Autor Tópico: "O que digo aos ateus?"  (Lida 11845 vezes)

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Offline Discípulo da Razão

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"O que digo aos ateus?"
« Online: 11 de Julho de 2007, 11:51:02 »

Leiam o texto que encontrei, uma pessoa enviando um email e o autor do site respondendo:



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----- Original Message -----
From: O QUE DIGO AOS ATEUS?
To: contato@caiofabio.com
Sent: Monday, June 25, 2007 9:15 AM
Subject: Ateísmo

Amado irmão em Cristo, Caio Fábio:

Graça e Paz!

Andei buscando pelo seu site alguma palavra relacionada ao ateísmo, mas confesso que estou tento dificuldade em achar alguma coisa relacionada a esse tema.

Que resposta você teria sobre a existência de Deus para alguém que se declara ateu, apóia suas convicções nos livros de filosofias humanas e acredita ter neles as respostas para suas crises existenciais?

A Bíblia não discute a questão da existência de Deus (pelo menos no meu precário entender) e os seus ensinamentos partem do princípio da inquestionável existência de Deus, se direcionando àqueles que crêem na existência Dele.

Como conversar com quem não crê, a respeito da fé?

Ou não devemos conversar sobre Deus com essas pessoas?

Naquele em Quem cremos existir,
Flavia
__________________________________

Resposta:

Querida Flavia: Graça e Paz!

Deus não existe. Deus é. O que existe vem do que é. Deus é. Eu existo. O que existe e sabe que existe, deveria saber que vem do Daquele que é. De fato, deveria pelo menos intuir que Dele se deriva. Entretanto, não tem como provar para outros que Aquele que é, existe; visto que Aquele que é, só é porque não existe como existente entre os que existem; pois, se assim fosse, Ele não seria, mas apenas existiria; e por isso, apenas seria. O que existe -, primeiro se torna existente, para então ser. O que é, porque é, é; e cria o que existe.  Assim, o que existe sabe de si e pode conhecer Aquele é, mas não tem como prová-Lo a outros que apenas existem, pois, Aquele que é não habita a existência como objeto de prova.

Então, discutir a existência de Deus seria algo tão fútil e pálido quanto discutir se você existe.

Quem olha para você e diz que você não existe, equivale àquele que olha para a Criação, para si mesmo, e para tudo o que a Existência implica, e não vê Deus.

Deus é, mas a criação existe. E existe maior do que qualquer indivíduo existente. Portanto, aquele que olha para o Existente Criado (Cosmos) e nada vê e nada sente, é como aquele que fica diante de você e convoca uma conferência para decidir se você existe ou não.

É loucura? Sim! É! Tanto num caso como no outro!

Ora, em tal caso, quem assim o fizesse, não estaria de fato discutindo a sua (tua) existência, mas sim a sua (tua) aceitação ou não como existente por esse (o individuo discutidor) que se julga o validador do que existe ou não existe.

Nesse sentido a gente vê o sentimento que gera o ateísmo, vestindo-se de antipatia, implicância, raiva, revolta, amargura, arrogância, vaidade, soberba (ou seja: de supremas burrices!) — no trato com o próximo. Sim! Há ateus de Deus e há os ateus de homens — os chamaríamos de a - homens?!

Negar que o próximo exista e seja, é equivalente a dizer: Deus não é; Deus não existe! — e ainda assim se desviar do individuo que não existe como se ele existisse.

Sim! Porque nunca vi um ateu viver até o fim às implicações filosóficas do ateísmo.

Um ateu que se satisfaz com filosofias é um ateu querente, um ateu crente, e crente do tipo obscurantista, posto que ainda é capaz de se satisfazer com as lendas de existência da Filosofia.

De fato, direi rapidamente a você como deveria ser a vida de um ateu engajado e crente (vida curta, porém sincera!):

Um ateu não deve chorar jamais, amar jamais, beijar com sinceridade jamais; se preocupar com justiça, verdade, carinho, amizade, amor, e ódio, jamais; e jamais deveria ter ciúmes, e nem se enciumar de nada; menos ainda se importar com a vida e a morte; e, sob hipótese alguma deveria ter dor de consciência; e jamais sentir-se devendo nada aos céus, à terra e menos ainda aos homens; e sem esquecer-se de que tanto faz qualquer coisa, pois, se não há Deus, não há sentido, não há razão, não há por quê; pois, se não há Deus, o que quer que pela força ou pela inteligência ou mesmo pela maldade se fizer impor (caso assim alguém deseje e consiga) — em nada está sendo melhor ou pior do que qualquer coisa ou qualquer um. Sim! Sem falar que filhos nada mais são, em tal caso, que o produto de nós e para o nosso melhor uso e conforto (afinal, somos inteligentes!), não importando o uso.

