Autor Tópico: O Milagre do Emprego  (Lida 10737 vezes)

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Offline Nightstalker

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O Milagre do Emprego
« Online: 11 de Junho de 2007, 22:21:46 »
O Milagre do Emprego
Rodrigo Constantino

"O poder sindical é essencialmente o poder de privar alguém de trabalhar aos salários que estaria disposto a aceitar." (Hayek)

Qualquer liberal entende que, por mais bem intencionada que seja, uma lei que tenta estabelecer um patamar artificial de retorno está fadada ao insucesso. É justamente este o caso do salário mínimo. Parece natural que as pessoas de bem observem os baixos salários de certas funções e fiquem revoltadas, defendendo que o governo passe a intervir para desfazer tal injustiça. Infelizmente, o inferno está cheio de boas intenções, e este é apenas mais um caso onde a boa intenção não consegue alterar a lógica econômica. O tiro sai pela culatra.

Todo preço será definido pela lei da oferta e demanda, não há como escapar disso. O salário é mais um preço, e segue o mesmo princípio. Os empresários assumem um risco pela incerteza do futuro, e antecipam parte dos ganhos aos trabalhadores, através de salários fixados independente do lucro do negócio. Em outras palavras, os empresários estão reduzindo as incertezas dos trabalhadores, definindo a priori seus ganhos, enquanto o resultado dos acionistas é totalmente incerto, podendo variar de um prejuízo que leva à bancarrota até um lucro extraordinário. Neste ambiente de riscos e incertezas, os empregadores procuram pagar o mínimo possível aos empregados, e este preço será totalmente dependente da produtividade do trabalho. Por outro lado, os empregados estarão buscando maximizar seus ganhos, como qualquer indivíduo. No encontro dessa oferta de trabalho com essa demanda pelo trabalho, ocorrerá uma troca voluntária, significando que aquele preço estabelece uma transação mutuamente benéfica, dado as circunstâncias. Fica claro que quanto maior a demanda por trabalho, ou seja, quanto mais competição houver entre empregadores, mais alto tende a ser o preço do salário. Em contrapartida, quanto maior for a oferta de trabalho, menor tende a ser o salário.

Com isso em mente, fica mais fácil entender porque o salário mínimo não ajuda os mais pobres. Ele costuma ser definido sempre acima deste nível de mercado, caso contrário não faria sentido existir. Mas isso faz com que empregadores desistam de contratar empregados com baixa produtividade, pois passa a não ser vantajosa tal contratação. Em A Solução Liberal, Guy Sorman trata do tema, explicando que "os que trabalham e não querem dividir construíram em torno da cidadela uma muralha, a mais alta possível: ela se chama ‘salário mínimo’". Os trabalhadores ficam assim protegidos contra todos aqueles cuja produtividade não vale o salário mínimo, isto é, os mais jovens e os menos qualificados. Ele continua: "Os sindicatos só protegem os sitiados que constituem sua clientela principal, não os desempregados, que não militam e nem são contribuintes". Além disso, "esses defensores dos direitos dos trabalhadores criaram uma técnica que mantém os sitiantes à distância: o seguro-desemprego". Quanto mais alto for este, menos os assaltantes mostram agressividade. Em resumo, o salário mínimo seria uma conquista dos sindicatos e seus aliados à custa de todo restante, principalmente dos desempregados que aceitariam trabalhar por um pouco menos.

Sendo Guy Sorman um francês, ele escreve com conhecimento de causa. A rigidez das leis trabalhistas na França é enorme, e os sindicatos são muito poderosos. Recentemente, o desemprego entre os jovens estava na faixa dos 20%, e entre os jovens imigrantes chegava a 50%. O caso brasileiro também é muito útil para exemplificar esta teoria. Com leis trabalhistas que datam dos tempos fascistas, além de sindicatos muito poderosos, o desemprego é elevado e a informalidade chega a praticamente metade do total de empregos. É o resultado claro do excesso de encargos e privilégios artificiais, eufemisticamente chamados de "conquistas trabalhistas". São conquistas sim, mas apenas daqueles dentro do sistema, que criam regras através do governo dificultando o acesso dos demais, mantidos no desemprego ou informalidade, sem benefício algum. Enquanto isso, as leis trabalhistas dos Estados Unidos são consideradas como uma das piores do ponto de vista de direitos legais, por serem flexíveis demais, e no entando os trabalhadores ganham muito mais que a média do resto do mundo.

