Agora esse Conde Loppeux deu para falar tonteira sobre o estado laico e laicismo, insinuando que não tem nenhum ateu que não seja militante (ou coisa assim) e associando estado laico com burocracia, assassinato (eutanásia), etc.
"Paulo Kogos me chama de "comunista" por supostamente defender o Estado. 
O problema é que a palavra "Estado" possui vários sentidos equívocos.
O filósofo católico espanhol Miguel Ayuso, quando fala do 
Estado Católico, certamente fala de algo distinto do que convencionou-se chamar de "Estado Moderno", no sentido liberal do termo.
Eu mesmo tenho reservas com o modelo estatal da modernidade, no que diz respeito seus conceitos e postulados.
Porém, o que defendo, e isso é uma obviedade histórica, é que não existe sociedade sem ordem política. 
E neste aspecto, Paulo Kogos revela ser um ideólogo ignorante. 
No debate que eu tive com ele, quando ele fez aquela teorização exdrúxula, não como a filosofia política a entende, mas conforme o mero juízo comum, percebi que era leigo no assunto. 
E quando chamou Aristóteles de fascista, perdeu o crédito. Eis o problema kogosiano: não foge de divagações ideológicas ideias, quando na prática, sua análise não sobrevive a um teste básico de realidade.
Ou mais, Kogos instrumentaliza uma 
retórica bombástica para escamotear suas próprias contradições. 
E isso se refere ao conceito de autoridade política e a forma grosseira como manipula as palavras da sagrada escritura e mesmo de Sto. Agostinho. 
No primeiro caso, Paulo de Tarso, em Romanos 13, nos diz que toda autoridade provém de Deus para manter a ordem, aplicar a justiça e punir os injustos. 
Inclusive, exorta à prestar reverência e pagar impostos às autoridades. 
Ou seja, toda ordem social é imprescindível a autoridade, sob pena do caos. 
Paulo revela o óbvio: a autoridade política é originária em Deus, justamente pq todas as sociedades políticas necessitam da própria ordem de justiça e direitos estabelecidos por Ele. 
Se Deus tem autoridade sobre o universo, os homens exercem autoridade sobre outros homens para que a ordem seja mantida e o 
bem comum aplicado. 
O mesmo encontramos em Agostinho. 
Se a autoridade é emanada de Deus, logo, a autoridade tem o dever de fazer justiça e servi-la, como o serviço ao próprio Deus. 
Quando Agostinho diz que um governo injusto é uma confraria de ladrões, ele não está negando a autoridade per se, mas sim a autoridade injusta, o que nos obriga ao direito de resistir. 
Porém, os libertários fazem questão de distorcer as palavras de Paulo e Agostinho, ora relativizando as palavras do Apostolo, ora adulterando as palavras de Agostinho. 
Ou seja, os libertários 
mentem. 
E vou mais além,: o "livre mercado", essa utopia social sonhada pelo Kogos, só existe por conta da ascensão do Estado Moderno que ele tanto ataca, em particular, por conta do Estado liberal. 
E aqui percebemos o completo desconhecimento dos libertários no que diz respeito às 
sociedades pré-capitalistas. Foi o surgimento do individualismo político e econômico instaurado pelo Estado, através dos conceitos de "cidadania", é que vemos surgir esse "livre mercado". 
Mas quem disse que os libertários sabem disso?
Eles idealizam o mercado como uma categoria histórica atemporal, seguindo a cartilha de "Anatomia do Estado" de Murray Rothbard. 
O espantoso dessa obra é ou a ignorância ou a desonestidade do seu autor. 
Pq não me conste que Rothbard fosse um ignorante em história. 
Eu posso esperar a ignorância do Kogos. 
É compreensível. 
Mas Rothbard parece querer adulterar deliberadamente os fatos históricos em torno de sua 
cartilha. 
Neste aspecto, ele e Kogos se assemelham."
Conde bilelando d++