Da IstoÉ
O caso estudado cientificamente por Sonia é
o de Cleusa Julio, uma mãe como outra qualquer:
não suportava a dor pela perda da filha adolescente, Edna, que morreu há três anos, atropelada por um carro enquanto andava de bicicleta. Dilacerada, procurou a Associação Nacional de Transcomunicadores, presidida por Sonia, e
conseguiu estabelecer comunicação com a menina. Uma das conversas gravadas entre mãe e filha foi enviada há seis meses a um centro de pesquisas em Bolonha, na Itália, o Laboratório Interdisciplinar de Biopsicocibernética, único na Europa totalmente dedicado ao exame e análise científicos de fenômenos paranormais. Junto, foi encaminhada outra fita com um recado deixado por Edna, antes de morrer, numa secretária eletrônica. O resultado, que acaba de chegar, é um surpreendente laudo técnico de 52 páginas, cuja conclusão diz: a voz gravada por meio da transcomunicação é a mesma guardada na secretária eletrônica.
O que me espanta é a superficialidade com que a mídia brasileira procura dar embasamente científico às sua matérias.
O laudo, por si só, não diz nada. Para ser levado a sério, todo o processo, do início ao fim, deve ser feito conforme critérios rigorosos, critérios esses disponíveis a qualquer um.
Porque não se faz isso e se divulga em meios públicos, para a livre avaliação de todos?
Não vai ser através de sentimentalismos que se conseguirá comprovação.