é outro: o rico vive muito bem, mas o trabalhador de classe média também goza de uma vida digna!

O rico pode ter um carrão possante na garagem, mas o sujeito de classe média tem um carro com todo o conforto e segurança de que se necessita. Tem uma casa mais humilde, mas decente. O filho frequenta uma escola pública razoável, às vezes muito boa, como no caso da aprazível Weston, escolhida por tanta gente por esse motivo. E ambos vão trabalhar cedo como caixa do supermercado ou algo do tipo, para aprender como a vida é.

O rico não terá cinco empregadas vivendo em sua casa, que não terá dependência, ou elevador de serviço no prédio, tampouco uma cozinha fechada para trancar lá dentro a cozinheira. O rico colocará sua louça na máquina, fará seu jantar em sua cozinha aberta, integrada à casa, e vai cuidar do próprio filho, em vez de uma babá que não desgruda um só segundo do filho dos “ricos” brasileiros, até mesmo em restaurantes!

A mentalidade é outra. A do Brasil é aristocrata no mau sentido, quase escravocrata. A do americano, como também a do europeu, é de igualdade e independência. Como o filósofo Pondé argumentou em sua coluna desta segunda, esse trabalho em silêncio no dia a dia, mesmo nas classes mais altas na Europa, ajuda a forjar o caráter da pessoa. O ócio é a morada do diabo, dizem. O que esperar das crianças brasileiras criadas por suas babás?

Responsabilidade. Eis a palavra. O americano dá mais liberdade e cobra mais responsabilidade. Crianças aprendem desde cedo a se virar sozinhas, assumem funções na casa, trabalham no verão, valorizam o empreendedor. No Brasil, cuspimos nos empresários ricos, assumindo que são canalhas. E o pior é que muitos são, pois a corrupção campeia num modelo com excesso de intervenção estatal.

Eu poderia continuar, mas paro por aqui. Não quero despertar a inveja dos leitores, e sim a sua consciência. O antiamericanismo é forte em nosso país, fruto de uma classe “intelectual” invejosa, socialista. A América é uma grande nação. Não chegou aqui por acaso, muito menos por exploração ou guerras, como alegam os recalcados. Virou a potência que é por mérito próprio, por essa mentalidade calvinista e sua ética do trabalho, por um sistema mais liberal e valores morais sólidos. Tudo sob o ataque dos “progressistas” hoje, é verdade, mas que nem Obama conseguiu destruir!

Minha revolta maior é observar isso tudo, viver isso tudo, e saber que poderíamos ter algo parecido. Se ao menos o brasileiro médio mudasse sua mentalidade… Se ao menos a cultura brasileira fosse mudada… Mas isso é trabalho para mais de uma geração. E é justamente a batalha que escolhi como meta da minha vida, talvez por vocação, por indignação, por patriotismo. Sim, pode parecer paradoxal, e alguns chegam até a me acusar de ter “abandonado” o Brasil. Nada mais falso!

Ora, basta ver como ainda me dedico às mudanças do Brasil, escrevendo diariamente sobre isso, comprando brigas com grupos organizados e mafiosos. Mas faço isso da segurança de Weston, garantindo a integridade física e até intelectual da minha família. O que me deixa ainda mais ousado na hora de atacar os inimigos da nação. Não abandonei o Brasil, mas o Brasil cansa. E trata muito mal aquele que é sério, trabalhador, responsável.

Chega uma hora em que é preciso colocar as prioridades no devido lugar. Não quero ser mártir de nada, e devo à minha filha – e ao filho que nem nasceu ainda – fazer o que estiver ao meu alcance para lhes dar um futuro melhor. Estou convencido de que respirando ares mais civilizados, num ambiente capitalista e meritocrático, com a segurança que temos aqui, com aulas sobre Thomas Jefferson em vez de Che Guevara na escola (pública), tomei a decisão certa. Não volto ainda. Não sei quando volto.

Não quero me mudar do Brasil para sempre. Quero mudar o Brasil de sempre. E sigo na luta inglória, que testa ao limite nossa paciência. A minha é grande, felizmente. Vamos em frente!

Típico carinha que pega carona no estilo de vida de país da qual ele não ajudou a construir. Que nem os fazendeiros na época do plantantion no Brasil que não faziam empreendedorismo, apenas usava dinheiro que ganhava pra consumir e viajar pro exterior, mas não empreendia nada aqui.


Offline Agnoscetico

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Re:Rodrigo Constantino é Demitido de Novo
« Resposta #61 Online: 09 de Maio de 2017, 19:32:24 »
E quem diria que antes foi o caminho inverso que era percorrido;

Depois da guerra de Secessão, uns milhares de americanos do sul emigraram para o Brasil,
a maioria nas cidades paulistas de Santa Bárbara d'Oeste e Americana, onde trouxeram
técnicas agrícolas modernas e novas culturas (melancia e nozes).

