Autor Tópico: Golpistas altamente talentosos  (Lida 3667 vezes)

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Offline Gabarito

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Re:Golpistas altamente talentosos
« Resposta #25 Online: 30 de Dezembro de 2016, 09:48:24 »
Vocês estão esquecendo de Frédéric Bourdin/Nicholas Barclay nessa lista aí.

O Camaleão


Offline Buckaroo Banzai

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Re:Golpistas altamente talentosos
« Resposta #26 Online: 30 de Dezembro de 2016, 12:09:18 »
Há um documentário onde ele explica pessoalmente toda a técnica que usava ("Beltracchi: Die Kunst der Fälschung" / "Beltracchi: A arte da falsificação"). Não lembro de mencionar explicitamente o tempo que levava com tudo isso, mas vendo o processo estimo algo entre duas a seis semanas.

A desculpa para a "produtividade" era que a coleção de um galerista judeu chamado Alfred Flechtheim, tomada pelos nazistas na década de 1930, havia sendo vendida para a avó de sua esposa e permaneceu na família durante décadas. Agora, em dificuldades financeiras, ela estaria gradualmente se desfazendo das obras. Ele também usava um amigo que se apresentava como descendente de uma linhagem nobre alemã. Beltracchi em si não participava das vendas, então ninguém o associava às pinturas para investigar sua vida e questionar a fonte de seus ganhos. Fora isso, o mercado de arte em si envolve muito sigilo, e é relativamente comum a existência de negócios legítimos em que as partes envolvidas sequer se encontram ou conhecem as identidades um do outro, resolvendo tudo por intermediários.

Tem ainda o aspecto de que ele pode ir fazendo várias mais ou menos ao mesmo tempo, e dar um bom tempo até esperar "secar" e etc e tal, não precisa fazer uma e vender "fresquinha" imediatamente.

Será que haveria alguns "mythbusters" artísticos tentando inferir quais poderiam ser essas outras falsificações não confessadas, incluindo o palpite de provavelmente ser obra dele?

Sim, dava para trabalhar paralelamente em várias obras.

Sobre gente interessada em debunkar os quadros, é uma boa pergunta. Até deve existir, mas é difícil porque há um sistema de incentivos jogando contra. Beltracchi está devendo milhões e todo dinheiro de seus quadros atuais é confiscado pela justiça para restituir compradores. Assim, quem está com um quadro dele na parede e tem ciência disso tende a ficar quieto e depois de um tempo tentar revender usando o comprovante de autenticidade que tem em mãos. Não adianta muito recorrer à polícia agora porque a chance de conseguir alguma restituição financeira é muito pequena. E mesmo que haja grupos externos tentando desvendá-los, para fazer um novo exame nos quadros seria necessária a autorização dos proprietários, que como dito, são quem menos querem que isso seja feito.

Uma das grandes sacadas do golpe é justamente essa: mesmo quando a vítima percebe que foi enganada, ela fica com sentimentos contraditórios sobre tomar ou não alguma providência, já que pode piorar ainda mais a própria situação.

Sim, tem esses problemas, mas eu imaginava uma coisa meio combinando um mythbusters com desafio do Randi, talvez mais "fraco" que isso. Os caras anunciando publicamente quais seriam os quadros suspeitos, e dessa forma, pressionando os donos a submetê-los a um exame.

Offline Alquimista

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Re:Golpistas altamente talentosos
« Resposta #27 Online: 30 de Dezembro de 2016, 16:36:15 »
Não podemos esquecer do maior golpe (de primeiro de abril) dado aqui no Clube Cético (onde muitos caíram!!!):

../forum/topic=16101.350.html#msg840609
"O Alquimista é o supremo alquimista alfa e o ômega das transmutações aurintelectofilosofais."

Offline Alquimista

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Re:Golpistas altamente talentosos
« Resposta #28 Online: 30 de Dezembro de 2016, 16:45:17 »
Faz um tempo que ando pesquisando esse cara aqui como suspeito de ser um grande golpista:




Ele afirma ter o QI mais alto do Brasil (mas não é membro da Mensa), é multimilionário, mega investidor da bolsa, cobra 25 mil por palestra, criou uma tal de sigma society (cópia fajuta da Mensa) que cobra uma importância significativa (leia-se alta!) pra ingressar, diz que detém o record mundial de xadrez às cegas e ainda alega ter criado um simulador chamado Saturno V infalível para ganhar dinheiro com ações!!!!!!!!  E de quebra ele jura que nos próximos anos estará entre o top 10 da revista Forbes!!!!

