Autor Tópico: Movimento Brasil 200 Anos  (Lida 1846 vezes)

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Re:Movimento Brasil 200 Anos
« Resposta #25 Online: 30 de Janeiro de 2018, 14:18:10 »
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Brasil 200, pela independência ou independência do país

Folha de São Paulo
30/01/2018 02h00

Muitos de vocês já devem saber que recentemente lançamos o "Brasil 200". Embora tenha, com muito orgulho, erguido sua pedra fundamental em evento realizado em Nova York, esse movimento não é meu ou das lideranças que o apoiam.

Trata-se de um movimento da sociedade civil, que quer um Brasil diferente do arremedo de país em que foi transformado por sucessivos governos desastrosos.

"Brasil 200" é uma alusão aos 200 anos de Independência, assim batizado para que não percamos de vista o objetivo fundamental do movimento. Os 200 anos serão comemorados em 2022, quando termina o mandato do presidente eleito neste ano. 2022, portanto, começa em 2018. Os 200 anos do Brasil independente começam aqui e agora.

O país encontra-se prostrado. Recentemente, o previsível rebaixamento da nota de crédito pela Standard & Poor's foi um duro lembrete da situação em que estamos.

Apesar da incipiente recuperação econômica, ainda temos muito o que caminhar para conseguir um crescimento sustentável que absorva os inacreditáveis 12 milhões de desempregados.

O fato é que o Brasil não tem um governo. O governo é que tem um país. E o usa indevidamente, sem observar os princípios básicos de uma administração saudável e republicana, em que o bem comum está acima de interesses individuais ou de grupos. O resultado é a gastança, o desperdício, o endividamento, com prejuízo a todos, ou quase todos, se é que me entendem.

Nosso esforço diário em gerar riqueza é drenado pelos ralos bilionários de corrupção e clientelismo, é ameaçado por regulações insanas e intervencionismo retrógrado. Os últimos anos, em que prevaleceu o paternalismo autoritário, foram marcados pela aversão ao liberalismo e ao empreendedorismo. Se ameaça vidas —as vidas das famílias do exército de desempregados—, a incompetência é criminosa.

É preciso dar um basta! Chegou a hora de uma nova independência. É preciso tirar o Estado das costas da sociedade, do cidadão que não aguenta mais carregá-lo como um fardo. Essa é a independência de que falo, a independência que remete à liberdade.

A jornada é longa e, quanto antes for iniciada, melhor. Em quatro anos não é possível fazer tudo, claro, mas é possível fazer muito. Estamos conversando com cidadãos para chegar a uma pauta comum a ser entregue aos candidatos ao Executivo e ao Legislativo que tenham compromisso com a liberdade.

A elite empresarial brasileira, da qual faço parte, infelizmente não tem liderado o processo de mudança para tornar o Brasil um país mais livre. Parte dela é até sócia do assalto ao Estado com prejuízos incalculáveis para a população mais carente. Isso é absolutamente inaceitável.

Como cidadão, eu me orgulho da operação Lava Jato. Mas me entristeço por ver empresários envolvidos nos maiores escândalos de corrupção da nossa história. Sem uma elite comprometida com o progresso e com o avanço institucional, não vamos a lugar algum.

Está mais do que na hora de os empresários assumirem sua responsabilidade. Empreendedores devem ser os guardiões mais intransigentes da competitividade e da liberdade, pré-requisitos para a criação de riqueza, que move a economia e coloca a sociedade no caminho da prosperidade e da justiça social.

Da justiça social verdadeira, acrescento, aquela que promove autonomia, dignidade e oportunidade para todos. Não podemos mais ser parte do problema. Temos que honrar nossa vocação e ser parte da solução.

Se saio da minha zona de conforto para tomar essa iniciativa é porque tenho fé no Brasil e nos brasileiros. Urge devolver o Brasil ao seu verdadeiro dono, o povo brasileiro.

Tenho convicção de que está em nossas mãos refundar o Brasil em bases mais livres e solidárias, mais modernas e prósperas para todos. Essa é a minha ideologia, esse é o meu compromisso.


FLÁVIO ROCHA é presidente da Riachuelo e vice-presidente do IDV (Instituto para o Desenvolvimento do Varejo)


Offline Lorentz

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Re:Movimento Brasil 200 Anos
« Resposta #26 Online: 30 de Janeiro de 2018, 14:35:40 »
O Ilisp está criticando o Flávio Rocha por ter utilizado dinheiro do BNDES.

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Liberalismo não é defender livre mercado da boca pra fora enquanto obtém empréstimos subsidiados do BNDES jantando com políticos. Liberalismo é ter lucros e prejuízos privados. O @Ilisp_org sempre criticou e continuará criticando os empresários corporativistas brasileiros.



