Autor Tópico: Vídeos políticos  (Lida 68260 vezes)

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Offline Agnoscetico

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #2150 Online: 04 de Agosto de 2019, 00:32:15 »

FOTO DE BOA LACRADOR NÃO PERDOA



Offline Marciano

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #2151 Online: 04 de Agosto de 2019, 00:40:37 »
Esse assunto de termo preconceituoso rende. Em BH tem umas ruas de comércio formadas por logistas oriundos de vários países do Oriente Médio o qual são todos cognoninados "turcos," sem prejuízo para a dignidade deles, já o termo "paraíbas" diferentemente parece conferir demeritos e  preconceitos, é uma coisa curiosa.

Já ouvi "branco azedo".
Branquelo é muito comum.
Brancos são minoria no Brasil, onde a maioria é mestiça e se diz preta ou negra.
Aliás, não devemos nos esquecer de que ricos são a grande minoria. A grande maioria é pobre.
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Offline Marciano

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #2152 Online: 04 de Agosto de 2019, 00:45:28 »
Um mestiço muito mais euro-descendente do que afro-descendente que demoniza a Europa, a qual trouxe bibliotecas, hospitais e universidades para os selvagens que estariam até hoje em estado de selvageria, sacrificando pessoas a divindades, como europeus já fizeram no passado remoto, que despreza sua ascendência europeia e faz de conta que só tem ascendentes na África, não estaria ofendendo também a minoria branca?
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Offline Marciano

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #2153 Online: 04 de Agosto de 2019, 00:47:24 »
As Américas, que passaram milênios na idade da pedra lascada, teriam progredido um milímetro sem a demoníaca Europa?
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Offline -Huxley-

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #2154 Online: 04 de Agosto de 2019, 11:33:02 »
As Américas, que passaram milênios na idade da pedra lascada, teriam progredido um milímetro sem a demoníaca Europa?

A América progrediu bastante sem a Europa. Os astecas, por exemplo, estavam a anos-luz de distância da idade da pedra lascada e eles já tinham feito progressos enormes na agricultura, medicina, matemática e arquitetura (em menor nível, o mesmo vale para outros povos civilizados nativos da América, como os maias e os incas).

A Europa não era o Shangrilá quando Colombo chegou aqui. Havia escravidão, incineração de bruxas, teocracia, etc. e a maioria da sua população era composta por camponeses desnutridos e analfabetos (os índios norte americanos, por outro lado, impressionavam alguns navegadores europeus pela boa forma física e saúde).

A lacuna entre o mundo ocidental e o restante do mundo civilizado (não ocidental) só ficou gritante depois da Revolução Gloriosa de 1688. Mas os efeitos dessa também acabou por se espalhar para todas as etnias.

A maior parte das diferenças de desenvolvimento na Idade Média entre a Europa Ocidental e os povos mais primitivos se devem a fatores geográficos, como já explicou Jared Diamond. O restante foi obra da Revolução Gloriosa de 1688 e seus efeitos colaterais, como explicaram Acemoglu e Robinson em Por que as Nações Fracassam. Fatores institucionais que serviram como empecilho para usufruir dos recursos e tecnologias criadas pela Revolução Industrial contam como a grande explicação das diferenças.
« Última modificação: 04 de Agosto de 2019, 16:11:05 por -Huxley- »

Offline Horacio

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #2155 Online: 04 de Agosto de 2019, 11:51:46 »
A lacuna entre o mundo ocidental e o restante do mundo civilizado não ocidental só ficou gritante depois da Revolução Gloriosa de 1688. Mas os efeitos dessa também acabaou por se espalhar para todas as etnias.

--------------------

A alquimia aplicada ao dinheiro, tambem conhecida como crédito, também foi decisiva.

Offline Agnoscetico

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #2156 Online: 04 de Agosto de 2019, 14:22:44 »
A lacuna entre o mundo ocidental e o restante do mundo civilizado não ocidental só ficou gritante depois da Revolução Gloriosa de 1688. Mas os efeitos dessa também acabaou por se espalhar para todas as etnias.

--------------------

A alquimia aplicada ao dinheiro, tambem conhecida como crédito, também foi decisiva.

E se me lembro, o crédito, ou algo associado, como cheque, , foi desenvolvido por árabes.

E outras invenções atribuídas a europeus, que na verdade seriam de outros povos:


https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/seis-inventores-que-nao-inventaram.phtml

Offline Horacio

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #2157 Online: 04 de Agosto de 2019, 15:36:12 »
Segundo a Moderna Teoria Monetária, moeda é crédito, e nasceu junto com a escrita. Mas foi na só Europa medieval que os instrumentos de crédito se elevaram à categoria de pilar central da economia, viabilizando os mega-empreendimentos comerciais a partir das cidades-estado italianas.

Offline Gorducho

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #2158 Online: 04 de Agosto de 2019, 15:52:40 »
A mágica consistiu na descoberta da possibilidade de fazer 1ƒ virar 2, 3 [...]  :|
Que eu saiba basicamente surgiu via o Banco de Amsterdão ~ século XVII
+ claro que essa magia tem que estar aliada a possibilidade de SUPERPRODUÇÃO que caracteriza a "idade moderna" :ok:
Especificamente: o mantra de crédito infinito que é a ortodoxia atual se baseia na possibilidade da superprodução aumentar continuamente na crosta terrícola :ok:
« Última modificação: 04 de Agosto de 2019, 16:07:06 por Gorducho »

Offline Horacio

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #2159 Online: 04 de Agosto de 2019, 16:02:06 »
A mágica foi a capitalização dos juros, prática disseminada à medida em que as restrições teológicas à usura foram sendo relaxadas com o forte desenvolvimento comercial provocado pelas cruzadas.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #2160 Online: 05 de Agosto de 2019, 09:50:49 »
As Américas, que passaram milênios na idade da pedra lascada, teriam progredido um milímetro sem a demoníaca Europa?