O que acham????  Vejam aqui vídeos verdadeiramente hilários dessa figura:



« Última modificação: 30 de Dezembro de 2016, 16:58:22 por Alquimista »
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Re:Golpistas altamente talentosos
« Resposta #29 Online: 30 de Dezembro de 2016, 17:48:19 »
E agora, céticos? Deus existe?  O QI mais alto do Brasil responde:

« Última modificação: 30 de Dezembro de 2016, 18:16:11 por Alquimista »
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Golpistas altamente talentosos
« Resposta #30 Online: 30 de Dezembro de 2016, 21:55:43 »
Existem casos falsificações de composições (manuscritos), tentando passá-las como de autores mais-ou-menos renomados, que poderiam tentar usar sua habilidade numa versão musical desse Beltracchi?

Acho que mais provavelmente alguém com as habilidades necessárias de fazer isso no papel se focaria em outros tipos de documentos, além de ser também compositor bom o bastante para conseguir enganar. Mas talvez alguns compositores até tentassem isso como uma espécie de desafio pessoal.

Offline Lakatos

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Re:Golpistas altamente talentosos
« Resposta #31 Online: 30 de Dezembro de 2016, 22:44:05 »
Sim, tem esses problemas, mas eu imaginava uma coisa meio combinando um mythbusters com desafio do Randi, talvez mais "fraco" que isso. Os caras anunciando publicamente quais seriam os quadros suspeitos, e dessa forma, pressionando os donos a submetê-los a um exame.

Teria que ser gente disposta a "mexer em um vespeiro", inclusive fortemente preparada a lidar com consequências legais ("como assim você diz essas especulações na TV que o quadro é suspeito se eu tenho cá um comprovante de autenticidade? Toma processo!").

Mas adoraria ver isso acontecendo.

Existem casos falsificações de composições (manuscritos), tentando passá-las como de autores mais-ou-menos renomados, que poderiam tentar usar sua habilidade numa versão musical desse Beltracchi?

Acho que mais provavelmente alguém com as habilidades necessárias de fazer isso no papel se focaria em outros tipos de documentos, além de ser também compositor bom o bastante para conseguir enganar. Mas talvez alguns compositores até tentassem isso como uma espécie de desafio pessoal.

Existe também. Até hoje há várias obras atribuídas a compositores célebres cuja autoria permanece sob disputa dos especialistas. Um dos casos mais conhecidos foi de um suposto concerto para violino de Mozart que apareceu em meados do século XX e chegou a ser gravado pelo Yehudi Menuhin, mas que depois descobriu-se ter sido composto por um falsário francês, Marius Casadeus. A família Casadeus é quase uma dinastia de falsificadores de manuscritos. O irmão de Marius, Henri Casadeus, já compôs obras de Haendel, C. P. Bach, entre outros no início do século XX.

Este mês também foi noticiado um caso oposto: um musicólogo deu veredicto de falsidade a um manuscrito provavelmente legítimo de Beethoven, e então tentou comprá-lo assim que abaixou o preço.

http://www.telegraph.co.uk/news/2016/12/02/expert-ruled-beethoven-score-fake-tried-buy-manuscript-knockdown1/
« Última modificação: 31 de Dezembro de 2016, 09:25:06 por Lakatos »

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Golpistas altamente talentosos
« Resposta #32 Online: 30 de Dezembro de 2016, 23:55:58 »
Interessante. Me inspirou a até começar a compor uma música:


Casadeus, Casadeus - oh, oh, oh - Casadeus
Come and rock me Casadeus!

Offline Alquimista

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Re:Golpistas altamente talentosos
« Resposta #33 Online: 31 de Dezembro de 2016, 00:28:08 »
Interessante. Me inspirou a até começar a compor uma música:


Casadeus, Casadeus - oh, oh, oh - Casadeus
Come and rock me Casadeus!


Que susto, Buck!!!!!!!!!!!!!

Tinha quase lido outra coisa aqui na parte: ''Come and ...ock me, Amadeus!!!!!!!!!''  Ufa!!!

QUAQUAQUAQUAQUAQUAQUAQUAQUAQUAQUAQUAQUA...
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Offline Alquimista

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Re:Golpistas altamente talentosos
« Resposta #34 Online: 31 de Dezembro de 2016, 00:39:55 »
E é CASADESUS, não casaDEUS, seus crentes!!!!!  HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA...
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Re:Golpistas altamente talentosos
« Resposta #36 Online: 31 de Dezembro de 2016, 00:58:02 »
Corruptela de Casadejesus.

