Autor Tópico: Alckmin não leu o próprio programa de governo, ou então...  (Lida 3603 vezes)

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Offline HSette

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Re: Alckmin não leu o próprio programa de governo, ou então...
« Resposta #50 Online: 17 de Outubro de 2006, 18:53:14 »
Tarcísio, caso não tenha percebido, o post inicial está linkado para o Programa do tucanato.  :ok:

Além do link, reproduzi o texto.
Aliás, todas as informações estão devidamente linkadas.
« Última modificação: 17 de Outubro de 2006, 18:54:54 por HSette »
"Eu sei que o Homem Invisível está aqui!"
"Por quê?"
"Porque não estou vendo ele!"

Chaves

Tarcísio

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Re: Alckmin não leu o próprio programa de governo, ou então...
« Resposta #51 Online: 17 de Outubro de 2006, 19:39:15 »
 :olheira:

zumbizei.

err...... O Geraldo esqueceu? AHEhAHEaHE
« Última modificação: 17 de Outubro de 2006, 19:55:18 por Tarcísio »

Offline HSette

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Re: Alckmin não leu o próprio programa de governo, ou então...
« Resposta #52 Online: 17 de Outubro de 2006, 20:29:35 »
:olheira:

zumbizei.

err...... O Geraldo esqueceu? AHEhAHEaHE
:histeria:

Minha opinião. O Alckmin perde a cabeça muito fácil
Numa campanha, tem que ter mais jogo de cintura.
Se for levar tudo a ferro e fogo, acaba pisando na bola.
"Eu sei que o Homem Invisível está aqui!"
"Por quê?"
"Porque não estou vendo ele!"

Chaves

Offline Kao

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Re: Alckmin não leu o próprio programa de governo, ou então...
« Resposta #53 Online: 17 de Outubro de 2006, 21:41:49 »
Entre cortar gastos e prorrogar a CPMF, a primeira opção é muito melhor, tomara que a prorrgação não passe.

Essa estratégia é muito temerária tem grande chance de dar errado.

Primeiro sem diminuir o Estado eu considero praticamente impossível que a economia brasileira venha a crescer 5% ao ano e duvido que o PT realmente faça essa estratégia de ajustar a economia, é muito mais provável que eles deixem a terra arrasada em 2.010 para voltar em 2.014.

Outra coisa se há custos sociais em diminuir os gastos públicos também os há em não diminuir, a carga tributaria brasileira tem um custo altíssimo em termos sociais, os trabalhadores são obrigados a entregar uma parcela substancial de seus rendimentos para o governo e também inviabiliza muitas empresas gerando desemprego e falências.


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Talvez o único debate são desta campanha.

Concordo em gênero, número e grau.  :ok:

Pena que estamos na reta final.

E aqui, um texto do site Valor Econômico sobre o assunto:

Site Valor Econômico

O programa fiscal de um eventual segundo governo de Luiz Inácio Lula da Silva está praticamente pronto. Seria anunciado logo, se o candidato tivesse ganho a reeleição no primeiro turno. Nele, o governo pretende atacar nas duas frentes para garantir receitas e promover um corte das despesas.

- prorrogação da vigência da Desvinculação de Receitas da União (DRU) – que significa margem para realocações e eventuais cortes, a idéia seria elevar gradualmente seu alcance dos atuais 20% sobre a receita total que, no Orçamento de 2007, significaria R$ 79,25 bilhões, para até 40%;

- prorrogação da CPMF, se fixaria uma trajetória de alíquotas declinantes até que a contribuição se estacionasse numa taxa residual (algo como 0,08%), servindo, assim, mais como instrumento de fiscalização e combate à sonegação do que propriamente de arrecadação.

Ambas - DRU e CPMF - têm prazo de vigência, pela legislação atual, até dezembro de 2007 e uma das primeiras tarefas do novo governo será apresentar emenda constitucional para prorrogá-las. Aumentar ou mesmo dobrar a DRU representaria, assim, um golpe na estrutura de vinculação que engessa o Orçamento e deixa pouquíssimos recursos para uso discricionário, sobretudo para financiar investimentos em infra-estrutura, que têm representado somente 0,4% do PIB/ano.