Os europeus tinham/têm a vantagem tecnológica/cultural, mas é algo consideravelmente bizarro perguntar se um povo está melhor após ter sofrido genocídio do que estaria se não tivesse.

<a href="https://www.youtube.com/v/Xd_nVCWPgiA" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/Xd_nVCWPgiA</a>



Apesar da diferença (genocídio mais generalizado, com relação a população do continente, em vez de localizados) talvez possa haver analogia com a rota transatlântica de escravismo ter feito a escravização de pessoas a principal indústria africana por muito tempo.

<a href="https://www.youtube.com/v/3NXC4Q_4JVg" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/3NXC4Q_4JVg</a>

Offline Agnoscetico

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #2161 Online: 06 de Agosto de 2019, 11:22:22 »

Mamaefalei


Sobre Marco Feliciano e gastos

O Sorriso Mais Lindo Do Brasil!


Offline Agnoscetico

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #2162 Online: 08 de Agosto de 2019, 01:20:43 »

Vídeo de política com toque de religião (Olavo)

Uma direita anti-científica, anti-vacina e anti-razão.

Comento sobre a mania conspiratória espalhada por uma certa direita paranóica que vê complô em tudo: vacinas, terra plana, política, etc.




Offline Buckaroo Banzai

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #2163 Online: 08 de Agosto de 2019, 12:52:40 »

Citar

<a href="https://www.youtube.com/v/CcaADpt2kGs" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/CcaADpt2kGs</a>

A Câmara reembolsou o pastor Marco Feliciano (Podemos-SP) por um tratamento dentário no valor de R$ 157 mil. Para justificar, o deputado disse que sofre de bruxismo. Cada parlamentar gasta em média R$ 194 mil reais por ano só em despesas com saúde.


Offline Pedro Reis

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #2164 Online: 08 de Agosto de 2019, 23:35:47 »

Vídeo de política com toque de religião (Olavo)

Uma direita anti-científica, anti-vacina e anti-razão.

Comento sobre a mania conspiratória espalhada por uma certa direita paranóica que vê complô em tudo: vacinas, terra plana, política, etc.



Agnos... é o seguinte...

Essa direita não vê complô em tudo. Mais pessoas precisam começar a perceber o que realmente está acontecendo porque as coisas estão tomando um rumo estranho.

Essas teorias conspiratórias absurdas que acabam assumindo dimensões desproporcionais, têm origem não em uma espécie de surto de paranoia acometendo uma determinada faixa do espectro político-ideológico, mas em estratégias muito bem calculadas de diferentes grupos com interesses distintos, mas que acabam se aproximando quando suas bancadas políticas percebem que eles têm alguns pontos em comum e que  apoiando-se mutuamente se reforçam. Outra coisa que levou a aproximação entre estas bancadas foi o fato delas se valerem de estratégias muito semelhantes para defender os interesses que representam. ( A exemplo de nossa bancada BBB aqui. )

Não é exagero dizer que são interesses em conflito com a realidade. Esse é o principal elo que os une. Que os uniu.

São grupos que adquiriram força política da manipulação da opinião pública, tendo sido capazes de levar a uma parcela significativa do eleitorado a rejeitar a própria realidade objetiva mais evidente. E é um fenômeno que parece ter origem dentro do partido republicano norte-americano e por isso é identificado como uma coisa de "direita", porque foi no partido republicano que estes grupos constituíram suas bancadas mais fortes e é dentro desse partido que eles acabam se aproximando. Muito embora também tenham alguma parcela de influência no partido democrata.

E de que grupos estamos falando? De grupos que defendem interesses como os do:

- Fundamentalismo cristão.
- Indústria armamentista.
- Indústria do tabaco.
- Indústria do petróleo.
- Do lobby sionista.

São todos interesses que desejam substituir realidade por ilusão. Os seus "negócios" dependem muito das pessoas acreditarem que a Terra não tem milhões de anos, que os americanos estão mais seguros e felizes com uma população toda armada e que a altíssima incidência de mortes por armas de fogo não tem nenhuma relação com isso, que cigarro não faz mal à saúde, que não existe efeito estufa e que os interesses de Israel são os mesmos dos EUA.

Todas crenças absurdas que não resistem a mínima racionalidade, mas que puderam ser disseminadas através de técnicas semelhantes de manipulação e propaganda patrocinadas por gigantescos poderes econômicos. Se alguém começa a estudar como é construído o discurso dos negacionistas do holocausto percebe que, na forma, é muito, muito semelhante ao discurso dos negacionistas climáticos. Também se observa o mesmo padrão na ofensiva para desqualificar os dados científicos sobre os males do cigarro ou para desqualificar o consenso científico sobre as mudanças climáticas. Há algumas décadas, nos Estados Unidos, havia médicos dando palestras e escrevendo livros e artigos alegando que o cigarro não era a causa de nenhum problema de saúde. Médicos muito bem pagos pela Phillip Morris, é claro. E a retórica e a técnica empregada nestes argumentos, na forma, é a mesma utilizada hoje por um negacionista climático como o Molion ou o Augusto Felício. Os neo-nazistas e a extrema-direita na Europa está aplicando o "know-how" desenvolvido por estes profissionais do negacionismo. Know-how já substanciado por larga experiência acumulada desde os primeiros movimentos negacionistas da Teoria da Evolução, das batalhas judiciais travadas pela indústria do tabaco, passando pelos negacionistas financiados pela indústria que lucrava com os CFCs, até chegarmos a vários movimentos atuais de negacionismo que, como afirmei anteriormente, acabaram se aliando política e economicamente e assim se tornando ainda mais influentes.