Isso faz Guy Sorman concluir que "a chave do pleno emprego reside, pois, realmente na flexibilidade dos salários, o que não significa sua redução geral, mas sua adaptação, caso por caso, à situação da empresa". Ele compara a situação no Silicon Valley, com muita flexibilidade e praticamente sem desemprego, com a de Detroit, com regras rígidas, mas 12% de desemprego na época que o livro foi escrito, na década de 1980. Ainda assim, Sorman separa a solução liberal em duas vertentes, a do velho liberalismo e a do novo. Para o velho, bastaria "demolir as paredes da cidadela do emprego, reduzir o seguro-desemprego, suprimir o salário mínimo, colocar de novo todo mundo na concorrência, e a flexibilidade geral dos salários restabelecerá automaticamente o pleno emprego". Ele entende que isso está perfeito na teoria, mas considera politicamente absurdo, inalcançável. Os assalariados não teriam como ver de imediato os benefícios, e se organizariam para impedir tais mudanças.

Isso leva Guy Sorman à solução proposta pelo novo liberalismo, que seria defender uma espécie de "emprego para a vida toda". Em outras palavras, uma participação dos empregados nos negócios. Os empregados passariam a aceitar que os salários fossem tributários dos resultados de cada empresa. Sorman acredita que esta talvez seja a única condição para que a flexibilidade seja aceita. Os empregados estariam mais claramente unidos aos acionistas no risco do negócio. Teriam que aceitar as maiores incertezas e, portanto, maior volatilidade dos ganhos também. De fato, nos Estados Unidos vem ocorrendo algo deste tipo, já que o capital das corporações é totalmente pulverizado entre milhares de empregados através dos fundos de pensão e plano de opções de ações. Trata-se nitidamente de uma saída liberal, decidida entre empregados e empregadores, independente do governo. Este, no fundo, passa a ser visto como o inimigo comum tanto de trabalhadores como patrões, tributando pesadamente os ganhos da empresa.

De forma geral, o mais importante é entender que o "milagre" do emprego não tem nada de milagre na verdade, tampouco através da caneta estatal. Ele é fruto de uma lógica econômica, e o melhor caminho para valorizar o emprego é torná-lo realmente valioso. Isso é possível pelo aumento da produtividade do trabalho, de uma ampla competição entre empresas e de grande flexibilidade das leis trabalhistas.

Fonte
Conselheiro do Fórum Realidade.

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Offline Herf

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Re: O Milagre do Emprego
« Resposta #1 Online: 12 de Junho de 2007, 13:41:50 »
Leis trabalhistas, ao modo das brasileiras, são um verdadeiro entrave à conquista de um bom emprego, e, consequentemente, ao progresso! >:( São um ótimo exemplo de como a intervenção do estado parece à primeira vista algo necessário mas na realidade é péssima, analisando com um pouco mais de atenção.

É o que foi dito no texto: o cidadão que aceitaria de ótimo grado trabalhar por um salário pequeno, por ser pobre, desqualificado, ou por não possuir tempo o suficiente, tem dificuldade grande em encontrar empregos, já que ninguém vai querer lhe pagar um salário mínimo. Ele poderia estar ganhando pouco mas estaria ganhando, de acordo com a sua produtividade (ou, de outro modo, aquele que deseja trabalhar mais do que o limite de horas semanais aceito pela lei acaba não podendo fazê-lo). Mas com um estado tão tarado por regulamentação ele acaba ficando sem nada! QUE BELA DROGA de conquista essa.

Tarcísio

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Re: O Milagre do Emprego
« Resposta #2 Online: 12 de Junho de 2007, 15:41:22 »
Não sei como vocês podem ver isso dessa forma...

Tem alguém que tenha dependentes, que não tenha a carteira cheia, que ache que leis trabalhistas são um lixo máximo e que melhor seria sem elas?

Offline Herf

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Re: O Milagre do Emprego
« Resposta #3 Online: 12 de Junho de 2007, 16:00:01 »
Não sei como vocês podem ver isso dessa forma…

Tem alguém que tenha dependentes, que não tenha a carteira cheia, que ache que leis trabalhistas são um lixo máximo e que melhor seria sem elas?

Tem algum deputado que acha um lixo a lei que habilita os aumentos salariais auto-concedidos e que melhor seria sem ela?

