A teoria da evolução afirma que surgimos aleatoriamente, todo o Universo. Mas não é isso que a Física tem afirmado modernamente. Na década de 70, o astrofísico e cosmólogo Brandon Carter proferiu uma palestrar intitulada "Coincidências em Grande Escala e o Princípio Antrópico na Cosmologia", que dizia o seguinte: o que podemos esperar observar no Universo deve restringir-se pelas condições necessárias para nossa presença enquanto observadores. Isso quer dizer que todas as constantes "aparentemente arbitrárias" têm a estranha característica de serem valores precisos para a manutenção da vida no Universo.
Em outras palavras, o doutor Carter verificou que o Universo aparenta ser explicitamente planejado para o surgimento de vida. A idéia contrária a essa (teoria da evolução) surgiu primeiro das idéias filosóficas e não da ciência pura. Antes disso, nos anos 60, os cientistas já tinham percebido a estranha conexão entre diversas coincidências inexplicáveis pela Física (e não vale falar algo como 'simplesmente é assim e pronto', afastando a avaliação científica). Esses valores exatos teriam sido necessários para a criação da vida. O físico Robert Dicke foi o primeiro a perceber essa relação e o cosmologista John Wheeler se tornou um interessado nesse assunto.
Os físicos nunca conseguiram explicar porque os valores das constantes fundamentais são da maneira como o são. Por exemplo, as forças que unem determinadas partículas aparentam estar relacionadas matematicamente à idade do Universo. Por quê? O doutor Carter examinou a evolução do Universo (e não a teoria da evolução) e verificou que esses valores inexplicáveis são justamente os valores que proporcionariam surgir vida. A partir daí, os físicos já descartaram de vez o 'universo aleatório', tanto é que tentam explicá-lo das formas mais absurdas, com modelos e mais modelos impossíveis de se sustentarem por uma avaliação criteriosa.
Se o Universo foi deliberadamente planejado, a seleção natural de Darwin junto com a teoria da evolução perdem toda a sua credibilidade perante a ciência. Os cientistas começaram a 'brincar' com alterações no valor da gravidade ou alterando levemente a força eletromagnética. A menor alteração nesses valores impossibilitaria, por exemplo, a existência das estrelas. Qualquer modificação mínima nas constantes impossibilitaria a vida. Qualquer interferência na constante gravitacional em relação ao eletromagnetismo resultaria num Universo sem o nosso Sol. Nesse caso apareceriam apenas estrelas mais quentes ou mais frias, incapazes de sustentarem a vida.
O menor enfraquecimento na constante da energia nuclear resultaria num universo constituído apenas de hidrogênio e nada além dele. Com o avanço da tecnologia e o aumento das capacidades de calcular dos computadores atuais, os cientistas 'interferiam' levemente nas constantes fundamentais (gravidade, eletromagnetismo, energias nuclear forte e fraca) e o resultado seriam universos irreconhecíveis: completamente formado por hélio, sem prótons ou átomos, etc.
Para finalizar esse 'constrangimento', vamos verificar algumas relações perfeitas inexplicáveis e um quadro caótica de uma alteração entre elas:
1. a gravidade é 10 elevado a 39 vezes mais fraca que a força eletromagnética. Se aquela fosse 10 elevado a 33 mais fraca, as estrelas teriam um bilhão de vezes menos massa e queimariam um milhão de vezes mais rápido;
2. a energia nuclear fraca tem 10 elevado a 28 vezes a força da gravidade. Se aquela fosse levemente mais fraca, todo o hidrogênio no universo se transformaria em hélio, impossibilitando a existência da água, por exemplo;
3. se a energia nuclear forte fosse 2% mais fraca, não seria possível a formação dos prótons, impossiblitando a existência dos átomos. Diminuindo 5% não existiriam as estrelas;
4. se a diferença entre as massas do próton e do elétron não fosse de duas vezes, os nêutrons se transformariam e prótons e vice-versa, eliminando a química como a conhecemos e dando adeus à vida;
5. o biólogo Lawrence Henderson, de Harvard (ainda no século XIX) identificou o mistério da água: por seu estado sólido ser mais leve que o líquido, o gelo flutua e, sendo possível, vai congelando a água de cima para baixo. Se fosse o contrário, os oceanos congelariam de baixo para cima e a Terra seria coberta de gelo. Essa é uma propriedade exclusiva do átomo de hidrogênio;
Há um livro chamado 'Universes', de John Leslie, que traz mais dezenas de exatidões inexplicáveis para a manutenção da vida no Univero. Nas palavras do astrônomo Fred Hoyle: "tudo o que vemos no universo de observações e fatos, em oposição ao estado mental dos esquemas e suposições, permanece inexplicado. E mesmo em seu supostamente primeiro segundo, o universo em si não é casual. Isso quer dizer que o universo precisa saber com antecedência o que irá acontecer antes de iniciar a si próprio. Porque, de acordo com a teoria do big-bang, por exemplo, em um período de 10 elevado a -43 segundos o universo precisa saber quantos neutrinos irão existir no período de um segundo. Isso funciona de modo a iniciar a expansão na taxa exata para adequar-se ao número final de tipos de neutrinos (os neutrinos são particulas extremamente pequenas e com carga neutra, e são geradas quando o hidrogênio se converte em hélio no interior do Sol).
Hoyle descreveu exatamente o oposto do universo aleatório, ou seja, os valores aparentemente heterogêneos que levaram ao surgimento da vida após o big-bang envolve uma coordenação intrincada desde a escala intergaláctica até os níveis subatômicos, incluíndo os bilhões de anos do tempo conhecido. Ele disse: "uma explosão num ferro-velho jamais criará uma máquina perfeitamente útil e em funcionamento, simplesmente porque as leis da probabilidade e estatísticas apontam como zero tal possibilidade".