Bem, fazendo um novo resumo:
Se ser mais "forte", por coisas não relacionadas ao estupro, fosse sempre bom, acabaria tendo a tendência a serem selecionados sempre os mais "fortes". Tanto pela seleção dos mais fortes em si, pelos outros fatores, quanto pela menor disposição de indivíduos "fracos". Mas maior força não é sempre necessariamente bom, pode significar gastos desnecessários, simplesmente (como mutantes de miostatina); obviamente ser mais fraco também não é sempre o melhor.
Mas desprezando outros fatores, se focando apenas na questão de estupro, a coisa tenderia a ficar equilibrada. Porque para o macho ser um bom estuprador seria aptidão, e para a fêmea ser mais estuprável é que seria aptidão. E ao mesmo tempo, os dois se anulam.
Quando o gene para maior força, está num macho, sim, ele leva vantagem. Mas no momento em que é passado, e "cai" numa prole fêmea, é um obstáculo para si mesmo, para outra cópia dele em outro macho.
Nas fêmeas, os genes de fraqueza, "estuprabilidade" é que levariam vantagem. E eles
vão junto quando são estupradas pelos mais que tem genes para serem mais fortes.
Os genes para "fraqueza", nos machos, seriam análogos aos de forte resistência ao estupro nas fêmeas, menor aptidão. Em ambos os casos, só seriam favorecidos por flutuações de condicionamento.
Até posso imaginar vantagens para os genes de maior força/capacidade de estupro nos machos, como as que você mencionou, e outras, mas não dá para generalizar... vai depender de vários detalhes da espécie em questão. De modo geral, por exemplo, machos por serem machos (não digo no sentido machista, hehe), podem ter mais descendência que as fêmeas, mesmo se as fêmeas também copularem com vários machos, equilibrando as chances de vários tipos diferentes um pouco mais.
De qualquer maneira, na geração seguinte, o sucesso dos genes para machos fortes representaria um obstáculo para eles mesmos quando estivessem em fêmeas. Aí então as fêmeas médias e mais fracas, estupráveis é que teriam maior sucesso, e mesmo que novamente fosse um macho mais forte que a fecundasse, todos os genes iriam juntos, tanto o para maior força, quanto o para fraqueza.
As fêmeas que eventualmente tivessem todos os genes para não-resistência do lado paterno e materno, teriam maior sucesso ainda, compensando eventuais machos que tenham todos os genes para maior força, dos dois lados.
Por exemplo, aqui, você só considerou o sucesso reprodutivo dos machos:
aí é que está o ponto o macho forte (A) tem, por exemplo um universo de 100% das fêmeas para acasalar, das que ele tenha contado, um de força média (B) uns 80%, e um fraco (C) 60%.
qual vai se reproduzir com mais eficiência? e que tipo de macho no decorrer das gerações vai ter passado mais genes? de por exemplo 5 femeas que o macho A tentar se acasalar ele vai acasalar com as 5, o B com 4 deixando uma sem ser fecundada e C 3, as que sobrarem serão fecundadas pelo macho do tipo superior. ou seja, em 40% das fêmeas o cruzamento é aleatório, em outros 20% (entre 80-60), só os machos A e B vão poder acasalar, nos 20% entre 80-100 só os machos A.
Se as fêmeas tivessem inversamente, as A, apenas 60% de sucesso reprodutivo ("estuprabilidade"), as B, 80%, e as mais fracas, 100%, acabaria equilibrando. Mesmo que mais machos A tivessem sido bem sucedidos na geração anterior, agora 50% do sucesso deles se transformaria em obstáculo; ao mesmo tempo, a desvantagem da menor aptidão dos machos mais fracos seria compensada por 50% de fêmeas que teriam, nesse modelo ideal, o mesmo sucesso dos machos fortes. E os médios permaneceriam sempre na mesma.
E isso aqui:
Macho A vai cruzar com os 20% que só ele é capaz, vai disputar com o B as femeas que os dois são capazes pegando ai mais 10%, e ainda disputar as femeas restantes com o B e o C ,o que vai dar 20% para cada. isso tudo supondo que a supeiroridade fisica dele não vá interfirir na efetividade de cópula com as femeas que só o b ou o c conseguem (o que é pouquissimo provável).
o que isso vai gerar? fêmeas com mais herdabilidade do tipo A, ou seja, vai diminuir gradativamete o espectro de fêmeas "fracas"
Não faz sentido; aceito perfeitamente que o A seja o bonzão e leve sempre a melhor. E que B seja na média, e machos C sejam praticamente irrisórios.
Mas depois, na geração seguinte (na verdade, na mesma também), o sucesso dos machos A, B e C, e das fêmeas também, seria dividido em 50% de machos e fêmeas. E com as fêmeas o sucesso deve ser inverso.
Ou seja, metade do sucesso dos machos A, estaria desperdiçado em fêmeas que só machos A conseguiriam estuprar. E disso, resultariam as fêmeas "AA", seriam praticamente inestupráveis a não ser por um novo mutante "super A", algo que pode ser desconsiderado a menos que for supor que ser mais forte é sempre melhor para todas espécies.
Em outros casos, as fêmas "AB" e "AC", também estariam em desvantagem com relação as BB, BC, e CC. Sendo que as CC seriam as que teriam maior vantagem. MAs novamente, na geração seguinte, o sucesso dessas fêmeas seria perdido em 50% de machos.
Bem, pelo menos é assim que vejo. Talvez tivesse que fazer umas contas, mas acho que levando em conta uma coisa "justa", a vantagem de machos representando uma desvantagem proporcional nas fêmeas e vice-versa. Se for para inventar mais parâmetros aí dá para tanto supor vantagem para maior força quanto para menor.