Autor Tópico: Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio  (Lida 9290 vezes)

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Offline Pedro Reis

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #500 Online: 18 de Março de 2018, 21:36:40 »
Estou pensando. Como o Freixo utilizará a morte desta vereadora para sua campanha para governador esse ano? Será eleito em primeiro turno. Provavelmente será o candidato da Globo, visto que é da mesma linha ideológica dos "especialistas" em segurança pública (todos sociólogos sem experiência no mundo real/fora do acadêmico, que querem dar regrinhas ridículas de como o policial deve agir) que a RGT chama para seus diversos programas. Tem respaldo de grandes artistas da empresa e fora dela...

Freixo não será candidato, ao que tudo indica.

Então, com a palavra, alguém que não é sociólogo inexperiente e nem cursou Academia CSI de Polícia.

O Coronel reformado da PM Robson Rodrigues, ex chefe do Estado Maior da PM-RJ.

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OS SINOS DOBRAM POR TI

Cada morte violenta me arranca um pedaço da alma, pois os mais de 60 mil homicídios ao ano nos distancia, e muito, do lugar civilizatório que, julgo, mereceríamos ocupar como país tão lindo como o nosso. Calo, sofro, choro em silêncio. Não me apraz falar, não me apraz comparecer a rituais de despedida fúnebre e sentir o sofrimento das pessoas, principalmente dos familiares, em respeito a suas dores. O cargo me obrigou a assistir inúmeros enterros, de inúmeras vítimas policiais de uma guerra fratricida que nos prostra enquanto seres humanos. Uma guerra inglória. Abri uma exceção por um dever de consciência; para falar de uma amiga, a vereadora Marielle, porque, se sua morte me impactou, muito mais tem impactado a forma vil e cega e infame como ela vem sendo tratada por algumas pessoas nas redes sociais. Pessoas que não conheceram Marielle. Senti-me na obrigação de informar a amigos desinformados sobre quem ela era; amigos que considero e que são bombardeados por bobagens e falsas informações sobre a vereadora que não conheceram. Segue abaixo uma dessas mensagens que enviei a um amigo a quem considero bastante e que talvez possa servir a outros amigos.

Caro amigo xxxx (oficial PM)
Te conheço há bastante tempo para saber o quanto você é inteligente para não se deixar levar por esses discursos que destilam o ódio, mesmo nesses momentos de dor. Deveríamos, sim, nos unir enquanto sociedade contra o maior problema civilizatório que nos afeta e dilacera: a violência homicida. Apesar disso, há pessoas que insistem em simplificar questão tão complexa, dividindo o mundo em direita e esquerda. Você está além disso que eu sei.
Choro pelas mortes infames, do cidadão comum, dos meus amigos, dos meus amigos policiais dos quais já perdi a conta inúmeras vezes. Meu primeiro serviço como aspirante foi atender a ocorrência do assassinato de um policial militar, adorado em
meu Batalhão. Chorar com sua família me fez pensar o quão difícil seria aquela trajetória profissional que eu havia abraçado.
Meu sentimento é expressado nos versos do poeta John Donne: “a morte de qualquer homem (ou mulher) me diminui, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti".
Choro agora por uma amiga admirável, sobretudo porque lutava contra essa estupidez e sonhava com uma sociedade melhor. A vereadora Marielle era corajosa; lutava a favor das minorias, mas principalmente contra a estupidez das mortes desnecessárias que têm endereço e destinatários certos. Mortes muitas vezes festejadas por pessoas que querem que nós, policiais, façamos para elas o serviço sujo de um extermínio fascista. Não se esqueça que também acabamos vítimas dessa estupidez.
Conheci Marielle quando ela me trouxe, de forma educada mas contundente, o caso de algumas mães amedrontadas com a ação de policiais que barbarizavam moradores de uma certa favela com UPP. Os fatos eram indefensáveis. Aqueles comportamentos não era o que se podia esperar de uma instituição que existe para combater o crime, mas, sobretudo, para servir à população. Tomei minhas providências. Se Marielle veio até mim buscando solução, era porque confiava na polícia, pelo menos em parte dela, uma parte da qual eu te incluo. Marielle, assim como nós, não confiava na polícia violadora de direitos, na polícia bandida, mas confiava na instituição policial, naqueles que não querem que ela seja instrumentalizada para fins vis e elitistas, sendo direcionada para os mesmos estratos de onde a maior parte de nossos próprios policiais vem.
Depois disso ela me procuraria para saber como ajudar policiais que sofriam abusos, assédios moral e sexual e outros tipos de violações de direitos. Eu te pergunto: alguém que “só quer defender bandido” teria esse comportamento?
Na ocasião, me lembro de ter comentado com ela do sofrimento dos policiais subalternos, da mulher policial, da mulher negra policial etc. Um fato em especial me tocava naquele momento: o de viúvas de PM. Eu disse a ela que uma das formas de ajudar poderia ser agilizando os processos de obtenção de suas pensão. Há trâmites administrativos que emperram a pensão da viúva e que extrapolam as possibilidades da corporação; há também a lentidão da investigação da morte dos policiais militares por parte da PCERJ, que é formalidade do processo. Ela se interessou e, depois, junto com o deputado Marcelo Freixo, criaram um núcleo de atendimento a policiais. Mesmo depois de ter deixado a PM, encaminhei alguns casos a eles.
Nossos praças e oficiais mais subalternos, principalmente as policiais negras, são discriminadas diariamente em nossa instituição, sofrem assédios, sobretudo por parte de pessoas como nós, oficiais e brancos. Recentemente a PM impôs limite de vagas para mulheres no concurso do CFO, mas contra isso ninguém de dentro se colocou. Marielle se interessava por essas causas, que, infelizmente, ainda não tocam nossa sensibilidade institucional. Com suas bandeiras ela defendia muito mais nossos policiais do que nós fomos capazes de compreendê-lo e de fazê-lo.
Portanto, postagens maldosas como essas, que vêm circulando nas redes sociais, além de não retratarem a realidade, são de um imenso desrespeito não só à historia de Marielle, mas aos nossos policiais honestos e trabalhadores sofridos, sobretudo as policiais negras, que tanto necessitam ser acolhidos nas causas que ela magnificamente defendia. Que tenhamos Marielle presente para transformar nossa polícia em uma instituição melhor para a sociedade e para policiais vocacionados.