Sem Deus, com tudo e com nada; e sem sentido para tudo ou nada; mas, havendo sinceridade, pelo menos levando até as ultimas conseqüências as implicações de uma existência sem Deus — dever-se-ia abraçar gelo na alma, sem alma, sem direito a emoção, sem permissão para dançar, sem licença para amar, sem nada a celebrar ou a chorar; sem chegadas e sem despedidas; sem berços e sem túmulos; sem nada além de nada; e, em caso de honestidade maior, abraçando o suicídio como devoção.

Apresente-me esse ateu (ainda que morto), e o saudarei com respeito. Até mesmo Friedrich Nietzsche não levou seu ateísmo até às últimas conseqüências, posto serviu-se todas as possibilidades que somente num mundo com Deus se poderia ter.   

Quanto ao mais, quando não são apenas pessoas sinceramente traumatizadas, os ateus são, em geral, apenas uns vaidosos e entupidos; e que brincam de ateísmo sem saber nem bem quem são; pois, sabem que não sabem viver sem as bênçãos de um mundo que (ainda que morrendo) ainda se levanta para trabalhar e volta para dormir, em razão de que uma leve pulsão de Deus ainda é aceita como essencial para a vida — inclusive pelo seu amigo, amante da filosofia, e que vive a vida com muita ordem, sem saber por quê; e sem nem mesmo achar que existe a necessidade de saber; pois, tal questão não existe na premissa de seu ateísmo alienado.

Assim, valorize o ateísmo dele e você estará dando pirulito pro menino!

Não faça isto!

Ele brinca disso. Esse é o joguinho do bichinho. Não faça isso não. Ele é só grandão, mas é menino. Não se troque com ele. Você é adulta. Não entre na criancice.

Está na hora delezinho ficar sem a chupeta; e a sem platéia. Chegou “a hora” dele jogar o “pipo” fora.

Deixe o ateu ser ateu. É assim que é. Até que ele tenha que deixar de se distrair brincando de ateísmo, e, assim, se dês-trair em seu próprio engano.

Portanto, toda vez que ele puxar este assunto, diga a ele pra parar de ser chato que nem um crente chato; desses que ficam enchendo a paciência dos outros com suas filosofias (doutrinas) e suas insistências fanáticas.

Quase todo ateu tem grande vocação religiosa, frustrada ou traumatizada — mas quase sempre tem.

Assim, digo:

Não se preocupe em provar Deus para ninguém. Seu único discurso sobre Deus é viver Deus com tanta certeza em fé, que nenhum ateísmo seja sequer por você reconhecido, do mesmo modo que você não perde tempo provando sua existência para ninguém que vendo não aceite o que vê: você.

Deus se entende com os crentes, por que não se entenderia com os ateus?

Fique tranqüila!

Pior do que eles são os que dizem crer. Afinal, até o diabo crê; e treme. Mas há os que dizem crer, mas que não temem. A esses, digo: exorte, pregue, e profetize; pois são eles os que de fato fazem mal ao que Deus chama de verdade entre os homens. Sim! Em geral é por causa destes que aqueles em existem; ou melhor: se manifestam.

É isto que penso!

Receba meu carinho e minhas orações!

Nele, que é; e pronto!

Caio
25/06/07
Lago Norte
Brasília

Fonte: http://www.caiofabio.com/novo/caiofabio/pagina_conteudo.asp?CodigoPagina=0332300004

 |(

Offline Luis Dantas

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Re: "O que digo aos ateus?"
« Resposta #1 Online: 11 de Julho de 2007, 11:52:41 »
Tão perto do bom senso e ao mesmo tempo tão distante...
Wiki experimental | http://luisdantas.zip.net
The stanza uttered by a teacher is reborn in the scholar who repeats the word

Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Spitfire

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Re: "O que digo aos ateus?"
« Resposta #2 Online: 11 de Julho de 2007, 11:59:31 »
Que visão mais deturpada do ateísmo.... assusta-me que existam pessoas que pensem isto.

Offline uiliníli

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Re: "O que digo aos ateus?"
« Resposta #3 Online: 11 de Julho de 2007, 12:44:16 »
Não se pode negar que ele seja eloqüente! Quase me convenceu :lol:

Offline Adriano

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Re: "O que digo aos ateus?"
« Resposta #4 Online: 11 de Julho de 2007, 14:20:12 »
Eu não vi nada de novo nos argumentos.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Mussain!

