Autor Tópico: "Noite oficial dos OVNIs" - Qual a explicação?  (Lida 15961 vezes)

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Offline Silva20

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"Noite oficial dos OVNIs" - Qual a explicação?
« Online: 30 de Setembro de 2006, 15:54:18 »
Esse caso acho que é bastante conhecido, foi bastante divulgado devido ao próprio ministro da aeronáutica e os pilotos da FAB virem a publico e admitirem que objetos desconhecidos foram vistos por vários radares e pessoas em varias partes do espaço aéreo do Brasil, e que a aeronáutica não tinha uma explicação para o ocorrido. Até o ex-presidente da EMBRAER e então presidente da PETROBRAS também viu os objetos e o Xingu que ele tava pilotando também detectou OVNIs no radar. Foram mandados os aposentados Mirage III de Anápolis e alguns F-5E de Santa Cruz para interceptar os OVNIs, tendo até um F-5 detectado objetos no radar.

Confesso que nunca ouvi uma explicação para esse caso. Também parece claro que, no mínimo, uma aeronave não identificada realmente passou pelo Brasil e brincou com a nossa defesa aérea.

Video da matéria do Fantastico sobre o assunto
Alguém tem alguma teoria sobre o que aconteceu?

Offline Alenônimo

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Re: "Noite oficial dos OVNIs" - Qual a explicação?
« Resposta #1 Online: 30 de Setembro de 2006, 15:57:41 »
Será que não tem algo sobre isso no Ceticismo Aberto? O site é muito voltado para analisar casos de fantasmas, UFOs e fenômenos desconhecidos.
“A ciência não explica tudo. A religião não explica nada.”

Marcelo

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Re: "Noite oficial dos OVNIs" - Qual a explicação?
« Resposta #2 Online: 30 de Setembro de 2006, 16:00:17 »
Este é justamente o problema, atribuirmos algo q não sabemos o q é a algo q não sabemos se existe. O q não se entende sobre a natureza se atribui a Deus. O mesmo se dá com objetos voadores desconhecidos, basta não ter uma explicação, q já corremos pra dizer q eram ETs em suas naves espaciais.
Como sempre digo: não sabermos nao nos dá o direito de invetarmos respostas.

Offline HSette

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Re: "Noite oficial dos OVNIs" - Qual a explicação?
« Resposta #3 Online: 30 de Setembro de 2006, 16:07:35 »
Esse caso é realmente impressionante.

Na época ouvi a versão de uma especialista em geopolítica e estratégias militares afirmando que o evento tinha a cara de ser uma operação de espionagem (provavelmente EUA) buscando informações sobre as reservas, bem como atividades do governo brasileiro, no que se refere à tecnologia nuclear.
Coincidentemente, os eventos ocorreram em áreas onde se concentram as maiores reservas brasileiras de materiais radioativos, bem como instalações ligadas ao setor.

Não deixa de ser uma interpretação plausível.
« Última modificação: 30 de Setembro de 2006, 16:09:51 por HSette »
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Chaves

Offline Silva20

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Re: "Noite oficial dos OVNIs" - Qual a explicação?
« Resposta #4 Online: 30 de Setembro de 2006, 16:18:28 »
Esse caso é realmente impressionante.

Na época ouvi a versão de uma especialista em geopolítica e estratégias militares afirmando que o evento tinha a cara de ser uma operação de espionagem (provavelmente EUA) buscando informações sobre as reservas, bem como atividades do governo brasileiro, no que se refere à tecnologia nuclear.
Coincidentemente, os eventos ocorreram em áreas onde se concentram as maiores reservas brasileiras de matérias radioativos, bem como instalações ligadas ao setor.

Não deixa de ser uma interpretação plausível.


Acho isso muito improvavel.
No caso de uma ação de espionagem a FAB quase certamente saberia o que está acontecendo e não viria a publico dizer que não sabia a explicação sobre o acontecido. Ela não se arriscaria a sofrer um grande vexame publico sobre isso, seria uma grande vergonha pro Brasil.

EDIT: Por que não utilizaram satélites? Em 1986 certamente seria adequado.
Que especialista é esse? Um tal de Roberto Godoy? se for, ele não é muito bem visto pela comunidade de defesa do Brasil, pois geralmente passa várias informações falsas e desencontradas.

Será que não tem algo sobre isso no Ceticismo Aberto? O site é muito voltado para analisar casos de fantasmas, UFOs e fenômenos desconhecidos.

Procurei e não achei nada.
« Última modificação: 30 de Setembro de 2006, 16:22:23 por silva20 »

Offline HSette

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Re: "Noite oficial dos OVNIs" - Qual a explicação?
« Resposta #5 Online: 30 de Setembro de 2006, 16:21:36 »
A tecnologia norte-americana está anos-luz à frente de qualquer equipamento de detecção da FAB.

É o próprio Roberto Godoy.
Nunca ouvi falar sobre essa fama de descrédito dele.
Você tem alguma referência sobre isso?