Tarcísio

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Re: O Milagre do Emprego
« Resposta #4 Online: 12 de Junho de 2007, 16:02:13 »
Enéas, por que me desamparaste?

Eu seria esse deputado.

Offline Herf

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Re: O Milagre do Emprego
« Resposta #5 Online: 12 de Junho de 2007, 16:12:51 »
Então o que você deve fazer é mostrar por meio de um argumento o porquê de o salário mínimo e outras leis trabalhistas serem mais benéficos do que prejudiciais à sociedade.

A opinião dos que deles são beneficiados não é um argumento.

Tarcísio

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Re: O Milagre do Emprego
« Resposta #6 Online: 12 de Junho de 2007, 18:11:53 »
Mas que coisa mais genérica.

As leis trabalhistas são a proteção do homem contra a utilização de seu desespero de necessidade para maior exploração por outrem. Para mim isso é argumento suficiente.

Agora me diga, por que comparar uma pessoa com dependentes e dificuldades financeiras a um político? Veja que as necessidade da pessoa que eu citei são muito mais fortes do que a dos chefes dele.

Offline uiliníli

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Re: O Milagre do Emprego
« Resposta #7 Online: 12 de Junho de 2007, 18:17:35 »
O primeiro e mais fundamental direito do trabalhador é o direito a ter um emprego. Os outros vêm depois.

Offline Herf

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Re: O Milagre do Emprego
« Resposta #8 Online: 12 de Junho de 2007, 20:05:15 »
Mas que coisa mais genérica.

As leis trabalhistas são a proteção do homem contra a utilização de seu desespero de necessidade para maior exploração por outrem. Para mim isso é argumento suficiente.

Já começa dizendo que o estado deve ser paternalista e "proteger" o indivíduo do seu próprio desespero. Não deve um homem ser responsável por suas decisões?

E coitado deste homem que está desperado por dinheiro e que vive sob a tutela de um estado tarado por regulamentações, como você leu no texto: ele é pobre e desqualificado, ele seria capaz de trabalhar por R$ 200,00 para garantir seu sustento, sim, 200 reais que, na situação em que se encontra, seriam suficientes para lhe dar um padrão de vida melhor. Mas quem vai contratá-lo? O trabalho que este cidadão é capaz de oferecer não vale o salário mínimo, então, qual a conclusão? Ninguém vai contratá-lo.

Que beleza de conquista essa hein? Podia ganhar um pouquinho que já lhe seria o suficiente para lhe bancar ao menos comida e acaba sem nada.

Prevejo alguém dizendo "mas o empregador deve oferecer um salário que lhe garanta dignidade e blá blá bla... Porque o cidadão tem 9837642897 filhos e blá blá..." Há! Agora é o empregador o responsável pela miséria do sujeito? Ele é quem deve pagar a conta pela irresponsabilidade do cidadão em ter mais filhos do que pode sustentar? O único dever do empregador para com o empregado deve ser o de cumprir o contrato realizado entre eles, ou seja, pagar o que foi prometido para o trabalho realizado. E só.

Agora me diga, por que comparar uma pessoa com dependentes e dificuldades financeiras a um político? Veja que as necessidade da pessoa que eu citei são muito mais fortes do que a dos chefes dele.

Foi uma comparação meramente ilustrativa, para mostrar que a opinião daqueles que são beneficiados pela política do salário mínimo e das leis trabalhistas não é de modo algum um argumento a favor.

Offline Nightstalker

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Re: O Milagre do Emprego
« Resposta #9 Online: 12 de Junho de 2007, 20:06:16 »
Citação de: Tarcísio
As leis trabalhistas são a proteção do homem contra a utilização de seu desespero de necessidade para maior exploração por outrem. Para mim isso é argumento suficiente.

Defina exploração.
Conselheiro do Fórum Realidade.

"Sunrise in Sodoma, people wake with the fear in their eyes.
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Tarcísio

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Re: O Milagre do Emprego
« Resposta #10 Online: 12 de Junho de 2007, 23:34:51 »
Procedure, o que é estado paternalista e o que não é?
Procedure, você conhece bico? Trabalho informal?
Procedure, você não compreende a diferença básica entre as necessidades?
Procedure, tem alguém que tenha dependentes, que não tenha a carteira cheia, que ache que leis trabalhistas são um lixo máximo e que melhor seria sem elas?