Então cê tá afirmando que jesus foi deus???
« Última modificação: 31 de Dezembro de 2016, 01:02:55 por Alquimista »
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Re:Golpistas altamente talentosos
« Resposta #37 Online: 31 de Dezembro de 2016, 01:03:01 »
Como tenho certeza absoluta que ninguém aqui nunca ouviu falar do compositor italiano de guitarra barroca Giovanni Battista Granata, e o tópico é sobre fraudes e golpes e o Buck lá no tópico coringa citou a banda Led Zeppelin''G''  ../forum/topic=26080.2775.html#msg919816  (Mentira!!! O Buck conhecia o Granata sim!!! Por isso o misterioso ''G''!!!  Vocês vão entender...), vejam só que interessante (em 0:32):

« Última modificação: 31 de Dezembro de 2016, 01:05:07 por Alquimista »
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Re:Golpistas altamente talentosos
« Resposta #38 Online: 31 de Dezembro de 2016, 01:11:44 »
Existe também. Até hoje há várias obras atribuídas a compositores célebres cuja autoria permanece sob disputa dos especialistas. Um dos casos mais conhecidos foi de um suposto concerto para violino de Mozart que apareceu em meados do século XX e chegou a ser gravado pelo Yehudi Menuhin, mas que depois descobriu-se ter sido composto por um falsário francês, Marius Casadeus. A família Casadeus é quase uma dinastia de falsificadores de manuscritos. O irmão de Marius, Henri Casadeus, já compôs obras de Haendel, C. P. Bach, entre outros no início do século XX.

Outro caso muito famoso é esse aqui:


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A pegadinha de Fritz Kreisler
O vienense Fritz Kreisler (1875-1962) foi um dos maiores violinistas que o mundo já conheceu e suas criações "Liebesleide" (Sofrimento de amor), e "Liebesfreude" (Alegria de amor), são as mais executadas e conhecidas do público.
A história de seu sucesso gerou uma controvérsia, ou uma verdadeira anedota, que serviu para "pegar" grande número de críticos e "pretensos entendidos" em reconhecer estilos de compositores famosos do passado, no caso presente, do período barroco.
Nos primeiros anos de sua carreira como era ainda desconhecido, e não tendo condições de tocar seu repertório num concerto, Fritz Kreisler dava então recitais em pequenas salas onde apresentava suas próprias composições. Entretanto, havia o problema da repetição infindável de seu nome no programa e, como ele mesmo afirmava, "ninguém queria vir e ouvir suas criações musicais".
Então, para variar, Kreisler executava obras de sua lavra que eram imitações perfeitas e congeniais do estilo violinístico do "Rococó", obras essas a que dava denominações como "no estilo de" Pugnani, Cartier, Pórpora, Couperin, Bocherini e outros. Dessa forma, essas peças eram ouvidas e interpretadas com entusiasmo por seus colegas, pois suas transcrições e composições expressavam o encanto e o gênio de uma notável personalidade musical.

A DESCOBERTA DA FRAUDE
Durante muitos anos, Kreisler esperou com paciência que os "críticos" e musicólogos", todos aceitando suas "fraudes", despertassem do erro e reconhecessem seu talento. As obras sob a égide daqueles nomes famosos acrescentados a elas, tornaram-se tão populares que Kreisler não teve outra saída senão publicá-las tais quais eram.
Entretanto, o "esperto" compositor colocou em muitas cópias das partituras, uma nota bem evidente onde estava escrito seu nome por extenso. Finalmente o grande mestre Vincent D"Indy observou que uma peça executada como de Pugnani, não obedecia fielmente ao estilo desse compositor, que D"Indy conhecia muito bem. Kreisler instruiu seus editores a que publicassem essas obras que ele anotara provisoriamente como "Manuscritos Clássicos", como composições originais suas, nos seus catálogos de 1935.

A IRA DOS ESTUDIOSOS
Ficou como um mistério o desenvolvimento do tumulto dessa curiosidade musical que despertou a ira dos estudiosos, quando a "falsa fraude" foi trazida à luz, produzindo grande celeuma nos meios musicais. Apesar dessa ira despertada nos críticos e entendidos, que tiveram que "engulir" a "fraude", o caso Fritz Kreisler foi uma advertência: foi muito fácil imitar o estilo instrumental do "Rococó", porque a maioria dos ouvintes só prestava atenção a sinais exteriores daquele estilo, cheio de ornamentos e arabescos, levando muita gente a reconhecer como "mozartianas", muitas obras do século XVIII.

Fritz Kreisler, homem simples, generoso e alegre e suas músicas, permanecem no repertório atual, como obras excepcionais, e seu exemplo, pode servir até nossos dias como realmente, uma "advertência" a muito "entendido" ou "pseudo erudito" que exista por aí...