Abaixo, trechos do que ele disse:

01 – "O Brasil foi espionado por algum país, alguma potência interessada em fotografar, especialmente o Vale do Paraíba, litoral sul do Rio de Janeiro e litoral norte de São Paulo".
02 – "É a região estratégica mais importante do país: indústria bélica brasileira (primeira em armas do terceiro mundo), indústria aeroespacial, Centro Técnico Aeroespacial, usina atômica Angra dos Reis, principal terminal de recebimento de petróleo (terminal Almirante Barroso em São Sebastião), que faz ligação direta com a Refinaria da Petrobrás, no Planalto Paulista".
03 – "Uma ou duas aeronaves, repletas de computadores e sensores, soltam cargas externas para criar confusão eletrônica, saturação e ilusão de ótica no radar. As cargas são esféricas, cilíndricas e metálicas, que emitem luz colorida, calor e têm propulsão própria por alguns minutos".
04 – "Tecnologia muito avançada, dominada pela União Soviética e pelos Estados Unidos, e com uma geração de atraso pela Inglaterra e pela França".
05 – "Faz parte do jogo de xadrez da política internacional".

« Última modificação: 30 de Setembro de 2006, 16:26:12 por HSette »
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Offline Silva20

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Re: "Noite oficial dos OVNIs" - Qual a explicação?
« Resposta #6 Online: 30 de Setembro de 2006, 16:33:40 »
A tecnologia norte-americana está anos-luz à frente de qualquer equipamento de detecção da FAB.

Sobre o autor, não me lembro o nome. Vou dar uma pesquisada. Acho até que tenho um vídeo com a entrevista (acompanho bastante a questão ufológica).

Não faz sentido, que aeronave eles utilizaram? por que não utilizaram satelites?
O primeiro avião stealth operacional da USAF foi o F-117 que ficou operacional em 1983, mais é um caça de ataque leve com um alcance muito pequeno que certamente não daria para cruzar o Brasil, sem contar que ele tinha um desempenho muito abaixo de um caça normal, nem sendo supersonico. Os pilotos relataram que o aviao estava mais rapido que mach 1. Ainda por cima o avião foi detectado. o B-2 so se tornou publico em 1988, dificil que eles tenham usado antes disso no Brasil.
Sem contar que essas não são aeronaves de reconhecimento, mais sim bombardeiros.


Em relação as capacidades da FAB, naquela epoca realmente a nossa capacidade de detectação não era das melhores, entretando, hoje com o SIVAM e com os R99B(AEW- Aeronave de alerta aéreo antecipado) temos uma boa rede de detecção.

Offline HSette

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Re: "Noite oficial dos OVNIs" - Qual a explicação?
« Resposta #7 Online: 30 de Setembro de 2006, 16:37:04 »
Sobre suas perguntas sobre aeronaves e etc., não me arrisco a dizer nada.

Sou totalmente cru no assunto.

Silva20, você tem alguma opinião formada (ainda que um palpite) a respeito?
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Offline Silva20

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Re: "Noite oficial dos OVNIs" - Qual a explicação?
« Resposta #8 Online: 30 de Setembro de 2006, 16:45:35 »
Sobre suas perguntas sobre aeronaves e etc., não me arrisco a dizer nada.

Sou totalmente cru no assunto.

Silva20, você tem alguma opinião formada (ainda que um palpite) a respeito?

Só me arrisco a dizer que não acredito que tenha sido uma aeronave de outro país "espiando" o Brasil.

Offline Alenônimo

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Re: "Noite oficial dos OVNIs" - Qual a explicação?
« Resposta #9 Online: 30 de Setembro de 2006, 16:59:40 »
Sobre suas perguntas sobre aeronaves e etc., não me arrisco a dizer nada.

Sou totalmente cru no assunto.

Silva20, você tem alguma opinião formada (ainda que um palpite) a respeito?

Só me arrisco a dizer que não acredito que tenha sido uma aeronave de outro país "espiando" o Brasil.

Então você acha que tenha sido uma aeronave de outro país fazendo turismo? Hehehehe. :hihi:
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Offline Alenônimo

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Re: "Noite oficial dos OVNIs" - Qual a explicação?
« Resposta #10 Online: 30 de Setembro de 2006, 17:05:55 »
Dêem uma olhada neste link do Ceticismo Aberto: Maio de 1986: OVNIs
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Offline HSette

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Re: "Noite oficial dos OVNIs" - Qual a explicação?
« Resposta #11 Online: 30 de Setembro de 2006, 17:06:19 »
Sobre suas perguntas sobre aeronaves e etc., não me arrisco a dizer nada.

Sou totalmente cru no assunto.

Silva20, você tem alguma opinião formada (ainda que um palpite) a respeito?

Só me arrisco a dizer que não acredito que tenha sido uma aeronave de outro país "espiando" o Brasil.

Então você acha que tenha sido uma aeronave de outro país fazendo turismo? Hehehehe. :hihi:

 :biglol:
Mas falando sério.