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Re: "O que digo aos ateus?"
« Resposta #5 Online: 11 de Julho de 2007, 14:21:57 »
Se é que se pode chamar isso de "argumento"......   :sleepy:

Offline uiliníli

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Re: "O que digo aos ateus?"
« Resposta #6 Online: 11 de Julho de 2007, 14:25:35 »
Não tem nada de novo, realmente, mas o texto tem grande qualidade retórica.

Offline Spitfire

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Re: "O que digo aos ateus?"
« Resposta #7 Online: 11 de Julho de 2007, 14:26:03 »
Eloquência??? Vi um montão de Ad Hom e de falácia do espantalho.

Offline uiliníli

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Re: "O que digo aos ateus?"
« Resposta #8 Online: 11 de Julho de 2007, 14:38:22 »
Retórica é uma coisa, lógica é outra. O uso de falácias é não apenas permitido, como até bem vindo na retórica. A lógica é uma ciência, mas a retórica é uma arte, é prestidigitação em forma de palavras. Se analisarmos bem, esse texto imenso se resume a um silogismo bem simples: A existência de Deus é um fato óbvio; a vida sem crença Deus não tem sentido; portanto ninguém pode ser ateu de verdade, os que se dizem ateus são na verdade rebeldes infantilizados. É um raciocínio simples, baseado em premissas falsas, mas o autor as defende muito bem. Eu, se estivesse debatendo ao vivo com um cara desses estaria em sérios apuros.

Offline Mussain!

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Re: "O que digo aos ateus?"
« Resposta #9 Online: 11 de Julho de 2007, 14:42:51 »
Cara.... né levando a mal não, mas.... eu não.......

Offline Spitfire

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Re: "O que digo aos ateus?"
« Resposta #10 Online: 11 de Julho de 2007, 14:46:03 »
Retórica é uma coisa, lógica é outra. O uso de falácias é não apenas permitido, como até bem vindo na retórica. A lógica é uma ciência, mas a retórica é uma arte, é prestidigitação em forma de palavras. Se analisarmos bem, esse texto imenso se resume a um silogismo bem simples: A existência de Deus é um fato óbvio; a vida sem crença Deus não tem sentido; portanto ninguém pode ser ateu de verdade, os que se dizem ateus são na verdade rebeldes infantilizados. É um raciocínio simples, baseado em premissas falsas, mas o autor as defende muito bem. Eu, se estivesse debatendo ao vivo com um cara desses estaria em sérios apuros.

Por quê? Bastaria dizer exatamente o que dizes aqui, eloquência sobre uma idéia valida é uma coisa... mas eloquência sobre uma idéia vazia, é apenas fazer papel de tolo.

Offline uiliníli

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Re: "O que digo aos ateus?"
« Resposta #11 Online: 11 de Julho de 2007, 14:51:09 »
Por quê? Bastaria dizer exatamente o que dizes aqui, eloquência sobre uma idéia valida é uma coisa.... mas eloquência sobre uma idéia vazia, é apenas fazer papel de tolo.

Quando sua idéia tem lógica, tudo bem. Mas quando não tem você tem que se virar com o que tem à mão. Você assisitiu àquele filme Obrigado por fumar? Quando você não está certo, o importante é ao menos parecer estar certo, e para isso usa-se os expedientes mais desonestos. Os políticos fazem isso o tempo inteiro. Por isso são todos cornos filhos da puta :lol:  Mas existem os bons e os maus mentirosos, e o autor desse texto, na minha opinião, é um mentiroso dos bons - muito melhor do que a média, pelo menos.

Offline uiliníli

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Re: "O que digo aos ateus?"
« Resposta #12 Online: 11 de Julho de 2007, 14:51:39 »
Cara.... né levando a mal não, mas.... eu não......

:lol:

Offline Rodion

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Re: "O que digo aos ateus?"
« Resposta #13 Online: 11 de Julho de 2007, 14:52:12 »
de acordo com o gabriel, gostei do cara. hehe
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Offline Adriano

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Re: "O que digo aos ateus?"
« Resposta #14 Online: 11 de Julho de 2007, 14:56:06 »
Eu não consigo ver nada de qualidade em textos sobre deus, muito menos nesse, ainda mais elementos de retórica, deve ser contra o meu senso estético.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Spitfire

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Re: "O que digo aos ateus?"
« Resposta #15 Online: 11 de Julho de 2007, 15:13:04 »
Eu também... procuro me ater ao conteúdo e não na embalagem. Floreios não me impressionam.

