Porque certas pessoas que se dizem CÉTICAS, e tratam assuntos místicos e religiosos com ceticismo, não usam o ceticismo da maneira que é devida quando o assunto em questão é POLÍTICA??
Vou mais longe: por que o ceticismo, geralmente, costuma ser tão seletivo? Uns questionam crenças, mas não política. Outros questionam crenças, mas não estereótipos. Enfim, por que todos questionam tanto os outros, mas tão pouco a si mesmos (é o que me questiono
)?
Não faz sentido isso. Como ser cético em relação a política? No máximo questionamos os métodos aplicados pelos governantes e seus resultados. Ou então somos céticos sobre a honestidade e capacidade deles. Mas quanto aos métodos de como resolver os problemas, é difícil enquandrar isso numa regra geral.
Claro que faz sentido. Se questiono minhas crenças, quaisquer crenças, se questiono minhas idéias pré-concebidas, por que não deveria questionar minha postura política?
Por exemplo, sendo bem superficial: por que acredito mais nesse método que naquele, se ambos têm prós e contras, apontados por seus defensores? O que me leva a ser mais convencido por este que aquele, quando não temos uma "verdade última" estabelecida? A coisa não funciona por causa das circunstâncias em que estavam envolvidas ou por que não há chance de funcionar em quaisquer circunstâncias? O que funcionou para esse, funcionaria para aquele? Não deu certo uma vez, em um lugar, mas há chances de dar certo outra vez, em outro lugar?
O que não faltam são pontos a serem questionados.