Que o caso é muito estranho, é.

Silva20, não se acanhe. Diga-nos de onde você acha que eram as naves?
« Última modificação: 30 de Setembro de 2006, 17:10:15 por HSette »
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Offline HSette

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Re: "Noite oficial dos OVNIs" - Qual a explicação?
« Resposta #12 Online: 30 de Setembro de 2006, 17:22:00 »
Dêem uma olhada neste link do Ceticismo Aberto: Maio de 1986: OVNIs
Não estou conseguindo ler.  :(
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Offline CoqueiroVermelho

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Re: "Noite oficial dos OVNIs" - Qual a explicação?
« Resposta #13 Online: 30 de Setembro de 2006, 20:29:38 »
É bem estanho mesmo...
...

Offline Alenônimo

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Re: "Noite oficial dos OVNIs" - Qual a explicação?
« Resposta #14 Online: 30 de Setembro de 2006, 23:05:25 »
Sei lá. Não seria algo como estes aviões espiões? De repente quando viam a luz, era apenas as turbinas, ou algo assim.
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Offline HSette

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Re: "Noite oficial dos OVNIs" - Qual a explicação?
« Resposta #15 Online: 30 de Setembro de 2006, 23:10:30 »
Eu ainda acho a hipótese de espionagem bastante plausível.

PS: será que abduziram o Silva20 ?  :hihi:
Ele sumiu de repente.

Brincaceira, hein Silva. :ok:
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ukrainian

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Re: "Noite oficial dos OVNIs" - Qual a explicação?
« Resposta #16 Online: 30 de Setembro de 2006, 23:43:13 »
Que bom, os radares do Cindacta detectam OVNIS... Pena que não detectam aeronaves comuns.

Offline HSette

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Re: "Noite oficial dos OVNIs" - Qual a explicação?
« Resposta #17 Online: 30 de Setembro de 2006, 23:48:48 »
Que bom, os radares do Cindacta detectam OVNIS... Pena que não detectam aeronaves comuns.
:histeria:
Que maldade!
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Offline Fabulous

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Re: "Noite oficial dos OVNIs" - Qual a explicação?
« Resposta #18 Online: 01 de Outubro de 2006, 00:18:42 »
Olá, realmente é bastante misteriosa esse ocorrido, não?

Então, leia os relatos:
http://www.ceticismoaberto.com/news/media/19-20_Maio_1986.pdf

Hmmm...

Ok, agora leia isso:
http://ceticismoaberto.com/ufologia/oberg_pilots.htm

Faça sua própria conclusão. :)
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Offline Silva20

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Re: "Noite oficial dos OVNIs" - Qual a explicação?
« Resposta #19 Online: 01 de Outubro de 2006, 13:58:05 »
Sei lá. Não seria algo como estes aviões espiões? De repente quando viam a luz, era apenas as turbinas, ou algo assim.

Qual avião? Aviões Stealth são aviões projetados para ter o menor RCS( a assinatura de radar) e consequeentemente serem mais dificeis de serem detectados. Os aviões do Brasil foram detectados por vários radares.

Esses aviões também geralmente tem um desempenho inferior, não tem pos-combustor e não vão alem de velocidades subsonicas para não terem um maior RCS. Isso pelo menos em 1986.
O piloto do mirage disse que perseguiu os objetos a mais de 1.300km/h


Olá, realmente é bastante misteriosa esse ocorrido, não?

Então, leia os relatos:
http://www.ceticismoaberto.com/news/media/19-20_Maio_1986.pdf

Hmmm...

Ok, agora leia isso:
http://ceticismoaberto.com/ufologia/oberg_pilots.htm

Faça sua própria conclusão. :)

Radar não se engana amigo. alguma aeronave desconhecida voou aquela noite.

Texto da Revista força aérea que saiu a pouco tempo:

A noite “oficial” dos UFOs

Três horas que estremeceram e colocaram em alerta as instituições aeronáuticas brasileiras

Marco Petit, co-editor

1986 foi um ano que marcou para sempre a Ufologia de nosso país, tendo hoje, durante os procedimentos da campanha UFOs: Liberdade de Informação Já, importância inquestionável e significativa. O que aconteceu em 1986 serve de base de sustentação do requerimento que os ufólogos brasileiros fazem ao Governo Federal, para que reconheça a realidade dos objetos voadores não identificados e sua origem não terrestre. E para que abra os arquivos que possui, fechados a sete chaves no Comando de Defesa Aéreo Espacial Brasileiro (Comdabra), complexo centro das operações de defesa da soberania aérea no Brasil. Na noite de 19 de maio daquele ano, a Força Aérea Brasileira (FAB) mais uma vez ficou frente a frente com discos voadores sobre os céus de nosso país. Mais de 20 objetos voadores não identificados foram detectados pelos radares do Cindacta e perseguidos por caças da FAB, no caso de maior concentração simultânea de discos voadores sobre o Território Brasileiro de que se tem notícia. No dia seguinte ao incidente, o próprio ministro da Aeronáutica, brigadeiro Octávio Júlio Moreira Lima, pronunciou-se a respeito, divulgando detalhes do incidente e – num momento raro em nosso país – colocando os pilotos dos caças que haviam perseguido os UFOs à disposição dos jornalistas. Na oportunidade, em rede nacional de tevê, Moreira Lima prometeu apresentar um relatório detalhado sobre o episódio em 30 dias. Mas, se ele foi realmente produzido, nunca foi divulgado ao público.

