Nunca tentei. Não é das idéias que mais me agrade.
A gente pode ser liberalóide e falar que tem que acabar o preconceito e ter direitos trabalhistas e tudo o mais, a gente pode dizer que na farra tudo vale… mas tudo é muito diferente quando se está lá lidando com as prostitutas. Já vi muita negociação (?) nessa vida e, devo admitir, ofende as minhas sensibilidades feminsto-cristãs.
Você é cristã, Mimi?
Declaro-me ateísta, mas, tendo sido criada dentro da Igreja, na época em que ainda existia uma coisa chamada "teologia da libertação", foram-me ensinadas diversas coisas que optei por não abrir mão. A maioria delas tem a ver com dignidade e amor ao próximo. Daí que acho que não é certo que a pessoa tenha que vender seu corpo para poder sobreviver - seja sexualmente ou não. Acho imoral o sistema econômico que força as pessoas a não terem o domínio do seu próprio corpo. Acho imoral quem diz que é uma questão de escolha, acho imoral que exista quem explore o seu próximo e consiga se dizer "liberal" ao mesmo tempo.
Por consequência, acho que comer puta é errado. A gente nunca chega pra elas perguntando se elas se prostituem porque querem ou porque precisam - mesmo porque nenhuma admite que tem casa e filho pra sustentar, visto que isso acaba com toda a sedução da parada. Ainda, enquanto mulher, imagino o suplício que deve ser ter de dormir com quem não se deseja, e não há como contestar que seja uma das coisas mais intrusivas e mais prejudiciais para a auto-estima da pessoa.
Posso declarar-me feministo-comunista, se a primeira opção lhes ofende, mas o fato é que eu NEM LIGO pra vocês