Tema fascinante! Os filósofos travaram árduas batalhas em torno. A ciência não chegou a uma conclusão.
No que tange à mente humana, se o nosso comportamento não é determinado, como seriam os circuitos cerebrais do, digamos, livre-arbítrio? Os bilhões de conexões neurais ativar-se-iam de lá para cá aleatoriamente, incapazes de serem influenciados? Para que, então, educação - dinheiro que pais preocupados gastam - se, caso o livre-arbítrio fosse a regra - mas justamente livre-arbítrio é não-regra -, qualquer influência será no fim inútil, pois impossível?!
Mas se o universo obedece a leis, essas leis determinam seu rumo ou não seriam leis, seriam nada. Se as leis não determinam, para que servem? Se são leis, são "determinadores". Pode-se discutir o quão determinadoras são essas leis, fazendo-se inexoráveis e intransigentes ou, maleáveis e frouxas. Mas sem alguma determinação não se pode construir nada.
Spinoza definiu livre-arbítrio como ignorância das causas. Estou com ele: há muitas coisas que ignoramos.