A história do que se conhece em nossa Ufologia como a “Noite Oficial dos UFOs no Brasil” começou no Vale do Paraíba, em torno da cidade de São José dos Campos, à 83 km de São Paulo. Os avistamentos tiveram início da noite, por volta das 18h30, quando da torre de controle do aeroporto foram notados dois objetos luminosos de cor laranja, à 15 km de distância do aeródromo da cidade. Os objetos estavam a aproximadamente 2.000 m de altura, alinhados com o eixo da pista de pouso e decolagem. Às 19h00, o Centro de Controle de Aproximação de São Paulo (órgão que controla e orienta as aeronaves dentro de uma área terminal, até a efetivação dos pousos) e o Centro de Controle de Área (que monitora as aeronaves dentro das chamadas aerovias) confirmaram para o Centro de Controle de Aproximação de São José dos Campos a detecção de três artefatos não identificados na região. Às 19h40, de dentro da torre de controle, foram avistados mais dois objetos, movimentando-se de norte a oeste, que se posicionaram acima dos primeiros UFOs, permanecendo imobilizados durante longo tempo. Às 20h00, o Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) já captava em suas telas 8 alvos desconhecidos – os chamados “tráfego hotel” pelo Comdabra.

Observação e radarização

Mas os fenômenos estavam apenas começando. Às 20h30, outro UFO extremamente luminoso foi visto rumando em direção à Serra do Mar. O artefato estava inicialmente a uma distância de 60 km, mas em seguida se aproximou até chegar cerca de 20 km da torre de controle do aeroporto, para logo depois se afastar, sendo acompanhado através das telas do radar, além de visualmente. Meia hora mais tarde, o avião bimotor Xingu da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), pilotado pelo comandante Alcir Pereira da Silva, aproximou-se da pista do aeroporto de São José para pousar e percebeu a presença dos UFOs.

A bordo do avião estava também o coronel Ozires Silva, que deixava a presidência da empresa para assumir o comando da Petrobrás. Os objetos voadores já estavam sendo detectados pelo Cindacta há algum tempo quando Alcir resolveu perseguir um deles. O próprio Ozires, excitadíssimo com o fato, resolveu assumir o comando do bimotor, iniciando o encalço a um dos artefatos. Mas não conseguiu uma aproximação maior dele, que fez com que o objeto desaparecesse diante dos olhos dos seus perseguidores. Minutos depois, quando já se preparava para pousar, o Xingu saiu novamente à procura do outro objeto, que emitia uma luz muito forte e avermelhada e se movimentava em direção à cidade de Mogi das Cruzes (SP), a baixa altitude. Pouco antes de pousar, no momento em que o bimotor sobrevoava uma refinaria da Petrobrás, seus ocupantes observaram mais três objetos, também a baixa altitude e rumando em direção à Serra do Mar.

Às 21h40, ainda a partir do aeroporto de São José dos Campos, mais uma vez foi notada uma esfera luminosa amarela, de grandes dimensões, tendo em suas proximidades vários outros objetos menores e esféricos, que emitiam luz branca. Era um verdadeiro show aéreo. Passados alguns minutos mais, outro UFO surgiu no céu com características idênticas, juntando-se aos demais, na mesma posição, criando uma formação – a nave maior ocupava a posição central. Em meio a tal situação, começaram a ser acionados de maneira progressiva três caças F-5E, da Base da Força Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, e três aviões Mirage, da Base de Anápolis, em Goiás. Todos os caças passaram a ser comandados pelo controle de terra para os alvos, que neste momento já infestavam as telas dos radares do Cindacta, criando dificuldades para o próprio controle de tráfego aéreo. O tenente Cléber Caldas Marinho, que pilotava um dos F-5E, perseguiu durante vários minutos um objeto que emitia uma luz vermelha intensa. Apesar de atingir o limite de velocidade de seu avião, isto não foi suficiente para permitir uma maior aproximação, o que o levou a abandonar a perseguição.

