A minha interpretação mais generosa disso é que na maior parte do tempo devem pensar ser preferível um viés pró-classes "desprivilegiadas" mais ou menos enquanto houver a disparidade média que se observa na sociedade. Esperando que em longo prazo vá levar não a uma "igualdade de resultados" mas uma maior homogeneização dos perfis de pessoas em todos os níveis da sociedade. E conforme isso vai sendo alcançado, vão se erodindo os preconceitos que prejudicam mais severamente a não-homens-brancos. E só então, essas políticas de discriminação positiva se tornam desnecessárias.
Isso deve ser visto como justo porque, apesar da discriminação negativa contra indivíduos brancos, na sociedade em geral eles ainda tenderão a ter menores desvantagens do que pessoas dos outros grupos, mesmo ajustando diversos outros fatores além de simplesmente ser homem e branco.
Eu acho isso apenas uma posição mais ou menos razoável, mas não acho que deixa de ser problemática pela ótica de injustiça individual, não contra um grupo, apesar de admitir que muito provavelmente é verdade esse último ponto, que na maior parte homens brancos estarão em menor desvantagem mesmo igualando outros fatores, o que é também injusto. Talvez isso compense, e em longo prazo, realmente tenha esse efeito positivo na homogenização dos níveis sociais. Não tenho uma posição bem definida sobre isso.
Porém, como disse, isso é apenas minha interpretação generosa das coisas, e admito que há também setores mais revanchistas e interessados mais em privilégios e ganhos pessoais, a partir do cultivo da segregação, fragmentação da sociedade, criando clientelas eleitorais ou nichos de ativismo messiânico salvador dos injustiçados. Para estes, os brancos são simplesmente vilões. E ironicamente, alguns ainda colocam no topo destes os judeus:

Me pergunto se talvez isso não seja meio que "trolagem" de neonazistas clássicos tentando parodiar as ações afirmativas, e/ou reforçar anti-semitismo esquerdista, que é algo que de fato existe em algum grau.
Asiáticos também são algumas vezes aglutinados à maioria branca, no Brasil, nessas considerações.
Essa parte da coisa me incomoda tanto quanto o vitimismo branco-masculino. Gostaria de mais comumente esbarrar com isso sendo reprimendado por aqueles que não são o "extremo" oposto, mas algo mais próximo disso que coloquei inicialmente.