Mas eu acho que é o único jeito de se sustentar o EP..... ou mesmo gradualismo filético ou gradualismo pontuado... é fazer asserções apenas quanto à morfologia, o que se pode ver..... porque não é porque a morfologia mudou gradualmente, ou gradualmente com pontos mais rápidos, tendo sido isso bem registrado em fósseis, que outras características "invisíveis" não podem ter permanecido consideravelmente as mesmas, ou inversamente, mudado de forma pontuada enquanto as morfológicas mudavam gradualmente.
É o único jeito de valer a citação do Dawkins, dizendo que EP é compatível com a nova síntese.... porque se nessa frase ele assumisse uma estase morfológica era acompanhado de uma estase geral, interrupção da deriva ou seleção de outras coisas não preserváveis em fósseis, ele estaria entrando quase que num misticismo, teria que haver um fenômeno, uma "força" que fosse responsável pela estase. Algo tão misterioso quanto desncessário, desde que não se assuma o que não se pode provar (estase evolutiva geral).
Que é justamente ao que ele objeta no capítulo do "relojoeiro cego" dedicado ao EP. Mas tirando isso, não é nada demais; a morfologia, como qualquer característica adaptativa (e não adaptativa também, tavez num grau menor), pode permanecer relativamente conservada ou mudar mais rapidamente dependendo da situação.