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Re:Movimento Brasil 200 Anos
« Resposta #27 Online: 30 de Janeiro de 2018, 14:37:15 »
Acho que é possível defender o liberalismo, se posicionar politicamente, e ainda usar algum subsídio do governo. É aquela história, se a gente não usa, alguém pior vai usar.
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Re:Movimento Brasil 200 Anos
« Resposta #28 Online: 30 de Janeiro de 2018, 14:41:46 »
Acho que é possível defender o liberalismo, se posicionar politicamente, e ainda usar algum subsídio do governo. É aquela história, se a gente não usa, alguém pior vai usar.

Não só isso, mas o desafio e a dificuldade de ser empreendedor numa selva de burocracia e empecilhos trabalhistas como o Brasil.
Esse purismo todo acaba por ser contraproducente e favorecedor de políticos da velha guarda, minando algum apoio que outsiders bem intencionados possam vir a receber e que os permitam entrar no jogo.

Heróis existem nas histórias em quadrinhos.

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Re:Movimento Brasil 200 Anos
« Resposta #29 Online: 30 de Janeiro de 2018, 15:45:49 »
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Liberteens: quando “liberais” exigem “pureza” lá de sua Torre de Marfim
30 de janeiro de 2018

Há uma postura associada ao liberalismo radical que já denuncio faz algum tempo, e que ganhou o apelido de “liberteen” nas redes sociais. É quando libertários, normalmente jovens, parecem ter descoberto a “pedra filosofal” e, com típica cabeça de planilha, resolvem pregar uma revolução da sociedade, para que tudo se encaixe em seus dogmas. Foi por entrar em choque com esse tipo de mentalidade que abandonei de vez o libertarianismo, a ponto de meu próximo livro ser justamente sobre as confissões de um ex-libertário.

Para esses “liberteens”, a narrativa costuma ser bem simplista, quase marxista até: existe uma luta de classes em curso no mundo, e de um lado temos os malvados do estado, enquanto do outro temos o povo oprimido. Se o estado for destruído, teremos finalmente a liberdade plena, com agências de segurança sendo contratadas voluntariamente para proteger nossos direitos naturais. Utopia à parte, o que chama atenção é o maniqueísmo desse discurso.

Não há espaço para qualquer tom de cinza, para realismo, para a realidade. Ou o sujeito é totalmente contra o estado, ou ele é um agente da opressão estatal. Como um funcionário público poderia, por essa ótica, ser um liberal? Na cabeça dos “liberteens” mais radicais, impossível. Como um empresário que sobrevive na selva burocrática brasileira pode ser um liberal “de verdade”? Se já usou algum benefício legal do estado, não pode.

E esse foi justamente o caso que suscitou esse artigo. A turma do ILISP, que gosta de colocar o liberal do Instituto Liberal entre aspas, pois nos considera “socialistas” ou “reacionários”, publicou um ataque desnecessário e infantil a Flávio Rocha, dono da Riachuelo e que tem liderado um movimento de nova independência do Brasil. Eis a mensagem:



Essa rapaziada provavelmente nunca empreendeu de fato no Brasil, nunca produziu nada, nunca teve uma lista com centenas ou milhares de funcionários que dependessem do sucesso da empreitada. Desconfio que alguns dependem do papai até hoje. Um grande empresário não pode jantar com uma presidente, não pode jamais ter tomado empréstimo do BNDES, senão já era, não presta, é comuna. Luciano Ayan rebateu o papelão:



Sim, eles passaram vergonha com essa postagem, ao menos em círculos mais sérios. É uma pena, pois o ILISP acerta de vez em quando, tem alguns textos bons. Mas é por esse tipo de conduta que eu faço questão de deixar claro que eles não têm ligação alguma com o tradicional Instituto Liberal, fundado na década de 1980 por Donald Stewart Jr. e que teve o apoio de empresários como Salim Mattar, da Localiza.

É por essas e outras também que lancei meu curso “Civilização em Declínio: Salvando o liberalismo dos “liberais”“, tentando afastar a tradição liberal dessa juventude rebelde e revolucionária, aprisionada em sua Torre de Marfim. Na coluna da IstoÉ desta semana, que já conta com mais de 35 mil curtidas, toco no assunto, celebrando os empresários que finalmente saem da toca, citando inclusive o nome de Flavio Rocha. E explico sobre o BNDES:

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Aqueles que cobram coragem dos empresários, portanto, podem estar exigindo um grau de heroísmo quase suicida. Querem mártires, não empresários conscientes. Os que exigem total afastamento do governo pedem ainda mais: acham que o empresário deve virar as costas para instrumentos legais disponíveis, sendo que seus concorrentes não farão o mesmo.

