Autor Tópico: Pela Legalização das Drogas por Rodrigo Constantino  (Lida 10772 vezes)

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Rhyan

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Pela Legalização das Drogas por Rodrigo Constantino
« Online: 03 de Março de 2007, 23:18:12 »
Pela Legalização das Drogas

Rodrigo Constantino

"It is true that to be free may mean freedom to starve, to make costly mistakes, or to run mortal risks." (Hayek)

Devemos legalizar as drogas? Essa é uma questão que cada vez recebe mais atenção, posto que fica clara a derrota da guerra contra as drogas, que custa uma fortuna aos contribuintes e não consegue reduzir a criminalidade proveniente do tráfico. Pretendo explicar neste artigo os motivos pelos quais a resposta para a questão é afirmativa. São basicamente dois caminhos distintos para chegar à mesma conclusão: os resultados práticos e os direitos individuais. Antes, entretanto, é importante fazer uma ressalva: a legalização das drogas não é uma panacéia que irá resolver todos os problemas do crime. E não custa lembrar que outros países onde as drogas não são legalizadas não passam necessariamente pelo mesmo surto de violência que o Brasil se encontra, basicamente por causa da impunidade.

O tema polêmico foi alvo de estudo de muitos economistas famosos, a maioria focando na questão do custo e benefício, dos resultados concretos. O prêmio Nobel Milton Friedman, por exemplo, sempre advogou pela legalização das drogas. Ele afirmava que a legalização das drogas iria "simultaneamente reduzir a quantidade de crime e aumentar a qualidade da imposição da lei". Thomas Sowell, também da Escola de Chicago, é outro que defende este caminho, assim como o outro prêmio Nobel, Gary Becker, da mesma escola. Sowell lembra que as políticas são julgadas por suas conseqüências, mas as cruzadas são julgadas por quão bem elas fazem seus defensores se sentir. A guerra contra as drogas virou uma cruzada. Ele diz que não somos deus para viver a vida dos outros ou salvar pessoas que não querem ser salvas. Podemos concluir que a Escola de Chicago em peso defende a legalização das drogas. Mas não são apenas esses os economistas que mantêm tal postura.

Gordon Tullock, outro economista de peso, vai na mesma linha, lembrando que as leis de proibição são difíceis de serem aplicadas, custam caro e geram resultados ineficientes. Robert Barro alerta que a experiência com a proibição mostra que os preços sobem e a atividade ilegal é estimulada, gerando apenas um efeito negativo moderado no consumo, mas impondo custos inaceitáveis em termos de taxas elevadas de criminalidade e expansão da população carcerária. Walter Block alega que um livre mercado de marijuana e outras drogas aumenta o bem-estar econômico. Mary Cleveland foca no fato do mercado negro ser perigoso e acabar atraindo jovens problemáticos com oportunidades limitadas, que acabam se tornando usuários de drogas pesadas.

David Henderson lembra que a maioria dos problemas que as pessoas acham que são causados pelas drogas não são causados por elas em si, mas pelas leis sobre elas. O método moralmente adequado para evitar o consumo de drogas seria a persuasão, não a prisão dos usuários. Robert Higgs considera que o abandono dessa cruzada quixotesca das autoridades contra as drogas iria permitir gastos maiores para a proteção da vida e propriedade, evitando uma invasão aos direitos naturais, que incluem o direito de decidir como usamos – ou abusamos – dos nossos próprios corpos. Randall Holcombe faz coro no argumento de que os males causados pelas drogas costumam vir do fato de serem ilegais, não drogas. Daniel Klein reforça a visão de que a proibição cria um mercado negro que a sociedade não consegue controlar. Jeffrey Miron e Jeffrey Zwiebel concluíram em seus estudos que um livre mercado de drogas provavelmente seria uma política bem superior em relação às adotadas atualmente, como a proibição.