Autor Aristides A. J. Makowich       movimento.com
http://iaraalagia.com/conteudo.php?id=169
« Última modificação: 31 de Dezembro de 2016, 02:07:24 por Alquimista »
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Re:Golpistas altamente talentosos
« Resposta #39 Online: 31 de Dezembro de 2016, 01:46:15 »
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Quando falamos de falsificações nos vem à mente um quadro que tem sua autoria questionada. Lembramos, por exemplo, da dúvida a respeito da autoria de um suposto quadro de Rembrandt no MASP ou de um trabalho de um pintor que em 1936 foi vendido como um verdadeiro Vermeer (foto).O que gostaria de lembrar é que na música clássica também já atuaram inúmeros falsários, com produtos enganadores que levaram grandes intérpretes a “pagar o mico” de promoverem obras falsas. Eis uma breve lista:

Adagio de Albinoni

Exemplo de uma famosa falsificação musical é um Adagio em sol menor atribuído ao compositor barroco italiano Tomaso Albinoni (1671-1751). Esta partitura apareceu em Milão no ano de 1948, como um movimento perdido de uma sonata em três movimentos. Sua estética que se aproxima mais de um verismo italiano do início do século XX levantou dúvidas dos especialistas desde sua “descoberta”. No entanto o maior defensor da autenticidade, o musicólogo italiano Remo Giazotto (1910-1998), foi quem realmente compôs a chorosa página. Depois de um intrincado e policialesco caso de investigação descobriu-se que seu sonho era colocar Albinoni, por quem era apaixonado, no mesmo patamar de popularidade de Vivaldi e Corelli. O pior desta falsificação é que o famoso maestro Herbert Von Karajan caiu direitinho na armadilha. Gravou a obra mais de uma vez, mesmo sendo alertado que era uma grosseira falsificação.


http://operaeballet.blogspot.com.br/2015/04/falsificacoes-musicais-artigo-de.html#!/2015/04/falsificacoes-musicais-artigo-de.html
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Offline Lakatos

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Re:Golpistas altamente talentosos
« Resposta #40 Online: 02 de Janeiro de 2017, 04:05:34 »
E é CASADESUS, não casaDEUS, seus crentes!!!!!  HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA...

Verdade, nunca tinha visto esse S no nome dos infelizes. Mais um ponto para aquela teoria de que a gente só lê palavras inteiras, e não elemento por elemento.

Offline Alquimista

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Re:Golpistas altamente talentosos
« Resposta #41 Online: 02 de Janeiro de 2017, 04:46:11 »
E é CASADESUS, não casaDEUS, seus crentes!!!!!  HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA...

Verdade, nunca tinha visto esse S no nome dos infelizes. Mais um ponto para aquela teoria de que a gente só lê palavras inteiras, e não elemento por elemento.

Ou então é porque você estava em busca (da CASA) de DEUS!!!!!  HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA...
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Golpistas altamente talentosos
« Resposta #42 Online: 08 de Janeiro de 2017, 18:35:54 »
Citar


Pierre Brassau was a chimpanzee and the subject of a 1964 hoax perpetrated by Åke "Dacke" Axelsson, a journalist at the Swedish tabloid Göteborgs-Tidningen. Axelsson came up with the idea of exhibiting a series of paintings made by a non-human primate, under the presumption that they were the work of a previously unknown human French artist named "Pierre Brassau", in order to test whether critics could tell the difference between true avant-garde modern art and the work of a chimpanzee.[1]

"Pierre Brassau" was in fact a four-year-old common chimpanzee named Peter from Sweden's Borås djurpark zoo.[2] Axelsson had persuaded Peter's 17-year-old keeper to give the chimpanzee a brush and paint. After Peter had created several paintings, Axelsson chose the best four and arranged to have them exhibited at the Gallerie Christinae in Göteborg, Sweden.[1] While some critics were far from positive, one rightfully guessing that "only an ape could have done this", others praised the works, Rolf Anderberg of the Göteborgs-Posten wrote, "Brassau paints with powerful strokes, but also with clear determination. His brush strokes twist with furious fastidiousness. Pierre is an artist who performs with the delicacy of a ballet dancer."[1][3][4]

After the hoax was revealed, Rolf Anderberg insisted that Peter/Pierre's work was "still the best painting in the exhibition." A private collector bought one of the works for $90 USD, equivalent to $473 in 2014 USD.[1][3][4]

https://en.wikipedia.org/wiki/Pierre_Brassau


Eu até fico com alguma suspeita se essa crítica que "acertou" não foi algo introduzido como piada e acabou sendo incorporado à história. Talvez alguma fonte dê nome e citação exata.