Offline Alexandre Malta

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Re: "O que digo aos ateus?"
« Resposta #16 Online: 11 de Julho de 2007, 21:03:38 »
O texto foi muito bem articulado e eu concodo visceralmente com o autor quando este afirma que a maioria dos ateus são pessoas traumatizadas ou apenas infelizes. De fato todo ateu tem algum resíduo de rancor derivado de alguma convicção cenobítica.
Eu não me sinto feliz em ser ateu, as vezes eu percebo uma angústia dentro de mim por não acreditar em Deus, logo eu não posso ter nenhuma perspectiva pragmatista do tipo: "Deus vai me ajudar se eu orar e buscar a sua face". Destarte, eu não tenho esperança alguma no que respeita a minha felicidade. Ser ateu é viver o supra sumo do pessimismo.
Abraços!
"Governar acorrentando a mente através do medo de punição em outro mundo é tão baixo quanto usar a força." Hipácia (Matemática de Alexandria, assassinada por uma turba Cristã em 415 DC)

Offline Spitfire

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Re: "O que digo aos ateus?"
« Resposta #17 Online: 11 de Julho de 2007, 21:52:34 »
O texto foi muito bem articulado e eu concodo visceralmente com o autor quando este afirma que a maioria dos ateus são pessoas traumatizadas ou apenas infelizes. De fato todo ateu tem algum resíduo de rancor derivado de alguma convicção cenobítica.
Eu não me sinto feliz em ser ateu, as vezes eu percebo uma angústia dentro de mim por não acreditar em Deus, logo eu não posso ter nenhuma perspectiva pragmatista do tipo: "Deus vai me ajudar se eu orar e buscar a sua face". Destarte, eu não tenho esperança alguma no que respeita a minha felicidade. Ser ateu é viver o supra sumo do pessimismo.
Abraços!

Posso estar enganado, ou não, não sei, mas você se tornou (ou iniciou o processo) ateu a não muito tempo atrás, não é Alexandre?

Não sei, pode ser apenas uma impressão equivocada minha, mas penso que boa parte disto que relatas vem de algum sentimento de traição.... sentir-se traído por Deus.... acredito que ateus que começaram a criar alguma noção que havia algo de errado na estória que era contada, desde muito novos, não sofrem tanto este sentimento de "abandono".

Eu não espero absolutamente nada de Deus, independente do meu ateísmo ou não, fui criado a fazer meu próprio caminho sem esperar muita ajuda externa, principalmente a sobrenatural.... muito embora meus pais não sejam ateus (para falar bem a verdade, minha mãe ascende uma vela para cada santo  :hihi:). E mesmo se teísta eu fosse, não consideraria como produtiva uma busca externa.... vencer ou fracassar, ser feliz ou infeliz, serei pelas minhas próprias mãos.... pelos meus próprios méritos ou pela minha própria incompetência, sem atribuir culpas ou responsabilidades a ninguém mais além de mim.  :wink:

Deus, se existisse, deveria ser um sujeito muito ocupado para ter que assumir a autoria de pequenas coisas fúteis e vulgares da pretensão humana.   :ok:
« Última modificação: 11 de Julho de 2007, 21:54:43 por Spitfire »

Offline uiliníli

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Re: "O que digo aos ateus?"
« Resposta #18 Online: 11 de Julho de 2007, 22:01:06 »
Ser ateu é viver o supra sumo do pessimismo.

Não generalize. Eu sou ateu, otimista e muito feliz, obrigado. Se você se sente infeliz com seu ateísmo é realmente uma pena, eu, pessoalmente, preferiria que você fosse um teísta feliz a um ateu amargurado.

Offline Spitfire

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Re: "O que digo aos ateus?"
« Resposta #19 Online: 11 de Julho de 2007, 22:04:38 »
Ser ateu é viver o supra sumo do pessimismo.

Não generalize. Eu sou ateu, otimista e muito feliz, obrigado. Se você se sente infeliz com seu ateísmo é realmente uma pena, eu, pessoalmente, preferiria que você fosse um teísta feliz a um ateu amargurado.