Offline Pedro Reis

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #501 Online: 18 de Março de 2018, 21:37:14 »

Offline Gigaview

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #502 Online: 18 de Março de 2018, 22:52:10 »
Tudo que dizem de ruim da extrema esquerda eu acredito.

Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline -Huxley-

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #503 Online: 19 de Março de 2018, 00:02:17 »
Auto diagnóstico de que já abriu mão por completo do senso crítico e do interesse em analisar fatos.

Offline Pedro Reis

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #504 Online: 19 de Março de 2018, 00:12:32 »
O vídeo pode ajudar a explicar como informação forjada está aparecendo em grupos de Zap de policiais.


Offline Muad'Dib

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #505 Online: 19 de Março de 2018, 06:51:22 »
Até agora tudo o que eu vi que desabonasse a vida da vereadora foi umas bizarrices inventadas por psicopatas. Não estou vendo manipulação da mídia globalista para criar um mártir socialista.

A forma como os direitopatas da internet estão tratando esse caso é digna do sufixo "patas" do direitopatas.

Offline JJ

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #506 Online: 19 de Março de 2018, 08:56:25 »
Depois do vigésimo sepultamento de colegas meus que eu fui, eu simplesmente parei de ligar pra qualquer morte que cause "comoção".

Eu não consigo entender como colocar na balança duas vidas e uma ser mais relevante do que outra ao ponto de um fazer leis mudarem, investigações andarem, prisões serem efetivas, enquanto a outra gera zero repercussão.

A verdade é que os amigos da Marielle são mais barulhentos do que os meus. A única diferença que percebo é essa.

Na verdade eu não diferencio a vida dela com a de policiais ou gente que morre atropelada e tal. Mas[...]

Considerando a ideia de oposição ao que foi afirmado anteriormente, que é o que justifica o emprego do termo "mas", sim, você diferencia.


E quem não diferencia  as pessoas que são intencionalmente mortas no Brasil ?


Gostaria de saber de pelo menos dez pessoas que realmente não façam essa diferenciação (na verdade acho difícíl que haja mesmo uma, que realmente o faça). Pois, vejamos, em média são mortas intencionalmente 170 pessoas por dia.  Alguém conhece alguém que se importe igualmente (e especificamente, que saiba os nomes, e que reaja com o mesmo sentimento em relação a todas elas, e  não as cite apenas como um número, como um conjunto,  não apenas como uma estatística) com estas 170 pessoas mortas intencionalmente por dia ?


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« Última modificação: 19 de Março de 2018, 13:03:53 por JJ »

Offline JJ

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #507 Online: 19 de Março de 2018, 09:09:24 »
Para um meio de comunicação, como a Rede Globo ou a Rede Record, também não me parece muito viável que elas façam uma idêntica (não discriminatória, não diferenciadora) cobertura para estas 170 mortes diárias (em média).  A princípio me parece que elas  não iriam obter uma boa audiência com  tal  cobertura jornalística.



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« Última modificação: 19 de Março de 2018, 09:17:14 por JJ »

Offline JJ

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #508 Online: 19 de Março de 2018, 13:18:28 »


Se  as redes de TV fossem fazer uma cobertura não diferenciada de cada morte intencional que ocorre diariamente no Brasil, e se levasse 2 minutos falando sobre  cada uma, então, em média,  cada canal de televisão teria que gastar 340 minutos diários de programação para  cumprir tal objetivo. Ou 5 horas e 40 minutos.
« Última modificação: 19 de Março de 2018, 13:21:36 por JJ »

Offline Pedro Reis

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #509 Online: 19 de Março de 2018, 18:43:08 »
Retomando a discussão da intervenção, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, anunciou que pretende solicitar 1 bilhão para as forças de intervenção. 1 bilhão de 3,2 bilhões que são previstos, ainda há um buraco de mais de 2 bilhões que não se sabe como fechar. ( Fonte Globo News )

Este 1 bilhão deverá vir sob a forma de empréstimo, com os royalties do petróleo como garantia, segundo o que está sendo veiculado pela mídia. Mas ainda há uma série de problemas processuais, constitucionais, e uma possível resistência de outros estados, porque implicaria em mexer no orçamento da União. Meirelles já adiantou que será necessário aumento de tributação para gerar parte destes recursos (reoneração).

https://g1.globo.com/economia/noticia/governo-deve-usar-recursos-da-reoneracao-da-folha-para-custear-intervencao-no-rio-confirma-meirelles.ghtml

Se o dinheiro não sair ninguém sabe como fica, mas se sair vai integralmente para as forças armadas. O RJ nem põe a mão, não pode ser usado nem na segurança, nem para pagar salários atrasados da polícia.

A intervenção não sai de graça para o RJ e não sai de graça para o país. Se o governo bancar, em 2018 outros estados serão prejudicados e a economia é prejudicada com a reoneração. Ainda aumenta a dívida e compromete a capacidade de investimento do RJ, talvez nos próximos anos. Sendo que há projetos importantíssimos paralisados pela crise, como o Comperj, que seriam chave para a recuperação econômica do estado e até do país. O RJ é o segundo estado que mais redistribui recursos para outros estados, através de tributos. Perde só para SP. O Rio reverte para estados recebedores quase o valor revertido por todos os outros estados pagadores juntos, tirando SP. De forma que o prolongamento da crise no RJ não afeta só este estado, mas empobrece também outros, atingindo mais alguns do norte e nordeste.

http://rothbardbrasil.com/o-seu-estado-e-um-pagador-ou-um-recebedor-de-impostos-federais-dados-atuais/

(Observando que estados pagadores não são só do Sul e Sudeste. Am, Pe, Goiás, Mt, Mato Grosso do Sul são pagadores.)

