Veja bem: A linhagem de pré-humanos que veio dar origens ao homem atual com certeza eram menos inteligêntes que a nossa raça. Segundo a evolução através de mutações o homem se tornou mais inteligênte.
Só um detalhe: não pense em "evolução através de mutações" apenas, porque não são só as mutações que determinam a evolução, mas também a seleção natural. Quando se fala "evolução através de mutações" dá um pouco a impressão de que a seleção natural das mutações não importa.
Pensando comigo mesmo qual seria o grau de diferença entre a nossa inteligência para nossos ancestrais comuns? Se o homem levou 30.000 anos para descobrir que podia evoluir mentalmente, nossas espécias irmãs tinham apenas menos que 10% da nossa capacidade de inteligência.
Eu não sei de onde você tirou os 30.000 anos, nem a diferença de 90% de inteligência....
Eu não sei quantos % os chimpanzés são menos inteligentes que nós, mas digamos que a diferença de inteligência entre uma outra espécie e a nossa seja X. Esse X foi diminuindo conforme a evolução foi passando. Conforme já dissemos algumas vezes, os chimpanzés são só os parentes vivos mais próximos, mas há toda uma "árvore genealógica" de antepassados entre os humanso e os chimpanzés, de inteligência intermediária.
Fora isso, é bom lembrar que talvez a maior parte da nossa inteligência não é uma coisa totalmente biológica, mas o fator cultural, o conhecimento acumulado ao longo das gerações, não nos genes, mas em idéias passadas de pais para filhos, em livros, jornais, etc, faz a diferença entre nós e outras espécies ancestrais parecer meio "falsamente" maior. Em diversas culturas, seres humanos biologicamente idênticos a nós, ainda vivem mais ou menos como "homens da caverna", diversas tribos indígenas ao longo do globo.
Com isto devemos considerar geneticamente que temos traços de hereditariedade de nossos antepassados mesmo que os nossos cromossomos passaram de 23 para 24 e com isto veríamos humanos com comportamento primitivo tanto na aparência física como mentalmente.
Porque isto não acontece?
Bem, o comportamento primitivo pode até existir, pode considerar as tribos selvagens de vários lugares assim, pois o nosso comportamento moderno é em grande parte cultural. A capacidade mental deles, e a aparência física no entanto, é a mesma.
Isso não acontece, da mesma forma que não acontece com os cães, por exemplo. Há os pastores alemães, e várias outras raças como os poodles e buldogues. Você não vê uma gradação de todos os intermediários que já existiram entre todas as raças, apenas as pontas das árvores genealógicas.
A maior diferença disso que ocorre com raças e do que ocorre com as espécies é que espécies são separadas por muito mais tempo, logo diminuindo ainda mais a probabilidade de vermos intermediários, e ao mesmo tempo, acumulam diferenças que podem evitar cruzamentos entre as espécies - o que não ocorre com as raças, em boa parte do tempo.
Mas de qualquer forma, há sim, remanescentes genéticos de nosso passado mais primitivo, eventualmente algumas pessoas nascem com atavismos, características ancestrais que ficaram "dormentes", geneticamente desativadas. Alguns exemplos são, pessoas excessivamente peludas, com mais mamilos (como outros mamíferos) ou com caudas (como os macacos ancestrais dos grandes macacos sem cauda).
Para saber mais sobre atavismos, veja esse texto, que também tem outros pontos interessantes, antes e depois:
Evidências da macroevolução; Previsão 2.2: AtavismosNossos ancestrais ficaram para trás não deixando pistas para seu desaparecimento. Hoje humanos com memória fantástica está preparado para uma guerra com todo poderio de armamento militar já organizado para uma luta com uma nova espécie que tente ficar em nosso lugar. Haverá uma futura evolução humana que venha colocar o risco da vida humana?
Bombas atômicas, aviões etc... Sim acho que estamos preparados. A medida que o tempo passa a população aumenta mais. Se levarmos em consideração que mutações são lentas e em períodos de milhões de anos, com certeza tudo terá um fim antes que uma próxima evolução aconteça.
Abraços.
Não precisamos esperar que as mutações façam de nós uma espécie mais pacífica, a nossa cultura pode evoluir independentemente da nossa biologia e de instintos mais selvagens.