Perseguição aérea

Já o capitão Armindo Souza Viriato de Freitas, que pilotava um dos Mirage, constatou através do seu radar de bordo as evoluções de vários objetos. Um dos UFOs chamou-lhe a atenção de forma especial: ele apresentou, repentinamente, uma aceleração espantosa e sumiu. Segundo o piloto, em questão de segundos o artefato atingiu a velocidade de Mach 15, ou seja, mais de 10 vezes a velocidade desenvolvida pelo caça de fabricação francesa que pilotava. Era evidente que os nossos mais modernos aviões estavam longe de poder competir com aqueles aparelhos. Porém, o capitão Márcio Brizolla Jordão, que conduzia outro F-5E, teve mais sorte: em determinado momento, em meio às perseguições, o piloto foi acompanhado por 13 objetos, sendo seis de um lado e sete do outro. Durante alguns instantes, os controladores do Cindacta ficaram sem saber como proceder, como orientar o capitão Jordão, que de perseguidor passou a ser escoltado por aqueles aparelhos.

Toda a movimentação foi acompanhada atentamente pelos operadores de radar. Os primeiros UFOs que surgiram sobre São José dos Campos, e que haviam partido quando os caças se aproximaram, voltaram a evoluir sobre a região com o retorno dos aviões às suas bases. O ministro Moreira Lima, numa atitude sem paralelo, irrompeu a programação das redes de tevê no dia seguinte e pessoalmente divulgou os acontecimentos daquela noite. Numa coletiva para a imprensa foram apresentados os próprios pilotos que participaram da operação, que informaram ainda que, além das altas velocidades desenvolvidas pelos objetos, suas trajetórias muitas vezes eram erráticas, com deslocamentos verticais e em zigue-zague. De acordo com um documento sigiloso do Ministério da Aeronáutica, do qual alguns detalhes vazaram, foram detectados 21 objetos não identificados através dos radares dos centros de controle de tráfego aéreo. Esse é um dos documentos que os ufólogos brasileiros empenhados na campanha UFOs: Liberdade de Informação Já querem ver divulgados.

Conforme declarações do capitão da Aeronáutica Basílio Baranoff, membro do Instituto de Atividades Espaciais do Centro Técnico Aeroespacial (CTA), que compilou todos os detalhes ligados a estes acontecimentos, os UFOs voltaram a evoluir sobre São José dos Campos na noite do dia 29 de maio do mesmo ano, sendo novamente detectados através de radar – fato que não havia sido divulgado por nossas autoridades na época. Na verdade, no final de maio e no início de junho de 1986, diversas outras manifestações desses artefatos estavam sendo registradas em vários pontos do país, em meio a uma grande onda ufológica. Objetos voadores foram filmados nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná etc.

Apesar das evidências e, inclusive, dos depoimentos iniciais dos militares envolvidos com o caso da noite do dia 19 de maio, mais uma vez, membros da nossa comunidade científica deram demonstrações de como estão despreparados para tratar o assunto. Em vez de procurarem investigar seriamente o caso, emitiram as mais absurdas explicações para os fenômenos. Cada um, em particular, defendendo um ponto de vista distinto. A única coisa que parecia unir estes homens de ciência era o desejo explícito de ignorar totalmente os detalhes básicos relacionados aos fenômenos. Meteoros, planetas e algumas estrelas mais brilhantes seriam, para eles, a causa de tudo que aconteceu na noite do dia 19 de maio de 1986. Esta atitude arrogante frente ao desconhecido, por parte de nossos cientistas, prejudicou uma maior abertura e esclarecimento de todos os detalhes do caso, que já havia sido iniciada através da atitude corajosa do brigadeiro Moreira Lima. O relatório oficial que havia sido prometido para 30 dias nunca foi divulgado e o episódio acabou caindo no esquecimento, com a colaboração dos nossos meios de comunicação, que não cobraram de nossas autoridades a divulgação da verdade.

Anomalias magnéticas

Em 1991, ou seja, cinco anos após os fatos, o pesquisador e co-editor de Ufo Rafael Cury , presidente da Associação Nacional dos Ufólogos do Brasil (ANUB), encaminhou ao Ministério da Aeronáutica um ofício cobrando a divulgação do relatório, com as conclusões das investigações. A resposta, datada de 18 de setembro do mesmo ano, e assinada pelo brigadeiro Fernando Mendes Nogueira, chefe do Centro de Comunicação Social do Ministério da Aeronáutica (Cecomsaer), declarou textualmente:

“O compromisso inarredável com a transparência administrativa significa pronta e imediata resposta à opinião pública dos assuntos de seu interesse, resguardados aqueles cujo teor recomende classificação de alguma ordem. No episódio ao qual o senhor se refere, todo o tratamento técnico disponível pelos órgãos do Ministério da Aeronáutica, responsáveis pelo controle do espaço aéreo brasileiro, foi utilizado e as conclusões nos remetem a anomalias magnéticas que se transformaram em plots [Termo que significa pontos nas telas dos radares de controle de movimentações aeronáuticas]. No caso em questão, todo o aparato militar de defesa do espaço aéreo foi mobilizado sem que, efetivamente, fosse feito qualquer contato visual que justificasse a presença daquele(s) plot(s). O Ministério da Aeronáutica, na qualidade de instituição nacional, não pode se afastar da sua destinação e produzir inferências a respeito de assuntos que não trazem em seu bojo um respaldo técnico-científico suficiente para definir uma opinião” .