Eu rogo para que percebam que destes 3,2 bilhões nem um centavo é investimento. Nem mesmo na Segurança, já que não vai ser usado para aparelhar a Polícia. É apenas para cobrir os custos operacionais do exército, logo é indiscutível que se estas operações não produzirem resultados nem durante e nem depois, este terá sido um dinheiro integralmente jogado no lixo.

Porque custo não é a mesma coisa que investimento. Investimento pode se pagar lá na frente e ainda gerando mais recursos, mas custo é apenas gasto.

Bobocas que se posicionam sobre qualquer questão condicionados por abstrações como "direita" ou "esquerda", não conseguem enxergar que aí está um problema técnico, prático, cuja viabilidade, custo e benefício, pode e deve ser avaliada da mesma forma que uma equipe de engenharia avalia a construção de uma ponte, ou os executivos de uma rede de varejo avaliam os riscos de se abrir uma nova filial.

Já se passou mais de um mês desde a chegada do exército. Neste sábado o trânsito em uma área na zona sul ficou paralisado por cerca de 40 minutos por conta de intenso tiroteio na Rocinha, e só nas últimas 24 horas foram registrados 29 tiroteios na região metropolitana, com 20 atingidos e 11 mortos. Hoje de manhã tiroteio na avenida mais movimentada do centro feriu 2 transeuntes e provocou a morte de um senhor aposentado.

Eu mais do que ninguém quero estar errado e espero que as coisas melhorem. Mas essa expectativa não tem muita base racional, porque já há considerável experiência acumulada sobre intervenções militares na segurança do RJ, que usadas como referência não recomendariam uma nova aventura. Está se brincando de fazer politicagem com coisa séria, e a demagogia só se perpetua como instrumento político, para prejuízo de todos, porque sempre tem gente se deixando enganar. Não importa quantas vezes já tenham sido enganadas antes.

Não me surpreenderia que, se tudo continuar dando errado como está dando, como não funcionou em 94 e 95, como foi um fiasco os 14 meses de ocupação do exército na Maré, como fracassaram todas as UPPs que focaram só na repressão, se daqui a uns 5 anos algum inconsequente lá em Brasília anunciar nova intervenção, os mesmos que aplaudem agora vão aplaudir de novo. E repetindo os mesmos argumentos!

Só me resta torcer para que, desta vez, algum milagre aconteça e eu queime a minha língua.

Offline Gauss

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #510 Online: 19 de Março de 2018, 20:12:39 »
Estou pensando. Como o Freixo utilizará a morte desta vereadora para sua campanha para governador esse ano? Será eleito em primeiro turno. Provavelmente será o candidato da Globo, visto que é da mesma linha ideológica dos "especialistas" em segurança pública (todos sociólogos sem experiência no mundo real/fora do acadêmico, que querem dar regrinhas ridículas de como o policial deve agir) que a RGT chama para seus diversos programas. Tem respaldo de grandes artistas da empresa e fora dela...

Freixo não será candidato, ao que tudo indica.

Então, com a palavra, alguém que não é sociólogo inexperiente e nem cursou Academia CSI de Polícia.

O Coronel reformado da PM Robson Rodrigues, ex chefe do Estado Maior da PM-RJ.
[...]
Ei, esse não é o Coroné do Instituto Enganapé?

Certamente quando ele avistava meliantes armados com fuzis ele primeiro abordava e depois dava um tiro para cima de alerta antes de atirar na perna para não matar os vagabundos e respeitar os Direitos Humanos. ::)
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Gauss

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #511 Online: 19 de Março de 2018, 20:14:52 »
As reportagens que eu tenho lido em praticamente todos os portais tem dado a entender que a execução da vereadora ocorreu porque ela criticava a PM e a Intervenção Feeral. Quando não falam que é porque ela defendia pautas elitistas "progressistas".

Exemplo:
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[...]
Crítica da violência policial e da intervenção federal

Marielle tinha 38 anos e estava em seu primeiro mandato como vereadora -- foi a quinta mais votada na eleição municipal de 2016. Antes, havia trabalhado como assessora do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL).

Cria da favela da Maré e feminista, ela era formada em Sociologia e crítica da intervenção federal na segurança pública do Rio.

Há duas semanas, Marielle havia assumido o cargo de relatora da Comissão da Câmara de Vereadores do Rio criada para acompanhar a atuação das tropas militares na intervenção federal. Ela também vinha denunciando casos de violência policial contra moradores de favelas do Rio.
https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2018/03/18/carro-que-teria-sido-usado-no-assassinato-de-marielle-e-apreendido-em-minas.htm

Parece uma forma sutil de Post hoc ergo propter hoc. Mas não tão claro.

Aí você está interpretando a possível sutileza. Quando eu noto que um cidadão é apresentado em um fake vídeo como um favelado carioca e faz menção a um inexistente Terceiro Comando da Capital não estou interpretando nada.
Não entendi, não estava falando sobre vídeo nenhum.

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Mas qual é exatamente o seu ponto? Você acha que a imprensa está querendo induzir a pensarem que ela foi morta por fazer críticas a intervenção?
Sim.

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Com que interesse estariam fazendo isso?
Por questões ideológicas.
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Porque isso é tão sem sentido como dizer que ela foi morta por menores do tráfico, que surgiram do nada, que a sobrevivente não viu, que ninguém viu, que a polícia não menciona, e que de repente estavam exatamente no caminho que a vereadora iria passar, mas estavam lá especificamente para assassinar a Marielle.
Não. Isso faz muito menos sentido do que eu falei.

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Fazer críticas a intervenção federal não seria motivo suficiente para o crime. Ora, se fosse isso, então quem estaria por trás?
Exatamente isso, também penso assim.
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Pedro Reis

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #512 Online: 19 de Março de 2018, 22:18:32 »

Ei, esse não é o Coroné do Instituto Enganapé?

Certamente quando ele avistava meliantes armados com fuzis ele primeiro abordava e depois dava um tiro para cima de alerta antes de atirar na perna para não matar os vagabundos e respeitar os Direitos Humanos. ::)

O que tem a ver o Instituto Igarapé?

