Homem saindo na mão, por qualquer bobagem, já é coisa de bundão.
Quando que não seria bobagem ou coisa de bundão um homem sair na mão??? E a que se refere ao dizer "bobagem"?
Olá Tupac!
Diversas situações podem vir a condicionar o sujeito ao impasse de usar da força física, no que se refere ao embate.
Citarei um caso verídico, como exemplo ilustrativo de uma dessas situações. Vejamos:
É um caso que ocorreu quando, eu e minha família, morávamos no interior. Meu irmão havia casado fazia pouco tempo. O seu concunhado era tido na cidade como sendo um homem muito violento, anti-social mesmo. Do tipo que vivia metido em confusão e até já havia perfurado de faca peixeira – ele trabalhava de marchante - um policial da região. Até existiam boatos de que carregava mortes nas costas... (mas nada comprovado, nesse sentido). Ele se prevalecia de sua família possuir grande expressão política na cidade.
Esse homem batia diariamente em sua mulher, cunhada do meu irmão. Essa não agüentando mais, pegou o filho, abandonou a casa e foi morar junto com sua mãe, sogra do meu irmão e do tal sujeito, qual já guardava tremenda antipatia pela sogra. Ele ficou enfurecido, prometeu matar a mulher e a sogra. Certo dia, quando meu irmão ia com a família visitar a sogra, ele se deparou com o sujeito, embriagado, segurando a sogra pelo pescoço e batendo com a cabeça dela na parede. E ele dizia: “Sua desgraça! Eu vou lhe matar, sua velha!” O meu irmão replicou... Mas ele não o dava ouvido e até o ameaçava, caso viesse a se intrometer. Então o meu irmão não teve escolha. Segurou-o pelo pescoço e saiu puxando o sujeito para fora de casa. Sendo que o sujeito era muito forte, e, em determinado momento, conseguiu soltar-se da chave que meu irmão havia lhe aplicado. Ele pegou a faca peixeira, que trazia em bainha, na cintura, e partiu para tentar furar o meu irmão, que em um lance de reflexo, inacreditável, segurou o gume da faca e firmou o punho. No corpo a corpo, os dois caíram ao chão e o meu irmão conseguiu fincar a faca no sujeito, num único golpe mortal. Meu irmão ficou desesperado, saiu na rua gritando: “eu matei Adenaldo... !” (Era o nome da vítima). Um amigo da família, taxista, viu o estado do meu irmão e, sensibilizado, colocou-o no carro e o levou até a casa dos meus pais. Chegando lá, tratamos de foragi-lo, para livrar o flagrante. Pouco tempo depois, o meu irmão voltou, apresentou-se para a justiça, foi julgado e absorvido por unanimidade.
Os casos qual a integridade física é colocada em risco, colocando até mesmo a vida em xeque, são exemplos que justificam o uso da força física, no que se refere ao embate. A própria lei estabelece esses parâmetros. Isso sem mencionar profissionais, como: policiais, seguranças particulares e praticantes de ates-marciais, que ganham a vida sob condições que propiciam o uso da força física. E ainda temos os casos onde o sujeito age movido pelo ímpeto das emoções, como um pai que teve sua filha estuprada e o acaso, caprichosamente, arranja de colocá-lo de frente ao elemento responsável pela atrocidade, antes das autoridades policiais conseguirem prendê-lo. O que não acho correto que se faça justiça com as próprias mãos. Mas, nesse caso, acho bastante ‘compreensível’ - veja bem.
Agora, partir para a agressão por que fulano me taxou disso ou daquilo... ? Chamou-me de feio? Roubou meu(minha) namorado(a)? Rá, engraçado quando colocam dessa forma. Como se alguém pudesse roubar namorado ou namorada de outrem. Pô, foi porque quis!

Mas prosseguindo: Não justifica. É reprovável.
Espero ter sido clara.
