Olá amigos,
Olá.
Creio que todos nós, pelo menos a maioria, se considera ateu.
Sim. Eu me considero. Não creio em deuses e também sou bastante cético com relação o que se convencionou em chamar de 'sobrenatural'.
Então vamos ver qual a consistência ou firmeza desse ateísmo.
Vou presumir que o objetivo disso seja algo como 'avaliar as razões pelas quais eu sou ateu' ou algo assim, correto? Porque fora isso, não vejo nenhuma utilidade em discutir 'firmeza de ateísmo' dado as subjetividades envolvidas, mas vamos em frente...
Vamos supor que cada um de nós está no fim da vida, com uma doença terrível nos assolando, tipo câncer terminal ou Aids.
Ok.
Bem eu nunca tive estas doenças, mas imagino que nas suas fases terminais devem provocar uma dor terrível em nossos corpos. Conheci casos de cancerosos em fase terminal que nem morfina pura alivia a suas dores, a pessoa gemia e chorava dia e noite!
E onde isso se encaixa na suposição, já que foi você que passou pela experiência?
Nessas horas é perfeitamente normal que nosso "ego" diminua e o lado mais irracional do ser humano apareça.
Quer dizer que ser ateu é uma questão de ego? Seu texto faz entender que ser ateu é algum tipo de pirraça.
Aí surgem os parentes religiosos que trazem "Comforto" com missionarios de diversas Igrejas para nos pregar um "milagre" se renegarmos o ateísmo e nos voltarmos a Deus!
Ora, se eu não acredito na definição religiosa de 'milagre' passarei a acreditar só porque alguém acha que preciso de algo do tipo?
Então eu me pergunto mediante tudo isso, quantos de nós nos manteriamos firmes e irredutíveis nas nossas convicções ateísta
Colega, na boa, não sei o que o fato de eu estar doente tem a ver com o fato de se crer em deuses... Se a doença causa dores terríveis, a única conclusão a que posso chegar é que
a doença me causa dores terríveis!
Muitos não aguentam o "tranco" e voltam-se para uma religiosidade irracional com a esperança de uma "cura"!
Não. Se o cara
espera ser curado é porque ele já acreditava nisso. Não vejo de outra forma. Há algum erro no seu raciocíno. É isso que faz com que o paralelo seja inválido como argumentou o
jcatino. Seu texto faz parecer que o sujeito é ateu só porque não foi pressionado o suficiente. Isso é
apelo à força.
Bem, quanto a mim, eu não sei o que aconteceria, pois sentir dor intensa faz com que nossa racionalidade diminua, e acredito que há a possibilidade de um retrocesso.
Como estou com tempo, vou esmiuçar o que você escreveu:
Você diz em 1ª pessoa que não sabe o que lhe aconteceria, depois diz, agora usando a 3ª pessoa, que 'nossa racionalidade' diminui. É uma forma de usar um fato para apoiar seu raciocínio equivocado. Como se isso não bastasse, depois diz que crê (agora novamente em 1ª pessoa) que é possível retroceder e se tornar um religioso.
A conclusão é que você usa um jogo de palavras para fazer parecer que sua opinião é compartilhada por todos. E a prova disso é o próximo quote:
Mas esse não seria eu de verdade, mas sim alguém fustigado pela dor e sofrimento!
Você falava de si mesmo o tempo todo. E ainda disse que 'não sabe o que aconteceria'...
E vocês amigos foristas como reagiriam a essa situação caso acontecesse com vocês?
Como não creio em 'milagres', ou morreria pela doença ou por algum tipo de eutanásia. Acreditar em deus não tem nada a ver com isso. Esse raciocínio falha ao considerar que a consistência dos argumentos de um ateu dependem da intensidade da dor que o indivíduo sente ou da iminência da morte. Ora, isso serviria até para que alguém alegasse ser um
rinoceronte ou como disse o Oceanos, afirmar que 1+2=5.