Este é o coronel que era o chefe do Estado Maior até 2016, tendo antes comandado o Batalhão de Choque, coordenado o programa UPP, entre outras coisas.

Eu vejo que você está insistindo teimosamente, contra todos os fatos e dados que já lhe foram apresentados ( sem que você os refutasse ), nesse discurso tipo Magno Malta/Bolsonaro, que é por causa dos "direitos do manos" que não se pode combater a criminalidade.

Polícia não atira pro alto, polícia não mira na perna de quem tá armado de fuzil e nem outras coisas que só estão escritas em manuais. Isso não existe, se o argumento depende disso, então na verdade não existe argumento.

Sobre isso não há mais o que dizer.

Sobre a imprensa estar querendo sustentar a tese absurda de que o crime foi motivado pelas críticas a intervenção, acho que isso implicaria na teoria de que a imprensa é controlada pelos esquerdistas do PSOL e afins.

Se os esquerdistas comandam as organizações Globo, o grupo Abril e outras empresas desse porte, então eu não entendo mais nada desse mundo.

Offline Gauss

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #513 Online: 20 de Março de 2018, 21:54:53 »
O que tem a ver o Instituto Igarapé?
Sério?
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Este é o coronel que era o chefe do Estado Maior até 2016, tendo antes comandado o Batalhão de Choque, coordenado o programa UPP, entre outras coisas.
Que tem uma linha ideológica bem definida, que é alinhada com o pensamento besta do Piçol e outras mulas progressistas. A maioria dos policiais pensam diferente dele. Pergunte ao Diegojaf, que é do meio.

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Eu vejo que você está insistindo teimosamente, contra todos os fatos e dados que já lhe foram apresentados ( sem que você os refutasse ), nesse discurso tipo Magno Malta/Bolsonaro, que é por causa dos "direitos do manos" que não se pode combater a criminalidade.
Dados e fatos? Quais? Discurso Magno Malta/Bolsonaro? "Direito dos Manos"?

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Polícia não atira pro alto, polícia não mira na perna de quem tá armado de fuzil e nem outras coisas que só estão escritas em manuais. Isso não existe, se o argumento depende disso, então na verdade não existe argumento.
Ainda bem que a maioria dos policiais se importam com a própria vida. O problema é justamente "o manual". Como pode estas regras esdrúxulas estarem institucionalizadas?

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Sobre a imprensa estar querendo sustentar a tese absurda de que o crime foi motivado pelas críticas a intervenção, acho que isso implicaria na teoria de que a imprensa é controlada pelos esquerdistas do PSOL e afins.

Se os esquerdistas comandam as organizações Globo, o grupo Abril e outras empresas desse porte, então eu não entendo mais nada desse mundo.
A mídia não é controlada por esquerdistas, mas muitos jornalistas, talvez a maioria, o sejam. Não há como negar que um número muito expressivo de jornalistas são esquerdistas militantes. Também não é absurdo afirmar que a maioria dos jornalistas sejam esquerdistas.

Sobre a mídia estar querendo sustentar a "tese absurda", você assistiu ao JN de hoje (20/03/2018)?
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline JJ

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #514 Online: 21 de Março de 2018, 16:28:40 »
Batalhão alvo de denúncia de Marielle Franco é o que mais mata no Estado do Rio


A vereadora divulgava denúncias feitas pelas lideranças comunitárias de Acari que já haviam sido apresentadas ao Observatório da Intervenção


O 41º Batalhão da Polícia Militar (Irajá) havia se tornado um dos principais alvos de denúncias apresentadas pela vereadora Marielle Franco, cujo mandato era focado no combate ao racismo e à violência de gênero e na defesa de minorias, como o público LGBT.


No sábado, dia 10, divulgando denúncias de lideranças da favela de Acari, da zona norte, ela publicou nas redes sociais: "O que está acontecendo agora em Acari é um absurdo! O 41° batalhão da PM é conhecido como Batalhão da Morte. CHEGA de matarem nossos jovens". Pouco mais tarde, ela publicou sobre a suposta morte de dois jovens por PMs do batalhão - que não é confirmada pela corporação.


O batalhão é acusado por moradores de truculência. De 2013 a 2016 (último dado disponível), o total de autos de resistência - quando o policial mata supostamente em legítima defesa - passou de 51 para 117. Em 2016, o 41º Batalhão foi recordista no Estado de ocorrências do tipo.


PMs do 41º são acusados de envolvimento na chacina de Costa Barros, há dois anos. Na ocasião, cinco jovens de 16 a 25 anos foram mortos dentro de um carro. O veículo foi atingido 111 vezes. Outro episódio violento que envolveu agentes do batalhão foi o homicídio de Maria Eduarda, de 13 anos, morta no ano passado, no pátio da escola onde estudava, em Acari, em operação do 41º BPM.


Denúncias


Marielle divulgava denúncias feitas pelas lideranças comunitárias de Acari que já haviam sido apresentadas ao Observatório da Intervenção. O grupo, criado por iniciativa da Universidade Candido Mendes, é formado por entidades da sociedade civil para acompanhar a ação federal. A vereadora fazia parte do grupo.



https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2018/03/16/interna_politica,944566/batalhao-alvo-de-denuncia-de-marielle-franco-e-o-que-mais-mata-no-esta.shtml



SAIBA MAIS
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Marielle foi perseguida por quatro quilômetros antes de ser morta a tiros
10:44 - 15/03/2018
'Parem de nos matar', pediu Marielle no sábado antes de ser morta
11:06 - 15/03/2018
Assassinato de Marielle é um crime contra toda sociedade, diz presidente da OAB
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Offline JJ

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #515 Online: 21 de Março de 2018, 20:07:15 »
Assassinato de vereadora carioca pode ter sido por motivação política


Há oito dias, Marielle, que acompanhava na condição de vereadora a intervenção federal, como forma de coibir abusos das Forças Armadas e da polícia a moradores de comunidades, recebeu denúncias envolvendo PMs que patrulham a Favela de Acari


O assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), na noite dessa quarta-feira, 14, pode estar ligado à sua militância política. Nascida no Complexo da Maré, conjunto de favelas da zona norte do Rio, Marielle, de 38 anos, tinha sua atuação pautada pela defesa de negros e pobres e denunciava a violência contra essa população. O crime, que vitimou também o motorista que a levava, mobilizou o governo federal: o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, telefonou para o interventor federal no Rio, general Walter Braga Netto, e colocou a Polícia Federal à disposição para auxiliar na investigação.


