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7 DE AGOSTO DE 2006 - 00h12Entrevistadores da Globo pegam pesado com AlckminO candidato do PSDB à presidência da República, Geraldo Ackmin, foi o primeiro candidato presidencial a participar da série de sabatinas promovida pelo Jornal Nacional, da Rede Globo. Entrevistado pelo casal de apresentadores Willian Bonner e Fátima Bernardes, a ''conversa'' com Alckmin foi uma experiência visivelmente desconfortante. A sucessão de perguntas a que foi submetido incluiu todos os assuntos mais espinhosos da recente história política do candidato, desde as ondas de violência em São Paulo até o envolvimento do ex-presidente do PSDB com o chamado ''valerioduto''. Na definição do jornalista Fernando Rodrigues, foi o ''massacre da serra elétrica''. Por essa Alckmin certamente não esperava. Ao inaugurar a sabatina do Jornal Nacional, da Rede Globo, com os candidatos à presidência da República, o tucano foi submetido na noite de ontem (7) a uma bateria de perguntas que incluiu todos os assuntos que Alckmin e o PSDB gostariam de evitar.Incisivos, os entrevistadores Wiliiam Bonner e Fátima Bernardes começaram questionando o tucano sobre o assunto que lhe parece mais doer no calcanhar: as recentes ondas de violência em São Paulo protagonizadas pelo crime organizado.O data escolhida para a sabatina também não poderia ser pior: Alckmin foi entrevistado bem na noite de um dia tumultado por diversos ataques da facção criminosa conhecida como PCC (Primeiro Comando da Capital). Durante toda a entrevista, Alckmin estava visivelmente desconfortável. Mas a pergunta que ele aparentemente mais sofreu para responder foi sobre o reajuste dos aposentados. O ex-governador de São Paulo criticou o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao reajuste de 16,67% nas aposentadorias acima de um salário-mínimo: ''O governo gastou R$ 20 bilhões (1% do PIB) com todo mundo e depois virou para os aposentados e disse que não tinha R$ 7 bilhões para eles. Mas acabou de aprovar R$ 9,5 bilhões para o fundo de pensão da Petrobras. São dois pesos e duas medidas'', disse. Mas quando questionado sobre o fato de o reajuste nunca ter sido aprovado durante o mandato de seu colega de partido, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Alckmin mudou o tom, e justificou dizendo que ''um erro não justifica o outro'' e foi obrigado a assumir um compromisso que ele sabe que jamais poderia (nem gostaria) de cumprir: o de dar um elevado reajuste às aposentadorias.Alckmin falou ainda sobre a questão ética, sobre as CPIs barradas em seu governo, sobre o envolvimento do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), ex-presidente do partido, que também recebeu dinheiro do empresário Marcos Valério, em 1998, e sobre o fraco desempenho educacional dos estudantes de São Paulo. Sorteio A ordem das entrevistas foi decidida por sorteio. Todas serão ao vivo e terão a duração de dez minutos, com uma prorrogação máxima de 30 segundos, mas na entrevista com Alckmin a prorrogação foi bem maior e a insitência de Fátima Bernardes em fazer novas perguintas mesmo depois do tempo ter cabao acabou provocando um mal estar.Os candidatos se comprometeram a não usar no horário eleitoral obrigatório a entrevista aqui concedida, no todo ou em parte.Nesta terça-feira, a sabatinada será a senadora Heloisa Helena. Com seu jeito ''meigo-doce-incisivo'' pode ser que ela se saia melhor que o candidato tucano, mas a julgar pela bateria de perguntas de ontem, é bom a candidata do PSOL e todos os que sentarem na banqueta nas próximas entrevistas preparar o espírito que o chumbo virá grosso. Confira abaixo a íntegra da entrevista com Geraldo Alckmin: William Bonner: Ao longo da campanha, o senhor tem apresentado números muito bons do combate a criminalidade em São Paulo. No entanto, o estado hoje pela terceira vez, desde o início de maio, foi aterrorizado por