O texto foi muito bem articulado e eu concodo visceralmente com o autor quando este afirma que a maioria dos ateus são pessoas traumatizadas ou apenas infelizes. De fato todo ateu tem algum resíduo de rancor derivado de alguma convicção cenobítica.
Eu não me sinto feliz em ser ateu, as vezes eu percebo uma angústia dentro de mim por não acreditar em Deus, logo eu não posso ter nenhuma perspectiva pragmatista do tipo: "Deus vai me ajudar se eu orar e buscar a sua face". Destarte, eu não tenho esperança alguma no que respeita a minha felicidade. Ser ateu é viver o supra sumo do pessimismo.
Abraços!
Posso estar enganado, ou não, não sei, mas você se tornou (ou iniciou o processo) ateu a não muito tempo atrás, não é Alexandre?
Não sei, pode ser apenas uma impressão equivocada minha, mas penso que boa parte disto que relatas vem de algum sentimento de traição.... sentir-se traído por Deus.... acredito que ateus que começaram a criar alguma noção que havia algo de errado na estória que era contada, desde muito novos, não sofrem tanto este sentimento de "abandono".
Eu não espero absolutamente nada de Deus, independente do meu ateísmo ou não, fui criado a fazer meu próprio caminho sem esperar muita ajuda externa, principalmente a sobrenatural.... muito embora meus pais não sejam ateus (para falar bem a verdade, minha mãe ascende uma vela para cada santo
). E mesmo se teísta eu fosse, não consideraria como produtiva uma busca externa.... vencer ou fracassar, ser feliz ou infeliz, serei pelas minhas próprias mãos.... pelos meus próprios méritos ou pela minha própria incompetência, sem atribuir culpas ou responsabilidades a ninguém mais além de mim.
Deus, se existisse, deveria ser um sujeito muito ocupado para ter que assumir a autoria de pequenas coisas fúteis e vulgares da pretensão humana.