Há oito dias, Marielle, que acompanhava na condição de vereadora a intervenção federal, como forma de coibir abusos das Forças Armadas e da polícia a moradores de comunidades, recebeu denúncias envolvendo PMs que patrulham a Favela de Acari, na zona norte do Rio. Moradores contaram, na primeira reunião do Observatório da Intervenção, no Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec), da Universidade Candido Mendes, que dois homens foram assassinados por policiais e tiveram os corpos jogados num valão. Segundo estes moradores, a PM vem se sentindo "com licença para matar" por conta


A vereadora compartilhou a notícia em seu perfil no Facebook, com a inscrição 'Somos todos Acari, parem de nos matar". "Precisamos gritar para que todos saibam o está acontecendo em Acari nesse momento. O 41° Batalhão da Polícia Militar do Rio de Janeiro está aterrorizando e violentando moradores de Acari. Nessa semana dois jovens foram mortos e jogados em um valão. Hoje, a polícia andou pelas ruas ameaçando os moradores. Acontece desde sempre e com a intervenção ficou ainda pior", dizia a mensagem, que conclamava os internautas a reverberarem a denúncia.


A advogada criminalista Maíra Fernandes, membro do Comitê Latino Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher, acredita na hipótese de execução. "Marielle era a nossa esperança na política", lamentou. "Eu a conheci há quase duas décadas: sempre nas mais importantes lutas, coerente, aguerrida, corajosa. Tínhamos muitos planos para ela. Esse seria o primeiro mandato de muitos! Tinha um caminho enorme pela frente. Não consigo acreditar. Acabo de ver as fotos e vejo que isso não foi assalto. Foi execução. É preciso descobrir quem fez isso e fazer justiça à Marielle."


O sociólogo Renato Lima, diretor presidente do Fórum Brasileira de Segurança Pública, defendeu que a PF entre imediatamente na apuração do crime. "Estou absolutamente chocado, a morte de Marielle Franco é mais um sinal da banalização da violência que toma conta do País e que nos faz reféns do medo. O mínimo que se espera do interventor é uma apuração rigorosa e transparente do episódio. Não podemos aceitar que o caso não seja rapidamente esclarecido. O interventor tem diante de si um dos seus maiores desafios desde que a medida foi adotada, não deixar esta morte impune. Tudo indica que foi uma execução".


O cientista social Luiz Eduardo Soares afirmou que a execução foi confirmada pela polícia, e lembrou do caso da juíza Patricia Acioli, assassinada por policiais em 2011 depois de condenar à prisão policiais ligados a milícias. "Mulher, negra, lutadora contra as desigualdades e a violência. Teve uma votação surpreendente, em 2016. Ela passou esta semana denunciando violações praticadas pela PM em Acari. Temos estado juntos na longa militância. Estive com ela dois dias antes de viajar, semana passada. Faltam palavras para expressar o horror e mal posso imaginar o que se passa na cabeça de sua filha e de sua família.


[...]

Restante no link:

https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2018/03/15/interna_politica,944213/assassinato-de-vereadora-carioca-pode-ter-sido-por-motivacao-politica.shtml


« Última modificação: 21 de Março de 2018, 20:09:20 por JJ »

Offline JJ

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #516 Online: 21 de Março de 2018, 20:12:41 »

Ei, esse não é o Coroné do Instituto Enganapé?

Certamente quando ele avistava meliantes armados com fuzis ele primeiro abordava e depois dava um tiro para cima de alerta antes de atirar na perna para não matar os vagabundos e respeitar os Direitos Humanos. ::)

O que tem a ver o Instituto Igarapé?

Este é o coronel que era o chefe do Estado Maior até 2016, tendo antes comandado o Batalhão de Choque, coordenado o programa UPP, entre outras coisas.

Eu vejo que você está insistindo teimosamente, contra todos os fatos e dados que já lhe foram apresentados ( sem que você os refutasse ), nesse discurso tipo Magno Malta/Bolsonaro, que é por causa dos "direitos do manos" que não se pode combater a criminalidade.

Polícia não atira pro alto, polícia não mira na perna de quem tá armado de fuzil e nem outras coisas que só estão escritas em manuais. Isso não existe, se o argumento depende disso, então na verdade não existe argumento.

Sobre isso não há mais o que dizer.

Sobre a imprensa estar querendo sustentar a tese absurda de que o crime foi motivado pelas críticas a intervenção, acho que isso implicaria na teoria de que a imprensa é controlada pelos esquerdistas do PSOL e afins.

Se os esquerdistas comandam as organizações Globo, o grupo Abril e outras empresas desse porte, então eu não entendo mais nada desse mundo.



O  vírus   Olavo OL1  está  infectando  a cabeça de uma parte  da  direita brasileira.   E isso está atrapalhando as ideias deles,  as quais  já não eram lá essas coisas.


« Última modificação: 22 de Março de 2018, 09:09:37 por JJ »

Offline JJ

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #517 Online: 23 de Março de 2018, 19:21:53 »



Ecoem as palavras da Mônica Benício e da Anielle Silva, viúva e irmã de Marielle Franco





Offline JJ

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #518 Online: 23 de Março de 2018, 20:07:18 »

Na página do vídeo tem protótipos de ditadores que escreveram comentários totalmente pirados dignos de um Idi Amin Dada.

Tem um que sugeriu matar 100.000  moradores  das comunidades.


Depois desse vídeo fico imaginando se esse cara também não é eleitor do Bolsonaro.

É tão fácil hoje em dia fazer e distribuir um material de desinformação como esse, que praticamente qualquer um pode agora acreditar na "verdade" que mais lhe aprouver.

