Eu não sou a favor de qualquer tipo de armamento nuclear, mas se pensarmos que o Paquistão (que não é uma democracia bonita) e a Índia (que odeia o Paquistão e é odiada por ele) nunca se mataram, então há um equilíbrio de forças (Mutual Nuclear Deterrence).
Se a Coréia do Norte fez a bomba (e eu acho isso um absurdo, uma tremenda falha da diplomacia internacional), a Coréia do Sul e o Japão deveriam fazê-la também, ou fingir que a fizeram. Daí, teríamos outro equilíbrio. A partir disso, poderiam entrar em um acordo pelo desarmamento mútuo, como é o caso de EUA e Rússia.
Ou, pelo meio civilizado, deveriam negociar com a Coréia do Norte.
No caso do Irã, deveria ser usado, também, o meio civilizado. Inspeções constantes da AIEA, controle total sobre o destino do material radioativo, como acontece aqui no Brasil. Se desse a louca no presidente iraniano e ele resolvesse expulsar os inspetores para fazer uma bomba, isso justificaria uma operação militar. Sem isso seria complicado, como foi no caso do Iraque. Não há justificativas legais para barrar o Irã se ele estiver fazendo um uso pacífico, e se não estiver, é preciso provar que não está. Dos dois modos, é preferível acompanhar de perto a produção do que ficar brigando por causa disso e destruir a possibilidade do acompanhamento dessa produção. A Coréia do Norte é um bom exemplo disso. Quanto mais rápido os inspetores voltarem, melhor.