Adriano. Não posso concordar com isso. Cada ciência tem um objeto, logo, a antropologia não tem como provar a existência de Deus, materialmente falando, sem recorrer a astronomia, a astrofísica, e a outras ciências. Prova-se dentro de seus limites, ou seja, que o homem criou o conceito de Deus. Da forma como você argumenta, significa que se não há sujeito, também não há mais objeto. Ou seja, o homem criou o conceito de Deus e o conceito de pedra, se não há homem, não há Deus, nem pedra.
Nem preciso dizer o quanto isso é equivocado. Com homem ou sem, as pedras continuam existindo, talvez não haja ninguém para pensar sobre a pedra, clasifficá-la e chamá-la de pedra, mas este objeto continua existindo. Quanto a Deus, materialmente falando, em analogia a pedra, não temos atualmente conhecimento para responder se Deus continua existindo, quando o homem deixa de existir.
Materialmente falando, não existe nada que não seja composto pela matéria, e até mesmo a pedra é uma abstração humana que nomeou um punhado de matéria. E mesmo com a humanidade não existe diferença alguma pois também é composta de matéria. Assim as ciências naturais não consideram deus em suas pesquisas por não ser um objeto, e sim uma abstração humana, portanto cultural e objeto de estudo da antropologia, além de outras ciências humanas também.
Ahn... então tá. Acho que você está redondamente equivocado. Você está defendendo, em pleno século XXI, ao meu ver, a teoria atomista de Demócrito. Encerro por aqui.