Mas como se dá esta associação? Uma leitura perspicaz dos dados apresentados no artigo abaixo pode fornecer algumas pistas...

Citação de: Negacionismo, Apague esta ideia

Contar com meia dúzia de "cientistas" vendilhões e pseudo- especialistas para semear a dúvida não é novidade. A indústria fóssil está imitando a indústria tabagista. O que é lamentável é o truque "colar" outra vez!

O cigarro causa câncer. [...]


UMA NUVEM DE FUMAÇA... DE CIGARRO

Mas durante anos, a indústria do tabaco contou com o apoio de institutos privados, "cientistas" vendidos, políticos comprados e de setores da grande mídia para vender a dúvida como produto, isto é, a ideia de que a ciência não tinha evidências fortes de que o cigarro causava câncer, de que ainda havia muitas incertezas, de que não fazia sentido adotar medidas de contenção ao fumo. Nunca se tratou da construção de um corpo coerente de hipóteses testáveis, de apresentação de evidências, adotar o mínimo de rigor cientifico e de honestidade intelectual. Nunca. Sempre teve a ver com a possibilidade de conquistar a simpatia ou ao menos de neutralizar a opinião pública e de sobretudo paralisar a sociedade e o poder público, evitando que restrições ao consumo do tabaco (e claro, ao lucro) fossem adotadas. Confusão e dúvida, é claro, era o mínimo que viria na cabeça do público em geral se médicos se prestavam ao papel de garotos-propaganda...

E eis que a indústria do tabaco conseguiu, durante um longo período de tempo, o seu intento. Durante muitos anos, mesmo após estudos que deixavam clara a ligação de causa e efeito (fosse via experimentos em laboratório com cobaias fosse através de estudos estatísticos robustos com amostragem inequívoca em meio à população humana, que atestavam a correlação entre consumo de tabaco e câncer), ainda era permitido fumar em locais fechados, ainda havia uma "classe de fumantes" dentro dos aviões, grávidas fumavam, as revistas e as TVs eram inundadas por propagandas que sempre vinculavam os fumantes à virilidade e à prática de esportes e as mulheres à sensualidade (claro, uma dose de sexismo não faria mal à indústria desde que todos e todas fumassem!). Até os carros de fórmula um pareciam carteiras de cigarro sobre rodas.

O custo desse sucesso? Diante da estimativa de uma mortalidade anual [...]

QUEM ESTAVA POR TRÁS


Uma parte importante da história começa com Frederick Seitz, físico de formação, com uma invejável carreira a partir da Física do Estado Sólido, tendo chegado ao posto de dirigente máximo da Universidade Rockefeller e nada menos do que presidente da Academia Nacional de Ciência dos Estados Unidos na década de 1960. Ele mantinha vínculos aparentemente esporádicos com diferentes setores privados, mas foi em 1979, após se aposentar da Universidade Rockefeller que ele assumiu o posto de consultor... da Companhia de Tabaco R.J. Reynolds. A empresa, que hoje posa de boazinha em seu website, falando de impostos pagos, de redução de danos e prevenção dos males dos seus produtos, passou muitos anos patrocinando um negacionismo dos mais sórdidos, com o que contou com Seitz como um dos principais articuladores. Ele serviu como consultor da R. J. Reynolds oficialmente por quase uma década, período no qual fundou o "George C. Marshall Institute" (GMI), uma instituição privada que passou a organizar o combate à maioria da comunidade científica em uma série de assuntos, do tabaco à defesa do projeto "Guerra nas Estrelas" de Ronald Reagan (contra o qual se levantaram importantes personalidades científica
s como Carl Sagan e outros cientistas comprometidos com causas populares, como os organizados na Union of Concerned Scientist s); dos CFCs ao aquecimento global. Dentre os financiadores do GMI por um longo período destacou-se... a ExxonMobil...

Aqui cabe um adendo importante...

Veja que Seitz inicia sua próspera carreira de negacionista como mercenário da indústria do tabaco, mas logo o seu instituto, o GMI, passa a produzir propaganda anti-científica sob encomenda de diversos outros grupos econômicos que também tinham interesse no descrédito do consenso científico. E isso já no início dos anos 80! A gente começa a ver de onde e como vai surgindo esse movimento anti-ciência, como atende a interesses diversos e como estes interesses distintos foram se aproximando por financiarem muitas vezes os mesmos influenciadores de opinião pública. O GMI recebia dinheiro do complexo industrial militar, da Tabaco R.J. Reynolds e até da pretolífera ExxonMobil
.

Outra peça importante nesse tabuleiro foi Fred Singer, austríaco, engenheiro eletricista e físico (sim, sendo eu físico de formação tenho uma vergonha infinita da impostura que lamentavelmente não parece ser tão rara assim no meio). Singer foi particularmente ativo na tentativa de desacreditar os estudos que a Agência de Proteção Ambiental dos EUA organizaram e que atestavam os sérios riscos a que eram submetidos os fumantes passivos ("second-hand smoke"). O tom de Singer sempre foi desrespeitoso e agressivo, taxando o consenso construído pela comunidade científica como "junk science".  Singer parecia mais cauteloso do que Seitz no que dizia respeito aos seus vínculos, mas estes começaram a ser revelados a partir de um artigo para o "Instituto Cato", mais uma instituição de fachada, esta controlada pelos irmãos Koch,  David e Charles, que estão entre as 10 maiores fortunas do mundo. Como se fosse alguma surpresa, além de outras consultorias, Singer terminou admitindo seu vinculo de consultor com... a ExxonMobil, ora veja (cinicamente, porém, dizia que "suas fontes de financiamento não influenciavam" as suas "pesquisas", como se de fato ele fizesse alguma!)

