Nem a seleçâo natural nem a variabilidade genética comprovam a ascendência do ser humano em um macacóide
Ninguém nunca disse isso.
Usar de espantalho é algo que não ajuda. não ajuda a você.
Apenas prova uma velha máxima: Criacionistas raramente tem alguma idéia sobre o que é aquilo que eles atacam.
Não é atoa que talvez a única criacionista biológa, Drª Márcia de Oliveira, afirmar de forma contundente:
"Mudança nas espécies através do tempo é um fato irrefutavel"
Prova sim que existem processos microevolutivos
Ai ai...
Vamos ver o que estes "fatores micro evolutivos" fazem?
EVOLUÇÂO– Estudo de universidade norte-americana derruba principal argumentação dos defensores da teoria criacionista
Mutação simples pode gerar nova espécie
SALVADOR NOGUEIRA
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DA REPORTAGEM LOCAL
Cientistas da Universidade da Califórnia em San Diego (EUA) mostram que a evolução das espécies pode muito bem seguir o mote da teoria do caos: eventos discretos, grandes efeitos. Mudanças mínimas em um certo gene de um organismo podem levar a outro bicho, cuja estrutura corporal é totalmente diferente.
O estudo derruba o principal argumento dos defensores do criacionismo, que pregam que todas as espécies foram projetadas individualmente por uma instituição divina, como diz a Bíblia. Ele se opõem à teoria da evolução pela seleção natural, do britânico Charles Darwin (1809-1882).
Embora os biólogos tomem por verdade as idéias darwinianas, o criacionismo se mantém, graças ao conservadorismo e á dificuldade de demonstrar em laboratório as idéias sugeridas pela teoria da evolução. O estudo, liderado por William McGinnis, desfere golpe fatal no argumento criacionista.
O segredo está em gene chamado Ubx. Ele faz parte do grupo de genes do tipo Hox, já famosos por serem os responsáveis pela determinação de onde e que tipo de membro deve ser formado em cada parte do corpo. “Isso vale para crustáceos, insetos e humanos”, disse à Folha Matthew Ronshaugen, autor principal do mês na revista científica britânica “Nature” (
www.nature.com).
O que McGinnis e seus colegas demonstraram foi que mudanças simples (e que, por conseqüência, poderiam ter surgido aleatoriamente por mutações) no tal gene Ubx podem dar origem a um projeto original e funcional de membros para uma nova espécie. Trocando em miúdos, o conjunto de patas de camarão vira o conjunto de patas da formiga. “A questão é mais a quantidade de pernas do que o seu tipo”, explica Ronshaugen.
Os pesquisadores pegaram a versão do Ubx de um crustáceo (Artemia franciscana) e o inseriram em uma mosca. Observaram então que as pequenas diferenças que separam a versão do crustáceo da equivalente no inseto induziam a formação d pernas em outras regiões do corpo.
Mutações pequenas e capazes de empurrar a evolução para a barreira entre espécies eram tudo o que os criacionistas não queriam. Sua argumentação se baseia no princípio de que a natureza aleatória da evolução não poderia oferecer mutações simples e ao mesmo tempo eficientes.
Aviso aos estudantes
Em 1999, o Estado americano de Oklahoma obrigou os livros de biologia usados pela rede estadual de ensino de ensino a conterem o seguinte aviso: “A palavra evolução pode se referir a muitos tipos de mudanças. Evolução descreve mudanças que ocorrem dentro de uma espécie (mariposas brancas, por exemplo, podem evoluir em mariposas cinzas). Esse processo é a microevolução, que pode ser observada e descrita como fato. Evolução também pode se referir à mudança de uma coisa viva em outra, como em répteis e pássaros. Esse processo, a macroevolução, nunca foi observada e deveria ser considerada uma teoria.”
Foi o efeito da última onda do criacionismo nos EUA, ocorrida há cerca de três anos. “De cinco a dez Estados americanos atualmente adotam políticas semelhantes”, diz Ronshaugen.
“Isso não prova definitivamente que a evolução foi assim, mas mostra que poderia ter sido deste modo. O argumento criacionista contra a macroevolução ficou muito menos válido agora.”
O próximo passo é analisar o DNA de outros seres. “Queremos verificar se essa muança é algo geral, e não apenas uma estranha ocorrência.”
Folha Ciência 20 de fevereiro de 2002