ataques de bandidos comandados, inclusive, de dentro das cadeias. A pergunta é: Em que aspecto o senhor considera que a política de segurança pública de São Paulo poderia servir de exemplo para o Brasil?Geraldo Alckmin: Nós reduzimos, Bonner, de 1999 para cá, de 12,8 mil para 11 mil, 10 mil, 9 mil, 8 mil, terminamos o ano passado com 7,2 mil homicídios. Na capital, mais de 50%. Foram 90 mil criminosos tirados da rua e colocados nas prisões. Veja que não tem lógica, ladrão não ataca polícia. Ladrão foge da polícia e quer dinheiro, quer benefício material. Não tem sentido dar tiro em posto de gasolina, atacar polícia, tocar fogo. Ele não ganha nada com isso. William Bonner: É um ataque terrorista, nesse sentido.Geraldo Alckmin: Exatamente. São ações de guerrilha, ações terroristas, para quê? Para atemorizar o governo, o Ministério Público, aqueles que estão do lado da lei. E nós não podemos retroagir, não devemos retroagir, temos o dever de enfrentar. William Bonner: Certamente a população de São Paulo não há de esperar que o governo recue numa situação como essa. Mas, de qualquer maneira, a despeito do investimento e dos números que o senhor apresenta, o fato é que só na primeira ação, na primeira onda de atentados, foram mais de 100 mortes em São Paulo. A população, certamente, se pergunta o que é que permitiu que as coisas chegassem a esse ponto, candidato, onde foi que houve falhas na política de segurança pública.Geraldo Alckmin: É, foram 500 presos no estado de São Paulo. Essa é uma luta permanente que nós temos que vencer batalhas, todo dia. E digo mais, essa é uma questão, Bonner, de caráter nacional. Você tem uma demonstração localizada aqui, ali, mas todas as grandes cidades brasileiras têm problema de segurança. E se é uma questão dos brasileiros é uma questão do presidente da República. Eu, como candidato à presidente da República, não vou me omitir, vou estar à frente desse trabalho. Legislação, toda ela é federal. Nós podemos melhorar a legislação para apertar o crime organizado. Polícia de fronteira, porque atrás de tudo isso você tem tráfico de droga e tráfico de armas e é importante o policiamento de fronteira. Exército e Polícia Federal. Recursos do fundo de segurança e do fundo penitenciário; inteligência; banco de dados. Pretendo assumir essa responsabilidade. Essa é hoje uma prioridade dos brasileiros e vai ser uma prioridade do meu governo. Não vou me omitir, não vou me esconder e vou liderar esse trabalho. Fátima Bernardes: A gente ouviu, no início do jornal, queixas em relação à falta de investimento do governo federal e o senhor voltou a falar nisso. Mas, quando o senhor saiu do seu governo em São Paulo havia uma sobra, dita pelo senhor, de R$ 2 bilhões. Esse dinheiro não dava para ser usado, de alguma forma, enquanto essas verbas federais não chegavam?Geraldo Alckmin: Não, o estado não tem sobra, Fátima. Nós investimos R$ 9,5 bilhões por ano; 7,5 bilhões a Secretaria de Segurança Pública e quase R$ 2 bilhões a Secretaria da Administração Penitenciária. O que está havendo hoje é o crime organizado, verdadeiras máfias, tentando fazer o governo recuar, jogando, tentando até jogar a opinião pública contra o governo. E cabe a nós enfrentarmos, não ter medo de cara feia, enfrentar o problema, agir de forma firme, prestigiar a polícia e prender. Essa questão dessa noite, já foram 12 presos, dois mortos no combate e esses 12 vão dizer quem mandou. E você vai chegando à cúpula, e colocar em penitenciária de segurança máxima. Fátima Bernardes: Candidato, o senhor defende um banho de ética na política brasileira. Mas, em 1998 o senador Eduardo Azeredo, do seu partido, beneficiou-se do Valerioduto. Por que o PSDB não teve com ele a mesma firmeza que acabou cobrando do governo Lula em relação ao Mensalão?Geraldo Alckmin: Olha, primeiro são coisas totalmente diferentes. Eu não justifico erro, não tenho compromisso com erro e