Parece um velhinho simpático, certo? Mas é um canalha. Fred Singer destila toda a sua verborragia contra a comunidade científica há décadas, seja para defender a indústria do tabaco, contestar o conhecimento estabelecido sobre o papel dos CFCs na destruição da camada de ozônio, seja sobre mudança climática. Poderia ser apenas uma personalidade doentia, cuja voz é amplificada até por sua titulação (PhD em Física), mas há mais em jogo: Singer é um velho aliado da indústria petroquímica, tendo servido a ela como consultor.

Mais uma observação importante...

Fred Singer é outro paladino anti-ciência. Também aluga seus serviços pra quem quiser pagar: pode ser a indústria do tabaco, dos CFCs, do petróleo, criacionistas... Todos que partilham em comum o mesmo interesse em difundir o descrédito da comunidade científica e, se possivel, da própria Ciência. É muita ingenuidade pensar que o geofísico Afonso Vasconcelos simplesmente acordou um dia abestalhado e resolveu jogar no lixo sua carreira defendendo a Terra plana, e isso só por uns míseros trocadinhos de monetização no YouTube. Não, toda essa onda anti-ciência
interessa a muitos grupos que para impor sua agenda aos políticos precisam ganhar a opinião pública defendendo posições conflitantes com o consenso científico e evidências científicas independentemente verificáveis. É preciso, é conveniente, é muito importante difundir desconfiança sobre o consenso da comunidade científica. Não tem nada de movimento espontâneo nisso aí surgindo do nada como uma paranoia coletiva atingindo ao mesmo tempo todos os influencers de direita. Não é só o Bernardo Kuster, o canal do Nando Moura também tá virando terraplanista.
Olavo de Carvalho tá compartilhando vídeos de Terra plana e rasgando elogios a Afonso Vasconcelos, que retribui as gentilezas. "Coincidentemente" Olavo é negacionista climático, é negacionista da evolução, é antivax, defende cigarro como uma maravilha pra saúde, é anti-ambientalista, faz apologia das armas e passou a flertar com o terraplanismo também. O pacote completo, e não é por acaso!



No caso do tabaco, outros nomes, incluindo de leigos com papel mais assemelhado ao de bufões a cientistas de conduta ética questionável, financeiramente ambiciosos e/ou idelologicamente conservadores ou reacionários, foram recrutados na mesma lógica, através de pseudo-institutos de pesquisa, sempre vinculados a grandes corporações. O que ficou claro porém é que tão relevante quanto o crime cometido em postergar as medidas de restrição ao fumo foi o estabelecimento de um modus operandi de negação da ciência! Esta, produzida coletivamente, a partir de acúmulos na comunidade, vários deles incrementais, constrói um consenso, isto é, uma posição amplamente aceita, baseada em um corpo de evidências sólido, reveladas por meio de diferentes linhas de investigação, por meio de diversos cientistas e grupos de pesquisa (inclusive grupos que podem concorrer entre si, por prestígio, financiamento etc.). Geralmente esses consensos envolvem o trabalho de uma comunidade ou subcomunidade inteira, não raro centenas ou milhares (quando não muitos milhares) de cientistas. Mas não mais que um punhado de vozes "dissidentes", com um discurso pré-fabricado para atender a interesses econômicos, políticos e/ou ideológicos aparece, lançando mão do jargão científico, atraindo a atenção da mídia e produzindo na opinião pública a sensação de que há um debate científico em torno do tema quando não há.

Sobre este assunto eu ainda teria muito a falar porque tem tanta coisa na cara de todo mundo e ninguém tá vendo. Mas é muita coisa para abordar em um "post" só.

Offline Pedro Reis

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #2165 Online: 08 de Agosto de 2019, 23:36:56 »

Vídeo de política com toque de religião (Olavo)

Uma direita anti-científica, anti-vacina e anti-razão.

Comento sobre a mania conspiratória espalhada por uma certa direita paranóica que vê complô em tudo: vacinas, terra plana, política, etc.



Agnos... é o seguinte...

Essa direita não vê complô em tudo. Mais pessoas precisam começar a perceber o que realmente está acontecendo porque as coisas estão tomando um rumo estranho.

Essas teorias conspiratórias absurdas que acabam assumindo dimensões desproporcionais, têm origem não em uma espécie de surto de paranoia acometendo uma determinada faixa do espectro político-ideológico, mas em estratégias muito bem calculadas de diferentes grupos com interesses distintos, mas que acabam se aproximando quando suas bancadas políticas percebem que eles têm alguns pontos em comum e que  apoiando-se mutuamente se reforçam. Outra coisa que levou a aproximação entre estas bancadas foi o fato delas se valerem de estratégias muito semelhantes para defender os interesses que representam. ( A exemplo de nossa bancada BBB aqui. )

Não é exagero dizer que são interesses em conflito com a realidade. Esse é o principal elo que os une. Que os uniu.

São grupos que adquiriram força política da manipulação da opinião pública, tendo sido capazes de levar a uma parcela significativa do eleitorado a rejeitar a própria realidade objetiva mais evidente. E é um fenômeno que parece ter origem dentro do partido republicano norte-americano e por isso é identificado como uma coisa de "direita", porque foi no partido republicano que estes grupos constituíram suas bancadas mais fortes e é dentro desse partido que eles acabam se aproximando. Muito embora também tenham alguma parcela de influência no partido democrata.

E de que grupos estamos falando? De grupos que defendem interesses como os do:

- Fundamentalismo cristão.
- Indústria armamentista.
- Indústria do tabaco.
- Indústria do petróleo.
- Do lobby sionista.

