Particularmente já me conformei com a falência moral do povo brasileiro. Em relação a políticos como os mensaleiros, é decorrência do povo, afinal, são corruptos elegendo corruptos. A única diferença é a questão de valores, pois o Brasil está permeado de uma população imoral no que tange a se apropriar de coisas alheias, desde os sócios do mercadinho da esquina, dos trabalhadores que dão um jeito de sacar irregularmente o FGTS e o seguro-desemprego até o político que se apropria do dinheiro destinado a saúde de todos.
Agora, o que escuto muito por aí, é que o furto, a apropriação de dinheiro do Estado etc, é justificável tendo em vista que o Estado não reverte tudo que é pago a ele em tributos confiscatórios em serviços a população. Assim, tem-se a noção generalizada de que se o governo "rouba" de mim, eu também posso roubar" dele. Duas sugestões para tentar reverter o quadro, embora eu seja ultra pessimista:
1 - Diminuir o tamanho do Estado, deixando ele de intervir tanto na economia, resumindo, tributar muito menos do que tributa hoje;
2 - Beneficiar as condutas tidas como corretas, por exemplo, dar incentivo fiscal às pessoas que estão em dia com os tributos, ou diminuir o valor do IPVA para quem não tem pontos na carteira de habilitação etc etc (meu projeto de mestrado que está sendo analisado é neste sentido, mas com intuito de diminuir a criminalidade;
3 - Campanha institucional para que a população tenha em mente de que o Estado "paizão" não existe, nunca existiu, nem jamais existirá, por uma questão lógica de inviabilidade logistica, técnica e sobretudo fundos.
É uma idéa, talvez valesse a pena tentar...