punição, Fátima, é para todo mundo. Pode ser de qualquer partido, inclusive do meu partido. Agora, Mensalão é corrupção, é roubo, uma coisa totalmente inadmissível. Fátima Bernardes: Mas no caso do Governo de Minas o que aconteceu também foi uso de dinheiro público. Porque, no caso, os empréstimos feitos pelo senhor Marcos Valério para ajudar na campanha de reeleição do governo Lula oferecia, como garantia desses empréstimos, contratos que ele tinha com as secretarias de estado. Isso também não é dinheiro público?Geraldo Alckmin: É, na realidade, responderá pelo ato dele. Não tenho compromisso com erro. Se houve erro, eu acho que ele já se explicou, mas se houve erro, se ficar provado, vai responder por isso. Eu acho que o Brasil, nós temos que ser firmíssimos. Eu aprendi com meu pai: dinheiro público é sagrado. E hoje nós temos uma praga no Brasil que é a tal da corrupção. Hoje mesmo, acabou de ser divulgado, só no Sanguessuga quatro ministros envolvidos num, exclusivamente, num caso de corrupção. William Bonner: Agora candidato, durante a sua gestão à frente do governo de São Paulo, a Assembléia Legislativa de São Paulo deixou de levar a diante por obra de seus aliados, por ação de seus aliados na assembléia, 60 CPIs que investigariam acusações ao seu governo. Por que isso?Geraldo Alckmin: Bonner, primeiro a assembléia é um outro poder. O governador não manda na assembléia. Aliás, os nossos secretários do estado, ao longo de 12 anos do mandato do Mário Covas e meu, sempre prestaram contas à sociedade paulista. Agora, essas sessenta e tantos pedidos de CPI, você tem quatro, cinco para a mesma coisa. Por exemplo, CPI para investigar a contaminação do solo, CPI do apito de futebol, CPI de multa de trânsito, CPI, tem CPI de tudo. A maioria nem se relacionam com o governo do estado. E nós não podemos transformar a CPI em luta política. Hoje, qual a tese do PT? Antigamente era: somos diferentes de todos. Agora é: somos todos iguais. Não, não, não. Não somos todos iguais, não aceitamos isso. A assembléia, se quiser, pode investigar o que quiser, até porque o nosso governo é transparente, não temos nada a esconder, 12 anos de trabalho aprovado pelo povo de São Paulo. Fátima Bernardes: Candidato, o senhor está falando em investigação. Durante o seu governo, as verbas de publicidade da Nossa Caixa, elas foram usadas para anúncios em veículos pequenos de comunicação de aliados seus. Como fica essa questão para um candidato que pretende varrer a corrupção de Brasília?Geraldo Alckmin: Olha Fátima, primeiro o governo do estado ele é o que menos investe em publicidade. São Paulo tem um orçamento de R$ 81 bilhões, maior que a Argentina em termos de PIB, renda per capta, população, e gasta menos que municípios de capitais brasileiras, um dos que menos gasta. Aliás, esse ano, até menos do que o ano passado. A Nossa Caixa é um banco que foi o primeiro a entrar no novo mercado, governância corporativa, transparência absoluta, ela tem critérios próprios de publicidade. Aliás, muito bem colocados e privilegiando grandes veículos de comunicação. William Bonner: Mas então, o que teria havido no caso da Nossa Caixa? Porque esses veículos eram pequenos, não tinham representatividade e ainda assim o senhor disse que, com critérios técnicos, eles foram escolhidos para os anúncios. E houve ainda outra irregularidade em relação a contas da Nossa Caixa. Porque as agências de publicidade, durante dois anos, movimentaram aí dinheiro público, R$ 20 milhões, sem contrato.Geraldo Alckmin: Bonner, é importante esclarecer isso até para o telespectador. Primeiro, essa questão do contrato. A Nossa Caixa fez um contrato de publicidade, uma licitação, fazendo por um ano e meio podendo prorrogar por mais um ano e meio. Portanto, é questão meramente burocrática. Se ela tivesse prorrogado, e estava previsto no contrato a prorrogação, nenhum problema. Estava prevista a prorrogação. Houve