São todos interesses que desejam substituir realidade por ilusão. Os seus "negócios" dependem muito das pessoas acreditarem que a Terra não tem milhões de anos, que os americanos estão mais seguros e felizes com uma população toda armada e que a altíssima incidência de mortes por armas de fogo não tem nenhuma relação com isso, que cigarro não faz mal à saúde, que não existe efeito estufa e que os interesses de Israel são os mesmos dos EUA.

Todas crenças absurdas que não resistem a mínima racionalidade, mas que puderam ser disseminadas através de técnicas semelhantes de manipulação e propaganda patrocinadas por gigantescos poderes econômicos. Se alguém começa a estudar como é construído o discurso dos negacionistas do holocausto percebe que, na forma, é muito, muito semelhante ao discurso dos negacionistas climáticos. Também se observa o mesmo padrão na ofensiva para desqualificar os dados científicos sobre os males do cigarro ou para desqualificar o consenso científico sobre as mudanças climáticas. Há algumas décadas, nos Estados Unidos, havia médicos dando palestras e escrevendo livros e artigos alegando que o cigarro não era a causa de nenhum problema de saúde. Médicos muito bem pagos pela Phillip Morris, é claro. E a retórica e a técnica empregada nestes argumentos, na forma, é a mesma utilizada hoje por um negacionista climático como o Molion ou o Augusto Felício. Os neo-nazistas e a extrema-direita na Europa está aplicando o "know-how" desenvolvido por estes profissionais do negacionismo. Know-how já substanciado por larga experiência acumulada desde os primeiros movimentos negacionistas da Teoria da Evolução, das batalhas judiciais travadas pela indústria do tabaco, passando pelos negacionistas financiados pela indústria que lucrava com os CFCs, até chegarmos a vários movimentos atuais de negacionismo que, como afirmei anteriormente, acabaram se aliando política e economicamente e assim se tornando ainda mais influentes.

Mas como se dá esta associação? Uma leitura perspicaz dos dados apresentados no artigo abaixo pode fornecer algumas pistas...

Citação de: Negacionismo, Apague esta ideia

Contar com meia dúzia de "cientistas" vendilhões e pseudo- especialistas para semear a dúvida não é novidade. A indústria fóssil está imitando a indústria tabagista. O que é lamentável é o truque "colar" outra vez!

O cigarro causa câncer. [...]


UMA NUVEM DE FUMAÇA... DE CIGARRO

Mas durante anos, a indústria do tabaco contou com o apoio de institutos privados, "cientistas" vendidos, políticos comprados e de setores da grande mídia para vender a dúvida como produto, isto é, a ideia de que a ciência não tinha evidências fortes de que o cigarro causava câncer, de que ainda havia muitas incertezas, de que não fazia sentido adotar medidas de contenção ao fumo. Nunca se tratou da construção de um corpo coerente de hipóteses testáveis, de apresentação de evidências, adotar o mínimo de rigor cientifico e de honestidade intelectual. Nunca. Sempre teve a ver com a possibilidade de conquistar a simpatia ou ao menos de neutralizar a opinião pública e de sobretudo paralisar a sociedade e o poder público, evitando que restrições ao consumo do tabaco (e claro, ao lucro) fossem adotadas. Confusão e dúvida, é claro, era o mínimo que viria na cabeça do público em geral se médicos se prestavam ao papel de garotos-propaganda...

E eis que a indústria do tabaco conseguiu, durante um longo período de tempo, o seu intento. Durante muitos anos, mesmo após estudos que deixavam clara a ligação de causa e efeito (fosse via experimentos em laboratório com cobaias fosse através de estudos estatísticos robustos com amostragem inequívoca em meio à população humana, que atestavam a correlação entre consumo de tabaco e câncer), ainda era permitido fumar em locais fechados, ainda havia uma "classe de fumantes" dentro dos aviões, grávidas fumavam, as revistas e as TVs eram inundadas por propagandas que sempre vinculavam os fumantes à virilidade e à prática de esportes e as mulheres à sensualidade (claro, uma dose de sexismo não faria mal à indústria desde que todos e todas fumassem!). Até os carros de fórmula um pareciam carteiras de cigarro sobre rodas.

O custo desse sucesso? Diante da estimativa de uma mortalidade anual [...]

QUEM ESTAVA POR TRÁS


Uma parte importante da história começa com Frederick Seitz, físico de formação, com uma invejável carreira a partir da Física do Estado Sólido, tendo chegado ao posto de dirigente máximo da Universidade Rockefeller e nada menos do que presidente da Academia Nacional de Ciência dos Estados Unidos na década de 1960. Ele mantinha vínculos aparentemente esporádicos com diferentes setores privados, mas foi em 1979, após se aposentar da Universidade Rockefeller que ele assumiu o posto de consultor... da Companhia de Tabaco R.J. Reynolds. A empresa, que hoje posa de boazinha em seu website, falando de impostos pagos, de redução de danos e prevenção dos males dos seus produtos, passou muitos anos patrocinando um negacionismo dos mais sórdidos, com o que contou com Seitz como um dos principais articuladores. Ele serviu como consultor da R. J. Reynolds oficialmente por quase uma década, período no qual fundou o "George C. Marshall Institute" (GMI), uma instituição privada que passou a organizar o combate à maioria da comunidade científica em uma série de assuntos, do tabaco à defesa do projeto "Guerra nas Estrelas" de Ronald Reagan (contra o qual se levantaram importantes personalidades científica
s como Carl Sagan e outros cientistas comprometidos com causas populares, como os organizados na Union of Concerned Scientist s); dos CFCs ao aquecimento global. Dentre os financiadores do GMI por um longo período destacou-se... a ExxonMobil...

Aqui cabe um adendo importante...

