Agradeço a vocês pelos comentários ! Isto que vocês colocaram faz sentido e hoje já evito abordar assuntos polêmicos que envolvam crenças. O problema é que a falta de lógica permeia praticamente todas as conversas mais comuns no dia a dia. Desde as lendas urbanas do roubo de rins , passando pela invasão norte-americana da Amazônia, a doação de notebooks grátis para quem repassar um e-mail, a manipulação das pesquisas eleitorais pela Globo, os florais de Bach, etc, etc...
É quase impossível tratar de algum assunto seriamente, com fundamento, citando fontes idôneas. A primeira pergunta que faço sempre que ouço algo novo é " qual é a fonte de origem ?"...e a resposta imediata é "não sei, mas todo mundo está dizendo" ou "já foi comprovado cientificamente ( a áurea, por exemplo ) ".
Ou seja, não basta fugir apenas de assuntos mais sensíveis, pois a linha de raciocínio ( ou a falta de ) da maioria das pessoas com relação ao mundo é a mesma com a que tratam de religião. A tortura para o cético é constante. E o crédulo, ao sentir-se questionado, fica acuado e reage emocionalmente como se estivesse sendo agredido na sua idoneidade. Portanto, no meu entender, o atrito social independe do assunto.
Meu interesse não é o de convencer alguém, pois isto não me aufere nenhum ganho prático. O problema é a impossibilidade de manter um diálogo, seja sobre qual assunto for, de maneira racional e não-superficial.
Na prática, isto se aplica inclusive às pessoas com as quais passamos a maior parte do tempo ( como cônjuge, sogros, sócio, amigos, etc...). Fugir do estigma de "ateu" é relativamente fácil. Basta auto intitular-se "agnóstico" que a maioria das pessoas sequer sabe o que significa, pois acham que é algum tipo de religião ( tipo cientologia ) e param por aí. O importante é não ser ateu, pois isto implica em um pré-julgamento de caráter e falta de valores morais que pode causar muitos estragos nas relações sociais.
Eu me refiro às situações mais comlexas de fugir, que envolvem toda a família, como por exemplo batismos, crismas, catecismos e demais liturgias. Vale a pena enfrentar as pessoas por algo relativamente inócuo como uns pingos d'água na cabecinha do seu filho ?? Meu medo é que lentamente possa ser introduzido o chip GOD no seu cérebro e depois fique muito difícil de reverter o processo. Em casos como este não é uma simples questão de se "retirar da conversa e pronto". É isso aí.