Night, eu e você... eu com 54 anos mulher e filha, sendo minha filha doente e necessitada de um medicamento caro e constante... você com 18 anos solteiro sózinho no mundo e ambicioso...

O Salário normalmente pago pelo nosso serviço é de 100 reias. Todos acreditam que é o justo pelo serviço. A condição de nosso trabalho nos permite uma vida social e certo tempo para lazer.

Então o empregador, visando o maior lucro e não o menor prejuízo/gasto, diz que as condições de trabalhos serão modificadas para um maneira que não nos permite mais ter nossa vidinha social e lazer familiar e apenas trabalhar. Você, sózinho no mundo, diz que não precisa de nada disso, que só quer trabalhar mesmo.

Por sua atitude inconsequente minha filha morre porque não há estado para ajuda-la. Minha filha morre porque não tenho como aguentar o ritmo de trabalho que um garotão de 18 se sujeitou. Minha filha está morta porque alguém queria mais dinheiro. Minha filha está morta pelo... supérfulo?!

Offline Barata Tenno

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Re: O Milagre do Emprego
« Resposta #11 Online: 13 de Junho de 2007, 10:15:09 »
Procedure, o que é estado paternalista e o que não é?
Procedure, você conhece bico? Trabalho informal?
Procedure, você não compreende a diferença básica entre as necessidades?
Procedure, tem alguém que tenha dependentes, que não tenha a carteira cheia, que ache que leis trabalhistas são um lixo máximo e que melhor seria sem elas?

Night, eu e você… eu com 54 anos mulher e filha, sendo minha filha doente e necessitada de um medicamento caro e constante… você com 18 anos solteiro sózinho no mundo e ambicioso…

O Salário normalmente pago pelo nosso serviço é de 100 reias. Todos acreditam que é o justo pelo serviço. A condição de nosso trabalho nos permite uma vida social e certo tempo para lazer.

Então o empregador, visando o maior lucro e não o menor prejuízo/gasto, diz que as condições de trabalhos serão modificadas para um maneira que não nos permite mais ter nossa vidinha social e lazer familiar e apenas trabalhar. Você, sózinho no mundo, diz que não precisa de nada disso, que só quer trabalhar mesmo.

Por sua atitude inconsequente minha filha morre porque não há estado para ajuda-la. Minha filha morre porque não tenho como aguentar o ritmo de trabalho que um garotão de 18 se sujeitou. Minha filha está morta porque alguém queria mais dinheiro. Minha filha está morta pelo… supérfulo?!

A questão é outra Tarcisio, imagina você com 54 anos, desempregado e sem conseguir arrumar trabalho porque a lei trabalhista atrapalha na criação de empregos......
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Tarcísio

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Re: O Milagre do Emprego
« Resposta #12 Online: 13 de Junho de 2007, 12:51:47 »
A questão barata, é tirarem as leis e eu com 54 anos ter que me sujeitar ao regime chinês pra bater junto em eficiência mantendo os mesmo lucros do meu empregador.

Offline Herf

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Re: O Milagre do Emprego
« Resposta #13 Online: 13 de Junho de 2007, 14:07:41 »
Procedure, o que é estado paternalista e o que não é?

Para a nossa discussão, podermos defini-lo como o estado que impõe um salário mínimo na tentativa de fazer "justiça", mesmo que o serviço do empregado não valha tal salário, sendo que o empregador acaba pagando por todos no final.

Procedure, você conhece bico? Trabalho informal?

Trabalho informal? Claro! Aquele que a maioria dos empregadores é receosa de oferecer justamente porque o estado regulador o considera informal!

Procedure, você não compreende a diferença básica entre as necessidades?

Explique-se

Procedure, tem alguém que tenha dependentes, que não tenha a carteira cheia, que ache que leis trabalhistas são um lixo máximo e que melhor seria sem elas?

Que diferença isso faz? Já não falamos sobre isso?

Night, eu e você… eu com 54 anos mulher e filha, sendo minha filha doente e necessitada de um medicamento caro e constante… você com 18 anos solteiro sózinho no mundo e ambicioso…

O Salário normalmente pago pelo nosso serviço é de 100 reias. Todos acreditam que é o justo pelo serviço. A condição de nosso trabalho nos permite uma vida social e certo tempo para lazer.