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J.R. Boronali, Donkey Artist

The painting "Sunset over the Adriatic" won praise from critics when it was displayed at the Salon des Indépendants in Paris in March 1910. It was said to be the work of J.R. Boronali, proponent of a new school of painting called "excessivism". One collector offered to buy the work for 400 francs. But after a few days the truth was revealed. Boronali was actually a donkey named Lolo who had "painted" by having a brush tied to his tail. The stunt was dreamed up by art critic Roland Dorgelès as a way to play a joke on his Impressionist painter friends.

http://hoaxes.org/archive/permalink/boronali_donkey_artist

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Golpistas altamente talentosos
« Resposta #43 Online: 25 de Junho de 2017, 19:34:47 »
Lembram do cara "estou aqui na minha garagem com minha lamborghini"?


https://www.reddit.com/r/Entrepreneur/comments/2tsp9v/has_anyone_tried_tai_lopezs_67_steps/


Aqui tem algum material intrigante a respeito, tanto na parte de "talentoso", num dos comentários que delineia como sua propaganda usa "todos truques psicológicos do manual" para puxar as cordas das pessoas como marionetes, bem como alegações sobre o aspecto golpista, já também exposto em alguns vídeos do youtube (como que sua casa era alugada, ele trombava com gente aleatória na própria casa, pedia desculpas, e mudava de direção, etc). Achei interessante mencionarem esses truques de manipulação porque a mim é algo que passava completamente despercebido ante a aparência cômica de uma mistura de curso motivacional, esquema de pirâmide, e propaganda de polyshop/011-14-0-meia/organizações tabajara, que ele também mencionou.

Indo mais além, há inclusive um link com um artigo longo, num blog que tem apenas esse artigo (e parece ser a publicação mais antiga do texto ainda disponível na internet), relatando um histórico de ter vários sites de agência de namoro (com perfis falsos) sobre os quais abundam reclamações das pessoas não conseguirem efetivamente cancelar a assinatura, continuam recebendo cobranças, ou tendo-as debitadas automaticamente, não sei. O autor dessa exposição, não identificado, ainda menciona ter feito exposição de outro famoso autor de auto-ajuda recente, dizendo ter "provado que ele é um psicopata". Fiquei curioso para encontrar, mas não tem link, e muito pouca pista para tentar encontrar alguma trilha.


Citar
https://www.vice.com/en_us/article/exqb9p/inside-the-garage-of-the-internets-most-hated-self-help-guru-511

...The program—which includes the aforementioned 67 steps, videos of Lopez pontificating, life-coaching calls from Lopez, book-of-the-day recommendations, and other "super bonus content"—costs $67 per month. A recurring complaint among those who have signed up is that they didn't realize they were entering into a recurring billing cycle or that they weren't able to cancel their subscription. Others have argued that Lopez's advice isn't all that novel, since many of his talks piggyback off more established luminaries of the motivation and business spaces. Many point to Jack Canfield's The Success Principles, a 2006 book with it's own 67 steps, which they claim Lopez straight-up stole and repackaged.
...


Me lembra em algo também umas denúncias, em reportagem da CBC Marketplace, dos cursos do cara do "pai rico, pai pobre":

<a href="https://www.youtube.com/v/HE6nT0oyPt8" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/HE6nT0oyPt8</a>

Offline Sergiomgbr

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Re:Golpistas altamente talentosos
« Resposta #44 Online: 25 de Junho de 2017, 19:42:23 »
Agora me ocorreu que o Joesley Batista bem pode ser enquadrado como golpista talentoso, se bem que ele tá mais no estilo do "se não pode vencê-los, junte-se  a eles", mas não deixa de ser.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Gabarito

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Re:Golpistas altamente talentosos
« Resposta #45 Online: 02 de Setembro de 2017, 19:30:12 »
História interessante.
Mais um golpista no mercado.
Esse agora vinha enganando o mundo da fotografia de guerra:

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Como ruiu a história do falso fotógrafo da ONU que enganou jornalistas, mulheres e 120 mil seguidores no Instagram
Mariana Sanches, Natasha Ribeiro e Luis Barrucho Da BBC Brasil em São Paulo, Beirute e Londres

    1 setembro 2017

Em 7 de julho de 2017, a BBC Brasil publicou um texto apresentando fotos e vídeos que seriam de autoria de um brasileiro que se apresentava para seus mais de 100 mil seguidores no Instagram como Eduardo Martins, fotógrafo da ONU. Após a publicação do conteúdo, surgiram suspeitas não apenas sobre a autoria das imagens enviadas como também sobre a verdadeira identidade de Martins. A BBC Brasil começou a investigar o caso há um mês e, pouco a pouco, os elementos de uma história construída por dois anos começaram a ruir. Diante das suspeitas e do risco de violação de direitos autorais, o conteúdo original foi retirado do ar. Pedimos desculpas a nossos leitores pelo engano. O caso servirá para reforçar nossos procedimentos de verificação. Conheça a história:



A história era de grudar os olhos na tela: um fotógrafo brasileiro, jovem, loiro e bonito, que havia superado abusos na infância e uma leucemia no início da vida adulta e se lançara às principais zonas de guerra do mundo, entre elas Iraque e Síria, para registrar o sofrimento humano. O resultado do trabalho eram imagens com alma, que poderiam estampar as páginas de qualquer publicação jornalística do mundo. O problema é que grande parte desta história era mentira.