Tal postura seria imprudente e condenada pelos diversos acionistas de suas empresas, pois o gestor tem um dever fiduciário de, dentro da lei, buscar maximizar o valor dos ativos. Não é crime pegar um financiamento subsidiado. O liberal quer acabar com o BNDES justamente porque entende a distorção que ele causa no mercado, levando as empresas a “investir” em lobby em vez de produtividade.

No mundo real da política, um mínimo de pragmatismo se faz necessário. Ao menos na conversa de adultos. Agora, se o objetivo é só jogar para a plateia adolescente, alimentando a sensação de “pureza” que as “seitas fechadas” fornecem, aí tudo bem. Aí o “liberteen” pode ligar sua metralhadora giratória contra tudo e todos, e posar de único defensor da verdadeira liberdade – aquela inexistente e utópica.

Mas num país que tem 60 mil homicídios por ano, um governo inchado que controla metade do PIB, mais de 13 milhões de desempregados, doutrinação ideológica nas escolas, falta de saneamento básico e tantos outros problemas causados pelo excesso de estado, ficar brincando de revolucionário purinho nas redes sociais não é algo muito útil, ainda que possa ser divertido.

Detonar os grandes empresários que lutam por mais liberdade, com o argumento de que não lutam por liberdade “plena e absoluta” ou que não se mantiveram totalmente afastados do governo, pode até dar uma “vibe” na galera, produzir uma adrenalina em quem se julga o cruzado contra hereges, mas não vai resolver o problema de ninguém.

Até porque no final do dia algum político terá de ser eleito, e ele será mais ou menos alinhado ao liberalismo. Não há alternativa no mundo real…

Offline Lorentz

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Re:Movimento Brasil 200 Anos
« Resposta #30 Online: 30 de Janeiro de 2018, 15:56:00 »
Excelente texto. Vejo o mesmo tipo de críticas das mesmas pessoas ao MBL, que se "sujou" ao entrar na política usando, que absurdo, partidos políticos. Não entendem a realidade.
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Offline JJ

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Re:Movimento Brasil 200 Anos
« Resposta #31 Online: 30 de Janeiro de 2018, 19:05:03 »
Acho que é possível defender o liberalismo, se posicionar politicamente, e ainda usar algum subsídio do governo. É aquela história, se a gente não usa, alguém pior vai usar.

Não só isso, mas o desafio e a dificuldade de ser empreendedor numa selva de burocracia e empecilhos trabalhistas como o Brasil.
Esse purismo todo acaba por ser contraproducente e favorecedor de políticos da velha guarda, minando algum apoio que outsiders bem intencionados possam vir a receber e que os permitam entrar no jogo.

Heróis existem nas histórias em quadrinhos.


Esse purismo bobo traz muita alegria para as esquerdas.  As esquerdas adoram ver os liberais divididos.   


« Última modificação: 30 de Janeiro de 2018, 19:07:30 por JJ »

Offline Gabarito

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Re:Movimento Brasil 200 Anos
« Resposta #32 Online: 30 de Janeiro de 2018, 20:21:53 »
No domingo passado, foi ao ar uma reportagem da Record em que mostra o crescimento de emprego no meio da seca no nordeste.

Citar
Entenda como cidade do sertão nordestino se tornou exemplo de geração de empregos

Domingo Espetacular
Publicado em 28 de jan de 2018 · 1 dia atrás

A pequena São José do Seridó, no interior do Rio Grande do Norte, sofre com a seca comum no sertão nordestino.
Apesar disso, a cidade não para de crescer e gerar empregos.

<a href="https://www.youtube.com/v/zmQrFayOsgQ" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/zmQrFayOsgQ</a>



Em setembro do ano passado, eu publiquei o seguinte:

Um vídeo diferente do Arthur do Val (MamãeFalei).
Aqui, ele não enfrenta militantes de esquerda com perguntas.

Está ocorrendo algo impensável no nordeste do país.
Uma legião de trabalhadores da indústria têxtil no Rio Grande do Norte se uniu para questionar atos de uma Procuradora do Trabalho.
Ela aplicou uma multa na indústria do Grupo Guararapes de 38 milhões de reais e, com isso, ameaça fechar a fábrica e colocar todos os trabalhadores no olho da rua.

É isso mesmo, o Ministério Público do Trabalho fechando empregos, ficando do lado contrário aos trabalhadores e dando um claro exemplo de que está só atrapalhando.
Só que esse trabalho de atrapalhar e ameaçar o trabalho de milhares de trabalhadores não sai barato.
Essa mesma procuradora e o marido, ambos com estabilidade e emprego garantido até o fim da vida, têm uma renda mensal de mais de 100 mil reais por mês.