Então o empregador, visando o maior lucro e não o menor prejuízo/gasto, diz que as condições de trabalhos serão modificadas para um maneira que não nos permite mais ter nossa vidinha social e lazer familiar e apenas trabalhar. Você, sózinho no mundo, diz que não precisa de nada disso, que só quer trabalhar mesmo.

Por sua atitude inconsequente minha filha morre porque não há estado para ajuda-la. Minha filha morre porque não tenho como aguentar o ritmo de trabalho que um garotão de 18 se sujeitou. Minha filha está morta porque alguém queria mais dinheiro. Minha filha está morta pelo… supérfulo?!

Não foi para mim, mas vou comentar: sua comovente história deixa implícita a idéia de que o empregador é também responsável pelos seus problemas. É dever dele pagar pelas desgraças que te acontecem ou até pelas irresponsabilidades de teus atos.

Sua filha está morta por que aconteceu uma infelicidade. Ou no caso de muitos dos que lutam pelos "direitos do trabalhador", filhos deles morrem por irresponsabilidade dos pais (em ter mais filhos do que podem sustentar, etc). Pare com esse pensamento esquerdista de que o empregador é um monstro malvado e o culpado pelos seus problemas! Ele é um cidadão que tem direito à propriedade privada, assim como você. O único dever que ele tem para com você é de te pagar o que foi estipulado.

Offline Adriano

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Re: O Milagre do Emprego
« Resposta #14 Online: 14 de Junho de 2007, 00:38:51 »
Sua filha está morta por que aconteceu uma infelicidade. Ou no caso de muitos dos que lutam pelos "direitos do trabalhador", filhos deles morrem por irresponsabilidade dos pais (em ter mais filhos do que podem sustentar, etc). Pare com esse pensamento esquerdista de que o empregador é um monstro malvado e o culpado pelos seus problemas! Ele é um cidadão que tem direito à propriedade privada, assim como você. O único dever que ele tem para com você é de te pagar o que foi estipulado.

Aqui fica exposto a desvalorização da vida em detrimento do capital de um empregador. Mais vale o direito a propriedade privada que a vida das pessoas, e deixa a responsabilidade da sobrevivência a cargo de cada um. Mas não toque na propriedade privada, nem que morram milhares, como de fato aconte no Brasil e no mundo, em que os valores estão invertidos e a vida nada vale.  :(
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Tarcísio

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Re: O Milagre do Emprego
« Resposta #15 Online: 14 de Junho de 2007, 00:44:39 »
Adriano, você confirmou meu palpite de que a defesa de minha posição se encerrou perfeita junto à resposta do Procedure.

Offline Barata Tenno

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Re: O Milagre do Emprego
« Resposta #16 Online: 14 de Junho de 2007, 07:26:32 »
A questão barata, é tirarem as leis e eu com 54 anos ter que me sujeitar ao regime chinês pra bater junto em eficiência mantendo os mesmo lucros do meu empregador.

Você fica com emprego salva sua filha e milhões de desempregados perdem suas filhas… Graaande ajuda…

Aqui no Japão quase não existem leis trabalhistas, contrato formal de trabalho é coisa rara , cada um paga sua aposentadoria e seu plano de saúde, e tudo funciona muito bem……

Quando eu digo que o fim das leis trabalhistas é bom ,não digo que é bom para o empregador, é bom para a população em geral, bom para o país.Empregados sem carteira assinada existem aos milhões, e nem por isso eles são explorados da maneira que você teme Tarcisio.Aliás, muitos estão melhor do que os que trabalham com carteira.
« Última modificação: 14 de Junho de 2007, 07:32:00 por Barata Tenno »
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Tarcísio

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Re: O Milagre do Emprego
« Resposta #17 Online: 14 de Junho de 2007, 10:26:51 »
Voce esta mesmo tentando comparar a consciencia civica e comunal do povo japones com a dos brasileiros?

Esta brincando ne?

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Offline Alenônimo

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Re: O Milagre do Emprego
« Resposta #18 Online: 14 de Junho de 2007, 10:56:23 »
A questão barata, é tirarem as leis e eu com 54 anos ter que me sujeitar ao regime chinês pra bater junto em eficiência mantendo os mesmo lucros do meu empregador.