Os fatos em contraposião à meias-verdades:

As regras de engajamento da força militar não podem ser diferentes das regras determinadas por lei para a própria força policial. As regras listadas no vídeo são exatamente as mesmas que se aplicam à conduta do policial em situações idênticas.

Agora a pergunta chave a ser feita e respondida é: são estas regras que estão impedindo o combate ao crime?

Qualquer bolsotário responderia sim sem pensar. E o problema está sempre neste "sem pensar", porque o cara só quer reafirmar suas próprias convicções, e assim ele vai buscar seletivamente argumentos e dados para isso. Mesmo que os argumentos sejam falácias e os dados meias-verdades ou completas mentiras. Porém a coisa chata com os problemas reais é que só são resolvidos também por soluções reais; desconhecer e não encarar a realidade é fugir tanto do problema quanto da sua solução.

Mas voltando à pergunta chave, não há dificuldade para qualquer um reconhecer que algumas destas regras são irrealistas para os dias de hoje, porém, como tudo que é irreal, existem apenas no papel mas não são seguidas no mundo real.

Particularmente a polícia do estado do Rio de Janeiro, desde sempre ou há décadas, vai muito-muito-muito além de simplesmente ignorar estas regras. A polícia do RJ se reveza com a de SP no posto das polícias que mais matam no mundo, e apenas uma juíza em todo o estado condenava policiais por forjarem autos de resistência e foi assassinada. No RJ, matar e forjar autos de resistência nada mais é que um requisito da burocracia. Aqui, durante muitos anos, a secretaria de segurança pagou gratificação por morte a qualquer policial. Certamente uma iniciativa pioneira em todo o mundo e que não foi encerrada por ação dos Direitos Humanos, mas por onerar o estado sem reduzir os índices de criminalidade. Também divulguei, neste mesmo tópico, uma pesquisa feita no Complexo da Maré antes da ocupação, onde quase um terço da população indicava ter sofrido algum tipo de violação de direito por parte da polícia nos 3 anos anteriores. Um dado bastante significativo sobre o quanto o respeito aos DHs pode estar cerceando a eficácia da polícia, tendo em consideração que na Maré residem mais de 130 mil pessoas.




PM-RJ expulsa 9 policias condenados por morte da juíza Patrícia Acioli

Juíza foi assassinada com 21 tiros na porta de casa em 2011.

Um sargento, 6 cabos e 2 soldados foram excluídos da corporação.
Do G1 Rio

Patricia Acioli (Foto: Reprodução Globo News)

Patricia Acioli foi morta em agosto de 2011 (Foto:
Reprodução Globo News)


O comando da Polícia Militar determinou nesta terça-feira (17) a exclusão de nove policiais militares condenados na Justiça por envolvimento com a morte da juíza Patrícia Acioli, assassinada com 21 tiros em agosto de 2011.


A lista de PMs expulsos traz o soldado Junior Cezar de Medeiros, o sargento Charles de Azevedo Tavares e os cabos Alex Ribeiro Pereira, Jeferson de Araújo Miranda, Sammy dos Santos Quintanilha e Sergio Costa Junior; o soldado Handerson Lents Henriques da Silva e os cabos Carlos Adílio Maciel Santos e Jovanis Falcão Junior.




Marcada para morrer


A juíza Patrícia Acioli estava em uma lista de doze pessoas marcadas pra morrer, segundo investigadores. O documento com a informação foi encontrado com Wanderson da Silva Tavares, o Gordinho, acusado de ser chefe de uma milícia em São Gonçalo, preso em janeiro de 2011 em Guarapari, no Espírito Santo.


De acordo com fontes da polícia, entre 2001 e 2011 a juíza foi responsável pela prisão de cerca de 60 policiais ligados a milícias e a grupos de extermínio. Em setembro de 2010, seis suspeitos, ente eles quatro policiais militares, foram presos. Segundo as investigações, todos faziam parte de um grupo envolvido no assassinato de 11 pessoas em São Gonçalo. A juíza Patricia Acioli foi quem expediu os mandados de prisão.


http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2014/09/nove-pms-condenados-por-morte-de-juiza-patricia-acioli-sao-expulsos.html



saiba mais

Últimos 2 PMs são julgados pela morte da juíza Patrícia Acioli, no RJ
PM é condenado a 19 anos e 6 meses por morte de Patrícia Acioli no RJ
Juíza assassinada sofreu emboscada e levou 21 tiros, diz delegado no Rio
Irmã de juíza Patrícia Acioli diz ter esperança na condenação dos reús
Missa e ato público marcam um ano da morte da juíza Patrícia Acioli



« Última modificação: 23 de Março de 2018, 20:15:08 por JJ »

Offline JJ

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #519 Online: 23 de Março de 2018, 20:09:03 »
16/04/2013 21h42 - Atualizado em 17/04/2013 01h03

PM é condenado a 19 anos e 6 meses por morte de Patrícia Acioli no RJ

Cabo é um dos 11 acusados do crime de 2011; 4 haviam sido condenados.

Juíza foi morta com 21 tiros na porta de casa, em Niterói.

Priscilla Souza e Isabela Marinho
Do G1 Rio

A Justiça do Rio condenou o cabo Carlos Adilio Maciel Santos a 19 anos e seis meses de prisão por homicídio triplamente qualificado e formação de quadrilha, na noite desta terca-feira (16), em mais um julgamento do caso da morte da juíza Patricia Acioli. Carlos Adilio também foi condenado a pagar 50 salários mínimos e a perder o cargo público. A defesa recorreu da decisão.

Patrícia foi assassinada com 21 tiros na porta de casa em Niterói, na Região Metropolitana, em agosto de 2011. Na época do crime, ela tinha 47 anos, era titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, e atuava em diversos processos em que os réus eram PMs do município envolvidos em supostos autos de resistência.

Com sentença, já são cinco policiais militares do 7º BPM (São Gonçalo) condenados por envolvimento no crime. Outros seis ainda aguardam julgamento.



'Participação moral e material'


Na sentença, lida às 21h40, o juiz do 3º Tribunal do Júri de Niterói, Peterson Barroso Simão, afirmou que o réu não participou da execução, mas teve participação moral e material no crime.