<a href="https://www.youtube.com/v/BAbK4uuxfxk" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/BAbK4uuxfxk</a>
Citar
A batalha de Guararapes: trabalhadores contra procuradora socialista
Mamaefalei
Publicado em 25 de set de 2017 · 2 horas atrás

HISTÓRICO!

Uma procuradora do trabalho do Rio Grande do Norte resolveu multar em R$ 37,8 milhões a maior empresa da região (Guararapes) por -- veja que absurdo! -- gerar milhares de empregos no estado através de métodos que funcionam no mundo todo. Como será que esses trabalhadores vão reagir? Será que vão apoiar a procuradora socialista, que está denunciando o empresário malvadão? Ou será que farão algo diferente? Mamaefalei e o time do MBL - Movimento Brasil Livre foram até lá ver de perto o que está acontecendo, e até questionar o MPT: será que eles realmente acham a terceirização tão ruim assim?


Offline Gabarito

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Re:Movimento Brasil 200 Anos
« Resposta #33 Online: 30 de Janeiro de 2018, 20:22:12 »
Pois é.
Parece que a população está sendo beneficiada pelas confecções que proliferam na região.
O aumento de emprego é fato real e aquela história de trabalho escravo era mais um espantalho para bater. Ou crítica gratuita.

Citar
Flavio Rocha

Sabe qual é o oposto de assistencialismo? Geração de empregos.

Conheça o Pró-Sertão, o projeto que está levando emprego e prosperidade ao interior do nordeste. Regiões antes eram devastadas pela seca, hoje vivem em pleno emprego e podem sonhar com um futuro muito mais digno. É isso que o capitalismo faz.

Saiba mais aqui https://www.riachuelo.com.br/pro-sertao/


(Clique na imagem para ver o vídeo de menos de 2 minutos)


Offline -Huxley-

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Re:Movimento Brasil 200 Anos
« Resposta #34 Online: 30 de Janeiro de 2018, 23:17:33 »
É difícil não rir da credulidade que vi neste tópico.

Vocês acreditam que alguém, rico, que é ou foi um beneficiário do Estado via política setorial é "bem intencionado" porque ele mesmo diz isso? Isso é como confiar no que diz um anúncio porque o próprio anúncio garante ser de confiança.

Nunca pergunte a qualquer pessoa sua opinião, prognóstico ou recomendação. Apenas force-o a comer de sua própria comida. Colocar a pele em jogo é o que distingue o verdadeiro pensador do "papo furado".

Antes de julgar um grande empresário como "bem intencionado", deve-se perguntar isso: ele já fez alguma coisa em prol de uma grande abertura comercial ou grande diminuição das barreiras ao investimento estrangeiro direto? Ou: Ele defende ou defendeu alguma coisa liberal que poderia colocá-lo em apuros? Isso é o mínimo de se esperar de quem já se beneficiou do Estado apenas por ser "grande empregador", usufruindo do benefício implícito do socorro financeiro quando as coisas derem errado, enquanto cabeleleiros e sapateiros não têm tal imunidade.

Por mim, não ter pureza ideológica é o de menos. Ruim é não ter pele em jogo e ficar no papo furado. Uma pessoa por trás de uma opinião, prognóstico ou recomendação deve levá-la a sua conclusão natural, deve ter um compromisso além de meras palavras.
« Última modificação: 31 de Janeiro de 2018, 00:57:19 por -Huxley- »

Offline JJ

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Re:Movimento Brasil 200 Anos
« Resposta #35 Online: 31 de Janeiro de 2018, 10:00:55 »

Antes de julgar um grande empresário como "bem intencionado", deve-se perguntar isso: ele já fez alguma coisa em prol de uma grande abertura comercial ou grande diminuição das barreiras ao investimento estrangeiro direto? Ou: Ele defende ou defendeu alguma coisa liberal que poderia colocá-lo em apuros? Isso é o mínimo de se esperar de quem já se beneficiou do Estado apenas por ser "grande empregador", usufruindo do benefício implícito do socorro financeiro quando as coisas derem errado, enquanto cabeleleiros e sapateiros não têm tal imunidade.



Não é questão de  "julgar um grande empresário como "bem intencionado""  (seja lá o que isso for exatamente).  E um empresário pode lutar por causas liberais, mesmo que não tenha feito alguma ação para uma grande abertura comercial ou grande diminuição das barreiras ao investimento estrangeiro direto,  ou ainda que tenha feito alguma coisa liberal que poderia colocá-lo em apuros  (o que neste caso seria até estranho).