- estabelecer um teto para o gasto corrente, que teria apenas a correção pela inflação medida pelo IPCA e nada de aumento real, o que representaria trajetória cadente frente ao PIB. E, no lugar da reforma da previdência social, sempre politicamente onerosa, o então presidente colocaria a reforma do mercado de trabalho. A lógica dessa troca é simples: com regras mais flexíveis que representem redução de custos sobre a folha de pagamento das empresas, a tendência à formalização da economia se acentuaria e, com isso, mais trabalhadores passariam a contribuir para a previdência social, reduzindo a velocidade de crescimento do déficit e adiando uma reforma mais estrutural por alguns bons pares de anos.

- todos os poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário - passariam a operar com novos limites de despesas de pessoal, aquém dos fixados na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que se mostraram frouxos.

- superávit primário de 4,25% do PIB nos próximos quatro anos, juros em queda e um crescimento econômico na casa dos 4% a 4,5% ao ano; o governo eliminaria os atuais 3,54% do PIB de déficit nominal ao final do próximo mandato, encerrando, assim, um longo ciclo de endividamento.


O programa do candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, também está centrado na remoção dos desequilíbrios fiscais e na força da idéia do déficit nominal zero. O diagnóstico dos tucanos não é muito diferente do que o PT faz: é preciso colocar um freio urgente nas despesas correntes do setor público, pois um país com uma carga tributária próxima a 40% do PIB - necessária para financiar os gastos -, uma dívida interna líquida de cerca de 50% do PIB e juros reais elevadíssimos está condenado a crescer de forma modesta.

- corte substancial das despesas, algo como 3% do PIB, segundo as contas de economistas ligados a Alckmin. Durante a gestão de Mário Covas no governo de São Paulo, lembra um tucano, Nakano demitiu devagar e sem qualquer alarde cerca de 120 mil funcionários públicos.

- ambos os programas coincidem no diagnóstico de que há um problema fiscal que precisa ser superado e quanto maior for o esforço do corte de gastos públicos, mais acelerado poderá ser o ritmo da redução da taxa de juros Selic, esta sim a grande anomalia da economia brasileira; e quanto menor a diferença entre os juros internos e os externos, menor será a tendência de valorização da taxa de câmbio.

- diferenças começam a surgir a partir daí, seja entre os dois possíveis governos, seja intra forças que os apóiam. O PT, por exemplo, não pretende colocar a reforma da previdência social no topo da sua lista de prioridades. Os economistas do PSDB, ao contrário, avaliam que essa é a principal raiz dos problemas fiscais.

- assessores do governo Lula acham que se reeleito, o presidente deveria passar os três primeiros anos do seu segundo mandato sem conceder qualquer aumento real ao salário mínimo, para colocar um freio nas despesas da seguridade social.

- os grandes dilemas macroeconômicos se encerrariam com uma nova equação fiscal de longo prazo, e as atenções do governo, seja Lula ou Alckmin, passariam a ser em questões mais microeconômicas: reforma tributária, uma agenda de inovação, melhoria substancial da educação, aumento dos investimentos públicos e privados, entre tantos outros temas que se descortinam e que precisam ser enfrentados para aumentar a produtividade da economia.

Em resumo, com inflação baixa e solidez externa, o momento é bastante oportuno para desobstruir os caminhos do crescimento.
Quem quer que seja o eleito, encontrará as condições dadas para levar o país a um novo patamar.


Pelo visto, de aumento/perpetuação de impostos não vamos escapar, ganhe quem ganhar.
E outra: se o crescimento não for retomado de forma sustentada em patamares em torno, pelo menos dos 5%, a coisa vai complicar. E aí sobra para quem assumir em 2010.

E é por apostar na possibilidade de retomada do crescimento que acho a proposta de corte forte e radical de Alckimin exagerada.
E continuo sustentando que corte de gastos não ajuda na redução do déficit. Se ajudar, o efeito é ínfimo, e os custos políticos e sociais são muito maiores.

Offline Dbohr

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Re: Alckmin não leu o próprio programa de governo, ou então...
« Resposta #54 Online: 17 de Outubro de 2006, 22:08:34 »
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(...) é muito mais provável que eles deixem a terra arrasada em 2.010 para voltar em 2.014.

Eu sinceramente espero que isso seja um temor infundado. Mas não considero impossível, não, especialmente considerando que há grande possibilidade de no eventual começo do segundo governo Lula o tempo fechar de vez.

 

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