Autor Tópico: Ateismo no amor tbm existe?  (Lida 9565 vezes)

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Offline Otto, niilista-clássico

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Re:Ateismo no amor tbm existe?
« Resposta #75 Online: 24 de Dezembro de 2013, 04:36:34 »
Então, está fazendo uma sinonimização entre 'sem' e 'descrença em' ou 'descrente em'? Pense em como e porque este termo foi originalmente cunhado. Alguém (de que tipo?...) poderia usar essa palavra para referir-se a "descrentes", embora o mais provável fosse que não considerassem tal possibilidade. Para aqueles, devia ser mais próximo da ideia de possessão por algo antidivino. Alguém descrente cunharia para si próprio um termo que chega a admitir a existência de algum deus, apenas estabelecendo a ausência em si mesmo?


Os gregos usavam do termo. Pode-se sim chegar a isso se olharmos "ateu", mas já que abre espaço para dúvidas, vamos um pouco mais a fundo.

Theo = deus
Theísmo = crença em deuses
A = ausência
Atheísmo = ausência de crença em deuses.
A vontade justifica os fins e os fins justificam os meios.

Offline Pasteur

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Re:Ateismo no amor tbm existe?
« Resposta #76 Online: 24 de Dezembro de 2013, 21:45:28 »
Sem medo de ser sozinho

Regina Navarro Lins



Comentando a Pergunta da Semana

A maioria das pessoas que responderam à enquete da semana acredita que quem não tem um par amoroso no final do ano fica triste. Na nossa cultura, há a crença de que só é possível encontrar a realização afetiva através da relação amorosa fixa e estável com uma única pessoa. A propaganda a favor é tão poderosa que a busca da “outra metade” se torna incessante e muitas vezes desesperada.

E quando surge um parceiro disposto a alimentar esse sonho, pronto: além de se inventar uma pessoa, atribuindo a ela características que geralmente não possui, se abdica facilmente de coisas importantes, imaginando que, agora, nada mais vai faltar. E o mais grave: com o tempo passa a ser fundamental continuar tendo alguém ao lado, pagando-se qualquer preço, mesmo quando predominam as frustrações. Não ter um par significaria não estar inteiro, ser incompleto, ou seja, totalmente desamparado. Mas de onde vem essa ideia?

Na fusão com a mãe no útero, experimentamos a sensação de plenitude, bruscamente interrompida com o nascimento. A partir daí, o anseio amoroso parece ser o de recuperar a harmonia perdida. A criança, então, dirige intensamente para a mãe sua busca de aconchego. No Ocidente aprendemos que, na vida adulta, somente através do convívio amoroso com outra pessoa nos sentiremos completos. Quem, além do ser amado, pode suprir nossas carências e nos tornar inteiros? Aí é que entra o amor romântico, que promete o encontro de almas e a fusão dos amantes, acenando com a possibilidade de transformar dois num só, da mesma forma que na fusão original com a mãe.

O único problema é que tudo não passa de uma ilusão. Na realidade, ninguém completa ninguém. Mas, ignorando isso, reeditamos inconscientemente com o parceiro nossas necessidades infantis. O outro se torna tão indispensável para nossa sobrevivência emocional, que a possessividade e o cerceamento da liberdade sobrecarregam a relação. Por mais encantamento e exaltação que o amor romântico cause num primeiro momento, ele se torna opressivo por se opor à nossa individualidade.

Entretanto, vivemos um período de grandes transformações no mundo e, no que diz respeito ao amor, observamos que o dilema cada vez mais se situa entre o desejo de simbiose e o desejo de liberdade, sendo que este último começa a predominar. Um sinal disso talvez seja o interesse por práticas orientais como meditação transcendental, ioga, tai chi chuan, entre outras. Enquanto tentamos nos sentir inteiros, dependendo de algo externo a nós — a relação amorosa com outra pessoa —, os orientais se voltam para dentro de si mesmos, buscando assim encontrar a sensação de estar completos.

Não é fácil deixar o hábito de formar um par. Fomos condicionados a desejá-lo, convencidos de que se trata de pré-requisito para a felicidade. Para complicar mais as coisas, há ainda os que, por equívoco ou pela própria limitação, se utilizam de argumentos psicológicos para não deixar ninguém escapar dos modelos. Para esses, maturidade emocional implica manter uma relação amorosa estável com alguém do sexo oposto. Não faltam terapeutas para reforçar esse absurdo na cabeça de seus pacientes. E o pior é que eles acreditam e sofrem bastante, se sentindo defeituosos ou no mínimo incompetentes por não terem alguém.

Contudo, a condição essencial para ficar bem sozinho é o exercício da autonomia pessoal. Isso significa, além de alcançar nova visão do amor e do sexo, se libertar da dependência amorosa exclusiva e “salvadora” de alguém. O caminho fica livre para um relacionamento mais profundo com os amigos, com crescimento da importância dos laços afetivos. É com o desenvolvimento individual que se processa a mudança interna necessária para a percepção das próprias singularidades e do prazer de estar só. E assim fica para trás a idéia básica de fusão do amor romântico, que transforma os dois numa só pessoa.

E quando se perde o medo de ser sozinho, se percebe que isso não significa necessariamente solidão.

http://reginanavarro.blogosfera.uol.com.br/2013/12/24/sem-medo-de-ser-sozinho/

Offline Cientista

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Re:Ateismo no amor tbm existe?
« Resposta #77 Online: 25 de Dezembro de 2013, 19:27:17 »
Isso é para eu rir, caríssimo jovem?

