Sem dogmas não se agradaria, mas com dogmas mutáveis já existe e agrada: espiritismo!! (psss… eles chamam isso de "estar em sintonia com a ciência", mas é mentira!).

Conheça um pouco mais sobre aquilo que discorre para não dizer bobagens. Nós não temos dogmas mutáveis. Esses não são dogmas, mas hipóteses.
Mas o Espiritismo tem os seus dogmas, que são as, por Kardec chamadas, "verdades adquiridas". Esses sim, são imutáveis. No LE, não me lembro em que questão, Kardec pergunta: "Em que se funda o dogma da reencarnação?". Portanto, ele considerava a reencarnação um dogma.
A diferença de nossos dogmas para os da Igreja é que os nossos não são inquestionáveis. E pela própria característica da doutrina, temos a obrigação de explicar racionalmente porque são considerados inquestionáveis. A Igreja, ao contrário, de tudo o que não pode racionalizar, se esconde atrás do mistério: o dogma da trindade, o dogma do inferno eterno, o dogma da salvação pela graça, etc... Não dá para explicar como é que três são um Deus, então é mistério, e assim sucessivamente.
Uma outra diferença fundamental da nossa forma de encarar os dogmas para a Igreja é que nunca afirmaremos que tal coisa é verdade porque simplesmente está escrito em nossa literatura, do tipo: "É verdade porque Kardec disse", ou "É verdade porque está no LE". A nossa literatura é orientativa e não impositiva. Nós não impomos dogmas aos nossos adeptos. Nós só dizemos quais são os ensinos que já podem ser considerados como tais, deixando a cada um a liberdade de aceitar ou não os argumentos.
O dogma também pode ser entendido como um ensinamento básico que oferece suporte a uma doutrina qualquer. Se um desses dogmas cai, toda a doutrina desmorona. A Igreja tem por base a ressurreição de Cristo, a Salvação pela Graça, o inferno eterno, etc... Se qualquer um desses fundamentos for provado errado, o edifício Igreja desmorona por falta de sustentação. O Espiritismo também tem os seus, como por exemplo, a reencarnação, a existência de Deus, a pluralidade dos mundos habitados, e outros. Da mesma forma que com a Igreja, se algum desses fundamentos cai, a DE também cai por falta de base. Nesse caso, esses ensinamentos podem ser considerados como dogmas do Espiritismo, pois o Espiritismo não pode existir sem eles.
Quanto a "estar em sintonia com a ciência", isso dependerá do que você entende por ciência. Se for aquela que é restrita ao medíocre método científico, que é capaz de tratar bem apenas de uma parcela da verdade, então o Espiritismo ainda não está completamente em sintonia, pois não somos capazes de repetir uma experiência nas mesmas condições e obter os mesmos resultados.
Mas eu entendo ciência como tudo aquilo que trata do estudo e da pesquisa de conhecimentos verdadeiros, ou que pelo menos podem ser verdadeiros. Ora, a existência dos espíritos é um fato, mas ainda que não fosse, é no mínimo hipotético, haja vista a quantidade de pessoas que afirmam manter contatos com espíritos. Seja num caso ou no outro, como verdade ou como hipótese, o Espiritismo estuda essa possibilidade e portanto, não só está em sintonia com a ciência como é uma ciência por si só. Quem discorda, é só provar que espíritos não existem e nem jamais poderiam existir. Aí o estudo deixa de fazer sentido e o Espiritismo deixa imediatamente de ser uma ciência.
Um abraço.