Veja que Seitz inicia sua próspera carreira de negacionista como mercenário da indústria do tabaco, mas logo o seu instituto, o GMI, passa a produzir propaganda anti-científica sob encomenda de diversos outros grupos econômicos que também tinham interesse no descrédito do consenso científico. E isso já no início dos anos 80! A gente começa a ver de onde e como vai surgindo esse movimento anti-ciência, como atende a interesses diversos e como estes interesses distintos foram se aproximando por financiarem muitas vezes os mesmos influenciadores de opinião pública. O GMI recebia dinheiro do complexo industrial militar, da Tabaco R.J. Reynolds e até da pretolífera ExxonMobil
.

Outra peça importante nesse tabuleiro foi Fred Singer, austríaco, engenheiro eletricista e físico (sim, sendo eu físico de formação tenho uma vergonha infinita da impostura que lamentavelmente não parece ser tão rara assim no meio). Singer foi particularmente ativo na tentativa de desacreditar os estudos que a Agência de Proteção Ambiental dos EUA organizaram e que atestavam os sérios riscos a que eram submetidos os fumantes passivos ("second-hand smoke"). O tom de Singer sempre foi desrespeitoso e agressivo, taxando o consenso construído pela comunidade científica como "junk science".  Singer parecia mais cauteloso do que Seitz no que dizia respeito aos seus vínculos, mas estes começaram a ser revelados a partir de um artigo para o "Instituto Cato", mais uma instituição de fachada, esta controlada pelos irmãos Koch,  David e Charles, que estão entre as 10 maiores fortunas do mundo. Como se fosse alguma surpresa, além de outras consultorias, Singer terminou admitindo seu vinculo de consultor com... a ExxonMobil, ora veja (cinicamente, porém, dizia que "suas fontes de financiamento não influenciavam" as suas "pesquisas", como se de fato ele fizesse alguma!)

Parece um velhinho simpático, certo? Mas é um canalha. Fred Singer destila toda a sua verborragia contra a comunidade científica há décadas, seja para defender a indústria do tabaco, contestar o conhecimento estabelecido sobre o papel dos CFCs na destruição da camada de ozônio, seja sobre mudança climática. Poderia ser apenas uma personalidade doentia, cuja voz é amplificada até por sua titulação (PhD em Física), mas há mais em jogo: Singer é um velho aliado da indústria petroquímica, tendo servido a ela como consultor.

Mais uma observação importante...

Fred Singer é outro paladino anti-ciência. Também aluga seus serviços pra quem quiser pagar: pode ser a indústria do tabaco, dos CFCs, do petróleo, criacionistas... Todos que partilham em comum o mesmo interesse em difundir o descrédito da comunidade científica e, se possivel, da própria Ciência. É muita ingenuidade pensar que o geofísico Afonso Vasconcelos simplesmente acordou um dia abestalhado e resolveu jogar no lixo sua carreira defendendo a Terra plana, e isso só por uns míseros trocadinhos de monetização no YouTube. Não, toda essa onda anti-ciência
interessa a muitos grupos que para impor sua agenda aos políticos precisam ganhar a opinião pública defendendo posições conflitantes com o consenso científico e evidências científicas independentemente verificáveis. É preciso, é conveniente, é muito importante difundir desconfiança sobre o consenso da comunidade científica. Não tem nada de movimento espontâneo nisso aí surgindo do nada como uma paranoia coletiva atingindo ao mesmo tempo todos os influencers de direita. Não é só o Bernardo Kuster, o canal do Nando Moura também tá virando terraplanista.
Olavo de Carvalho tá compartilhando vídeos de Terra plana e rasgando elogios a Afonso Vasconcelos, que retribui as gentilezas. "Coincidentemente" Olavo é negacionista climático, é negacionista da evolução, é antivax, defende cigarro como uma maravilha pra saúde, é anti-ambientalista, faz apologia das armas e passou a flertar com o terraplanismo também. O pacote completo, e não é por acaso!



No caso do tabaco, outros nomes, incluindo de leigos com papel mais assemelhado ao de bufões a cientistas de conduta ética questionável, financeiramente ambiciosos e/ou idelologicamente conservadores ou reacionários, foram recrutados na mesma lógica, através de pseudo-institutos de pesquisa, sempre vinculados a grandes corporações. O que ficou claro porém é que tão relevante quanto o crime cometido em postergar as medidas de restrição ao fumo foi o estabelecimento de um modus operandi de negação da ciência! Esta, produzida coletivamente, a partir de acúmulos na comunidade, vários deles incrementais, constrói um consenso, isto é, uma posição amplamente aceita, baseada em um corpo de evidências sólido, reveladas por meio de diferentes linhas de investigação, por meio de diversos cientistas e grupos de pesquisa (inclusive grupos que podem concorrer entre si, por prestígio, financiamento etc.). Geralmente esses consensos envolvem o trabalho de uma comunidade ou subcomunidade inteira, não raro centenas ou milhares (quando não muitos milhares) de cientistas. Mas não mais que um punhado de vozes "dissidentes", com um discurso pré-fabricado para atender a interesses econômicos, políticos e/ou ideológicos aparece, lançando mão do jargão científico, atraindo a atenção da mídia e produzindo na opinião pública a sensação de que há um debate científico em torno do tema quando não há.

Sobre este assunto eu ainda teria muito a falar porque tem tanta coisa na cara de todo mundo e ninguém tá vendo. Mas é muita coisa para abordar em um "post" só.

Offline JJ

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #2166 Online: 10 de Agosto de 2019, 13:34:55 »

Vídeo de política com toque de religião (Olavo)

Uma direita anti-científica, anti-vacina e anti-razão.

Comento sobre a mania conspiratória espalhada por uma certa direita paranóica que vê complô em tudo: vacinas, terra plana, política, etc.



Agnos... é o seguinte...

Essa direita não vê complô em tudo. Mais pessoas precisam começar a perceber o que realmente está acontecendo porque as coisas estão tomando um rumo estranho.