Murray Rothbard também faz a conexão entre vício e crime, lembrando que os crimes são cometidos por viciados levados ao roubo pelo alto preço das drogas causado pela sua própria ilegalidade. Se os narcóticos fossem legais, sua oferta iria aumentar e os altos custos do mercado negro iriam desaparecer, fazendo os preços ficarem baixos o suficiente para eliminar a maioria dos crimes cometidos por viciados.

Quase todos esses argumentos estão voltados para os resultados práticos da proibição das drogas. Mas creio que devemos, acima disso, colocar a questão dos direitos naturais. John Stuart Mill, por exemplo, defendeu a liberdade de consumir álcool e ópio como um dos mais básicos direitos civis. O foco no utilitarismo é extremamente perigoso, podendo levar ao conceito de que os fins justificam os meios. Ora, se fosse considerado que a morte de alguns sujeitos chatos, entretanto pacíficos, fosse aumentar a utilidade geral, o bem-estar da maioria, alguém defenderia o direito de assassinarem esses chatos? Hitler aprovaria essa mentalidade, já que achava que matar judeus seria bom para a nação. Mas Hitler era um monstro. O utilitarismo costuma andar lado a lado com o coletivismo, e transforma indivíduos em animais sacrificáveis. Libertários pensam que a coerção contra aqueles que não iniciaram coerção deve ser eliminada. O que cada um faz com seu próprio corpo diz respeito apenas a si próprio. Não faz sentido jogar na prisão ao lado de assaltantes e assassinos, que violaram os direitos alheios, alguém cujo único "crime" foi ter fumado um cigarro de maconha em sua própria casa.

No fundo, esta postura é totalmente autoritária. Pessoas bem intencionadas, imbuídas de uma missão divina, querem impor aos demais como a vida deve ser vivida. Ora, o cigarro não faz mal à saúde? Mas por que devemos proibir o indivíduo de fumar, se ele assim quiser? Comer demais também faz mal para a saúde, assim como a ociosidade, mas nem por isso vamos criar leis para controlar tais práticas. Eu posso considerar um livro de Marx uma droga bem mais prejudicial ao cérebro que a maconha, mas nem por isso vou defender o uso da coerção estatal para proibir sua leitura. Seria autoritarismo puro. Essa visão de que o Estado deve cuidar dos indivíduos incapazes de escolher por si próprios é paternalista demais. Liberais acreditam na responsabilidade individual, e entendem que cada um sabe melhor o que pretende para sua vida. Se abrirmos precedente para que burocratas ou mesmo a maioria possam escolher por todos o que é o melhor, nada impede que amanhã uma maioria de vegetarianos decida banir o McDonald’s do mundo. Onde ficam os direitos individuais, a liberdade de escolha?

Podemos analisar os jogos de azar como um paralelo interessante às drogas. O jogo do bicho, por exemplo, teve sua origem em 1892, quando João Batista Vieira Drummond, dono de uma chácara com um pequeno jardim zoológico em Vila Isabel, resolveu criar um jogo para levantar recursos e manter os animais e toda a sua estrutura. Eram vendidos bilhetes de sorteios com bichos desenhados. Um negócio honesto, com trocas voluntárias. Mas quando o governo resolve que isso é ilegal, condena todos ao crime, incentivando a corrupção e violência. Isso para não falar que o próprio governo vende jogos de azar! Não gosta da concorrência, e cria um monopólio por lei, fazendo com que o jogo do bicho vire prática criminosa. Devemos respeitar as trocas voluntárias entre adultos responsáveis. O jogo de azar pode viciar e destruir a vida de alguns. Mas não devemos, por causa disso, impedir que uma maioria use com moderação e tenha prazer. Abusus non tollit usum. O abuso de algo não pode tolher seu uso. Ora, até o consumo exagerado de remédios legais pode matar. Vamos proibir a venda de aspirinas ou Prozac por causa disso? O mais importante não é o que é consumido, mas sim como é consumido. Com moderação, até a bebida alcoólica faz bem, ou mesmo a maconha, usada em tratamentos médicos.