De acordo com o Ministério Público do Rio (MP-RJ), mesmo preso, Carlos Adilio participou da morte da juíza à medida que forneceu recursos financeiros para a emboscada, cedendo para o grupo sua parte do espólio de guerra — propina paga por criminosos para que os policiais do Grupo de Ações Táticas (GAT) para não reprimissem o tráfico de drogas na região.


"O réu tinha conhecimento de todas as tramas e nada fez para interromper o atentado", disse o juiz na sentença.


Parentes celebram


Ao final da leitura, a familia comemorou a condenação. "Saio satisfeita, com a sensação que a justiça foi feita, mas ainda faltam os outros réus", disse a irmã da magistrada, Simone Acioli, que esteve no tribunal ao lado da mãe Marli Acioli, do primo Humberto Nascimento e do o ex-marido de Patrícia, Wilson Chagas.


O resultado também foi o esperado pelo promotor Leandro Navega. "A tese do Ministério Publico foi novamente reconhecida e o réu foi condenado em tudo que a promotoria pediu.


http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2013/04/pm-e-condenado-19-anos-e-6-meses-por-morte-de-patricia-acioli-no-rj.html



Offline JJ

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #520 Online: 23 de Março de 2018, 20:17:57 »



Mas, o que  agentes estatais tem feito  no RJ  é pouco para os bolsonazis. Os  bolsonazis  querem licença para os agentes estatais matarem ainda mais.









Offline Gigaview

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #521 Online: 29 de Março de 2018, 20:01:53 »
Outro médium manifestando o espírito Bolsonaro. Tenho que admitir que concordo com quase tudo.

« Última modificação: 29 de Março de 2018, 20:06:11 por Gigaview »
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline JJ

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #522 Online: 29 de Março de 2018, 22:46:43 »
Estou pensando. Como o Freixo utilizará a morte desta vereadora para sua campanha para governador esse ano? Será eleito em primeiro turno. Provavelmente será o candidato da Globo, visto que é da mesma linha ideológica dos "especialistas" em segurança pública (todos sociólogos sem experiência no mundo real/fora do acadêmico, que querem dar regrinhas ridículas de como o policial deve agir) que a RGT chama para seus diversos programas. Tem respaldo de grandes artistas da empresa e fora dela...

Freixo não será candidato, ao que tudo indica.

Então, com a palavra, alguém que não é sociólogo inexperiente e nem cursou Academia CSI de Polícia.

O Coronel reformado da PM Robson Rodrigues, ex chefe do Estado Maior da PM-RJ.

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OS SINOS DOBRAM POR TI

Cada morte violenta me arranca um pedaço da alma, pois os mais de 60 mil homicídios ao ano nos distancia, e muito, do lugar civilizatório que, julgo, mereceríamos ocupar como país tão lindo como o nosso. Calo, sofro, choro em silêncio. Não me apraz falar, não me apraz comparecer a rituais de despedida fúnebre e sentir o sofrimento das pessoas, principalmente dos familiares, em respeito a suas dores. O cargo me obrigou a assistir inúmeros enterros, de inúmeras vítimas policiais de uma guerra fratricida que nos prostra enquanto seres humanos. Uma guerra inglória. Abri uma exceção por um dever de consciência; para falar de uma amiga, a vereadora Marielle, porque, se sua morte me impactou, muito mais tem impactado a forma vil e cega e infame como ela vem sendo tratada por algumas pessoas nas redes sociais. Pessoas que não conheceram Marielle. Senti-me na obrigação de informar a amigos desinformados sobre quem ela era; amigos que considero e que são bombardeados por bobagens e falsas informações sobre a vereadora que não conheceram. Segue abaixo uma dessas mensagens que enviei a um amigo a quem considero bastante e que talvez possa servir a outros amigos.

Caro amigo xxxx (oficial PM)
Te conheço há bastante tempo para saber o quanto você é inteligente para não se deixar levar por esses discursos que destilam o ódio, mesmo nesses momentos de dor. Deveríamos, sim, nos unir enquanto sociedade contra o maior problema civilizatório que nos afeta e dilacera: a violência homicida. Apesar disso, há pessoas que insistem em simplificar questão tão complexa, dividindo o mundo em direita e esquerda. Você está além disso que eu sei.
Choro pelas mortes infames, do cidadão comum, dos meus amigos, dos meus amigos policiais dos quais já perdi a conta inúmeras vezes. Meu primeiro serviço como aspirante foi atender a ocorrência do assassinato de um policial militar, adorado em
meu Batalhão. Chorar com sua família me fez pensar o quão difícil seria aquela trajetória profissional que eu havia abraçado.
Meu sentimento é expressado nos versos do poeta John Donne: “a morte de qualquer homem (ou mulher) me diminui, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti".
Choro agora por uma amiga admirável, sobretudo porque lutava contra essa estupidez e sonhava com uma sociedade melhor. A vereadora Marielle era corajosa; lutava a favor das minorias, mas principalmente contra a estupidez das mortes desnecessárias que têm endereço e destinatários certos. Mortes muitas vezes festejadas por pessoas que querem que nós, policiais, façamos para elas o serviço sujo de um extermínio fascista. Não se esqueça que também acabamos vítimas dessa estupidez.
Conheci Marielle quando ela me trouxe, de forma educada mas contundente, o caso de algumas mães amedrontadas com a ação de policiais que barbarizavam moradores de uma certa favela com UPP. Os fatos eram indefensáveis. Aqueles comportamentos não era o que se podia esperar de uma instituição que existe para combater o crime, mas, sobretudo, para servir à população. Tomei minhas providências. Se Marielle veio até mim buscando solução, era porque confiava na polícia, pelo menos em parte dela, uma parte da qual eu te incluo. Marielle, assim como nós, não confiava na polícia violadora de direitos, na polícia bandida, mas confiava na instituição policial, naqueles que não querem que ela seja instrumentalizada para fins vis e elitistas, sendo direcionada para os mesmos estratos de onde a maior parte de nossos próprios policiais vem.
Depois disso ela me procuraria para saber como ajudar policiais que sofriam abusos, assédios moral e sexual e outros tipos de violações de direitos. Eu te pergunto: alguém que “só quer defender bandido” teria esse comportamento?
Na ocasião, me lembro de ter comentado com ela do sofrimento dos policiais subalternos, da mulher policial, da mulher negra policial etc. Um fato em especial me tocava naquele momento: o de viúvas de PM. Eu disse a ela que uma das formas de ajudar poderia ser agilizando os processos de obtenção de suas pensão. Há trâmites administrativos que emperram a pensão da viúva e que extrapolam as possibilidades da corporação; há também a lentidão da investigação da morte dos policiais militares por parte da PCERJ, que é formalidade do processo. Ela se interessou e, depois, junto com o deputado Marcelo Freixo, criaram um núcleo de atendimento a policiais. Mesmo depois de ter deixado a PM, encaminhei alguns casos a eles.
Nossos praças e oficiais mais subalternos, principalmente as policiais negras, são discriminadas diariamente em nossa instituição, sofrem assédios, sobretudo por parte de pessoas como nós, oficiais e brancos. Recentemente a PM impôs limite de vagas para mulheres no concurso do CFO, mas contra isso ninguém de dentro se colocou. Marielle se interessava por essas causas, que, infelizmente, ainda não tocam nossa sensibilidade institucional. Com suas bandeiras ela defendia muito mais nossos policiais do que nós fomos capazes de compreendê-lo e de fazê-lo.
Portanto, postagens maldosas como essas, que vêm circulando nas redes sociais, além de não retratarem a realidade, são de um imenso desrespeito não só à historia de Marielle, mas aos nossos policiais honestos e trabalhadores sofridos, sobretudo as policiais negras, que tanto necessitam ser acolhidos nas causas que ela magnificamente defendia. Que tenhamos Marielle presente para transformar nossa polícia em uma instituição melhor para a sociedade e para policiais vocacionados.