Nessa época, ainda dava pra pensar que o Brasil era o país do futuro.

Não é bem assim não. Fazer uma inovação ou outra até padres e alguns gatos pingados aqui também faziam. Mas vai lá ver os sulistas americanos, escravocratas e usavam economia de plantantion (igual Brasil).
Ao contrário do que muitos pensam, a ética protestante lá no sul dos EUA não funcionava como Max Weberianos pregam.



Offline Lorentz

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Re:Rodrigo Constantino é Demitido de Novo
« Resposta #62 Online: 09 de Maio de 2017, 21:18:02 »



Típico carinha que pega carona no estilo de vida de país da qual ele não ajudou a construir. Que nem os fazendeiros na época do plantantion no Brasil que não faziam empreendedorismo, apenas usava dinheiro que ganhava pra consumir e viajar pro exterior, mas não empreendia nada aqui.



Típica resposta falaciosa.

Se você compra iphone, está ajudando a construir os EUA e China.

E agora?

A CASA CAIU!!!!!!!
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Re:Rodrigo Constantino é Demitido de Novo
« Resposta #63 Online: 10 de Maio de 2017, 07:52:00 »
Quando leio uma matéria dessas, fico triste que meu avô se deixou convencer pelo pastor responsável por uma companhia de colonização, que o Brasil era um destino muito melhor do que os EUA. :hmph:

Offline JJ

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Re:Rodrigo Constantino é Demitido de Novo
« Resposta #64 Online: 10 de Maio de 2017, 08:25:33 »
Quando leio uma matéria dessas, fico triste que meu avô se deixou convencer pelo pastor responsável por uma companhia de colonização, que o Brasil era um destino muito melhor do que os EUA. :hmph:


Só que é praticamente certo que você  não  iria  existir.  Pois, veja que pessoas são uma combinação de genética + ambiente,  a sua atual combinação genética certamente não iria ter ocorrido se seu avô tivesse ido para os EUA,  e muito menos  o seu histórico ambiental  iria ter ocorrido.  Então afirmar que teria sido melhor seu avô ter ido para os EUA é o mesmo que dizer que não importa com não ter vindo a existir.  Mas, se você não importa sequer com a sua existência, então não há sentido em dizer que lhe faria diferença para onde seu avô tivesse ido (ele sequer seria seu avô, aliás você não teria tido avô nenhum, aliás você não teria tido nada, nem a si mesmo)  :D.


Então, você ainda gostaria de não existir ?  :D


 :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?:






« Última modificação: 10 de Maio de 2017, 08:29:40 por JJ »

Offline Lorentz

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Re:Rodrigo Constantino é Demitido de Novo
« Resposta #65 Online: 10 de Maio de 2017, 08:30:07 »
Ouvi dizer que nos EUA os imigrantes seriam operários, enquanto no Brasil teriam terras para trabalhar, o que era mais próximo da vida rural que já tinham na Europa.
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Re:Rodrigo Constantino é Demitido de Novo
« Resposta #66 Online: 10 de Maio de 2017, 08:33:05 »

Então, você ainda gostaria de não existir ?  :D

Com a vida que levo aqui, não faria muita diferença. Você entendeu perfeitamente o ponto, e não venha com "filosofices". ;P

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Re:Rodrigo Constantino é Demitido de Novo
« Resposta #67 Online: 10 de Maio de 2017, 08:33:42 »
Ouvi dizer que nos EUA os imigrantes seriam operários, enquanto no Brasil teriam terras para trabalhar, o que era mais próximo da vida rural que já tinham na Europa.

Exatamente e a família está esperando essas terras até hoje.

Offline JJ

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Re:Rodrigo Constantino é Demitido de Novo
« Resposta #68 Online: 10 de Maio de 2017, 08:38:55 »

Então, você ainda gostaria de não existir ?  :D

Com a vida que levo aqui, não faria muita diferença. Você entendeu perfeitamente o ponto, e não venha com "filosofices". ;P


Eu entendo que os EUA são um país melhor do que o Brasil em vários e vários aspectos (assim com a Suécia também é). Mas, o que eu  observei é algo bem  real,  caso houvesse alterações, minimamente significativas,  no passado de nossos ascendentes é praticamente certo que  não viríamos a existir (e até mesmo alterações menores do que o exemplo que você deu poderiam levar a isso).


 

Offline Lorentz

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Re:Rodrigo Constantino é Demitido de Novo
« Resposta #69 Online: 10 de Maio de 2017, 08:41:42 »
Ouvi dizer que nos EUA os imigrantes seriam operários, enquanto no Brasil teriam terras para trabalhar, o que era mais próximo da vida rural que já tinham na Europa.