É curioso que o brigadeiro Fernando Mendes Nogueira, ao mesmo tempo em que apresenta como conclusão para o caso as tais anomalias magnéticas, faz menção que não é do desígnio do Ministério da Aeronáutica “... produzir inferências a respeito de assuntos que não trazem em seu bojo um respaldo técnico-científico suficiente para definir uma opinião” . Isto, acrescido da referência feita pelo militar sobre a existência de assuntos classificados, deixa claro que a história das anomalias magnéticas não pode ser levada a sério. O ponto mais absurdo do documento, entretanto, é a negativa de contatos visuais que justificassem os alvos detectados nos radares.

Ainda em 20 de maio de 1986, em meio à onda que não se extinguia, o próprio ministro Moreira Lima colocou à disposição da imprensa os pilotos que tomaram parte nas perseguições e que relataram suas observações, isto para não falarmos dos contatos visuais mantidos a partir do aeroporto de São José dos Campos e os objetos observados pelos tripulantes do Xingu, o comandante Alcir e o coronel Ozires Silva. Estas testemunhas, como todo o povo brasileiro, merecem mais respeito. Que anomalias magnéticas poderiam provocar aquele espetáculo? Tive a oportunidade de conhecer há pouco tempo um irmão do brigadeiro Mendes Nogueira, que, ao saber do conteúdo de sua resposta, não ficou surpreso, tendo em vista a posição ocupada por ele. Mas acabou me surpreendendo ao revelar que seu irmão já havia tido uma experiência com um UFO.

Acobertamento

É interessante ressaltarmos ainda que há poucos anos foi obtida a liberação de um documento do governo dos Estados Unidos, através da Lei de Liberdade de Informações (FOIA), referente ao caso de 19 de maio. Segundo o texto deste documento, o evento apresenta evidências suficientes para as autoridades considerarem seriamente a realidade dos UFOs. O documento chama a atenção justamente para o registro de vários contatos visuais compatíveis com a presença dos alvos não identificados nos radares. As declarações do brigadeiro Mendes Nogueira, evidentemente, só podem ser entendidas como uma peça de desinformação relacionada ao processo de acobertamento ufológico – ou como um posicionamento de alguém que não desejava se comprometer ou se envolver com o assunto.

Em dezembro de 1996, dez anos depois dos incidentes, tive a oportunidade de fazer uma entrevista com o brigadeiro Moreira Lima, realizada no Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (Incaer), dirigido por ele. O ex-ministro demonstrou interesse em tomar conhecimento do atual estágio das pesquisas ufológicas civis brasileiras, especialmente o que existia de mais contundente e recente a respeito dos UFOs. Fiz um breve resumo dos fatos ufológicos mais importantes, ocorridos nos últimos anos e ressaltei as filmagens realizadas por astronautas russos e norte-americanos, documentando a presença de discos voadores na órbita terrestre. Antes de começar a entrevista, o brigadeiro nos forneceu alguns detalhes sobre o Cindacta, enfatizando a qualidade em termos operacionais do sistema brasileiro de controle de tráfego aéreo. Moreira Lima respondeu a todas as perguntas formuladas, incluindo as que tocavam nos pontos mais críticos.

Questionado a respeito da possibilidade dos fatos relativos à Noite Oficial dos UFOs no Brasil, em maio de 1986, estarem relacionados a algum fenômeno eletromagnético – conforme a alegação do brigadeiro Mendes Nogueira – o ex-ministro foi categórico: negou tal possibilidade e afirmou ainda que aqueles fenômenos também não poderiam ser explicados como qualquer tipo de aeronave conhecida, por causa das altas velocidades e das trajetórias exercidas, muito além das possibilidades tecnológicas de nossa civilização. Segundo o ex-ministro deu a entender, este foi justamente um dos pontos que levou o Ministério da Aeronáutica a reformular sua posição. Havia um receio de pânico caso a verdade fosse divulgada integralmente.

Moreira Lima afirmou ainda que o coronel Ozires Silva tinha sido por demais positivo ao relatar-lhe pessoalmente seu envolvimento com o caso e suas tentativas de se aproximar dos UFOs. O ex-ministro disse estar totalmente convencido da existência de outras civilizações no universo, das quais, segundo ele, muitas certamente seriam mais avançadas que a nossa. Confirmou ainda ter informado pessoalmente o então presidente da República José Sarney sobre aqueles fatos, na noite dos próprios acontecimentos. A partir dessas declarações, podemos notar claramente a importância que nossas autoridades militares estavam dando aos acontecimentos. Evidentemente, o presidente Sarney não foi acordado no meio da noite para ser informado de que nossos caças estavam gastando combustível seguindo algum fenômeno ilusório... Na realidade, como Moreira Lima declarou, o espaço aéreo brasileiro foi literalmente invadido por objetos voadores desconhecidos, detentores de uma alta tecnologia.