Um empresário pode lutar por causas liberais como por exemplo: diminuição da carga tributária,  simplificação  das leis e de outras normas tributárias,  privatização de empresas públicas,  simplificação e liberalização da legislação trabalhista, redução, em geral, de regulamentos estatais que  interveem nas atividades econômicas,  fortalecimento do direito de propriedade, e outras pautas liberais.





Offline JJ

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Re:Movimento Brasil 200 Anos
« Resposta #36 Online: 31 de Janeiro de 2018, 10:04:40 »


Esse discurso radical de que se não fez isso (que seria uma ação liberal), então  também não fará quaisquer outras ações liberais, é um discurso que enfraquece as iniciativas liberais, e por conseguinte  fortalece as esquerdas e os estatistas em geral.


Offline JJ

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Re:Movimento Brasil 200 Anos
« Resposta #37 Online: 31 de Janeiro de 2018, 10:06:49 »



A união faz a força,  e a desunião faz a fraqueza.  E liberais  divididos farão a felicidade das esquerdas e dos antiliberais em geral.

Offline -Huxley-

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Re:Movimento Brasil 200 Anos
« Resposta #38 Online: 31 de Janeiro de 2018, 10:22:19 »

Antes de julgar um grande empresário como "bem intencionado", deve-se perguntar isso: ele já fez alguma coisa em prol de uma grande abertura comercial ou grande diminuição das barreiras ao investimento estrangeiro direto? Ou: Ele defende ou defendeu alguma coisa liberal que poderia colocá-lo em apuros? Isso é o mínimo de se esperar de quem já se beneficiou do Estado apenas por ser "grande empregador", usufruindo do benefício implícito do socorro financeiro quando as coisas derem errado, enquanto cabeleleiros e sapateiros não têm tal imunidade.



Não é questão de  "julgar um grande empresário como "bem intencionado""  (seja lá o que isso for exatamente).  E um empresário pode lutar por causas liberais, mesmo que não tenha feito alguma ação para uma grande abertura comercial ou grande diminuição das barreiras ao investimento estrangeiro direto,  ou ainda que tenha feito alguma coisa liberal que poderia colocá-lo em apuros  (o que neste caso seria até estranho).


Um empresário pode lutar por causas liberais como por exemplo: diminuição da carga tributária,  simplificação  das leis e de outras normas tributárias,  privatização de empresas públicas,  simplificação e liberalização da legislação trabalhista, redução, em geral, de regulamentos estatais que  interveem nas atividades econômicas,  fortalecimento do direito de propriedade, e outras pautas liberais.

Defender a liberdade que nos beneficia e que depende do esforço dos outros é moleza! Eu quero ver é defender necessárias coisas que signifique abrir mão de coisas, pois o que não falta nesse mundo são cripto-hipócritas. Eu é que não sou ingênuo em acreditar piamente em falastrão que não ajusta a prática ao discurso!

Offline EuSouOqueSou

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Re:Movimento Brasil 200 Anos
« Resposta #39 Online: 31 de Janeiro de 2018, 11:10:23 »
É difícil não rir da credulidade que vi neste tópico.

Vocês acreditam que alguém, rico, que é ou foi um beneficiário do Estado via política setorial é "bem intencionado" porque ele mesmo diz isso? Isso é como confiar no que diz um anúncio porque o próprio anúncio garante ser de confiança.

Nunca pergunte a qualquer pessoa sua opinião, prognóstico ou recomendação. Apenas force-o a comer de sua própria comida. Colocar a pele em jogo é o que distingue o verdadeiro pensador do "papo furado".

Antes de julgar um grande empresário como "bem intencionado", deve-se perguntar isso: ele já fez alguma coisa em prol de uma grande abertura comercial ou grande diminuição das barreiras ao investimento estrangeiro direto? Ou: Ele defende ou defendeu alguma coisa liberal que poderia colocá-lo em apuros? Isso é o mínimo de se esperar de quem já se beneficiou do Estado apenas por ser "grande empregador", usufruindo do benefício implícito do socorro financeiro quando as coisas derem errado, enquanto cabeleleiros e sapateiros não têm tal imunidade.

Por mim, não ter pureza ideológica é o de menos. Ruim é não ter pele em jogo e ficar no papo furado. Uma pessoa por trás de uma opinião, prognóstico ou recomendação deve levá-la a sua conclusão natural, deve ter um compromisso além de meras palavras.

To com Huxley (e o Nassim N. Taleb :D). Eu não consigo acreditar q o pessoal aqui leve a sério essa lenga lenga do Flávio Rocha, se projetando como um arauto do liberalismo usando de vantagens oferecidas pelo governo. Sem hipocrisia, o cara tá apenas investindo na cadeia produtiva dele, criando fábricas texteis, produzindo roupas para sua rede de lojas, a preço de banana, será q ninguém vê isso.