Você fica com emprego salva sua filha e milhões de desempregados perdem suas filhas… Graaande ajuda…

Aqui no Japão quase não existem leis trabalhistas, contrato formal de trabalho é coisa rara , cada um paga sua aposentadoria e seu plano de saúde, e tudo funciona muito bem……

Quando eu digo que o fim das leis trabalhistas é bom ,não digo que é bom para o empregador, é bom para a população em geral, bom para o país.Empregados sem carteira assinada existem aos milhões, e nem por isso eles são explorados da maneira que você teme Tarcisio.Aliás, muitos estão melhor do que os que trabalham com carteira.

No Japão o povo é educado para tomar conta de sua própria vida. Aqui o povo é educado pra obedecer o governo e pagar os impostos.



Me arranja uma passagem pra eu morar por aí? :(
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Offline Barata Tenno

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Re: O Milagre do Emprego
« Resposta #19 Online: 14 de Junho de 2007, 11:33:10 »
Voce esta mesmo tentando comparar a consciencia civica e comunal do povo japones com a dos brasileiros?

Esta brincando ne?

(sem acentos)

Isso não consciencia cívica, é o mercado se auto regulando....... Quanto mais os funcionários ganharem , mais consomem, maior o lucro do empregador....
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Offline Barata Tenno

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Re: O Milagre do Emprego
« Resposta #20 Online: 14 de Junho de 2007, 11:33:39 »
A questão barata, é tirarem as leis e eu com 54 anos ter que me sujeitar ao regime chinês pra bater junto em eficiência mantendo os mesmo lucros do meu empregador.

Você fica com emprego salva sua filha e milhões de desempregados perdem suas filhas… Graaande ajuda…

Aqui no Japão quase não existem leis trabalhistas, contrato formal de trabalho é coisa rara , cada um paga sua aposentadoria e seu plano de saúde, e tudo funciona muito bem……

Quando eu digo que o fim das leis trabalhistas é bom ,não digo que é bom para o empregador, é bom para a população em geral, bom para o país.Empregados sem carteira assinada existem aos milhões, e nem por isso eles são explorados da maneira que você teme Tarcisio.Aliás, muitos estão melhor do que os que trabalham com carteira.

No Japão o povo é educado para tomar conta de sua própria vida. Aqui o povo é educado pra obedecer o governo e pagar os impostos.



Me arranja uma passagem pra eu morar por aí? :(

Arrumo....... só falta você casar com uma descendentre pra conseguir o visto..........
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Offline Adriano

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Re: O Milagre do Emprego
« Resposta #21 Online: 14 de Junho de 2007, 12:30:18 »
No Japão o povo é educado para tomar conta de sua própria vida. Aqui o povo é educado pra obedecer o governo e pagar os impostos.
Discordo, aqui no Brasil a sonegação faz parte do jeitinho Brasileiro, é uma corrupção dos cidadãos. No Japão assim como existe a ética de não piratear também tem a ética de pagar impostos e que reflete na política. Tomar conta da própria vida significa também ter uma atitude ética em relação a sociedade, assim como a do Barata que se recusa a fazer pirataria de software.
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Offline Adriano

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Re: O Milagre do Emprego
« Resposta #22 Online: 14 de Junho de 2007, 12:31:32 »
Voce esta mesmo tentando comparar a consciencia civica e comunal do povo japones com a dos brasileiros?

Esta brincando ne?

(sem acentos)

Isso não consciencia cívica, é o mercado se auto regulando…… Quanto mais os funcionários ganharem , mais consomem, maior o lucro do empregador…

Esse credo do livre mercado já foi retutado não fale besteira, o funcionamento do mercado é imperfeito e com externalidades negativas

O Japão cresceu muito devido a uma característica de poupodor da população, e que refletiu em termos macroeconômicos, um dos motivos.

Você fica com emprego salva sua filha e milhões de desempregados perdem suas filhas… Graaande ajuda…
O desemprego é uma externalidade negativa do livre mercado no mundo todo. Mas os adoradores na mão invisível, que como diz Stiglitz é invisível mesmo ou paralítica, imputam o ônus do desemprego a população e ao governo. Idolatrando cegamente a mão invisível mesmo quando o nóbel de ciência econômicas refuta tal hipotóse. Mas a ciência não vale nada...  |(

Aqui no Japão quase não existem leis trabalhistas, contrato formal de trabalho é coisa rara , cada um paga sua aposentadoria e seu plano de saúde, e tudo funciona muito bem……
O Japão é um paíse desenvolvido e é fácil elencar os fatores que possibilitaram o desenvolvimento econômico e que contribuiram para uma economia livre. Concordo que a pouca burocracia contribui também.

