Certo.
Não. Não me proíbe de crer em Deus, é verdade, e algumas linhas (principalmente as tibetanas) quase chegam a convidar que eu creia em certas divindades. Mas mesmo nessas basta ter um pouco de dedicação para ver por baixo da superfície e obter o ensinamento sem o folclore.
Que tipo de ensinamento você se refere?
A ciência não te dá esses ensinamentos e não te deixa mais confortável?
Não quero ser determinista, mas não vejo nada de produtivo em um ensinamento religioso.
Como você não leu sobre o conceito de ideologia de Marx. Vou trascrever um trecho da wikipedia pra você.
Karl Marx iria desenvolver uma teoria da ideologia concebendo-a como uma forma de falsa consciência cuja origem histórica ocorre com a emergência da divisão entre trabalho intelectual e manual. É a partir deste momento que surge a ideologia, derivada de agentes sociais concretos (os ideólogos ou intelectuais), que autonomizariam o mundo das idéias e assim inverteriam a realidade.
Eu vejo exatamente desta forma, como se ter esperança no mundo (de um contexto não umbilical) diante de todos os números, dados, estatísticas que temos?
É obvio que eu faço a minha parte, vou ser professor, quero ensinar aos meus alunos o poder da dúvida, o poder que nós temos sobre o planeta, e tentar mudar esta realidade capitalista consumista que vem com o avanço da humanidade.
Com certeza tenho o compromisso de ensinar a mudança e o não conformismo, mas lá no fundo, bem lá no fundo, não creio que isso vá adiantar, e talvez eu nunca descubra o por que que penso assim.
É isso.