O curioso é que muitos defendem a proibição das drogas bebendo sua dose diária de Uísque. Cáspita! Será que ignoram que tal bebida é droga também, que pode viciar e levar à morte se consumido excessivamente? O álcool é, na verdade, droga mais pesada que a maconha, por exemplo. Ou seja, as drogas já são liberadas, mas nem todas. No passado, nos Estados Unidos, já experimentaram proibir todas as drogas. A Lei Seca criou apenas criminosos, como Al Capone. Com seu término, a família Coors é vista com respeito por todos, assim como os brasileiros bilionários sócios da Inbev. O que mudou? A atividade é a mesma: vender bebida alcoólica. Apenas a lei mudou, e foi suficiente para reduzir a criminalidade neste setor. Como dizia Roberto Campos, "tudo o que é rigorosamente proibido é ligeiramente permitido". E é melhor permitir legalmente que criar um mercado ilegal, já que a demanda não desaparece. Como lembrava Mises, "não é porque existem destilarias que as pessoas bebem uísque; é porque as pessoas bebem uísque que existem destilarias".

Alguns aceitam a descriminalização dos usuários ou uma legalização parcial, e propõem algo como os sin taxes, impostos elevados sobre produtos de má reputação, como já ocorre com o cigarro e as bebidas alcoólicas. É a postura de Gary Becker, por exemplo. Mas esses elevados impostos podem não reduzir o mal causado pela proibição, deixando os problemas sem solução real. No mercado de cigarro no Brasil, cerca de um terço vem de contrabando e ilegalidade, devido aos enormes impostos. O mercado negro acaba se mantendo vivo pelo alto custo da legalidade.

Em resumo, seja pela lógica de resultados práticos ou pela defesa da liberdade individual, as drogas deveriam ser legalizadas. Isso iria reduzir a criminalidade e garantir a liberdade de escolha individual. O "argumento" de que consumidores de drogas podem causar danos externos não é válido, posto que o álcool hoje já tem esse mesmo risco, sem falar de outras fontes, como a negligência. Pune-se o ato, não a possibilidade dele ser cometido. No máximo, pode-se considerar um agravante para a penalidade o consumo de drogas, buscando coibir a irresponsabilidade. Mas de forma geral, os defensores da proibição negam que os indivíduos sejam capazes de fazer escolhas conscientes. São todos tratados como mentecaptos, com a exceção do dia do voto obrigatório. A proibição das drogas acaba sendo ineficiente e autoritária, colocando em risco a liberdade individual.

http://rodrigoconstantino.blogspot.com/2007/03/pela-legalizao-das-drogas.html

Offline Herf

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Re: Pela Legalização das Drogas por Rodrigo Constantino
« Resposta #1 Online: 04 de Março de 2007, 09:27:15 »
Concordo totalmente com o argumento do direito natural, cada um pode fazer o que quiser a seu corpo, desde que não prejudique terceiros. Também concordo que a legalização (sem a cobrança abusiva de impostos) contribuiria para esvaziar bastante os cofres do crime.

O problema é que estamos falando em "drogas", e isto compreende muita coisa. A maconha, por mim, já estaria legalizada há muito tempo (não fumo).

