O estudante que sai do ensino médio é um coitado. Todos eles. Na Europa há muitas universidades, sim, bobeando mais do que aqui. A questão é que nem lá, nem cá, precisa-se de um número táo grande de bacharéis; mas lá não parece existir muito problema em conseguir emprego sem ter faculdadetendo feito um curso técnico. 2 casos que testemunhei:
1) rapaz brasileiro formado em sistemas da informação (?) concorrendo a vaga de atendente de telemarketing e não sendo aceito.
2) rapaz italiano desistindo da faculdade de biotecnologia para fazer um curso técnico de marcenaria e conseguindo um emprego na sua área, com salário suficiente pra se sustentar.
O que difere a Europa da gente é que o ensino público básico tem qualidade suficiente pra o jovem não precisar de nada além dele para entrar no mercado de trabalho formal. Já nós deixamos o jovem no estabelecimento de ensino por décadas - um jovem pode passar uns DEZESSEIS anos estudando pra conseguir ser empregado - sem contar a pré-escola - consumindo recurso público cada vez mais, em vez de dar um fundamental decente e ensino técnico.
Ou seja: estamos exigindo cada vez mais formação do trabalhador porque ele fez um ensino fundamental ruim. E daí em diante. Daqui há pouco, pra ser gerente de loja vai precisar de MBA.