Estava pesquisando sobre guerras religiosas, e encontrei esse texto, que acredito que resume muita coisa deste tópico.
Ps: Tenham um pouquinho de paciência em alguns trechos que o cara é teísta.

Guerras religiosas
Alamar Régis Carvalho
alamar@redevisao.net
Conforme todos sabemos, as guerras por motivos religiosos já mataram mais gente e provocaram mais desgraças que todas as outras guerras juntas, inclusive aquelas por motivos políticos. Eu já disse isso várias vezes aqui.
É vergonhoso isso, não é? É uma tristeza sem tamanho e mais uma comprovação de que Jesus sabia muito bem porque sentia a necessidade de ser tão duro diante dos hipócritas.
Gente! Como é que pode uma pessoa que se diz seguidora de Jesus promover guerra, contenda, confronto e disputa com outras pessoas, chegando ao ponto da agressão e até do derramamento de sangue?
Que Jesus é esse, que essa pessoa segue?
Talvez você questione:
Mas essa guerra que o Alamar está se referindo aqui é aquela guerra da Irlanda do Norte, que já dura anos, entre Católicos e Protestantes, onde se utilizam armamentos bélicos, bombas de destruição em massa etc.
Sim, aquela é verdadeiramente uma guerra religiosa sem vergonha ao extremo, de uma burrice sem tamanho, mas eu quero trazer a coisa aqui prá mais pertinho de nós?
Será que nós mesmos não somos os responsáveis por esse lamentável exemplo de selvageria da humanidade?
Observemos bem, amigos leitores, eu nem vou fazer referências à prática em outros países, onde a violência é maior, vamos analisar como muitas pessoas praticam religião em nosso país mesmo:
Em vez de assimilarem os ensinamentos que a rotulação religiosa lhes oferece, praticando-os e até divulgando-os para que outros tomem conhecimento, o que é um direito sagrado, muitas pessoas se acham no direito de quererem impor a sua religião para os outros, de fazerem provocações em praça pública ou através de rádio e televisão, de invadirem lares de forma inconveniente, obrigando que as pessoas os escutem e até de proibirem que os outros pratiquem as suas formas de crenças.
Aqui em Salvador, durante a inauguração do novo complexo turístico do Dique do Tororó, tivemos a desagradável oportunidade de ver multidão de protestantes revoltada, se propondo a destruir as imagens que a prefeitura colocou no lago, em homenagem a cultura afro da Bahia que todo Brasil e o Mundo conhecem.
Ainda bem que as autoridades tiveram autoridade mesmo, não se deixaram levar pela demagogia política e agiram com rigor não permitindo que aquele abuso de determinados "crentes" fosse alimentado.
Em muitas cidades do interior, alguns padres ainda patrulham os moradores, indo de casa em casa, tomando satisfação com cada um, questionando pelo fato de frequentarem igrejas protestantes ou centros espíritas!
Qual é a lei que dá esse direito a esses padres?
Alguns outros utilizam os sermões, durante a missa, para praticarem esse patrulhamento, ameaçarem as pessoas, cercearem o direito à liberdade que todos têm, quando deveriam utilizar aquele momento para promoverem a melhora espiritual e a evolução moral de todos.
Nessa proliferação protestante que existe aí, no rádio e na televisão, observamos pastores agredindo a figura de Maria Santíssima, aquele espírito maravilhoso que o próprio Deus escolheu para ser a mãe carnal de Jesus, quando esteve na Terra! Como é que pode uma coisa dessa, gente!!!
Que mal esse espírito fez a essa gente? Não há um momento sequer, nos Evangelhos, em que aparece Maria promovendo alguma maldade, agressão ou imoralidade. Ela só foi Amor em toda a sua vida com o filho Jesus!
Já chegaram a chutar uma sua imagem, pela televisão, diante de milhões de pessoas, numa proposta visível de disposição para a guerra, onde haveria muito derramamento de sangue neste país não fosse a intervenção equilibrada e sensata de bispos católicos que perceberam a insanidade mental do movimento responsável, ou irresponsável, que promovera tão desastrosa idéia.
Em Natal, no Rio Grande do Norte, protestantes se acharam no direito de reunirem multidões de mãos dadas, em torno do seu Centro de Convenções, para proibirem que as pessoas entrassem naquele ambiente para assistirem o congresso espírita que anualmente ali se realiza.
Conheço uma pessoa que pretendia deixar de fumar, mas preferiu continuar fumando, só por causa do abuso de parentes e "amigos" crentes que insistiam em criticá-lo, censurá-lo e encher-lhe a paciência a todo momento por causa do seu cigarro.
É preciso que acabemos com essa palhaçada religiosa que não leva a nada.
Se a sua religião não conseguiu transformar você em pessoa dócil, humilde, amável, moralizada, respeitável ao direito alheio e evoluída conforme a proposta de Jesus, se é que você acha que é a religião que promove essas transformações e salva a pessoa, que moral você tem para querer convencer os outros de que essa sua religião é boa?
Não serviu prá você, vai servir para os outros?
Consta que agora inventaram uma espécie de marketing de rede, tipo "Amway", em uma determinada igreja, que faz com que o seu "fiel" ganhe percentual em cima de todos os dízimos e ofertas das pessoas convertidas por ele. Agora é que a coisa vai ficar chata mesmo, com gente tentando converter gente a qualquer custo, como alguns vendedores que insistem em vender os seus produtos de qualquer maneira.
Que cada um pratique a religião que achar conveniente, que pregue esse religião pelo meio que tiver disponível, mas que não imponha e muito menos force as outras pessoas a pensarem conforme a sua cabeça.
Que aqueles que dizem terem aceito Jesus, passem a imagem dele para os outros, como exemplo de Amor, Fraternidade, Paz, Coerência e Harmonia e não como exemplo de intolerância, desrespeito, agressão e desunião.
http://www.redevisao.com/html/materias/atarde/guerrasreligiosas.htm