Eduardo Martins, suposto paulistano de 32 anos, se apresentava em seu perfil no Instagram, onde tinha 127 mil seguidores, como fotógrafo da Organização das Nações Unidas em campos de refúgio. Descrevia seu cotidiano com grandiloquência heroica.

"Uma vez, durante um tiroteio no Iraque, eu parei de fotografar para ajudar um menino que tinha sido atingido por um molotov e o retirei da zona de tiro. Eu paro de ser fotógrafo para ser um ser humano", afirmou em uma entrevista para a publicação estrangeira Recount Magazine, em outubro de 2016.

O depoimento vinha ricamente ilustrado por imagens de conflitos em Gaza, na Síria, no Iraque - as mesmas que ele postava em seu Instagram.

Ali dizia ainda que gostava de surfe - intercalava a publicação de fotos sangrentas a supostas imagens suas sobre pranchas em praias que dizia serem na Austrália. Entre seus feitos, relatava ter até mesmo dado aulas do esporte a crianças na Palestina.

A cada reportagem ou foto que emplacava, Eduardo procurava novos veículos que publicassem seu material. Usava como provas de sua autenticidade o que já havia saído sobre ele na imprensa, além da grife ONU. No Instagram, publicava reproduções de páginas que teriam usado seu trabalho, como o jornal americano The Wall Street Journal.

Para aumentar a veracidade do que dizia, deixava públicos comentários calorosos de "amigos". Entre os cumprimentos estavam elogios de um suposto repórter do The Wall Street Journal chamado Thomaz Griffin, por uma dessas publicações na imprensa internacional. A redação do diário americano afirmou à BBC Brasil que não emprega nenhum jornalista com esse nome.

Ao mesmo tempo, por meio do Instagram, Eduardo se aproximou e conquistou a confiança de pessoas reais, conhecidas no meio.

Foi o caso do fotógrafo brasileiro Marco Vitale, que chegou a recomendar suas fotografias para editores de diversos veículos nacionais. Ele foi virtualmente apresentado a Eduardo por uma pessoa real, que teria sido namorada do fotógrafo. À BBC Brasil ele se questionou se seria "o culpado" por promovê-lo no país.

Outra profissional renomada que mantinha contato frequente com ele era a romena radicada nos EUA Diana Alhindawi. Ela contribui frequentemente para o jornal americano The New York Times a partir de zonas de guerra e, em conversa com a reportagem, se mostrou surpresa com as suspeitas que recaíam sobre Eduardo.

Em suas postagens de Instagram, Eduardo se mostrava intensamente envolvido no cotidiano das guerras. Chegou a lamentar a morte de um fotógrafo amigo identificado na rede com o perfil @shadikadar, vitimado em um ataque a bomba na Faixa de Gaza. O luto foi apoiado por diversos comentaristas, que ignoravam que @shadikadar era provavelmente mais uma mentira do suposto fotógrafo.

Não existe na internet qualquer outra menção ao nome além daquela feita na mensagem fúnebre do próprio Eduardo.

Em junho deste ano, ele chegou à BBC Brasil. Ofereceu sua história e suas fotos gratuitamente. Recusou-se a falar por telefone, sob a justificativa de que estava no front em Mossul, no Iraque, espaço disputado pelas forças de segurança do país e pelo grupo extremista autodenominado Estado Islâmico. Mandava mensagens de voz por WhatsApp, sempre como arquivos de áudio, nunca instantaneamente gravadas.

A BBC Brasil publicou uma entrevista acompanhada de um vídeo composto de fotos enviadas por ele. No material, que foi retirado do ar nesta sexta-feira, ele dizia que seu trabalho era movido pela necessidade de alertar o mundo sobre os horrores da guerra.

A suspeita de que Eduardo é, na verdade, um fake, chegou à reportagem após ele ter abordado na internet a jornalista Natasha Ribeiro, colaboradora da BBC Brasil que vive no Oriente Médio e também assina esta reportagem. Ela desconfiou de seu discurso.

As desconfianças aumentaram quando, no Iraque real, palco das cenas de guerra que Eduardo afirmava retratar, jornalistas brasileiros se deram conta de que ele não era conhecido ali. Ninguém, entre autoridades e organizações não governamentais na Síria ou no Iraque, dizia já tê-lo visto ou conhecido.

Algo que seria impossível para alguém que havia sido protagonista, este ano, de uma reportagem da Vice brasileira, cujo título era "No front com os Peshmerga" (o conteúdo foi retirado do ar nesta quinta-feira).