Mas e drogas mais pesadas? Há o argumento de que qualquer um pode fazer o que quiser sem prejudicar terceiros. Mas e depois, quando o cidadão estiver acabado precisando de auxílio médico caro para sua recuperação? Quem vai pagar é o contribuinte. Não se trata de uma visão "paternalista" do estado da minha parte, longe disso. Trata-se de compreender que depois é o contribuinte responsável que vai acabar pagando pelos atos do irresponsável. É um fator que deve ser levado em consideração na análise do problema.
« Última modificação: 04 de Março de 2007, 09:36:51 por Procedure »

Offline Herf

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Re: Pela Legalização das Drogas por Rodrigo Constantino
« Resposta #2 Online: 04 de Março de 2007, 09:34:49 »
Eis um texto do Hélio Schwartsman, muito interessante, que penso estar relacionado com isso:

Citar
Molécula proscrita

Defensores das liberdades individuais norte-americanos estão indignados com a decisão da Prefeitura de Nova York de "banir" a utilização de gordura trans nos restaurantes da cidade. Na internet, o clima é de guerra. De um lado, centenas de páginas atacam com virulência a medida, já antecipando o dia em que as autoridades definirão os cardápios de nosso dia-a-dia. De outro, inúmeros sites, incluindo o de várias associações médicas, defendem a proposta e citam trabalhos médicos que a justificariam.

Por determinação unânime do Conselho de Saúde de Nova York, os restaurantes da cidade terão até julho de 2007 para eliminar de sua lista de ingredientes óleos, margarinas e fermentos que contenham mais de meio grama da substância por porção. Um ano depois, o veto se estenderá a todos os produtos que excedam esse limite.

Normalmente, incluo-me entre o que se pode chamar de defensores de liberdades. Acho que as pessoas, desde que devidamente informadas das possíveis conseqüências de suas ações, devem ser livres para decidir se vão beber, fumar ou usar qualquer outro tipo de droga que lhes dê prazer. Vou mais longe e afirmo que cada um de nós deveria ter o direito de vender partes de seu corpo, como o rim ou um pedaço do fígado, e até de antecipar a própria morte --o que fere o pretenso dogma jurídico da indisponibilidade da vida. Só que, ao contrário de religiosos, não erijo nenhum princípio em absoluto, que é o primeiro passo para descambar no fanatismo.

Para uma avaliação equilibrada da decisão das autoridades sanitárias nova-iorquinas, precisamos em primeiro lugar tentar entender melhor as tão mal-afamadas gorduras trans, que se tornaram as novas vilãs da alimentação. Embora ocorram naturalmente em pequenas quantidades na carne e no leite de ruminantes, formam-se principalmente no processo de hidrogenação, pelo qual óleos vegetais são parcialmente solidificados para ser utilizados em processos industriais e na panificação. Assim, elas estão generosamente presentes em alimentos como sorvetes, salgadinhos, croissants, bolos e biscoitos, além de certas frituras. O "trans" refere-se à configuração geométrica da molécula orgânica: os átomos de hidrogênio se ligam aos de carbono de lados diferentes da cadeia, e não todos do mesmo lado como na configuração cis.

Ao contrário de outros ácidos graxos, o organismo humano não tem necessidade de gorduras trans em nenhum processo vital. Seu consumo não apenas eleva os níveis do mau colesterol (LDL) --o que as gorduras saturadas (de origem principalmente animal) também fazem--, mas ainda reduz os do bom (HDL). É uma combinação perigosa. Alguns decigramas de gordura trans por dia já são um convite ao infarto e a outras doenças associadas ao metabolismo dos lipídios.

A principal evidência contra a substância vem de um trabalho chamado Estudo de Saúde das Enfermeiras, que acompanhou 120 mil enfermeiras ao longo de 14 anos a partir de 1976. Os autores, ligados à Universidade Harvard, nos EUA, procuraram estabelecer vínculos entre doenças cardíacas e câncer e dieta. A análise dos dados de 900 enfermeiras que haviam sofrido de problemas coronarianos mostrou que o risco para esse tipo de moléstia praticamente dobrou para cada 2% de incremento no consumo de calorias provenientes de gorduras trans (na comparação com calorias de carboidratos). Para produzir um aumento de risco semelhante com gorduras saturadas, é necessário elevar a ingesta calórica em mais de 15%. Já uma troca de apenas 2% no total de calorias provenientes de gorduras trans por energia de gorduras insaturadas cis (tipicamente óleos vegetais) reduz à metade (53%) o risco de doenças coronarianas.

