Se não estão, é porque não querem. Nada as impede de captar os profissionais mais capacitados, mas mal remunerados, destas empresas. Se outras empresas não são proibidas de oferecerem um salário justo e os profissionais não são proibidos de trabalharem em outras empresas que ofereçam salários melhores, no que diabos o Estado se meteria? Obrigaria as empresas a oferecerem o salário que ele acha justo? Obrigaria os empregados a trabalharem em outra empresa que ofereça salários melhores?
(Apenas um parêntese: O que foi referido como sendo "apenas um punhado de empresas" é representado por gigantes da indústria. Empresas que têm tentáculos crescendo em todas a direções e que vira e mexe absorvem outras companhias).
A prática ilegal dessas empresas tem impacto não somente sobre os salários daqueles que já estão no mercado como também daqueles que estão entrando. São pessoas à quem, em sua grande maioria,
não são oferecidos o salário e os benefícios de um funcionário experiente da Google/Disney, e que acabarão por ganhar menos do que deveriam caso tal conlúio não existisse.
Ok. Existe a hipótese/possibilidade de que empresas menores (i.e. os donos de empresas menores) poderiam se aproveitar dos efeitos dessa prática para se beneficarem. Qual seria a relevância dessa hipótese para o caso? É um tipo de compensação? É um efeito secundário positivo para a indústria?
O Estado, via Departamento de Justiça Americano, se vira como pode, levando o caso a julgamento e impondo o pagamento de multas (que, nesse caso, estão na casa dos bilhões) por violação de leis antitruste. No mais, no caso dos EUA, eu sinceramente não sei.