Exatamente e a família está esperando essas terras até hoje.

Na verdade a qualidade de vida daqueles que vieram deve ter sido melhor aqui no Brasil. Aliás, graças aos imigrantes, o sul do país é a região mais desenvolvida, com melhor idh. O problema é carregar o restante nas costas.
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Offline Agnoscetico

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Re:Rodrigo Constantino é Demitido de Novo
« Resposta #70 Online: 10 de Maio de 2017, 17:56:45 »



Típico carinha que pega carona no estilo de vida de país da qual ele não ajudou a construir. Que nem os fazendeiros na época do plantantion no Brasil que não faziam empreendedorismo, apenas usava dinheiro que ganhava pra consumir e viajar pro exterior, mas não empreendia nada aqui.



Típica resposta falaciosa.

Se você compra iphone, está ajudando a construir os EUA e China.

E agora?

A CASA CAIU!!!!!!!

A casa caiu só foi em outro lugar, aqui não.

Falácia da falácia. Não comprei iphone então não ajudei nem EUA nem China. E nunca disse quer era contra os EUA.

De onde você tirou isso?
Pareceu mais um apelo emocional do que um argumento.



Offline Agnoscetico

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Re:Rodrigo Constantino é Demitido de Novo
« Resposta #71 Online: 10 de Maio de 2017, 18:00:34 »
Quando leio uma matéria dessas, fico triste que meu avô se deixou convencer pelo pastor responsável por uma companhia de colonização, que o Brasil era um destino muito melhor do que os EUA. :hmph:


Só que é praticamente certo que você  não  iria  existir.  Pois, veja que pessoas são uma combinação de genética + ambiente,  a sua atual combinação genética certamente não iria ter ocorrido se seu avô tivesse ido para os EUA,  e muito menos  o seu histórico ambiental  iria ter ocorrido.  Então afirmar que teria sido melhor seu avô ter ido para os EUA é o mesmo que dizer que não importa com não ter vindo a existir.  Mas, se você não importa sequer com a sua existência, então não há sentido em dizer que lhe faria diferença para onde seu avô tivesse ido (ele sequer seria seu avô, aliás você não teria tido avô nenhum, aliás você não teria tido nada, nem a si mesmo)  :D.


Então, você ainda gostaria de não existir ?  :D


 :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?: :?:

Que nem aquele pessoal que fala que o Brasil seria melhor se fosse holandês.
Além do fato de que nasceriam outras pessoas, que garantia de que não seria como uma Nova Inglaterra, mas um outro Suriname ou Àfrica do sul (como Apartheid e tudo mais).



Offline Agnoscetico

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Re:Rodrigo Constantino é Demitido de Novo
« Resposta #72 Online: 10 de Maio de 2017, 18:02:44 »
Ouvi dizer que nos EUA os imigrantes seriam operários, enquanto no Brasil teriam terras para trabalhar, o que era mais próximo da vida rural que já tinham na Europa.

Mas não assim que aconteceu. Muitos imigrantes alemães e italianos depois de certo tempo em trabalhos rurais, migraram pra cidades.

Offline Agnoscetico

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Re:Rodrigo Constantino é Demitido de Novo
« Resposta #73 Online: 10 de Maio de 2017, 18:11:28 »
Ouvi dizer que nos EUA os imigrantes seriam operários, enquanto no Brasil teriam terras para trabalhar, o que era mais próximo da vida rural que já tinham na Europa.

Exatamente e a família está esperando essas terras até hoje.

Na verdade a qualidade de vida daqueles que vieram deve ter sido melhor aqui no Brasil. Aliás, graças aos imigrantes, o sul do país é a região mais desenvolvida, com melhor idh. O problema é carregar o restante nas costas.

O "fardo" do italo-germanico carregando os miseraveis pardos e pretos lá do norte, nordeste e mesmo do sudeste. Que coitados!

Como JJ disse antes tem gente que esquece o efeito borboleta, qualquer variavel no passado o presente seria diferente, pessoas que nasceram deixariam de nascer. A mesma lamentação que pernambucanos lamentando fazem por não terem sido colonizados por holandeses em vez de portugueses.

Só japoneses bastavam pro Brasil. Nem precisava do italos-germanos. Podiam ir pra Australia, ou mesmo EUA... Ah mas tem que lembrar os EUA tinham certo preconceito contra italianos, questões tipo máfia, essas coisas.





Offline Lorentz

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Re:Rodrigo Constantino é Demitido de Novo
« Resposta #74 Online: 10 de Maio de 2017, 21:41:54 »
O "fardo" do italo-germanico carregando os miseraveis pardos e pretos lá do norte, nordeste e mesmo do sudeste. Que coitados!

Não carregam esse espantalho. Carregam os brancos e ricos coronéis e barões lá de cima.
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