Diminuir drasticamente a quantidade de gorduras trans na dieta não é em tese um problema muito grande. Elas podem ser substituídas por outros tipos de gordura sem prejuízo de sabor ou consistência. É bem verdade que pelo menos no início pode haver uma elevação de custos. Se há alguém, entretanto, que pode arcar com isso são os freqüentadores de restaurantes de Nova York. Atitudes como a da cidade tendem a estimular a indústria alimentícia a produzir mais e melhores soluções para o problema, o que é bom para todos.

Mesmo estando entre os primeiros a afirmar que não cabe às autoridades decidir o que os cidadãos podem ou não comer, reconheço que o caso das gorduras trans é um pouco mais complicado. É inegável que o "veto" nova-iorquino representa uma ingerência na vida, senão do cidadão, pelo menos dos padeiros e donos de restaurante. Mas ela parece estar dentro dos limites legítimos da regulação. Não vi nenhum defensor das liberdades reclamando do fato de as agências sanitárias estabelecerem limites máximos de radiação na água mineral e de arsênico em alimentos.

Vale lembrar que gorduras trans, ao contrário de drogas, não produzem nenhum prazer especial. O sorvete "trans" não é mais gostoso do que o "cis". E, mesmo que se considere a atitude do Conselho de Saúde de Nova York uma interferência excessiva, ela poderia ser compensada pelos ganhos que os médicos esperam para a saúde pública.

Um caso análogo é o da obrigatoriedade do uso de cinto de segurança nos carros. Em tese, não cabe ao poder público impedir o cidadão de fazer mal a si mesmo. Se a autolesão não é punível por lei, com muito menos razão deve sê-lo a simples possibilidade de ferir a si mesmo. Na prática, porém, uma das poucas medidas que serviu para reduzir um pouquinho o obsceno número de mortos no trânsito no Brasil foi a norma que torna mandatório afivelar o cinto, sob pena de multa. Em termos de princípios, trata-se, por certo, de uma ingerência indevida, mas ela se torna mínima quando confrontada com o grande benefício que propicia.

Defender com veemência as liberdades não implica declarar o Estado como inimigo e rejeitar toda espécie de regulação, que necessariamente implica a supressão, senão de liberdades, ao menos de faculdades. Não creio que nossa liberdade de ir e vir seja perigosamente sacrificada quando o Código de Trânsito nos impede de trafegar pelo lado esquerdo das vias de mão dupla. Tampouco acho os dispositivos que impedem a venda de mísseis nucleares a particulares violem a segunda emenda da Constituição dos EUA, que assegura a liberdade das milícias de portar armas. Até o mais ferrenho entusiasta da autodefesa haverá de concordar que nem todo tipo de arma pode ser vendido livremente. O que resta, portanto, é decidir o a partir de qual "calibre" a proibição deve vigorar.

Viver em sociedade já implica abrir mão da possibilidade de fazer tudo a seu bel-prazer. O que caracteriza o Estado democrático moderno é justamente a arte de tentar conciliar a maior liberdade possível para o cidadão com o máximo de eficiência e o mínimo de atritos na sociedade.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult510u273.shtml

Offline Quereu

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Re: Pela Legalização das Drogas por Rodrigo Constantino
« Resposta #3 Online: 04 de Março de 2007, 09:58:39 »
Há anos atrás, o Mario Varga Lhosa em visista ao Brasil, defendeu essa mesma postura de liberação das drogas advogando que elas fossem produzidas pelos grandes laboratórios e comprada em farmácias, o que faria com que a produção em grande escala abaixasse os custos e garantisse suas qualidade e pureza, tornando-as mais seguras para o usuário, pois a prática comum de "batizá-las" acrescentando produtos tóxicos somente para aumentar o volume seria abandonada, além de acabar com o cartel das drogas e a violência e a criminalidade que o acompanha.