Agradeço imensamente, eu gosto, mas, no momento, terás que me desculpar pois sinto-me fastiado de tão cheio o bucho. Entretanto, garanto-te que toda a minha alma regozija-se em silenciosa alegria...


Então, está fazendo uma sinonimização entre 'sem' e 'descrença em' ou 'descrente em'? Pense em como e porque este termo foi originalmente cunhado. Alguém (de que tipo?...) poderia usar essa palavra para referir-se a "descrentes", embora o mais provável fosse que não considerassem tal possibilidade. Para aqueles, devia ser mais próximo da ideia de possessão por algo antidivino. Alguém descrente cunharia para si próprio um termo que chega a admitir a existência de algum deus, apenas estabelecendo a ausência em si mesmo?
Os gregos usavam do termo.
Os gregos, é? Quem diria?...

Sério mesmo?! Olha..., não que eu duvide por duvidar de você, mas é que, se não me engano ou se me engano..., falavam outra língua... Tem certeza mesmo???


Pode-se sim chegar a isso se olharmos "ateu",
É... mas, também, não sejamos tão radicais... Oras, uma palavra não tem obrigação de significar o que ela significa, não é mesmo?


mas já que abre espaço para dúvidas,
É, mais para umas duvidinhas só, muito fraquinhas, mas... sabe como é né?... Certeza a gente nunca tem de nada...


vamos um pouco mais a fundo.
Gostei da decisão! Vamos lá...


Theo = deus
Theísmo = crença em deuses
A = ausência
Atheísmo = ausência de crença em deuses.
ãããããããããããnnnnNNNNNN...  Agora estou entendendo... Então a raiz é "tHeísmo"...? Com h e tudo?...  "Theo" é que é derivado...?  Rapaz, eu estava invertendo as coisas... Agora você desinverteu, esclareceu e solucionou tudo! Obrigado! Sanou todas minhas dúvidas! Fechou qualquer espaço para elas!



Mas... não leve a mal não... só uma sugestão, não que eu queira criticar sua decisão de postar aqui, por favor! Mas... não teria sido mais adequado postar isso naquela seção de piadas e brincadeiras?

Offline Mussain!

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Re:Ateismo no amor tbm existe?
« Resposta #78 Online: 26 de Dezembro de 2013, 01:28:13 »
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Mas... não leve a mal não... só uma sugestão, não que eu queira criticar sua decisão de postar aqui, por favor! Mas... não teria sido mais adequado postar isso naquela seção de piadas e brincadeiras?

Fala isso para todos os posts do profile 3312... Esses sim são pura perca de tempo... :ok:

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Ateismo no amor tbm existe?
« Resposta #79 Online: 26 de Dezembro de 2013, 14:37:12 »
"Ateu" realmente é o típico "ateu revoltado [com Deus]".

Não é tanto que não acredite, mas tem mais uma birra pessoal. Daí o a popularidade do "argumento da existência do mal".

"Se hay un diós, soy contra".

O que as pessoas comumente entendem por "ateu" é na verdade não-teísta.

Offline Cientista

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Re:Ateismo no amor tbm existe?
« Resposta #80 Online: 29 de Dezembro de 2013, 20:57:12 »
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Mas... não leve a mal não... só uma sugestão, não que eu queira criticar sua decisão de postar aqui, por favor! Mas... não teria sido mais adequado postar isso naquela seção de piadas e brincadeiras?

Fala isso para todos os posts do profile 3312...
Como é aquele negocinho da garotada internética?...

[modo fingindo-se ignorante para maltratar menos ON]
Que coisa é essa de "profile 3312"? Código críptico nerdointernético da garotada? Tipo aqueles... "42", "111111111111111111...", sei lá que diabo mais? Para dizer "todos os posts meus mesmo"?
["/" (pra que essa joça aqui nesses casos?) modo fingindo-se ignorante para maltratar menos OFF]



Esses sim são pura perca de tempo... :ok:
De novo você com esse peixe? Eu não gosto dessa variedade, prefiro a perca de espaço, acho mais saborosa, talvez porque o tempo fique em mim para apreciar... E não gosto pura, mas acompanhada de suco de uva brânica.

Offline Cientista

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Re:Ateismo no amor tbm existe?
« Resposta #81 Online: 29 de Dezembro de 2013, 21:05:43 »
"Ateu" realmente é o típico "ateu revoltado [com Deus]".

Não é tanto que não acredite, mas tem mais uma birra pessoal. Daí o a popularidade do "argumento da existência do mal".

"Se hay un diós, soy contra".

O que as pessoas comumente entendem por "ateu" é na verdade não-teísta.
Ateu é ateu e não adianta ficar inventando mais nuances para eliminar outras que não deveriam ter sido criadas sobre a palavra. Já nada mais significa isso. Ninguém mais sente-se esclarecido ao ouvir a definição de alguém como ateu e todos atordoados ficam convivendo com essa confusão como se fosse aceitável. É bem pior que o que se fez com a palavra crente, caso que já comentei por aqui, em que se direcionou tanto tal palavra para uso com evangélicos que quase confunde-se com os mesmos. Frequentemente não basta dizer que alguém é crente para que fique claro o que se quer dizer; é preciso mais especificações. Com a palavra ateu, nem mais uso viável se tem.

 

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