Podem até argumentar que ele cria empregos, que a vida da população local melhora, aquele papo do jogo ganha-ganha, tudo bem, blz. Mas esquecem de mencionar que quando alguém quiser abrir uma padaria, uma oficina ou até outra fábrica de tecidos, não vão ter os mesmos benefícios fiscais e facilidade de crédito. Não duvido nada que o F. Rocha teve isenção de impostos para instalar suas fábricas, será que o cidadão comum terá os mesmos benefícios quando quiser virar empresário tbm?

Se querem defender o liberalismo no Brasil, comecem pela reforma tributária ao invés de ficarem nesse papinho de empresário salvador da pátria. Até o D. Trump é mais liberal que esses tupiniquim.

Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

Offline Lorentz

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Re:Movimento Brasil 200 Anos
« Resposta #40 Online: 31 de Janeiro de 2018, 11:46:34 »
O "Fiz porque Joãozinho fez também" só tende a reforçar o status quo do capitalismo de compadres e adiar para nunca uma mudança drástica necessária.

O  "fiz porque no mar de tubarões vorazes, que é o sistema capitalista, ou você  age como um tubarão e abocanha as oportunidades, ou você age como uma sardinha,  e vira refeição de tubarão".

Ai que dó de Flávio BNDES Rocha, gente. O bichinho iria morar debaixo do viaduto se não pegasse o R$ 1,4 bilhão do BNDES.

Você pode se beneficiar de recursos que já existem e estão disponíveis, mas lutar para que eles sejam extintos de maneira justa. Muita gente critica os altos custos da educação e estuda em escola pública, ou critica sonegadores mas coloca dependentes para abater IR.

Acho que existe uma área cinzenta e complicada aí. Se ele fosse de fato um braço direito do governo, se beneficiando diretamente das leis criadas e doando dinheiro para campanhas para obter vantagens, como os irmãos Batista (incluindo Eike, que não é irmão mas é Batista), aí poderíamos criticar.

Mas usar usar o que está disponível de maneira legal não tira o mérito de criticar o sistema como um todo.
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Re:Movimento Brasil 200 Anos
« Resposta #41 Online: 31 de Janeiro de 2018, 11:49:51 »
Podem até argumentar que ele cria empregos, que a vida da população local melhora, aquele papo do jogo ganha-ganha, tudo bem, blz. Mas esquecem de mencionar que quando alguém quiser abrir uma padaria, uma oficina ou até outra fábrica de tecidos, não vão ter os mesmos benefícios fiscais e facilidade de crédito.

E não teriam por culpa dele? O Flávio manipula o cenário político para evitar isso? E por um acaso a Caixa não tem linhas de créditos subsidiadas para pequenos empresários?

Essa crítica é muito complicada.

Se só os mais puros podem opinar ou fazer algo, a gente vai perder justamente para os mais impuros, porque eles usam o sistema em seu benefício pra vencer. Pureza não vence em nada.
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Offline -Huxley-

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Re:Movimento Brasil 200 Anos
« Resposta #42 Online: 31 de Janeiro de 2018, 11:58:49 »
O "Fiz porque Joãozinho fez também" só tende a reforçar o status quo do capitalismo de compadres e adiar para nunca uma mudança drástica necessária.

O  "fiz porque no mar de tubarões vorazes, que é o sistema capitalista, ou você  age como um tubarão e abocanha as oportunidades, ou você age como uma sardinha,  e vira refeição de tubarão".

Ai que dó de Flávio BNDES Rocha, gente. O bichinho iria morar debaixo do viaduto se não pegasse o R$ 1,4 bilhão do BNDES.

Você pode se beneficiar de recursos que já existem e estão disponíveis, mas lutar para que eles sejam extintos de maneira justa. Muita gente critica os altos custos da educação e estuda em escola pública, ou critica sonegadores mas coloca dependentes para abater IR.

Acho que existe uma área cinzenta e complicada aí. Se ele fosse de fato um braço direito do governo, se beneficiando diretamente das leis criadas e doando dinheiro para campanhas para obter vantagens, como os irmãos Batista (incluindo Eike, que não é irmão mas é Batista), aí poderíamos criticar.

Mas usar usar o que está disponível de maneira legal não tira o mérito de criticar o sistema como um todo.

Ah, usar o que está disponível de maneira legal não tira o mérito de criticar o sistema como um todo? Beleza, então eu posso ser um juiz federal que ganha várias vezes o que ganha o ministro do STF, receber auxílio moradia, não falar nada a respeito dessas coisas e ainda fazer um discurso de defesa do liberalismo econômico.