Mas eu fico pensando na moralidade da questão, quando filhos consumirão carrerinhas na frente de pais ou o contrário, pais na frente de filhos. Muitos afirmarão que isso será degradação moral e estímulo ao vício. Outros rebaterão acusando-os de hipocrisia, pois o consumo de drogas legais é vísível e praticado por todos. A aversão moral às drogas poderá ser subjulgada pela lei?
A Irlanda é uma porca gorda que come toda a sua cria - James Joyce em O Retrato do Artista Quando Jovem

Offline Luis Dantas

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Re: Pela Legalização das Drogas por Rodrigo Constantino
« Resposta #4 Online: 04 de Março de 2007, 10:54:45 »
Totalmente desorientada essa análise... e ainda por cima deturpa o pensamento de John Stuart Mill.
Wiki experimental | http://luisdantas.zip.net
The stanza uttered by a teacher is reborn in the scholar who repeats the word

Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

danieli

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Re: Pela Legalização das Drogas por Rodrigo Constantino
« Resposta #5 Online: 04 de Março de 2007, 11:00:43 »
Ele só pensou no ser individual. E o coletivo? Não me sentiria a vontade com alguém cheirando uma carreira do meu lado, aliás nem um pouco a vontade.

Offline Herf

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Re: Pela Legalização das Drogas por Rodrigo Constantino
« Resposta #6 Online: 04 de Março de 2007, 12:14:59 »
Não me sentiria a vontade com alguém cheirando uma carreira do meu lado, aliás nem um pouco a vontade.

Talvez por simples falta de costume mesmo. Se cheirar carreiras for um dia legalizado, isso tende a se tornar tão comum como fumar um cigarro ou beber álcool.

Raphael

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Re: Pela Legalização das Drogas por Rodrigo Constantino
« Resposta #7 Online: 05 de Março de 2007, 05:14:51 »
Antigamente, quando eu tinha os meus 16 ou 17 anos, era contra a liberação. Depois, com os meus 20 ou 21, fui a favor.

Agora, não sei. Há milhões de análises a serem feitas, seria bom se eu soubesse o futuro, pois aí eu escolheria se sim ou se não.

Mas de início, não sei. Pularia a questão e iria a empurrar com a barriga assim como a maioria das coisas aqui no Brasil o fazem.

Abraços.

Rhyan

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Re: Pela Legalização das Drogas por Rodrigo Constantino
« Resposta #8 Online: 11 de Dezembro de 2007, 23:15:41 »
Gostaria de desenvolver mais um debate sobre este tema, por isso vou dar um "up"!

Offline Nightstalker

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Re: Pela Legalização das Drogas por Rodrigo Constantino
« Resposta #9 Online: 11 de Dezembro de 2007, 23:33:04 »
O uso de drogas não fere somente ao indivíduo, mas também a terceiros.
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"Sunrise in Sodoma, people wake with the fear in their eyes.
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Rhyan

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Re: Pela Legalização das Drogas por Rodrigo Constantino
« Resposta #10 Online: 11 de Dezembro de 2007, 23:39:39 »
Depende muito.

Offline Nightstalker

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Re: Pela Legalização das Drogas por Rodrigo Constantino
« Resposta #11 Online: 11 de Dezembro de 2007, 23:42:25 »
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Desconheço casos de usuários de cocaína que nunca trouxeram danos a terceiros.
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Offline Südenbauer

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Re: Pela Legalização das Drogas por Rodrigo Constantino
« Resposta #12 Online: 11 de Dezembro de 2007, 23:47:13 »
Se for para legalizar só concordo em legalizar coisa leve como a maconha.

Offline Südenbauer

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Re: Pela Legalização das Drogas por Rodrigo Constantino
« Resposta #13 Online: 11 de Dezembro de 2007, 23:47:58 »
Depende muito.