Essas teorias conspiratórias absurdas que acabam assumindo dimensões desproporcionais, têm origem não em uma espécie de surto de paranoia acometendo uma determinada faixa do espectro político-ideológico, mas em estratégias muito bem calculadas de diferentes grupos com interesses distintos, mas que acabam se aproximando quando suas bancadas políticas percebem que eles têm alguns pontos em comum e que  apoiando-se mutuamente se reforçam. Outra coisa que levou a aproximação entre estas bancadas foi o fato delas se valerem de estratégias muito semelhantes para defender os interesses que representam. ( A exemplo de nossa bancada BBB aqui. )

Não é exagero dizer que são interesses em conflito com a realidade. Esse é o principal elo que os une. Que os uniu.

São grupos que adquiriram força política da manipulação da opinião pública, tendo sido capazes de levar a uma parcela significativa do eleitorado a rejeitar a própria realidade objetiva mais evidente. E é um fenômeno que parece ter origem dentro do partido republicano norte-americano e por isso é identificado como uma coisa de "direita", porque foi no partido republicano que estes grupos constituíram suas bancadas mais fortes e é dentro desse partido que eles acabam se aproximando. Muito embora também tenham alguma parcela de influência no partido democrata.

E de que grupos estamos falando? De grupos que defendem interesses como os do:

- Fundamentalismo cristão.
- Indústria armamentista.
- Indústria do tabaco.
- Indústria do petróleo.
- Do lobby sionista.

São todos interesses que desejam substituir realidade por ilusão. Os seus "negócios" dependem muito das pessoas acreditarem que a Terra não tem milhões de anos, que os americanos estão mais seguros e felizes com uma população toda armada e que a altíssima incidência de mortes por armas de fogo não tem nenhuma relação com isso, que cigarro não faz mal à saúde, que não existe efeito estufa e que os interesses de Israel são os mesmos dos EUA.

Todas crenças absurdas que não resistem a mínima racionalidade, mas que puderam ser disseminadas através de técnicas semelhantes de manipulação e propaganda patrocinadas por gigantescos poderes econômicos. Se alguém começa a estudar como é construído o discurso dos negacionistas do holocausto percebe que, na forma, é muito, muito semelhante ao discurso dos negacionistas climáticos. Também se observa o mesmo padrão na ofensiva para desqualificar os dados científicos sobre os males do cigarro ou para desqualificar o consenso científico sobre as mudanças climáticas. Há algumas décadas, nos Estados Unidos, havia médicos dando palestras e escrevendo livros e artigos alegando que o cigarro não era a causa de nenhum problema de saúde. Médicos muito bem pagos pela Phillip Morris, é claro. E a retórica e a técnica empregada nestes argumentos, na forma, é a mesma utilizada hoje por um negacionista climático como o Molion ou o Augusto Felício. Os neo-nazistas e a extrema-direita na Europa está aplicando o "know-how" desenvolvido por estes profissionais do negacionismo. Know-how já substanciado por larga experiência acumulada desde os primeiros movimentos negacionistas da Teoria da Evolução, das batalhas judiciais travadas pela indústria do tabaco, passando pelos negacionistas financiados pela indústria que lucrava com os CFCs, até chegarmos a vários movimentos atuais de negacionismo que, como afirmei anteriormente, acabaram se aliando política e economicamente e assim se tornando ainda mais influentes.

Mas como se dá esta associação? Uma leitura perspicaz dos dados apresentados no artigo abaixo pode fornecer algumas pistas...

[...]

Sobre este assunto eu ainda teria muito a falar porque tem tanta coisa na cara de todo mundo e ninguém tá vendo. Mas é muita coisa para abordar em um "post" só.




Estou começando a desconfiar que tem alguns conspiracionistas anticiência recebendo grana para espalhar estas falsidades.



Offline Buckaroo Banzai

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #2167 Online: 11 de Agosto de 2019, 07:59:33 »
Citar

<a href="https://www.youtube.com/v/gz3Vstgj-XM" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/gz3Vstgj-XM</a>

Foro de Teresina desta semana debate o avanço do desmatamento na Amazônia, a morte de 62 presos num presídio de Altamira (PA) e a declaração de Jair Bolsonaro sobre o pai do presidente da OAB, morto pela ditadura.



Bloco 1: Brigando com o satélite (2:02)
A expansão do desmatamento desafia o discurso de Jair Bolsonaro para a Amazônia e prejudica a imagem e os negócios do Brasil com o mundo.



Bloco 2: Mais uma matança (17:45)
O país assiste a mais um massacre, desta vez em Altamira, no Pará – e continua esperando por um plano para enfrentar o crime organizado nas penitenciárias.



Bloco 3: Desrespeitos em série (32:57)
O que a chocante declaração de Bolsonaro a respeito do desaparecimento do pai do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, nos diz sobre o caráter do presidente.




>Links citados neste episódio:


https://piaui.folha.uol.com.br/foro-de-teresina-62-amazonia-na-mira-o-massacre-no-para-e-lingua-de-bolsonaro/







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<a href="https://www.youtube.com/v/q0ZJt0w-QpM" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/q0ZJt0w-QpM</a>

Foro de Teresina comenta a descoberta de que os Bolsonaro tiveram mais de cem pessoas com laços familiares em seus gabinetes, a pauta do Congresso depois da reforma da Previdência e o embate entre o STF e a Operação Lava Jato.



Bloco 1: Família acima de tudo (2:08)
Jair Bolsonaro insiste na nomeação do filho Eduardo para a embaixada nos Estados Unidos e se irrita com reportagem do jornal O Globo mostrando que seus gabinetes já empregaram 102 pessoas com laços familiares entre si.