De modo gráfico, o texto descrevia as cenas da morte de seis soldados do exército curdo e de 14 combatentes do Estado Islâmico para arrematar: "Essa era a rotina tensa e intensa que Eduardo viveu por 20 dias no front iraquiano, à convite de um comandante dos Peshmerga que conheceu em Sinjar, cidade fronteiriça ao Curdistão sírio. Para acompanhar o exército, ele virava madrugadas em claro, muitas vezes o dia inteiro na ativa. Em meio ao combate, testemunhava a gana com que os curdos enfrentam o Estado Islâmico".

A história, no entanto, não se sustenta. Outros dois jornalistas brasileiros que estiveram com os peshmerga no período em que Eduardo dizia também estar ali afirmaram à BBC Brasil que jamais conheceram o suposto fotógrafo.

Para um deles, Eduardo chegou a fazer uma proposta, em maio deste ano, via Instagram: "Tô produzindo um documentário com a Netflix sobre Mossul e queria saber se vc tem interesse de participar. Abraços irmão." Consultada pela BBC Brasil, a Netflix informou em nota que o trabalho não havia sido encomendado: "Checamos com a equipe e não temos nenhuma informação sobre o assunto no momento".

Procurada pela reportagem, a Vice brasileira disse que não se pronunciaria sobre o tema por enquanto.

Concomitantemente, Fernando Costa Netto, fotógrafo e sócio da casa de exposições DOC Galeria, estava em contato com Eduardo, que dizia estar no Iraque. "Eu estava organizando uma exposição de fotos de brasileiros em área de conflito e estava em contato com ele. Do nada, ele sumiu, por mais de uma semana. Achei que ele tivesse sido sequestrado pelo Estado Islâmico, contatei os colegas brasileiros no Iraque. Quando começamos essa movimentação de busca por ele, ele reapareceu dizendo ter tido um mero problema de conexão de internet", afirmou Costa Netto à BBC Brasil. Ele soube das suspeitas sobre a identidade de Eduardo por meio da reportagem.

Não foi um desencontro. Eduardo Martins não era quem dizia ser nem esteve onde dizia ter estado. Interpelado pela reportagem da BBC Brasil em agosto, por mensagem de WhatsApp, ele reafirmou sua ocupação: "Sou humanitário (voluntário) em campo da UN (United Nations) eu trabalho na organização dos campos de refugiados", disse.

A posição seria estratégica para que ele pudesse produzir as imagens. Mas suas credenciais eram falsas. "Checamos e não conseguimos encontrar qualquer registro de Eduardo tendo trabalhado para o Alto Comissariado da ONU para Refugiados. Estamos pesquisando o que podemos fazer sobre as afirmações que ele faz a nosso respeito", afirmou à BBC Brasil Adrian Edwards, chefe de imprensa da organização em Genebra.

Em uma foto em que aparecia sorridente, ladeado por crianças, Eduardo Martins afirmava estar em um abrigo para menores soropositivos no Quênia. Consultada, a organização Living Positive, responsável pelo abrigo, afirmou que nenhum brasileiro com aquele nome ou aparência jamais visitou suas dependências.

"Depois de olhar para essa foto cuidadosamente, tenho certeza absoluta que nós jamais vimos essa pessoa", afirmou Mary Wanderi, fundadora do abrigo, à BBC Brasil.

Em 2014, a história de Eduardo esbarrou na de outro correspondente brasileiro, que preferiu não ser identificado. Desta vez, o episódio teria ocorrido na Síria.

"Recebi uma ligação de uma moça que se dizia namorada do Eduardo. Ela estava desesperada, dizendo que ele estava na Síria, com um grupo de elite do Exército americano, quando foi ferido. A história era surreal, já que não tinha ninguém do Exército americano no país, mas mesmo assim entrei em contato com meus tradutores e contatos. Não havia qualquer evidência de que ele já tivesse estado ali. Logo depois ele mesmo me mandou uma mensagem no celular dizendo que a namorada tinha se precipitado e se enganado, mas que nada havia acontecido", afirmou o jornalista.

A BBC Brasil chegou a localizar a suposta namorada. A reportagem apurou que ao menos outras cinco mulheres, todas bonitas e bem-sucedidas em seus campos, se relacionaram amorosamente com Eduardo por redes sociais. Nenhuma delas o encontrou pessoalmente. Todas pediram que suas identidades fossem mantidas em segredo.

Se Eduardo Martins não era autor das fotos, de quem eram as imagens que ele roubava? Há dez dias, a BBC Brasil entrou em contato com o fotógrafo americano Daniel C. Britt. A suspeita era de que ao menos parte do material usado pelo suposto profissional pertencesse a ele. Os direitos autorais das fotos, no entanto, não podiam ser rastreados por ferramentas de busca de imagens porque Eduardo fazia pequenas alterações nelas.