Desconheço casos de usuários de cocaína que nunca trouxeram danos a terceiros.
Peraí... antes tu falou em drogas e agora está falando de uma específica, cocaína. Separe o discurso.

Rhyan

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Re: Pela Legalização das Drogas por Rodrigo Constantino
« Resposta #14 Online: 11 de Dezembro de 2007, 23:49:18 »
Pois é, depende da droga, da pessoa, do que é considerado dano, e etc..

Offline Nightstalker

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Re: Pela Legalização das Drogas por Rodrigo Constantino
« Resposta #15 Online: 11 de Dezembro de 2007, 23:58:26 »
Depende muito.

Desconheço casos de usuários de cocaína que nunca trouxeram danos a terceiros.
Peraí... antes tu falou em drogas e agora está falando de uma específica, cocaína. Separe o discurso.

A liberalização das drogas implica na liberalização de todas as drogas, inclusive da cocaína.
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Re: Pela Legalização das Drogas por Rodrigo Constantino
« Resposta #16 Online: 11 de Dezembro de 2007, 23:59:43 »
Se for para legalizar só concordo em legalizar coisa leve como a maconha.

As experiências que temos acerca da legalização indicam que não houve nenhum benefício pela sociedade, mas o contrário.
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Re: Pela Legalização das Drogas por Rodrigo Constantino
« Resposta #17 Online: 12 de Dezembro de 2007, 00:01:31 »
Por que precisa ser branco ou preto? Dá para legalizar só uma, ué. Não precisa ser tudo.

Offline Südenbauer

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Re: Pela Legalização das Drogas por Rodrigo Constantino
« Resposta #18 Online: 12 de Dezembro de 2007, 00:02:38 »
Se for para legalizar só concordo em legalizar coisa leve como a maconha.

As experiências que temos acerca da legalização indicam que não houve nenhum benefício pela sociedade, mas o contrário.
Não tenho dados para argumentar. Mas parece que na Holanda trouxe bons benefícios. Já na Suécia, não.

Offline Nightstalker

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Re: Pela Legalização das Drogas por Rodrigo Constantino
« Resposta #19 Online: 12 de Dezembro de 2007, 00:03:34 »
Por que precisa ser branco ou preto? Dá para legalizar só uma, ué. Não precisa ser tudo.

Mas por qual motivo devemos legalizar?
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Re: Pela Legalização das Drogas por Rodrigo Constantino
« Resposta #20 Online: 12 de Dezembro de 2007, 00:11:16 »
Por que não?

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Re: Pela Legalização das Drogas por Rodrigo Constantino
« Resposta #21 Online: 12 de Dezembro de 2007, 00:17:41 »
Por que não?

Porque causa malefícios ao indivíduo, à família e à sociedade?
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Re: Pela Legalização das Drogas por Rodrigo Constantino
« Resposta #22 Online: 12 de Dezembro de 2007, 00:28:03 »
Por que não?

Porque causa malefícios ao indivíduo, à família e à sociedade?
O cigarro e o álcool também.

Offline Nightstalker

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Re: Pela Legalização das Drogas por Rodrigo Constantino
« Resposta #23 Online: 12 de Dezembro de 2007, 01:51:57 »
Por que não?

Porque causa malefícios ao indivíduo, à família e à sociedade?
O cigarro e o álcool também.

Sim, mas infelizmente já estão impregnados na nossa cultura. (Eu consumo álcool de vez em quando)
Conselheiro do Fórum Realidade.

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Re: Pela Legalização das Drogas por Rodrigo Constantino
« Resposta #24 Online: 12 de Dezembro de 2007, 01:53:38 »
E se já temos muito trabalho controlando os danos causados por essas duas drogas lícitas, para quê legalizar mais drogas? Para arrumar mais problemas? Não creio que o tráfico acabaria com a legalização, ainda mais com o que você propõe Fernando, a legalização apenas da cannabis.
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