Quando eu digo que o fim das leis trabalhistas é bom ,não digo que é bom para o empregador, é bom para a população em geral, bom para o país.
Mas a sua premissa está errada. Livre mercado não é sinônimo de economia livre.

Empregados sem carteira assinada existem aos milhões, e nem por isso eles são explorados da maneira que você teme Tarcisio.Aliás, muitos estão melhor do que os que trabalham com carteira.
Mas estão sonegando impostos e prejudicando o livre mercado. O empregador que paga seus impostos fica em desvantagem para o que não para. Concordo com a flexibilização das leis trabalhistas e não o fim. Tem que ser acessível a todos.
« Última modificação: 14 de Junho de 2007, 12:53:24 por Adriano »
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Nightstalker

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Re: O Milagre do Emprego
« Resposta #23 Online: 14 de Junho de 2007, 13:05:30 »
Citação de: Tarcísio
Night, eu e você… eu com 54 anos mulher e filha, sendo minha filha doente e necessitada de um medicamento caro e constante… você com 18 anos solteiro sózinho no mundo e ambicioso…

O Salário normalmente pago pelo nosso serviço é de 100 reias. Todos acreditam que é o justo pelo serviço. A condição de nosso trabalho nos permite uma vida social e certo tempo para lazer.

Não é questão de "acharem justo", o salário é este devido à procura pelo serviço devido ao déficit criado pelo excesso de oferta e escassez de capital. (procura)

Citação de: Tarcísio
Então o empregador, visando o maior lucro e não o menor prejuízo/gasto, diz que as condições de trabalhos serão modificadas para um maneira que não nos permite mais ter nossa vidinha social e lazer familiar e apenas trabalhar. Você, sózinho no mundo, diz que não precisa de nada disso, que só quer trabalhar mesmo.

Eu posso escolher se quero trabalhar ou não sob as condições desse novo contrato.

Citação de: Tarcísio
Por sua atitude inconsequente minha filha morre porque não há estado para ajuda-la. Minha filha morre porque não tenho como aguentar o ritmo de trabalho que um garotão de 18 se sujeitou.

Você poderia ter pegado capital emprestado e montado um negócio para você se caso você visse que não dava para trabalhar no mesmo serviço sob as novas condições contratuais. A decisão era inteiramente sua, você poderia arriscar o capital adquirido com empréstimo e ter montado um bom negócio, mas você prefiriu a estabilidade de um emprego.

 
Citação de: Tarcísio
Minha filha está morta porque alguém queria mais dinheiro. Minha filha está morta pelo… supérfulo?!

Sua filha está morte por causa da sua falta de visão empreendedora.
Conselheiro do Fórum Realidade.

"Sunrise in Sodoma, people wake with the fear in their eyes.
There's no time to run because the Lord is casting fire in the sky.
When you make sin, hope you realize all the sinners gotta die.
Sunrise in Sodoma, all the people see the Truth and Final Light."

Offline Herf

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Re: O Milagre do Emprego
« Resposta #24 Online: 14 de Junho de 2007, 13:22:39 »
Sua filha está morta por que aconteceu uma infelicidade. Ou no caso de muitos dos que lutam pelos "direitos do trabalhador", filhos deles morrem por irresponsabilidade dos pais (em ter mais filhos do que podem sustentar, etc). Pare com esse pensamento esquerdista de que o empregador é um monstro malvado e o culpado pelos seus problemas! Ele é um cidadão que tem direito à propriedade privada, assim como você. O único dever que ele tem para com você é de te pagar o que foi estipulado.

Aqui fica exposto a desvalorização da vida em detrimento do capital de um empregador. Mais vale o direito a propriedade privada que a vida das pessoas, e deixa a responsabilidade da sobrevivência a cargo de cada um. Mas não toque na propriedade privada, nem que morram milhares, como de fato aconte no Brasil e no mundo, em que os valores estão invertidos e a vida nada vale.  :(

Como costuma dizer o próprio Constantino, de boas intenções o inferno está cheio. É uma tristeza para mim que pense desta maneira.

Penso que tens muito a amadurecer.

 

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