Naquele momento, Britt se disse ocupado com o casamento de um irmão e não chegou a examinar os arquivos mandados pela reportagem. Nesta sexta, no entanto, ele retomou o contato em outros termos: "Isso é o que eu sei: Eduardo Martins tem roubado fotos de vários sites, incluindo o meu próprio, e revendido por meio das agências Getty Images e Zuma Press".

Para esconder o roubo intelectual, Eduardo Martins invertia as fotos, de modo que o próprio Britt demorou para suspeitar de que era vítima do fake.

A BBC Brasil localizou ao menos nove fotos de Britt que foram usadas por Eduardo. No dia 27 de maio do ano passado, o The Wall Street Journal publicou uma imagem de rebeldes sírios na cidade de Azaz com o crédito da agência de fotógrafos independentes Zuma Photo. No Instagram, Martins afirmou que a imagem era sua. No entanto, ela foi feita por Daniel C. Britt no dia 28 de outubro de 2013 na cidade de Hama, também na Síria. A mesma imagem foi publicada pelo site do tradicional jornal russo Izvestia.

Na entrevista para a "Recount Magazine", são de Daniel Britt três das 13 imagens creditadas ao suposto paulistano. Nas legendas, os locais onde as imagens foram feitas estão trocados. Um exemplo: Eduardo publicou a cena de um "garoto palestino gritando depois de um confronto com as forças de Israel". A mesma imagem aparece no site oficial do americano Britt com uma legenda que informa que o garoto é iraquiano, da cidade de Kirkuk - a cena foi registrada em 13 de agosto de 2010.

Questionada sobre a distribuição de material de outro profissional com crédito ao fake brasileiro, a Getty Images afirmou, em nota, que "Eduardo Martins, a pessoa em questão, foi identificado como um colaborador e fornecedor de conteúdo de um de nossos parceiros que já foi notificado sobre esta infração. Enquanto trabalhamos em conjunto com todos os nossos departamentos internos para esclarecer urgentemente esta questão, estamos retirando do ar todo o material envolvido".

Já a Zuma Press escreveu à BBC Brasil, por email, que recebeu imagens com créditos para Eduardo Martins de uma outra "respeitada" agência, a NurPhoto. "Ficamos sabendo desta situação hoje, e depois de contatar a provedora da imagem, a NurPhoto, estamos removendo as imagens em questão com crédito para 'Eduardo Martins' - e pedimos às nossas agências parceiras para fazer o mesmo".

A Nurphoto não respondeu até a publicação desta reportagem. A BBC Brasil não localizou os contatos dos responsáveis pela Recount Magazine nem conseguiu falar com Eduardo nesta sexta-feira.

No fim de agosto, Fernando Costa Netto, inadvertidamente, alertou Eduardo Martins, via WhatsApp, que circulava a suspeita de que ele fosse um fake. Ato contínuo, o suposto fotógrafo deletou sua página no Instagram e anunciou, por número já deletado do WhatsApp, que desapareceria, sem que que a reportagem pudesse descobrir sua real identidade ou quem é o belo loiro retratado nas fotos que ele se dizia retratado.

"Fala irmão. Tô na Austrália, tomei a decisão de passar um ano em uma van rodando o mundo. Vou cortar tudo inclusive internet, tb (também) deletei o IG (Instagram). Quero ficar em paz. A gente se fala qd (quando) eu voltar. Abraços". E na sequência: "Valeu. Vou deletar aqui o zap. Fica com Deus".

*Colaboraram Flávia Milhorance, da BBC Brasil em Londres, e Mariana Alvim e Leandro Machado, da BBC Brasil em São Paulo

Offline Gauss

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Re:Golpistas altamente talentosos
« Resposta #46 Online: 02 de Setembro de 2017, 19:36:32 »
Selo GolpistO de Qualidade!
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Golpistas altamente talentosos
« Resposta #47 Online: 03 de Setembro de 2017, 06:09:54 »



Perfeita, só notei uma diferença entre as pinturas que mostram que uma delas é falsa.

A criança segura uma corda, note que a parte da corda que pende para o lado esquerdo da pintura é mais arqueado.
« Última modificação: 03 de Setembro de 2017, 06:13:24 por Arcanjo Lúcifer »

Offline Gigaview

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Re:Golpistas altamente talentosos
« Resposta #48 Online: 03 de Setembro de 2017, 10:25:46 »
As mangas da camisa do garoto...seu pé levantado...galho sob a mão dele...o rosto da criança...seus mamilos...folhagem do lado direito...lenço sobre a cabeça da moça da direita...a corda na mão dela...pano atrás da orelha do burro à esquerda...
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Golpistas altamente talentosos
« Resposta #49 Online: 03 de Setembro de 2017, 10:59:01 »
Mas nós percebemos com duas imagens para comparar ao mesmo tempo, a falsa passaria batido por original.

 

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