Excelente, serve para dar um cala boca na parte da direita extremista pirada seguidora do fã do torturador Ustra.



Offline JJ

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #523 Online: 26 de Abril de 2018, 19:03:18 »
NÚMERO DE CHACINAS DOBROU DURANTE INTERVENÇÃO NO RIO



Agência Brasil - Nos dois meses de atuação da intervenção federal no Rio de Janeiro, o número de chacinas dobrou na comparação com o mesmo período de 2017. No ano passado, foram seis episódios que resultaram na morte de 22 pessoas. De 16 de fevereiro a 15 de abril de 2018, foram registadas 12 chacinas, com a morte de 52 pessoas.


O decreto do presidente Michel Temer autorizando a intervenção federal, com o uso das Forças Armadas em operações de segurança pública, foi publicado em 16 de fevereiro deste ano.


Os dados estão no relatório À deriva - sem programa, sem resultado, sem rumo, divulgado hoje (26) pelo Observatório da Intervenção, que reúne várias entidades da sociedade civil e faz o acompanhamento diário dos trabalhos na segurança pública desde fevereiro.


Segundo a coordenadora do Observatório, Sílvia Ramos, no período da intervenção ocorreram episódios graves de descontrole policial. Ela cita, como exemplo, a chacina da Rocinha. "No dia anterior um policial tinha sido covardemente assassinado. Uma tropa de choque entra [na comunidade] de madrugada e mata oito pessoas, numa ação totalmente inexplicada, sobre a qual não há nem mesmo uma investigação. É um ponto gravíssimo."


Ela citou também a chacina de Maricá, onde cinco jovens foram mortos por milicianos. De acordo com Sílvia, os dados da violência no estado não estavam piores antes da intervenção, mas também não melhoraram depois da chegada das Forças Armadas. "O quadro geral é muito preocupante."


"Quando a gente compara o Rio sob intervenção com o que havia antes, a gente percebe que as condições de segurança e de criminalidade ou se mantiveram num nível tão alto como havia antes ou então pioraram, como é o caso dos crimes contra o patrimônio, os roubos e roubos de rua", avaliou a especialista.


"Nesses dois meses continua a descoordenação na área de segurança. A sensação de insegurança na cidade é muito grande, os tiroteios aumentaram em relação há dois meses e em relação ao ano passado. O controle sobre as ações policiais é muito pequeno e houve a multiplicação das chacinas, ou seja, episódios em que houve três mortes ou mais em um único evento", completou.

[...]




https://www.brasil247.com/pt/247/rio247/352724/N%C3%BAmero-de-chacinas-dobrou-durante-interven%C3%A7%C3%A3o-no-Rio.htm



Offline Pedro Reis

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Re:Governo decide fazer intervenção na Segurança Pública do Rio
« Resposta #524 Online: 28 de Abril de 2018, 23:37:52 »
NÚMERO DE CHACINAS DOBROU DURANTE INTERVENÇÃO NO RIO




Apenas o previsto e o esperado.

Para quem não tem o mínimo conhecimento do problema no RJ, poderia parecer que esse ato de propaganda política do governo federal em conluio com o Pezão poderia ser útil, pelo menos como um paliativo. Eu não entendo é o carioca ser iludido pela enésima vez depois de mais de 30 anos de intervenções fracassadas do exército na segurança pública.

Veja bem, chacinas... acho que nem o mais otimista poderia imaginar que a intervenção pudesse impedir chacinas. Mas está sendo pior até do que eu mesmo esperava: em março o roubo de cargas na região metropolitana simplesmente bateu o recorde histórico, com uma inacreditável média de mais de 30 caminhões roubados por dia. E essa, em tese, era uma atividade criminosa que se supunha que o exército pudesse coibir. Afinal estes ataques ocorrem em trechos limitados e bem conhecidos das vias de acesso da cidade.

Mas dá uma olhadinha no vídeo abaixo. O que você vai ver não é Allepo, não é na Síria. É o Rio de Janeiro em plena intervenção militar e a bala comendo solta na Pça. Seca. Agora, vê se o exército deu as caras por lá... e o pau continua comendo solto até hoje.



 

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