um erro formal, nenhum prejuízo para a sociedade. Houve erro formal. A própria Nossa Caixa percebeu, olha, passaram-se alguns meses e o contrato não foi renovado. Ela mesmo interrompeu o contrato, abriu uma sindicância, puniu um funcionário e abriu uma nova licitação. Não há nenhum prejuízo, uma questão burocrática, o contrato poderia ter sido prorrogado. Ele era previsto.William Bonner: E com relação a aposentadoria. O seu partido aprovou aí um aumento para todos os aposentados, que significaria um roubo de R$ 7 bilhões nas contas públicas, porque aquilo não estava previsto em orçamento. Quando o PSDB era governo, ele não agia dessa forma e tanto o senhor quanto o seu partido condenaram o veto que o presidente Lula se viu a fazer, nesse caso. Por que isso? Qual é a explicação para isso?Geraldo Alckmin: Eu faria tudo para pagar esse reajuste, tudo o que eu pudesse. Veja bem, o governo gastou R$ 20 bilhões, 1% do PIB, com todo mundo. Deu aumento para funcionário, fez convênios, liberou recursos para municípios. Depois que ele gastou R$ 20 bilhões, ele virou para os aposentados e disse: olha, eu não tenho dinheiro para vocês. Não tem R$ 7 bilhões para os aposentados que ganham dois salários mínimos, em média, do INSS. Mas acabou de aprovar R$ 9,5 bilhões da Petrobras para o fundo de pensão da Petrobras. O acionista majoritário da Petrobras é o governo. Então usa dois pesos e duas medidas. Fátima Bernardes: E por que nos oito anos anteriores do governo do PSDB isso não chegou a ser feito, um aumento significativo como esse não chegou a ser dado?Geraldo Alckmin: O governo do Fernando Henrique sempre procurou dar reajustes. E um erro também não justifica o outro. William Bonner: Mas eles ficaram sempre abaixo, não candidato?Geraldo Alckmin: O que é incorreto é a forma, quer dizer, você libera R$ 20 bilhões, depois diz que não tem dinheiro para o aposentado. Não tem R$ 7 bilhões para quem ganha pouco, mas tem R$ 9,5 bilhões para completar o fundo de pensão da Petrobras.Fátima Bernardes: Uma pergunta sobre Educação, candidato. Por que o estado mais rico do Brasil, ele não tem resultados bons na Prova Brasil, tem resultados ruins e é o estado que realmente tem mais dinheiro?Geraldo Alckmin: Não, o estado de São Paulo é o primeiro do Saeb. Fátima Bernardes: Não, não, da Prova Brasil, que mede de quarta a oitava com uma amostragem diferente...Geraldo Alckmin: Do Saeb, que avalia sistema de educação, São Paulo é o primeiro do Brasil. Fátima Bernardes: Mas a avaliação do desempenho dos alunos de quarta a oitava, eu tenho aqui para o senhor ver, são sexto em português e sétimo em matemática na quarta e na oitava é oitava em língua portuguesa e décima em matemática.Geraldo Alckmin: Eu não tenho exatamente esse dado. Agora, o Saeb, que é o último que nós temos, que avalia todo o sistema de educação, São Paulo é o primeiro do país. Nós passamos as escolas de quatro para cinco horas/aula. Três dias por semana, seis horas/aula. A partir desse ano 520 escolas em tempo integral. Criamos a rede técnica, as faculdades de tecnologia, toda a prioridade à educação. Fátima Bernardes: Para encerrar, então, candidato, queria que o senhor dissesse, no fim de quatro anos de governo, o que o senhor espera ter como marca no seu governo?Geraldo Alckmin: Olha, eu quero dizer a todos os brasileiros, o nosso compromisso é com o crescimento. O Brasil perde oportunidades, é o último da fila, não tem o projeto nacional de desenvolvimento. Eu vou ter como obsessão crescimento. Emprego, renda, trabalho e os três serviços públicos de qualidade. Saúde: de cada dez pessoas, sete são atendidas pelo SUS. Educação e assumir responsabilidade em segurança pública. Não fugir, não se omitir, mas liderar o combate e melhorar a segurança pública. E, se Deus quiser, vamos conseguir.Jornal Nacional.http://vermelho.org.br/base.asp?texto=6047
E vcs acham que vai ser melhor com o Lula?