Offline EuSouOqueSou

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Re:Movimento Brasil 200 Anos
« Resposta #43 Online: 31 de Janeiro de 2018, 12:06:11 »
Podem até argumentar que ele cria empregos, que a vida da população local melhora, aquele papo do jogo ganha-ganha, tudo bem, blz. Mas esquecem de mencionar que quando alguém quiser abrir uma padaria, uma oficina ou até outra fábrica de tecidos, não vão ter os mesmos benefícios fiscais e facilidade de crédito.

E não teriam por culpa dele? O Flávio manipula o cenário político para evitar isso? E por um acaso a Caixa não tem linhas de créditos subsidiadas para pequenos empresários?

Essa crítica é muito complicada.

Se só os mais puros podem opinar ou fazer algo, a gente vai perder justamente para os mais impuros, porque eles usam o sistema em seu benefício pra vencer. Pureza não vence em nada.

Ele pode pegar o dinheiro todo do BNDS se quiser, desde que invista aqui, por mim ta blz. Agora, usar esse dinheiro (de onde vem esse dinheiro mesmo?  ::) ) e vir com essa conversa mole de menos Estado, mais liberdade econômica, etc e tal é que lascar.
Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

Offline Lorentz

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Re:Movimento Brasil 200 Anos
« Resposta #44 Online: 31 de Janeiro de 2018, 12:18:16 »
Ah, usar o que está disponível de maneira legal não tira o mérito de criticar o sistema como um todo? Beleza, então eu posso ser um juiz federal que ganha várias vezes o que ganha o ministro do STF, receber auxílio moradia, não falar nada a respeito dessas coisas e ainda fazer um discurso de defesa do liberalismo econômico.

Pode.

Mas se você já tem casa, receber auxílio moradia é imoral e você perde um ponto. Não vira um monstro.

Mas essa comparação é ruim. Será que o Flávio tinha 1.4bi sobrando a ponto de não precisar emprestar? E ele ganha esse empréstimo anualmente como um juiz ganha um benefício? E por um acaso ele não tem que pagar pelo empréstimo, ao contrário de um benefício de um juiz que nunca é pago?

Vários empréstimos do BNDES não serão pagos. Se o Flávio não pagasse, aí seria pior.

Mas é claro que seria muito melhor ele nunca ter utilizado esse empréstimo. Só não dá pra jogar toda a vida dele no lixo e invalidar a luta atual dele por causa disso. Querer tanto puritanismo assim, só em concurso de miss.
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline Lorentz

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Re:Movimento Brasil 200 Anos
« Resposta #45 Online: 31 de Janeiro de 2018, 12:20:28 »
Ele pode pegar o dinheiro todo do BNDS se quiser, desde que invista aqui, por mim ta blz. Agora, usar esse dinheiro (de onde vem esse dinheiro mesmo?  ::) ) e vir com essa conversa mole de menos Estado, mais liberdade econômica, etc e tal é que lascar.

Acho mais válido alguém que utilizou um empréstimo do BNDES lutar por menos estado que alguém que nunca utilizou não lutar por nada, ou até lutar por mais estado. Ou pior ainda, alguém que utilizou o BNDES e lutar por mais estado, como os irmãos Batista.

Uma coisa não exclui a outra.
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Offline -Huxley-

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Re:Movimento Brasil 200 Anos
« Resposta #46 Online: 31 de Janeiro de 2018, 12:33:02 »
Ah, usar o que está disponível de maneira legal não tira o mérito de criticar o sistema como um todo? Beleza, então eu posso ser um juiz federal que ganha várias vezes o que ganha o ministro do STF, receber auxílio moradia, não falar nada a respeito dessas coisas e ainda fazer um discurso de defesa do liberalismo econômico.

Pode.

Mas se você já tem casa, receber auxílio moradia é imoral e você perde um ponto. Não vira um monstro.

Mas essa comparação é ruim. Será que o Flávio tinha 1.4bi sobrando a ponto de não precisar emprestar? E ele ganha esse empréstimo anualmente como um juiz ganha um benefício? E por um acaso ele não tem que pagar pelo empréstimo, ao contrário de um benefício de um juiz que nunca é pago?

Vários empréstimos do BNDES não serão pagos. Se o Flávio não pagasse, aí seria pior.

Mas é claro que seria muito melhor ele nunca ter utilizado esse empréstimo. Só não dá pra jogar toda a vida dele no lixo e invalidar a luta atual dele por causa disso. Querer tanto puritanismo assim, só em concurso de miss.