Autorização norte-americana

Em determinado momento da entrevista, quando perguntado se o Governo brasileiro teria autonomia para reconhecer oficial e publicamente a realidade dos discos voadores, sem algum tipo de “autorização” do governo norte-americano, Moreira Lima foi enfático. Afirmou que o Brasil tem autonomia suficiente para tomar qualquer tipo de atitude, sem precisar do aval de qualquer nação, inclusive dos Estados Unidos. “Possivelmente, nosso Governo faria apenas uma notificação, informando os governos de outros países” , declarou de forma categórica. Quanto a um possível contato alienígena em termos planetários, o ex-ministro explicou: “Uma parte de nossa humanidade já está preparada para manter um contato com outras civilizações extraterrestres. Entretanto, ainda existem pessoas despreparadas para um acontecimento deste tipo”.

Sutilmente, o brigadeiro disse ver um certo sentido no controle de informações ligadas ao Fenômeno UFO, mas defendeu a divulgação das informações para a população. “Estou convencido que dentro das próximas décadas haverá um contato entre nossa Humanidade e alguma civilização extraterrestre” . Depois que a fita que estávamos usando para gravar a entrevista terminou, ainda conversei bastante com o entrevistado, que revelou conhecer vários militares da FAB que também foram testemunhas de fenômenos ufológicos.

Assim, de qualquer forma, mesmo não divulgando em 1986 todos os detalhes dos acontecimentos de 19 de maio, a Ufologia Brasileira teve muita sorte em ter como ministro o brigadeiro Octávio Moreira Lima. Quantos em seu lugar comunicariam ao povo brasileiro a presença daqueles objetos no espaço aéreo brasileiro? Devemos ter em mente que um dos pilares de nossa sociedade que seriam mais abalados pela confirmação da presença extraterrena é justamente o setor militar, pois os UFOs demonstram claramente que nossas forças armadas são totalmente inoperantes frente à tecnologia que detêm. Mesmo assim, é hora de o Governo Federal dar um passo à frente e se juntar ao Chile e Uruguai, apenas para citar nações de nosso continente, e reconhecer a importância do tema para a sociedade. E é isso que os ufólogos brasileiros querem pedir através da campanha que a Revista Ufo promove.

Offline Mori

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Re: "Noite oficial dos OVNIs" - Qual a explicação?
« Resposta #20 Online: 02 de Outubro de 2006, 10:39:51 »
A onda OVNI de maior de 1986 no Brasil precisa ser melhor investigada. Ondas similares em outras partes do mundo foram resultado de inúmeros estímulos e fenômenos. Assumir que há apenas um estímulo por trás de tudo (indo de "Vênus", passando por "histeria coletiva" e chegando a "Discos Voadores") só deve ser feito se houver evidência para apoiá-lo. Do contrário, a evidência aponta apenas para uma série de avistamentos diferentes que podem ter, cada um, uma explicação distinta.

Uma das explicações que pode ser especialmente relevante a esta onda OVNI, contudo, é o fato de que radares podem indicar alvos inexistentes. Por algum motivo parece existir um mito popular sobre a infalibilidade de radares, que segundo a crença indicam apenas alvos sólidos. Em verdade radares são instrumentos como qualquer outro, sujeitos a uma série de fatores e que podem indicar alvos inexistentes.

Uma investigação da famosa onda de 1952 em Washington levou ao seguinte estudo de Borden e Vickers:
http://www.cufon.org/cufon/wash_nat/wash_faa.htm
Posteriormente, tal hipótese seria confirmada vez após outra, e hoje é amplamente aceita. Não apenas com relação a OVNIs. Radares não são ferramentas mágicas infalíveis.

Mas a mesma onda de 1952 em Washington não foi composta apenas de alvos inexistentes de radar. Fatores psicossociais desempenharam claramente um grande papel. Houve, por exemplo, várias supostas confirmações visuais de alvos de radar, mas boa parte delas pode ser demonstrada como fruto de erro humano. Casos radar-visuais sofrem com este problema, e tanto o artigo de Oberg sobre pilotos como testemunhas OVNI, como o caso recente de "OVNIs" no México que resultaram ser plataformas petrolíferas devem ser instrutivos.

Radares de 1952, ainda que de Washington, eram muito mais primitivos que os radares brasileiros nos anos 80, pode-se notar com propriedade. Contudo, apesar de seu desenvolvimento, radares ainda não são a concretização do mito popular a seu respeito. Em 2005, por exemplo, na mesma Washington, que presumivelmente conta com os melhores sistemas de vigilância do mundo, houve novo alerta e apreensão com falsos alvos de radar:
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2005/04/27/AR2005042701937.html

Nenhuma destas informações deve desprovar a possibilidade de que algo de extraordinário tenha ocorrido nos céus do Brasil naquele ano. Mas são essenciais para uma análise do caso. E, repetindo, não basta apenas uma análise. O caso precisa ser melhor investigado.