Citação de: Lord Barata em 08 de Agosto de 2006, 09:02:22E vcs acham que vai ser melhor com o Lula?Hehehe... se o Lula tiver a cara de dar uma entrevista do tipo, sem limites para os entrevistadores...
Citação de: DiegoJaf em 08 de Agosto de 2006, 09:20:03Citação de: Lord Barata em 08 de Agosto de 2006, 09:02:22E vcs acham que vai ser melhor com o Lula?Hehehe... se o Lula tiver a cara de dar uma entrevista do tipo, sem limites para os entrevistadores... Acho que ele vai ser entrevistado, não tem como fugir . A lei não obriga, exceto debates, quando se entrevistar um candidato tem que se entrevistar todos??Na eleição passada eu vi o Jo Soares reclamando não poder trazer nenhum candidato a deputado porque teria que trazer todos. Alguém pode confirmar para mim??
Citação de: Dodo em 08 de Agosto de 2006, 14:21:58Citação de: DiegoJaf em 08 de Agosto de 2006, 09:20:03Citação de: Lord Barata em 08 de Agosto de 2006, 09:02:22E vcs acham que vai ser melhor com o Lula?Hehehe... se o Lula tiver a cara de dar uma entrevista do tipo, sem limites para os entrevistadores... Acho que ele vai ser entrevistado, não tem como fugir . A lei não obriga, exceto debates, quando se entrevistar um candidato tem que se entrevistar todos??Na eleição passada eu vi o Jo Soares reclamando não poder trazer nenhum candidato a deputado porque teria que trazer todos. Alguém pode confirmar para mim??Mais acho que no caso é a emissora que tem que convidar e cabe ao candidato aceitar ou não, sem ser obrigado a ir (é achismo só).
Fiquei com pena do Picolé de Chuchu.... juro!
Quero ver como vai ser a entrevista com o Lula. Vai rolar perguntas sobre mensalão, sanguessugas, CPIs, a casa de Brasília, Severino Cavalcanti, etc.Isso se ele tiver coragem de participar.
Quero ver como vai ser a entrevista com o Lula. Vai rolar perguntas sobre mensalão, sanguessugas, CPIs, a casa de Brasília, Severino Cavalcanti, etc.
"mentiram para mim"já tem também a entrevista com a HH: http://jornalnacional.globo.com/Jornalismo/JN/0,,AA1247088-3586-518095,00.htmlvou ver se tem mais
Heloísa Helena: Não. Veja só uma coisa. Talvez quem não é militante de partido, não entenda muito isto. Os objetivos estratégicos de um partido, por exemplo, eu sou uma socialista por convicção, eu digo sempre que aprendi na bíblia antes de ler os clássicos da história socialista a ser uma socialista. Acho que nada de mais belo existe, a mais bela declaração de amor à humanidade de cada um conforme suas possibilidades e para cada um conforme sua necessidade. Objetivo estratégico é algo que você pensa em implementar em 30 anos, 40 anos.
Eu não posso meu amor, porque a Constituição proíbe. Programa de partido se trata de objetivos estratégicos do partido. Não tem nada a ver com programa de governo. Seria impossível fazer a expropriação de terra, a não ser que tenha trabalho escravo ou plantação de maconha. Porque eu não sou favorável ao narcotráfico, pelo contrário, vai ter um combate implacável ao crime organizado se eu tiver a honra de chegar à presidência da República.
Lula: Veja, eu pretendo continuar dando seqüência ao que nós estamos fazendo. Que o Brasil viva o seu melhor momento econômico, o Brasil cresce o emprego, cresce a economia, crescem as exportações e importações, a única coisa que cai é o salário, digo, é a inflação e os juros que estão caindo. O resto, os trabalhadores tiveram aumento de salário, os aposentados tiveram aumento de salário e o nosso tempo acabou, é uma coisa que está baixando também.