Bloco 2: A dura volta das férias (15:04)
Depois da aprovação da Previdência, o governo terá pela frente desafios bem mais difíceis – e o presidente acena com cargos para aprovar suas pautas.



Bloco 3: O Supremo no ataque (31:13)
A revelação de que Deltan Dallagnol e seus colegas tentaram investigar ministros do STF leva a uma ofensiva da Corte contra a Lava Jato.



>Links citados neste episódio:



https://piaui.folha.uol.com.br/foro-de-teresina-63-grande-familia-bolsonaro-o-congresso-e-os-impostos-e-o-stf-contra-lava-jato/


Offline Agnoscetico

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #2168 Online: 11 de Agosto de 2019, 18:14:11 »

Não é exatamente sobre política, mas nessa era de cultura de ser satélite da cultura americana entre minions do Bozo...
Muita gente tem visão glamourizada dos EUA com cultura McDonald's, nem sabendo se que eles acham melhor aqui é melhor lá. Essa americana explica isso:




Offline Agnoscetico

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #2169 Online: 16 de Agosto de 2019, 18:36:57 »

Até o reaça do Conde é favor das obras sociais, mesmo as feitas como projetos esquerdistas como Bolsa-família.

Ele concordou até com Marilena Chauí nesse ponto.

Ele disse que se pobre esperar pela caridade voluntária de liberais, morrem de fome e que depois não podem reclamar de ser assaltados.

Que acham dessa?

Quando o medíocre se torna popular e impiedoso




Offline Agnoscetico

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #2170 Online: 21 de Agosto de 2019, 22:38:56 »


O País Menos Religioso do Mundo

- País menos religioso;

- Mesmo na parte religiosa, ainda mantém certo paganismo, não sendo exclusivamente cristã;

- Pra quem é mais liberal no fórum talvez goste do vídeo;

Crianças sozinhas pelas ruas.... transporte público gratuito, muitos empreendedores, muitas belas catedrais... vazias.... pois estamos no país menos religioso do mundo.

Esse é um fato curioso, interessante e para alguns talvez até chocante. Coincidentemente, bem quando estávamos aqui, o papa resolveu fazer uma visita a esse país e deixou uma mensagem que vale a pena considerar....

Então... que país é esse? Como é a vida nele? Será que esse país tem algo a nos ensinar? Por que as pessoas perderam a fé na religião? Esse país já contribuiu alguma coisa ao mundo?




Online Sergiomgbr

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #2171 Online: 21 de Agosto de 2019, 22:45:27 »
Click bait! :sleepy:
« Última modificação: 21 de Agosto de 2019, 22:49:45 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Agnoscetico

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #2172 Online: 21 de Agosto de 2019, 23:10:55 »
Click bait! :sleepy:

Onde é clikbait? Se tiver falando da minha postagem... viu vídeo inteiro?
Não costumo ficar postando clickbait.



Offline Buckaroo Banzai

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #2173 Online: 23 de Agosto de 2019, 17:13:44 »
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FORO DE TERESINA #65: O SEQUESTRO DO ÔNIBUS, O APARELHAMENTO BOLSONARISTA E A DESIGUALDADE BRASILEIRA


<a href="https://www.youtube.com/v/WVMTNi0tID0" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/WVMTNi0tID0</a>


Foro de Teresina analisa o uso político do sequestro de um ônibus no Rio de Janeiro, a tentativa de Jair Bolsonaro interferir nos órgãos de controle do Estado e o recorde brasileiro em desigualdade de renda.



Bloco 1: Witzel vai para as cabeças (2:35)
Ao comemorar o abate do sequestrador de um ônibus na Ponte Rio-Niterói, o governador fluminense promove uma estratégia de confronto que já provocou pelo menos 882 mortes em ações policiais desde o início do ano.



Bloco 2: O ataque de Bolsonaro aos órgãos de controle (14:23)
O presidente revoga o discurso de campanha e abre espaço para indicações políticas no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), enquanto tenta intervir nos comandos da Polícia Federal, do Ministério Público e da Receita Federal.



Bloco 3: Um fosso cada vez mais profundo (30:25)
Novos dados mostram o aumento da desigualdade de renda por mais de quatro anos consecutivos, o que faz do país a democracia mais desigual do planeta.



>Links citados neste episódio:

O levantamento do UOL que mostra que das 881 mortes ocorridas em decorrência de ações policiais no primeiro semestre, nenhuma aconteceu em área de domínio da milícia no estado do Rio de Janeiro.

O artigo de Pedro Abramovay, diretor para a América Latina da Open Society Foundations, no site Justificando que diz que “estamos vivendo a estatização dos homicídios no Rio”.

O =Igualdades desta semana, sobre os voos de autoridades com a Força Aérea Brasileira (FAB).

O estudo da Fundação Getulio Vargas sobre o aumento da desigualdade social no Brasil.

A coluna do advogado Ronaldo Lemos na Folha de S.Paulo sobre a cidade chinesa de Shenzhen.

A reportagem de Fernando Canzian e Fernanda Mena, na Folha de S.Paulo, sobre a renda dos mais ricos e mais pobres.


https://piaui.folha.uol.com.br/foro-de-teresina-65-o-sequestro-do-onibus-o-aparelhamento-bolsonarista-e-desigualdade-brasileira/


Offline Marciano

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Re:Vídeos políticos
« Resposta #2174 Online: 23 de Agosto de 2019, 17:59:42 »
Não sou da área, mas sempre olhei essas duas coisas com desconfiança. Também li Freud, um pouco de Jung, mas hoje em dia abjuro tudo o que li. Estou até esquecido.
Se não é, parece.
E a cada nova revisão do DSM, aumentam muito o número de doenças e transtornos mentais. Vale o mesmo para a CID.
𝕸𝖆𝖗𝖈𝖎𝖆𝖓𝖔

 

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