Concordo com o Willy.  :ok:

Offline Alexandre Malta

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Re: "O que digo aos ateus?"
« Resposta #20 Online: 11 de Julho de 2007, 22:07:48 »
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Não generalize. Eu sou ateu, otimista e muito feliz, obrigado. Se você se sente infeliz com seu ateísmo é realmente uma pena, eu, pessoalmente, preferiria que você fosse um teísta feliz a um ateu amargurado.
O teísmo não me trouxe felicidade alguma, portanto eu vou continuar melancólico ateu ou não ateu até que eu consiga realizar alguns objetivos pessoiais. Mas eu acredito piamente que o teísta é mais feliz que o ateísta, isso concerteza...
"Governar acorrentando a mente através do medo de punição em outro mundo é tão baixo quanto usar a força." Hipácia (Matemática de Alexandria, assassinada por uma turba Cristã em 415 DC)

Offline Spitfire

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Re: "O que digo aos ateus?"
« Resposta #21 Online: 11 de Julho de 2007, 22:17:06 »
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Não generalize. Eu sou ateu, otimista e muito feliz, obrigado. Se você se sente infeliz com seu ateísmo é realmente uma pena, eu, pessoalmente, preferiria que você fosse um teísta feliz a um ateu amargurado.
O teísmo não me trouxe felicidade alguma, portanto eu vou continuar melancólico ateu ou não ateu até que eu consiga realizar alguns objetivos pessoiais. Mas eu acredito piamente que o teísta é mais feliz que o ateísta, isso concerteza....

Penso que seus objetivos pessoais dependam da tua capacidade pessoal de agir de acordo (e prol) com que elas aconteçam do que as convicções religiosas que tenhas a ter (ou não ter).  : :wink:

Se a realização destes objetivos é que levaram ao ateísmo, então escolhestes os motivos errados.  :wink:
« Última modificação: 11 de Julho de 2007, 22:19:28 por Spitfire »

Offline Ricardo RCB.

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Re: "O que digo aos ateus?"
« Resposta #22 Online: 11 de Julho de 2007, 22:19:39 »
Ser ateu é viver o supra sumo do pessimismo.

Não generalize. Eu sou ateu, otimista e muito feliz, obrigado. Se você se sente infeliz com seu ateísmo é realmente uma pena, eu, pessoalmente, preferiria que você fosse um teísta feliz a um ateu amargurado.

Concordo com o Willy.  :ok:

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Não generalize. Eu sou ateu, otimista e muito feliz, obrigado. Se você se sente infeliz com seu ateísmo é realmente uma pena, eu, pessoalmente, preferiria que você fosse um teísta feliz a um ateu amargurado.
O teísmo não me trouxe felicidade alguma, portanto eu vou continuar melancólico ateu ou não ateu até que eu consiga realizar alguns objetivos pessoiais. Mas eu acredito piamente que o teísta é mais feliz que o ateísta, isso concerteza....

Penso que seus objetivos pessoais dependam da tua capacidade pessoal de agir de acordo (e prol) com que elas aconteçam do que as convicções religiosas que tenhas a ter (ou não ter).  : :wink:

Concordo com o Willy e o Spitfire. :ok: :ok:
“The only place where success comes before work is in the dictionary.”

Donald Kendall

Offline Alexandre Malta

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Re: "O que digo aos ateus?"
« Resposta #23 Online: 11 de Julho de 2007, 22:33:54 »
Pelo contrário amigo, eu nunca segui a minha antiga fé por pragmatismo, mas sim por intuição mesmo, hoje a intuição é incompatível com minha intregridade intelectual, só isso...
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Offline uiliníli

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Re: "O que digo aos ateus?"
« Resposta #24 Online: 11 de Julho de 2007, 22:43:38 »
O teísmo não me trouxe felicidade alguma, portanto eu vou continuar melancólico ateu ou não ateu até que eu consiga realizar alguns objetivos pessoiais. Mas eu acredito piamente que o teísta é mais feliz que o ateísta, isso concerteza....

Acho que não, Alexandre, e você mesmo já respondeu por que. A felicidade é uma questão pessoal, varia de cada um para cada um. Você se sentia infeliz como religioso e continua infeliz agora, então no fim das contas ter religião ou não não fez diferença, não é? O problema possivelmente é com sua personalidade, você deve ser uma pessoa naturalmente pessimista. Ou não, só estou especulando, não posso falar por você.

Falando por mim então, eu me considero mais feliz hoje do que quando eu era religioso. A religião fazia muito mal para mim, era só uma fonte inesgotável de culpa e paranóia que minava completamente minha auto-estima.

Eu penso que sempre tive esse potencial para ser feliz, o problema é que no meu caso a minha antiga religião, o espiritismo, me forçava a lutar contra a minha natureza. O orgulho era um pecado, por isso eu sempre tentava me humilhar o mas possível, para alcançar a virtude da humildade. O problema é que eu destruía a minha auto-estima, eu não queria mais ser eu mesmo, eu queria ser outra pessoa, um "espírito evoluído".

Só depois de exorcisar muitos fantasmas eu consegui finalmente desenvolver a capacidade de ser feliz. Acredito que hoje a maior parte das feridas já cicatrizou e me considero feliz, mas seguro e mais auto-confiante.


 

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