Abraço,

Mori
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Offline Euzébio

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Re: "Noite oficial dos OVNIs" - Qual a explicação?
« Resposta #21 Online: 02 de Outubro de 2006, 12:37:47 »
E o que dizer da imagem final do documentário, onde um OVNI esférico e de cor variante é precisamente filmado? Teria sido uma histeria coletiva ou um defeito genérico do equipamento utilizado? heheheh...
"A fé é a força da vida. Se o homem vive é porque acredita em alguma coisa."

Offline Euzébio

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Re: "Noite oficial dos OVNIs" - Qual a explicação?
« Resposta #22 Online: 02 de Outubro de 2006, 12:39:04 »
Ah, não adianta mesmo. Para quem NÃO quer acreditar, não há argumentos que bastem...
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Offline Alenônimo

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Re: "Noite oficial dos OVNIs" - Qual a explicação?
« Resposta #23 Online: 02 de Outubro de 2006, 17:08:03 »
E o que dizer da imagem final do documentário, onde um OVNI esférico e de cor variante é precisamente filmado? Teria sido uma histeria coletiva ou um defeito genérico do equipamento utilizado? heheheh...

Que documentário?
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Offline Silva20

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Re: "Noite oficial dos OVNIs" - Qual a explicação?
« Resposta #24 Online: 02 de Outubro de 2006, 19:31:15 »
A onda OVNI de maior de 1986 no Brasil precisa ser melhor investigada. Ondas similares em outras partes do mundo foram resultado de inúmeros estímulos e fenômenos. Assumir que há apenas um estímulo por trás de tudo (indo de "Vênus", passando por "histeria coletiva" e chegando a "Discos Voadores") só deve ser feito se houver evidência para apoiá-lo. Do contrário, a evidência aponta apenas para uma série de avistamentos diferentes que podem ter, cada um, uma explicação distinta.

Uma das explicações que pode ser especialmente relevante a esta onda OVNI, contudo, é o fato de que radares podem indicar alvos inexistentes. Por algum motivo parece existir um mito popular sobre a infalibilidade de radares, que segundo a crença indicam apenas alvos sólidos. Em verdade radares são instrumentos como qualquer outro, sujeitos a uma série de fatores e que podem indicar alvos inexistentes.

Uma investigação da famosa onda de 1952 em Washington levou ao seguinte estudo de Borden e Vickers:
http://www.cufon.org/cufon/wash_nat/wash_faa.htm
Posteriormente, tal hipótese seria confirmada vez após outra, e hoje é amplamente aceita. Não apenas com relação a OVNIs. Radares não são ferramentas mágicas infalíveis.

Mas a mesma onda de 1952 em Washington não foi composta apenas de alvos inexistentes de radar. Fatores psicossociais desempenharam claramente um grande papel. Houve, por exemplo, várias supostas confirmações visuais de alvos de radar, mas boa parte delas pode ser demonstrada como fruto de erro humano. Casos radar-visuais sofrem com este problema, e tanto o artigo de Oberg sobre pilotos como testemunhas OVNI, como o caso recente de "OVNIs" no México que resultaram ser plataformas petrolíferas devem ser instrutivos.

Radares de 1952, ainda que de Washington, eram muito mais primitivos que os radares brasileiros nos anos 80, pode-se notar com propriedade. Contudo, apesar de seu desenvolvimento, radares ainda não são a concretização do mito popular a seu respeito. Em 2005, por exemplo, na mesma Washington, que presumivelmente conta com os melhores sistemas de vigilância do mundo, houve novo alerta e apreensão com falsos alvos de radar:
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2005/04/27/AR2005042701937.html

Nenhuma destas informações deve desprovar a possibilidade de que algo de extraordinário tenha ocorrido nos céus do Brasil naquele ano. Mas são essenciais para uma análise do caso. E, repetindo, não basta apenas uma análise. O caso precisa ser melhor investigado.

Abraço,

Mori
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Realmente um radar pode se enganar, fui precipitado  em afirmar o contrario. Entretanto, vários radares em terra e em aeronaves, detectando mias de 20 alvos moveis em velocidades que aumentavam ou diminuiam, pessoas de alto gabarito tendo contato visual, caças sendo enviados e perseguindo objetos, isso acontecendo várias noites em um curto espaço de tempo, isso teria que ser uma grande coincidência.

Em relação ao incidente nos EUA, veja que o objeto foi detectado no radar as 10:40 e as 10:58 o serviço secreto já deu o sinal de tudo limpo, Ou seja, isso tudo durou menos de 20 minutos, diferentemente das várias horas aqui no Brasil. O objeto tambem tinha a velocidade de um helicoptero, ao contrário de ser mais rapido do que os Mirage III da FAB.

Também teve isso:
Citar
Army officials at Davison Army Airfield in Fort Belvoir, Va., spotted a low-flying helicopter in the area but could not determine whether it was the object that had set off the alert.

Tambem não podemos destacar o contexto, depois do 11 de Setembro qualquer ameaça de ameaça é tratada com alta prioridade.


 

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