Se eu posso ser hipócrita, então o que garante que eu não só vou defender liberdade de forma concentrada naquilo que é conveniente para mim e ser um parasita antiliberal na maioria das situações restantes? Vocês acreditam em Papai Noel? Não falta político de comportamento incongruente entre discurso e prática que usa o benefício da dúvida que dão a ele para justamente se beneficiar de um discurso hipócrita de liberdade. Confiem e serão traídos. É assim que comumente acontece com políticos, resta saber porque, com grandes capitalistas, não há esse risco potencialmente catastrófico.

Offline EuSouOqueSou

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Re:Movimento Brasil 200 Anos
« Resposta #47 Online: 31 de Janeiro de 2018, 12:34:54 »
Ele pode pegar o dinheiro todo do BNDS se quiser, desde que invista aqui, por mim ta blz. Agora, usar esse dinheiro (de onde vem esse dinheiro mesmo?  ::) ) e vir com essa conversa mole de menos Estado, mais liberdade econômica, etc e tal é que lascar.

Acho mais válido alguém que utilizou um empréstimo do BNDES lutar por menos estado que alguém que nunca utilizou não lutar por nada, ou até lutar por mais estado. Ou pior ainda, alguém que utilizou o BNDES e lutar por mais estado, como os irmãos Batista.

Uma coisa não exclui a outra.

Então, aí é que tá o X da questão. Como o Huxley falou, citando N.N. Taleb, se o cara não é coerente entre o que fala e suas ações, então é só "conversa para acalentar bovino". E realmente me surpreende ver tanta gente comprando a conversa desse cara. Estruturalmente, é o mesmo esquema de sempre, não muda nada.
Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

Offline JJ

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Re:Movimento Brasil 200 Anos
« Resposta #48 Online: 31 de Janeiro de 2018, 12:47:46 »
Podem até argumentar que ele cria empregos, que a vida da população local melhora, aquele papo do jogo ganha-ganha, tudo bem, blz. Mas esquecem de mencionar que quando alguém quiser abrir uma padaria, uma oficina ou até outra fábrica de tecidos, não vão ter os mesmos benefícios fiscais e facilidade de crédito.

E não teriam por culpa dele? O Flávio manipula o cenário político para evitar isso? E por um acaso a Caixa não tem linhas de créditos subsidiadas para pequenos empresários?

Essa crítica é muito complicada.

Se só os mais puros podem opinar ou fazer algo, a gente vai perder justamente para os mais impuros, porque eles usam o sistema em seu benefício pra vencer. Pureza não vence em nada.


Esse purismo tende a dar em nada. Enquanto  isso os menos puros e mais pragmáticos tem mais chance de conquistar e manter o poder. 

E depois dizem que o Lula é um burro, um analfabeto, mas pelo visto se ele não fosse ser impedido, não iria ser difícil vencer estes liberais da Ordem Pura.



« Última modificação: 31 de Janeiro de 2018, 12:51:28 por JJ »

Offline Lorentz

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Re:Movimento Brasil 200 Anos
« Resposta #49 Online: 31 de Janeiro de 2018, 13:42:17 »
Ah, usar o que está disponível de maneira legal não tira o mérito de criticar o sistema como um todo? Beleza, então eu posso ser um juiz federal que ganha várias vezes o que ganha o ministro do STF, receber auxílio moradia, não falar nada a respeito dessas coisas e ainda fazer um discurso de defesa do liberalismo econômico.

Pode.

Mas se você já tem casa, receber auxílio moradia é imoral e você perde um ponto. Não vira um monstro.

Mas essa comparação é ruim. Será que o Flávio tinha 1.4bi sobrando a ponto de não precisar emprestar? E ele ganha esse empréstimo anualmente como um juiz ganha um benefício? E por um acaso ele não tem que pagar pelo empréstimo, ao contrário de um benefício de um juiz que nunca é pago?

Vários empréstimos do BNDES não serão pagos. Se o Flávio não pagasse, aí seria pior.

Mas é claro que seria muito melhor ele nunca ter utilizado esse empréstimo. Só não dá pra jogar toda a vida dele no lixo e invalidar a luta atual dele por causa disso. Querer tanto puritanismo assim, só em concurso de miss.

Se eu posso ser hipócrita, então o que garante que eu não só vou defender liberdade de forma concentrada naquilo que é conveniente para mim e ser um parasita antiliberal na maioria das situações restantes? Vocês acreditam em Papai Noel? Não falta político de comportamento incongruente entre discurso e prática que usa o benefício da dúvida que dão a ele para justamente se beneficiar de um discurso hipócrita de liberdade. Confiem e serão traídos. É assim que comumente acontece com políticos, resta saber porque, com grandes capitalistas, não há esse risco potencialmente catastrófico.

Para manter seu argumento, você está transformando o Flávio Rocha num "parasita antiliberal na maioria das situações restantes". Pra mim está claro que você está exagerando.
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